REAJUSTE SERÁ UNIFICADO EM SC
Ganha força no grupo gestor do governo do Estado a tese de unificar o reajuste salarial para todos os servidores públicos de Santa Catarina. O índice que será proposto, entre 7% e 9%, prevê a reposição da inflação mais algum ganho real, a partir de 2012.
Os secretários da Fazenda, Administração, governador e vice passarão o feriado avaliando os ensaios técnicos sobre o impacto nas contas do Tesouro. Por ano, a folha de pagamento, com cerca de 130 mil funcionários, tem um crescimento vegetativo de aproximadamente 4%. O anúncio está previsto para o próximo dia 17, às 14h30min, no Centro Administrativo.
Com esta nova estratégia, o governo do Estado propõe uma reviravolta na relação entre servidores e Executivo, já que nos últimos oito anos as negociações se davam por categorias. O próprio senador Luiz Henrique da Silveira teria admitido a amigos próximos que este foi um ponto falho na sua gestão, porque acaba gerando pressão política constante sobre o governo. A expectativa é baixar a tensão no funcionalismo.
Fonte: www.diario.com.br – Coluna VIsor – Rafael Martini – 12 nov 11 – sábado
Para acertar o passo
Ogoverno do Estado prepara para a próxima quinta-feira a entrega de uma proposta oficial aos policiais civis, que reclamam uma defasagem de 125% nos salários, o que inclui a base (agentes, escrivães e peritos) e os delegados. A informação foi dada ontem pelo vice-governador Eduardo Pinho Moreira, que atua como interlocutor do Centro Administrativo com a categoria.
O anúncio veio depois que as três entidades ligadas à categoria (Adepol, Sintrasp e Sinpol) emitiram nota para informar que paralisarão as atividades, sem prejuízo à população, nos dias 16, 17 e 18 próximos, por não terem recebido uma resposta oficial do governo do Estado até ontem,. Programaram uma assembleia para a próxima sexta-feira. Pinho Moreira nega que tenha se comprometido com este prazo divulgado pela categoria, admite que os policiais poderão cobrar dele o atraso de um dia, pois, nas conversas o que ficou definido era apresentar um estudo na próxima quarta-feira.
O vice-governador disse, ainda, que estará junto com o governador Raimundo Colombo, os secretários Nelson Serpa (Fazenda) e Milton Martini (Administração), além de técnicos das duas pastas, a partir de hoje, para consolidar os ajustes. Moreira reafirma que se trata de matéria difícil por contemplar repercussões financeiras. O trabalho entrará feriado adentro. Aguardem uma surpresa oficial.
Na defensiva, o governo rebate a informação dos policiais de que não há reajuste nos últimos 13 anos. Nos números governamentais, não existe delegado que perceba menos de R$ 8,2 mil por mês. E entre os servidores da base da polícia, a média varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. Moreira ainda destaca que somente seis profissionais ganham menos de R$ 2 mil, alguns por estarem no cumprimento de pena.
O caminho
A ideia do governo do Estado está em unificar a negociação com todas as categorias de servidores: data-base e critérios únicos para o funcionalismo. Pode não sair tudo agora, admite Pinho Moreira.
O Centro Administrativo quer acabar com o apagar um incêndio após o outro. Aprendeu bastante com os tropeços junto ao magistério.
Tem mais
Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Bombeiro Militar (Acors) e a Associação dos Praças (Aprasc) estão unidas nas reivindicações salariais para 11 mil integrantes do contingente e farão uma reunião na segunda-feira. O coronel Fred Harry Schauffert, recém-eleito presidente da Acors, trocou telefonema na tarde de ontem com o deputado Sargento Amauri Soares, da Aprasc, e acertou os detalhes.
Schauffert anunciou que, a partir da semana que vem, serão colocados quatro outdoors em Florianópolis para lembrar ao governo que não pode haver tratamento diferenciado para as polícias.
Fonte: www.diario.com.br – Coluna Informe Político – Roberto Azevedo – 12 nov 11 – sábado