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27 de abril 2012
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Estiagem
Água muito bem-vinda
Chuva começa a diminuir efeitos da estiagem, e em algumas cidades, como São Miguel do Oeste, foi a maior em 10 mesesA estiagem começa a dar sinais de que está indo embora. A chuva que ocorreu entre quarta-feira e ontem já trouxe alívio para grande parte de Santa Catarina. Em algumas cidades, como Chapecó e São Miguel do Oeste, choveu mais de 100 milímetros, o que representa o volume de quase um mês inteiro.
De acordo com o meteorologista Leandro Puchalski, da Central de Meteorologia da RBS, há 10 meses não chovia tanto em São Miguel do Oeste.
– O nível dos rios aumentou e o abastecimento está normal – informou o superintendente da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) no Oeste, Écio Bordignon.
A Casan parou de puxar água de caminhão-pipa em Xaxim e Caxambu do Sul. Além disso, outras cidades que estavam em risco, como Pinhalzinho, Dionísio Cerqueira e São Miguel do Oeste, a situação foi normalizada.
Em Chapecó, a barragem do Engenho Braunn, no Lajeado São José, transbordava ontem à tarde. O mesmo ocorreu com a barragem do Rio Caçador, em Seara.
O secretário de Defesa do Cidadão de Chapecó, Sérgio Wallner, disse que os 122 milímetros registrados na cidade praticamente normalizaram a si- tuação. A chuva encheu as cisternas de 5 mil litros e 10 mil litros instaladas em sete comunidades do interior.
No campo, apesar das prejuízos, que já atingem R$ 777 milhões, a situação começa a melhorar. O agricultor Ivaldino Zarpelon, morador da Colônia Cella, em Chapecó, disse que o açude, que chegou a ficar 60 centímetros abaixo do normal, acabou recuperando o nível.
– A chuva foi boa e vai permitir o replantio da pastagem, mas a produção de leite, que caiu 25% a 30%, vai levar pelo menos dois meses para ser recuperada.
Hidrelétrica segue parada
Mesmo em boa quantidade, a chuva ainda não resolveu os efeitos da estiagem, como os prejuízos na lavoura e a interrupção de geração de energia. Em Machadinho, o nível da barragem, que estava 14 metros abaixo do nível máximo, tinha recuperado apenas 15 centímetros até o início da tarde de ontem, segundo o gerente de operações das hidrelétricas de Machadinho e Itá, Elinton Chiaradia.
– Precisa chover muito para normalizar – disse Chiaradia.
A hidrelétrica tem potencial de geração de 1.140 megawatts, o suficiente para atender 45% da demanda de energia de SC. Mas está parada desde o dia 5 de abril.
No entanto, a chuva afastou o risco de paralisação da hidrelétrica de Itá, que é a maior do Estado, com 1.450 megawatts. Itá foi inaugurada em 2000 e nunca tinha parado de gerar energia. Mas a falta de chuva já estava ameaçando seu funcionamento.
O número de municípios com decreto de situação de emergência subiu para 134. O último município a entrar na lista da Defesa Civil foi Vargem Bonita. Esse era o número que a Defesa Civil do Estado trabalhava no início da estiagem, como o quadro mais grave, pois é a região onde historicamente há problemas com falta de chuva.
De acordo com o gerente de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil do Estado, Frederico Rodorff, a situação deve melhorar mesmo nos munícipios que decretaram situação de emergência recentemente, mas não estão descartados novos decretos, já que maio também é um mês de pouca chuva.
Alerta para maio seco
A previsão é de mais chuva no final de semana em Santa Catarina.
De acordo com a Defesa Civil, a expectativa é de uma boa chuva, principalmente no Litoral Sul, onde as nuvens não foram generosas na quarta e ontem.
Segundo o órgão, a previsão inicial é de pouca chuva em maio e junho. A Defesa Civil do Estado vai reavaliar as estratégias de combate à estiagem.
A tendência é de redução das demandas. No entanto, o órgão vai trabalhar em medidas permanentes de combate à falta de água.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Gerais
Animais confinados foram apreendidos
Dos 27 répteis, alguns deverão voltar ao seu hábitat natural após avaliaçãoVinte e sete cobras foram apreendidas em uma casa de Caçador, no Meio-Oeste catarinense, e encaminhadas ontem ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), de Florianópolis.
Os animais haviam sido localizados há dois meses, após uma denúncia anônima. Como todos estavam sendo bem cuidados, o dono da casa foi nomeado como fiel depositário dos répteis. Só que o homem foi assassinado no último domingo, na cidade de Matos Costa, também no Meio-Oeste.
Com isso, os animais precisaram ser transferidos, já que não havia ninguém que pudesse continuar cuidando das cobras. Do total, 26 são da espécie jararaca e uma é de um tipo exótico, conhecido como boca de algodão, oriunda do México.
Segundo Miguel de Oliveira Lima, da Polícia Militar Ambiental, o responsável não tinha registro dos animais ou autorização para criar as espécies em casa. E chegou a ser autuado pelo crime, mas aceitou cuidar das cobras até que a transferência fosse possível.
Agora, todas devem passar por avaliação no Cetas para saber se algumas delas, de espécies nativas, poderão voltar à natureza. As que não tiverem condições de se adaptar ao hábitat natural, deverão ser encaminhadas para zoológicos. Conforme o policial, não se sabe há quanto tempo cada animal vivia no local. Alguns eram comprados de moradores do interior da cidade, que capturavam as serpentes.
Morre o menino de um ano
O menino de um ano que se afogou em um balde morreu por volta do meio-dia de ontem. Ele estava internado há três dias em estado grave na UTI do Hospital Regional de Chapecó.
A criança brincava dentro de casa na noite da segunda-feira, quando foi encontrado caído dentro do balde com água. A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e Samu e encaminhado para o Hospital Regional.
O menino ficou três dias internado em estado grave, respirando com ajuda de aparelhos, mas acabou não resistindo. O velório acontece no Ginásio do Bairro Palmital e o enterro será hoje, em Chapecó.
Entidades querem casa de abrigo
Criar uma casa de convivência provisória para acolher moradores de rua no inverno em Florianópolis. Este foi o tema proposto numa reunião realizada, ontem, na Câmara de Vereadores de Florianópolis.
Participaram do encontro representantes da CDL, do Conselho de Segurança do Centro de Florianópolis, Ministério Público, Secretaria de Assistência Social do Município e Movimento da População de Rua de Joinville e São José. Padre Vilson Groh, presidente do instituto que leva o seu nome, argumentou que a cidade carece de política pública de abrigo e apoio a essa população.
– No último inverno, morreram três pessoas de frio, uma situação muito degradante para o ser humano. Outro problema é que com as temperaturas baixas, aumenta a procura por destilados para aquecer o corpo. Vi pessoas chegarem ao extremo de beberem álcool de cozinha e até mesmo de posto – conta o padre.
As entidades chegaram a um consenso que deve-se formar um pacto entre poder público e sociedade civil afim de melhor articular políticas públicas eficazes para esta população.
____________________________________________________________________________Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Greve do Magistério
Governo pede volta ao trabalho
O governo do Estado propôs ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) o encerramento da greve nesta semana, para o retorno das negociações no início da próxima. O documento foi encaminhado, ontem, à coordenadora do Sinte, Alvete Bedin.
A proposta foi uma resposta ao sindicato, que pediu na quarta-feira uma audiência com o governador. Em entrevista ao DC, ontem, Raimundo Colombo não entrou no mérito das negociações. Mas observou que a queda da arrecadação do Estado diminui a margem de negociação.
A resposta do sindicato foi encaminhada ontem mesmo. Alvete ressaltou que se o governo está disposto a conversar, como demonstrou no documento, não precisa esperar pelo fim da greve para negociar:
– Queremos que o governo sente e converse conosco. O sindicato não fechou a negociações, foi o governo que encerrou ao apresentar a proposta como sendo a última e que se a gente não concordasse, que fizesse a greve.
A expectativa da coordenadora é que na quinta-feira a adesão dos professores alcance 60%. Por enquanto, ela disse que está em 30%.
_________________________________________________________________________ Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Moacir Pereira
Assunto: Pacote de contenção de despesas
O pacote e as regionais
O pacote de medidas visando à contenção de despesas, mais eficiência administrativa, aumento dos investimentos públicos e controle da gestão da máquina, materializado nos dois decretos assinados pelo governador Raimundo Colombo, traz aspectos positivos e já comporta alguns questionamentos.
É um avanço o governo se reunir para reduzir gastos desnecessários ou eliminar ações consideradas perdulárias. É uma conquista fixar metas e já agendar novas reuniões para a cobrança de resultados concretos em cada uma das áreas da administração pública. É elogiável este esforço de elevar de 6% para 10% a meta de recursos sobre a receita líquida a serem aplicados pelo Estado.
O secretário da Casa Civil, Derly Anunciação, que coordena o novo modelo de gestão, destacou outra inovação na reunião ampliada do secretariado: o surgimento de 50 ideias nos grupos de trabalho, todas para a melhoria dos serviços ou mais eficácia no governo.
O pacote chega no momento em que o governo se vê acuado pela aprovação da Resolução 72, ameaçado de perdas milionárias. Aliás, tema da coletiva concedida pelo governador logo após a reunião do colegiado.
No início desta discussão sobre a unificação da alíquota sobre os produtos importados, as autoridades estaduais repetiram à exaustão que Santa Catarina teria perdas de receita de quase R$ 1 bilhão na arrecadação do ICMS. Nos últimos dias, veio a informação oficial da Secretaria da Fazenda de que a redução seria de R$ 1,7 bilhão.
E AS REGIONAIS?
Raimundo Colombo contestou este último número e admitiu que as perdas serão muito menores do que as propagadas pelo governo. Primeiro, porque uma emenda aprovada no Senado salvou as empresas que importam cobre e insumos para produtos farmacêuticos. Se continuarem a contar com os mesmos incentivos, estes dois segmentos seguram parte da economia regional de Itajaí. Ali implantou-se um novo polo farmacêutico. E ali foram instaladas 14 laminadoras que utilizam o cobre como matéria-prima, beneficiadas pela política de incentivos fiscais.
Os empresários que conhecem o comércio exterior de Santa Catarina e operam em Itajaí têm previsão diferente daquela enfatizada pelo governo. Ou seja, pela eficiência dos portos de Itajaí e Navegantes, pelo custo operacional e por outros fatores, a transferência de indústrias poderá ser mínima.
Colombo anunciou para 8 de maio as primeiras reuniões com prefeitos, empresários e lideranças das regiões portuárias, visando a aprovar outros incentivos aos importadores, como redução do ISS, melhoria da infraestrutura e compensações estaduais.
O pacote governamental despertou, também, algumas dúvidas pertinentes. Se pretende economizar agora R$ 100 milhões, por que o governo já não implementou estes cortes há mais tempo. E se a merenda escolar, com adoção do regime de gestão própria, a partir de janeiro de 2013, vai implicar em economia de R$ 40 milhões, a conclusão é de que empresas contratadas tiveram lucros milionários desde a implantação do regime terceirizado.
O secretário Derly Anunciação fez outra revelação estonteante. Os aditivos contratuais foram previstos na lei como exceção ao administrador público. Viraram regra geral. Em 2011, o governo pagou R$ 700 milhões só em aditivos.
O anúncio ocorre no momento em que ganha respaldo na Assembleia a tese de extinção das secretarias regionais. O PMDB é contra, mas até governistas consideram inadiável a redução do número de regionais.
____________________________________________________________________________Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Política
Assunto: Governador anuncia mais cortes de gasto
Governador anuncia mais cortes de gastos
Por meio de decretos, Colombo determina medidas para economizar R$ 100 milhões em um ano
Com a assinatura de dois decretos que relacionam seis medidas, o governador Raimundo Colombo (PSD) anunciou, ontem, mais ações para cortar gastos e reduzir o custeio da máquina pública.
Apesar da derrota com a aprovação da Resolução 72 e com a expectativa da perda de arrecadação causada por ele, Colombo mantém os planos de aumentar a capacidade de investimento do Estado.
O conjunto de medidas – em parte antecipado pelo DC na edição de ontem – foi discutido com os secretários de Estado – inclusive os regionais – em um seminário do governo estadual. O governador poderia ter anunciado as ações por meio de uma portaria, mas afirmou que fez por decreto para garantir o cumprimento, já que a aplicação dos decretos é fiscalizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
As seis medidas anunciadas são resultado do primeiro mês do choque de gestão, que está sendo comandado pelo secretário da Casa Civil, Derly Anunciação. O secretário disse que está satisfeito com o envolvimento da equipe, que, segundo ele, é o mais importante quando se precisa implantar um novo modelo. Com o conjunto de ações, em 12 meses, o Executivo pretende diminuir em R$ 100 milhões o custo da máquina do Estado. A medida mais importante, de acordo com Derly, diz respeito a aditivos de contratos. O governador afirmou que, mais do que reduzir os custos da máquina, a equipe precisa focar na eficiência dos serviços aos cidadãos.
– Nosso desafio é o seguinte: nós queremos aumentar o investimento em 10%. Nossa meta é R$ 100 milhões/mês de aumento de investimento – disse Colombo.
As necessidades de cortes no custeio da máquina pública e de aumento na capacidade de investimento do Estado têm feito parte do discurso do governador desde o primeiro dia que ele assumiu a administração do Estado. Em janeiro de 2011, na primeira coletiva de imprensa como chefe do Executivo catarinense, Colombo já falava em medidas para economizar. Apesar disso, em 2011, a capacidade de investimento do Estado caiu, enquanto o custo da máquina aumentou.
Empresas vão ficar, diz Colombo
O secretário da Casa Civil, Derly Anunciação, admitiu que as ações anunciadas não seriam suficientes para suprir as perdas causadas pela Resolução 72 caso a previsão de queda de R$ 1 bilhão na arrecadação se confirme, mas disse que o governo não está trabalhando com essa projeção.
Colombo disse que, desde que foram iniciadas as negociações em Brasília, ele começou a conversar com as empresas envolvidas e que a expectativa é de que a maioria permaneça no Estado. O governador anunciou que fará uma reunião no dia 9 de maio com prefeitos e empresários para tratar do assunto.
– Vamos reunir todos os setores envolvidos e vamos fazer um trabalho de superação dessas dificuldades. Nós temos cinco portos, são ágeis, são modernos. Todo mundo tem que abrir mão de um pouquinho – disse o governador.
Outra medida do Executivo que poderá ser afetada pelos efeitos da Resolução é a criação do Fundo de Miséria. Colombo disse que o governo está avaliando os impactos da possível perda de arrecadação, mas que a questão social continua como uma prioridade.
– Estão paralisadas (as negociações com outros poderes para criação do Fundo) porque com o efeito da Resolução 72 a gente ainda não sabe qual é o impacto, então ninguém vai poder abrir mão de receita se não sabe qual a receita. Nesse momento estamos esperando ter uma visão mais clara – disse.
Apesar da possibilidade de perda com a Resolução 72, Colombo descartou a possibilidade de reavaliar a estrutura das secretarias regionais. Afirmou que elas receberão novas atribuições, como a gestão da merenda escolar em 2013, que deixará de ser terceirizada.
____________________________________________________________________________ Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Informe Político
Assunto: Código Florestal
A TURMA DO CAFEZINHO
Em plenário, os debates sobre o novo Código Florestal Brasileiro pareciam não ter mais fim. Sem contar os bastidores apimentados que colocaram ambientalistas em confronto de ideias com os defensores da nova lei. Mas o grupo que aparece na foto debatia mesmo era eleição municipal, no ambiente do cafezinho para os deputados. Pelo menos deu empate em termos de siglas: dois peemedebistas e dois petistas. Da esquerda para a direita, Décio Lima (PT), coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense; Osmar Serraglio (PMDB–PR), Mauro Mariani (PMDB) e o ex-deputado Cláudio Vignatti (PT).
No Estado
O Código Ambiental de Santa Catarina terá que passar por ajustes com o novo Código Florestal.
O deputado Romildo Titon (PMDB), que relatou a norma catarinense, já começou os estudos. Comemora a autonomia garantida aos estados, mas lamenta que o texto não tenha permitido a consolidação de todas as áreas.
____________________________________________________________________________ Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Três jovens são fuzilados
Polícia já tem suspeito e o provável motivo do crime
Rapazes teriam sido assassinados em São José em vingança de irmão de homem morto há um mês
A polícia já tem um suspeito principal e a provável motivação para o triplo homicídio registrado na noite de quarta-feira, em São José, na Grande Florianópolis, no qual foram disparados mais de 50 tiros de calibre 9 mm. Os assassinatos teriam sido cometidos para vingar a morte de um homem no Bairro Forquilhas, também na cidade, um mês antes.
O irmão da vítima de Forquilhas é suspeito de ter armado todo o plano. Ele seria de uma comunidade vizinha, chamada Horto Florestal, e estaria residindo em Criciúma, de onde teria vindo acompanhado de comparsas para executar os jovens na última quarta-feira.
Os moradores estão tensos, e quase 24 horas depois dos assassinatos, os corpos de duas das vítimas, Ismael Caetano da Luz, 21 anos, e Edmundo Thiago Fernandes, 17, ainda não havia sido liberados para as famílias.
Raul Gil da Silva Mattos, 22 anos, foi enterrado na tarde de ontem e era o único que tinha passagens pela polícia. Entre os 13 boletins contra ele, quatro eram por porte ilegal de arma. Em 2006, a mãe do rapaz chegou a registrar um boletim no qual relatava que o filho não aparecia em casa e estava praticamente dormindo na rua.
No local onde os corpos foram encontrados, era possível observar a movimentação de crianças curiosas e confusas ao mesmo tempo. Um menino de oito anos contava com detalhes como havia sido os últimos passos dos jovens que, até então, eram seus vizinhos. Segundo contaram alguns moradores, as três vítimas estariam sentadas na varanda de uma casa, enquanto um deles contava quantas pedras de crack tinha para o comércio daquela noite.
Eles teriam sido surpreendidos pelos assassinos, que deixaram o carro na rodovia principal e chegaram ao local por um terreno baldio. As vítimas teriam tentado correr quando foram atingidas nas costas por mais de 15 tiros cada um.
Os moradores estão ainda mais assustados porque outros dois jovens – que teriam envolvimento com o crime que motivou o triplo homicídio – estariam na lista dos assassinos.
Mattos era dedicado ao trabalho, diz ex-chefe
O engenheiro civil Mauro Bueno, responsável por uma obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) num terreno ao lado da rua onde tudo ocorreu, falou que Mattos já teria trabalhado na construção.
– É lamentável, eu lembro que ele era dedicado, mas pediu para sair depois de algumas semanas. Este bairro é muito violento, toda semana temos conhecimento de algum assassinato. Sou de Curitiba, mas passo a semana toda por aqui – diz ele, que instrui a equipe a não sair do pátio da obra.
Famílias à espera de dois corpos
A comerciante Soni Caetano da Luz, 43 anos, atendia aos clientes enquanto aguardava o corpo do filho para fazer o velório. A neto ainda na barriga da nora, grávida de quatro meses, é o único conforto para a mãe que teve o caçula, o único homem, assassinado na noite de quarta-feira.
– Não posso fechar o mercado, nem hoje, porque tenho contas para pagar. Agora, sem meu filho, vai ser ainda mais difícil.
Ela assistia à TV quando ouviu estouros que pensou serem foguetes.
– Olhei pela janela e não vi nenhuma movimentação. Mas, como meu filho não estava em casa, liguei para o celular dele. Quando ele não atendeu, tive um mau pressentimento.
Soni olhou novamente pela janela e percebeu a movimentação de mais de 10 viaturas das polícias Civil e Militar, e teve a certeza de que algo muito ruim havia acontecido.
– Fui até o terreno onde estavam os corpos. Não pude chegar perto, fui impedida pela equipe da perícia, mas tive a certeza de que era meu menino pela jaqueta que ele estava usando.
Na mesma rua, a família do adolescente Edmundo Thiago Fernandes, 17 anos, também passou o dia aguardando a liberação do corpo. A mãe foi medicada com calmantes para suportar o sentimento de desespero, segundo contaram os filhos.
– Quando ouvimos os tiros, já imaginávamos que outro homicídio havia acontecido aqui, mas quando soubemos que uma das vítimas era o nosso Thiaguinho, foi um desespero. Ele não tinha envolvimento com tráfico de drogas, só estava conversando com os amigos – descreve a irmã Edinilza Fernandes, 15 anos.
Segundo o namorado dela, Cleber Assis, 28 anos, homens suspeitos em um Golf preto haviam passado várias vezes pela rua nos dias anteriores.
– Era como um sinal de que outras mortes estavam para acontecer.
____________________________________________________________________________ Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Crimes e ocorrências
Trio assalta e põe fogo em idoso no Vale
Três assaltantes invadiram uma casa, roubaram o carro da família e atearam fogo no corpo de Ernesto Müller, 85 anos, no Bairro Margem Esquerda, em Gaspar, no Vale do Itajaí.
Por volta das 2h, Ernesto e a mulher, Mônica Müller, 76 anos, foram surpreendidos por três bandidos armados dentro de casa. Do quarto, os dois tentaram chamar a polícia, mas as linhas já haviam sido cortadas pelos assaltantes. Durante o tempo em que estiveram no interior da residência, os criminosos recolheram joias, dinheiro e produtos eletrônicos.
Antes da fuga, ainda sem motivos esclarecidos, os ladrões usaram álcool para atear fogo em Ernesto. Para apagar as chamas, Mônica foi orientada pelos bandidos a colocar uma toalha molhada sobre o marido.
Com o carro, os assaltantes fugiram em direção à BR-470. Menos de um quilômetro depois, o trio capotou o Scenic às margens da via e caiu num barranco, mas conseguiu fugir.
Ontem pela manhã, o Instituto Geral de Perícias (IGP) e a Polícia Civil vistoriaram o veículo capotado e encontraram os produtos levados e uma aliança. No porta-malas havia um revólver calibre 32. A filha do casal negou que os pais tivessem arma em casa, o que pode ajudar a polícia a chegar aos assaltantes. Até a noite de ontem, Ernesto permanecia internado no Hospital Santa Catarina, em Blumenau, com queimaduras de segundo grau no peito e na barriga.
Crime ainda é mistério no Sul de SC
Mesmo com o reforço de policiais da Delegacia de Homicídios de Florianópolis, a Polícia Civil não conseguiu, nos últimos dois meses, reunir provas para descobrir e apontar a autoria do assassinato de Ivonete Mezari Genuíno, 24 anos.
A jovem – ex-namorada do delegado de polícia de Araranguá Jorge Giraldi – foi morta a tiros. O corpo foi achado em 23 de fevereiro em Balneário Arroio do Silva, Sul de SC.
– O problema é que ainda não conseguimos provas. Mas a investigação continua – declarou o delegado-geral da Polícia Civil, Aldo D’Ávila.
O delegado afirmou que a polícia tem uma linha principal de apuração, mas esbarrou na falta de provas para incriminar alguém. Foram interrogadas mais de 40 pessoas na região e no RS. Sem indícios fortes, não foram feitos pedidos de prisão.
Entre os ouvidos estão pessoas próximas de Ivonete e também novas amizades que ela havia feito em Tubarão, onde participou de um curso de vigilância patrimonial.
Logo após o crime, divulgou-se que o próprio Giraldi atuaria na investigação. Mas ele foi afastado da apuração e a cúpula da polícia decidiu mandar reforço pelo fato de a vítima ser próxima do delegado.
No começo, uma das linhas de investigação era de vingança contra o delegado, conhecido pela postura forte de combate ao crime. Em 2011, Giraldi havia recebido uma carta anônima que informava de uma ameaça contra “alguém de que gostava muito”, mas a ligação entre as duas situações não chegou a indicar suspeitos.
Queima de arquivo no Sul
As investigações do assassinato do empresário Edson Réus, 33 anos, gerente de um supermercado de sua família em Imbituba, no Sul de SC, apontam para queima de arquivo. O corpo dele estava no porta-malas de um carro incendiado na madrugada de quarta-feira, em Imaruí, também no Sul.
O primeiro dia de investigação policial apontou várias situações que podem ajudar a esclarecer o crime. O Audi A3 com placas de Gaspar, comprado há pouco mais de um mês, é um dos pontos de partida.
– Há algumas circunstâncias interessantes referentes à compra do veículo, além de outros assuntos que merecem atenção. Pode ter havido vingança ou queima de arquivo – diz o delegado do caso, César Reynaud.
A vítima morava sozinha nos fundos do supermercado e, por volta das 21h de terça-feira, teria telefonado para a namorada dizendo que sairia para resolver alguns compromissos. Horas depois, o corpo de Réus foi encontrado no bagageiro do Audi na localidade de Águas Mornas, a cerca de 10 quilômetros do estabelecimento.
Ao lado do corpo, a encontrou um botijão de gás. No depósito do supermercado, um botijão teria sumido, e o delegado quer saber se foi o utilizado no crime e quem o pegou.
A polícia também investiga um possível desentendimento familiar motivado por R$ 300 mil que a vítima teria guardado em casa e um suposto uso de documentos falsos de veículos por ela.
– Vamos juntar todas essas peças e montar o quebra-cabeça – afirma o delegado Reynaud.
____________________________________________________________________________ Veículo: Notícias do Dia
Editoria: Segurança
Assunto: Traficantes executados com 54 tiros
Traficantes executados com 54 tiros
Matadores estacionaram o Corsa no asfalto e caminharam por um vegetação rasteira até uma casa, onde as vítimas vendiam drogas e lanchavam
Três jovens envolvidos no tráfico de drogas foram fuzilados com 54 tiros na rua Vista Alegre, bairro com o mesmo nome, numa área rural de São José. Raul Gil da Silva Matos, 22, foi atingido com 14 tiros; Ismael Caetano da Luz, 21, recebeu 17 tiros; e Edmundo Tiago Fernandes, 17, executado com 23 tiros. Os jovens foram mortos pelas costas, por volta das 22h30 de quarta-feira. No local, os policiais apreenderam 53 pedras de crack, cinco trouxinhas de maconha e dois celulares.
Um das linhas de investigação da polícia é vingança. “Ismael, o Bio, comandava o tráfico na região. No dia 19 de março último, ele matou Douglas Moraes de Resende, o Mineiro, natural de Criciúma, que estava morando em São José e que tentou abrir um ponto de drogas nos domínios de Bio”, contou um PM do 7º BPM.
Testemunhas contaram que os suspeitos chegaram em um Cosa preto e deixaram o carro, com placas de Criciúma, no asfalto. Caminharam por uma vegetação rasteira, onde os três estavam vendendo drogas numa casa de madeira em construção e abriram forgo. Raul Gil, Ismael Caetano e Tiago Fernandes correram para a rua e foram mortos pelas costas. Os três moravam nas proximidades onde ocorreu o triplo homicídio.
O crime assustou a comunidade, que vive ameaçada pelo tráfico de droga. Moradores são proibidos pelos traficantes de falar sobre o clima “pesado” do bairro. Na quinta-feira de manhã, a revolta era estampada nos rostos dos colegas das vítimas. Mais de 30 jovens fecharam a rua. Alguns faziam questão de mostrar a arma na cintura, intimando jornalistas que procuravam informações e proibindo fotografar o local da cena do crime.
Apenas um morador teve coragem de relatar o terror da noite: o aposentado Darci dos Santos, 60 anos, que mora a 50 metros do local onde os jovens foram mortos, disse estava em casas com a mulher e a netinha quando ouviu vários tiros. “Deu para perceber, nitidamente, três rajadas. Como não sabíamos de onde vinham os disparos pedi para minha mulher e prara a netinha se deitarem no assoalho. Os meninos estavam fazendo um lachinho quando foram fuzilados”.
Os suspeitos lanchavam e vendiam drogas na sala da casa de madeira em construção. Nos bolsos de Ismael, o Bio, que controlava o ponto de drogas, havia R$ 90 em notas de 5, 10 e 20 reais, possivelmente adquiridas com o tráfico de drogas.
O triplo assassinato está sendo investigado pela 1ª DP de São José. De acordo com o investigador Ricardo Sagaz, todos os três possuiam passagens policiais. Com exceção do adolescente, que era envolvido em furtos e porte ilegal de arama, os adultos eram investigados por roubo, homicídios e tráfico de drogas.
Com estes três assassinatos, o número de homicídios na região da 1ª DP de Forquilhinhas, que cobre a área rural de São José, subiu para 14 ocorrências, Deste total, apenas três foram resolvidos. Para investigar e prender criminosos, a delegacia conta apenas com dois investigadores. Um está em férias.
____________________________________________________________________________ Veículo: Notícias do Dia
Editoria: Hélio Costa
Assunto: Delegacia de Biguaçu
A Delegacia de Biguaçu e o 24º BPM necessitam ampliar o efetivo na região
A DP atende os município de Governador Celso Ramos e Antônio Carlos. Delegado Nilton e coronel Newton contam com os formandos deste semestre
Segurança
Foi positivo o resultado da reunião de entre uma comitiva da prefeitura de Biguaçu e a cúpula da Secretaria da Segurança Pública. O foco do encontro foi reforçar o efetivo das forças estaduais na cidade. O número de policiais está aquém do necessário. A coisa estava tão preta, principalmente na Delegacia de Biguaçu, que a SSP designou o delegado Alan José Amorim para ajudar o colega Nilton César da Silva que investigava e relatava inquéritos ao mesmo tempo, e mais quatro estagiários. Já nos primeiros dois meses o acúmulo do serviço diminuiu. Mas a ajuda dos estagiários é temporária. O delegado Nilton está contando com nova turma de policiais que se forma em junho. Em situação semelhante está a PM local. O comandante do 24º BPM, tenente-coronel Newton Ramlow necessita com urgência de mais gente. Ora, atendendo ao pedido, a SSP também protege Governador Celso Ramos e Antônio Carlos, pois estes municípios, pelo menos na área da segurança pública, estão sobre o comando da comarca de Biguaçu
BLOGS
Moacir Pereira
Eskudlark: “Novo código penal aumentará impunidade”
O deputado Maurício Eskudlark (PSD) criticou as mudanças que estão sendo estudadas para o novo Código Penal. Ele disse que a reforma do código vai dificultar ainda mais a atuação das forças de segurança e estimular a impunidade. A redução da pena pelo crime de furto foi um dos aspectos criticados pelo deputado. “O Brasil precisa endurecer o combate à criminalidade e não flexibilizar as penas. A sociedade quer mais rigor no combate ao crime”, cobrou.
Oficiais da PM lançam livro sobre segurança pública
Será lançado hoje, na Saraiva Megastore do Shopping Iguatemi o livro “Superando o mito do espantalho: uma policia orientada para a resolução dos problemas de segurança pública”. Publicado pela Editora Insular tem como autores o major Martinez e o capitão Tasca, ambos da Policia Militar de Santa Catarina.