Precisamos de uma definição e posicionamento do Governo

 

CARTA DA ACORS em 29.05.2020:

 

Senhores Associados,

 

Considerando a enxurrada de reações a cada notícia divulgada, gostaríamos de expor a posição da ACORS, preocupada em ressoar a voz e os anseios dos Oficiais Militares em Santa Catarina. Após a posição de destaque em 2018, quando os Militares Estaduais conquistaram uma representatividade inédita na lide política, vimos que temos sido esquecidos.

 

Sabemos bem do esforço e dos riscos de quem vem trabalhando em diferentes frentes durante a pandemia, mas a contribuição dos Militares Estaduais à sociedade também é diária e incessante. Trabalhamos 24 horas por dia, 7 dias por semana, 30 dias por mês, 365 dias por ano, sem declinar sob o sol ou chuva forte. Dia e noite, estamos sempre à disposição da sociedade para prestar o melhor atendimento possível. Por isso precisamos ser valorizados e questionar.

 

Na iminência da publicação da Lei Federal que denota sérios prejuízos aos Militares e aos servidores civis, vimos o Governo do Estado (por meio da Medida Provisória nº 228/20, de 26/05/20) conceder gratificação financeira provisória a servidores de certas áreas da Saúde, envolvidos na luta contra o Coronavírus, e não desmerecemos o reconhecimento. Sabemos da dedicação dos profissionais da Saúde, dignos de todo crédito e admiração. Assim como acompanhamos de perto o mesmo esforço por parte dos Militares Estaduais, sujeitos a enfrentar uma diversidade de ocorrências, sem saber a situação com a qual irão se deparar e os riscos que vão enfrentar.

 

Por isso lamentamos, como entidade representativa dos Oficiais Militares em Santa Catarina, não termos sido chamados para conversar, a fim de que o Governo tenha a real dimensão de quantos Militares Estaduais estão envolvidos diretamente no combate à Covid-19, expostos ao vírus diariamente, eventualmente com menos recursos para proteger a própria saúde do que os profissionais nos hospitais. Não podemos ser esquecidos, especialmente quando a União já nos infligiu prejuízos financeiros, com os tributos impostos pelo Sistema de Proteção Social dos Militares.

 

Estamos com os salários congelados e sem reposição inflacionária há quase sete anos. Hoje, 29 de maio, temos certeza de que não será um dia fácil para quem está no comando e para quem está nas ruas. E amanhã, não sabemos se conseguiremos manter este desempenho. Precisamos de uma definição e posicionamento do Governo para solucionar o descontentamento das tropas tão essenciais e sempre disponíveis, que requerem, de forma justificada, a incorporação da IRESA, correção inflacionária, solução para o decréscimo salarial decorrente da alíquota de pensão militar na Reserva, pagamento das férias, e outros itens de carreira.

 

Um líder é admirado por sua capacidade de tomar decisões difíceis em tempos de crise. Mas um líder também é admirado por conhecer aqueles que lutam ao seu lado e pelo mesmo ideal, e se dispõem, em tempos difíceis, a dar seu melhor para o bem da sociedade e do Estado.

 

DIRETORIA DA ACORS

Notícias Recentes:

Lideranças debatem Projeto Político Institucional e de Direitos dos Militares Estaduais
ACORS participa de solenidade do CAO e premia Oficial que se destacou no curso
ACORS apresenta resultados do Projeto de Integração Regional no Conselho das Federações Empresariais de SC
ACORS participa de solenidade de formatura do CCEM BM 2024