Clipping do dia 14 de fevereiro

CLIPPING
14 Fev 2011
 
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
 
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Alagamento em Lages
 
 
Lages é alagada pela oitava vez este ano
Temporais levaram prefeitura a decretar, ontem, situação de emergência
Bombeiros, Polícia Militar, secretarias do Meio Ambiente e Obras e Defesa Civil. Ninguém dormiu na noite de sábado e madrugada de domingo em Lages; a chuva não deixou. O sábado começou e terminou chuvoso e, no domingo, a chuva só deu trégua à tarde.
O coordenador da Defesa Civil do município, Cesário Flores, diz que esta já é a oitava ocorrência de alagamentos só este ano. Cerca de 600 famílias foram atingidas pela enxurrada e aproximadamente 150 estão desalojadas. Escolas municipais estão à disposição dos moradores que não têm para onde ir, e a Defesa Civil, juntamente com a prefeitura, declarou, ontem à tarde, estado de emergência, sendo a 99a do Estado a tomar a providência este ano.
Vários pontos do centro da cidade foram atingidos pela chuva, que não cessou a noite toda. Dezoito bairros tiveram grandes prejuízos. As casas de Márcia Balvea e Maria Julia Oliveira, no Bairro Passo Fundo, ficaram totalmente alagadas.
A água chegou até a janela, a cerca de um metro de altura. Todos os colchões e roupas molharam e alguns móveis ficaram sem condições de uso. Na noite passada, elas e os filhos não tinham onde dormir.
Agora, que a chuva parou, o que resta é limpar as casas e torcer para que a chuva dê uma trégua. É o que está fazendo Ângela Rodrigues, secretária de uma igreja evangélica no centro da cidade.
Ela conta que esta é a quinta vez neste ano que a água entra na secretaria da igreja. Além da sujeira e do transtorno, alimentos, móveis e eletrodomésticos ficaram danificados ou foram perdidos.
Cesário afirma que a Defesa Civil está trabalhando no auxílio aos moradores, vistoria e levantamento dos locais que foram mais atingidos pelos alagamentos. A partir de hoje, a Secretaria do Meio Ambiente deve começar às obras de reconstrução do que foi perdido com a chuva.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Política
Assunto: Compra de votos na Câmara
Defesa quer impedir votação
Os processos de cassações de Asael Pereira e Ricardo Vieira estão na pauta para ser julgados pela Câmara da Capital
A Câmara Municipal de Florianópolis marcou para hoje, às 19h, a votação da cassação dos vereadores Asael Pereira (PSB) e Ricardo Vieira (PC do B). O pedido foi feito pelo Conselho de Ética, que acusa os dois por quebra de decoro parlamentar no episódio da compra e venda de votos na eleição do presidente da casa, em dezembro.
Após a derrota, o candidato João da Bega (PMDB) foi à tribuna para denunciar possíveis irregularidades. Depois, nos corredores da Câmara, fez um desabafo, que foi filmado, onde afirmava que alguém teria pedido dinheiro para votar nele. O prefeito Dário Berger (PMDB) confirmou que Asael teria solicitado R$ 300 mil, e Vieira, por intermediários, queria R$ 230 mil. Os dois sempre negaram as acusações.
Hoje, vão tentar suspender na Justiça a realização da sessão sob a alegação de que houve irregularidades na condução do processo de investigação feito pelo Conselho de Ética. Segundo o advogado de Asael Pereira (PSB), Celso Bedin, não será questionado o mérito da decisão do Conselho de Ética na Justiça, mas os erros na tramitação do processo. Entre eles, a participação do vereador Edinon Manoel da Rosa (PPS), que integrou a mesa diretora na época em que a investigação foi instaurada. Bedin lembra que Edinon propôs a expulsão de Asael do partido, mas não obteve êxito, logo, sua decisão não seria imparcial.
– Todo o processo está viciado. Asael foi julgado com base na palavra do prefeito.Vamos protocolar no primeiro horário de expediente do Judiciário o mandado de segurança solicitando a suspensão da sessão – disse Bedin.
Ele ressalta que, no parecer do Conselho de Ética, Asael foi punido por não provar que é idôneo. Outro motivo é porque fazia parte da base e votou em Jaime Tonello (DEM) da oposição.
– Se houver sessão vou provar que o mérito da decisão é questionável. O vereador tem autonomia para votar.
O vereador Ricardo afirma que o processo foi manipulado. Ele se reuniu ontem com a executiva do partido e o seu advogado para definir as ações judiciais. Voltam a se encontrar hoje para preparar a fala do vereador na sessão.
– Eu fui julgado antes de apresentar minha defesa. Houve uma manipulação do processo pela base do governo, o que se constituiu em um golpe. A decisão reflete a derrota de Dário na sucessão do presidente da Câmara e um gesto de fazer política na base da corrupção e do troca-troca – afirmou.
O caso também é investigado no Ministério Público e na Polícia Civil.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Três morreram em cadeia nos últimos 25 dias
 
Três morreram dentro da cadeia em apenas 25 dias
Assassinatos foram em São Pedro de Alcântara. Crimes podem estar ligados ao crime organizado
Três presos mortos no intervalo de 25 dias, dois deles menos de uma semana. Local: penitenciária de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis. O terceiro a morrer foi Edson Vieira Sarmento, 36 anos, na manhã de sábado, após uma briga com outro preso, no horário de banho de sol.
A Penitenciária de São Pedro é apontada como a mais segura do Estado. Lá estão 1,2 mil presos, entres os quais os considerados altamente perigosos. Mas as três mortes em menos de um mês indicam que os próprios detentos é que estão sujeitos a perder a vida no lugar.
As mortes foram entre presos. Os autores tinham em mãos armas caseiras, produzidas dentro da cadeia. No sábado, Sarmento morreu após se envolver em uma briga com um detento que não teve o nome divulgado. O preso foi atingido com um espeto e sufocado até a morte, segundo as primeiras informações.
O colega que o matou foi levado para a delegacia para o registro da ocorrência e depois encaminhado novamente para a prisão. Sarmento nasceu em Capinzal, no Meio-Oeste, e estava na penitenciária desde 2008 condenado a mais de 10 anos de prisão.
Policiais civis e militares de Capinzal afirmam que sua especialidade era arrombar cofres. Em 2009, deixou a cadeia para o benefício da saída temporária e não retornou. Acabou sendo recapturado no ano seguinte.
O DC tentou ouvir ontem o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Adércio José Velter, mas ele não atendeu as ligações feitas ao seu telefone celular.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa do Deap, que informou que duas das três mortes podem estar relacionadas ao Primeiro Grupo Catarinense (PGC). A assessoria não passou mais detalhes, o que só poderá ser feito pelo diretor.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Crimes e ocorrências
 
Dois assaltos e seis prisões por acaso
Duas farmácias foram assaltadas em apenas duas horas entre a noite de sábado e a madrugada deste domingo na Grande Florianópolis. Nos dois casos, a polícia teria pego os bandidos por acaso. O primeiro roubo ocorreu no bairro Monte Cristo, na Capital, por volta de 22h. Quando fazia ronda pela região, uma guarnição da Polícia Militar (PM) viu cinco homens correndo com atitude suspeita. Os policias abordaram o bando e encontraram armas, dinheiro e pedaço de uma caixa registradora. Um dos ladrões conseguiu escapar.
O segundo assalto foi à meia-noite. Três homens armados renderam funcionários e clientes de uma farmácia, no Bairro Kobrasol, em São José. Os bandidos levaram dinheiro do estabelecimento e roubaram a carteira de um cliente. Mais tarde, em ronda pelo bairro Estreito, em Florianópolis, policiais militares abordaram um homem na rua. O suspeito estava armado e com R$ 717.
 
 
Casal é baleado. Ele morreu, ela escapou
A Polícia Civil em Criciúma está à procura de um homem que atirou contra um casal no Bairro Vila Rica, na noite de sábado. Anasion Gomes de Melo foi atingido entre o tórax e o abdômen por sete tiros e morreu no Hospital São José, em Criciúma. De acordo com a PM, o crime aconteceu às 21h30min. Melo e sua companheira estavam em frente a um bar quando foram surpreendidos pelo homem, que a mulher disse não conhecer. Após ser atingido, o casal foi atendido pelo Samu. O suspeito fugiu a pé.
 
Corpo de homem é achado em estrada
Um homem foi encontrado morto a tiro às margens da Estrada Laranjeiras, em Campo Alegre, no Norte de SC, ontem. A polícia não localizou documentos da vítima, que aparenta cerca de 50 anos. Um morador encontrou o corpo por volta das 7h30min. Os investigadores acreditam em caso de execução e desova, porque havia marcas de pneu no local. Como o homem estava bem vestido, a polícia também trabalha com a hipótese de sequestro relâmpago.
 
Preso um suspeito de assassinato em bar
Após denúncias, a Polícia Militar prendeu, no sábado por volta das 22h, um Cláudio Patrick Lopes Castanho, 22 anos. Ele é suspeito de cometer um homicídio. Teria alvejado Luiz Alberto Lemos, 43 anos, com três tiros de revolver calibre 38. Ambos estavam em um bar. A dona, que não teve o nome divulgado, acionou a polícia. Após rondas, os policiais encontraram Castanho escondido em um matagal, levando-o em flagrante. Suspeita-se que o crime tenha motivos passionais, pois o autor teria confessado o crime e dito que possuía um caso amoroso com a mulher da vítima.
 
Morto em confronto com a Polícia Militar
A PM não deu mais detalhes ontem da morte de Guilherme dos Santos, 23 anos, num suposto confronto com policiais militares no Morro do Mocotó, em Florianópolis, no início da madrugada de sábado. Ele morreu quando PMs do 4º Batalhão faziam uma operação na região conhecida como “Cabeça do Santo”. Guilherme teria feito disparos ao ver os PMs, que revidaram e atingiram o rapaz. A PM disse que Guilherme tinha antecedentes criminais por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Com esse, a Capital já registra 12 assassinatos em 2011.
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BLOGS
 
Paulo Alceu
 
Novo partido
Começou um movimento em São Paulo para a criação do Partido dos Militares Brasileiros. Por enquanto a representação está concentrada na Polícia Militar, mas buscando apoio no Exército, Marinha e Aeronáutica. O detalhe é que a legislação veta a militância partidária de integrantes da ativa. O meio de burlar essa exigência está sendo inscrever as mulheres dos militares na lista de apoio. Já começa bem. Se vai fazer sucesso é esperar pra ver, mas de saída já há entraves como a participação das Forças Armadas que não se integram a iniciativas lideradas pela PM. Há criticas ao nome, pois passa corporativismo. Por outro lado a bandeira é ficha limpissima e o pilar é o da democracia e dos direitos humanos. Por aqui a Assembléia tem um representante da PM, mas ligado aos praças, o deputado sargento Soares. Na Câmara o deputado Jair Bolssonaro ligado ao Exército e que já falou que não deixa o PP. Enquanto isso prossegue a novela do DEM, que de repente vai terminar com a mudança de nome e todos juntos.
 
 
 
MÍDIAS DO BRASIL
 
Veículo: Agência Estado
Editoria: Brasil
Assunto: Juiz manda prender agente que rebocou seu carro no Rio
 
Juiz manda prender agente que rebocou seu carro no Rio
O juiz João Carlos de Souza Correia, da 1ª Vara de Armação de Búzios (RJ), foi flagrado dirigindo um carro sem placas e sem carteira de motorista nesta madrugada, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio de Janeiro. O juiz, no entanto, deu voz de prisão para a agente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) Luciana Silva Tamburini. O magistrado acusou a funcionária de desacato durante a abordagem. O caso foi registrado na 14ª Delegacia Policial (Leblon), onde Luciana também prestou queixa de abuso de autoridade contra o juiz.
Ao ter seu Land Rover parado pela blitz da Operação Lei Seca, Correia passou no teste do bafômetro, mas foi informado pela agente que teria seu carro rebocado por causa da falta da carteira de habilitação e das placas. De acordo com a Polícia Civil, o magistrado então telefonou para casa e solicitou que o seu documento de habilitação fosse levado para o local da blitz. Ainda assim, o veículo teria que ser levado para o depósito – uma vez que estava sem placas. O juiz argumentou que o carro era novo e que já havia pago as taxas cobradas pelo Detran para o emplacamento, mas Luciana verificou que o prazo para a colocação das placas – de 15 dias – já havia expirado.
Correia teria solicitado que o veículo fosse para uma delegacia para ser removido, mas a agente do Detran negou o pedido e informou que o procedimento era a remoção do carro do local da operação. No caso, um depósito no bairro de Bonsucesso, na zona norte da cidade. Em nota divulgada pela a assessoria do Governo do Estado do Rio, responsável pela a operação, Correia deu voz de prisão a Luciana, por desacato, quando teve o pedido negado.
Na delegacia, o juiz disse que a agente do Detran foi debochada com ele ao longo da abordagem. Luciana negou a acusação e informou que faria uma representação contra o magistrado por abuso de autoridade. De acordo com a Polícia Civil, o caso foi registrado e será encaminhado para o Juizado Especial. O Land Rover do juiz foi retirado da delegacia e levado para o depósito.
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Veículo: Portal G1
Editoria: Brasil
Assunto: Operação Guilhotina no Rio
 
Delegacia do Rio vai sofrer varredura da Corregedoria da Polícia Civil
Desde o começo da noite de domingo (13), agentes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (core) estão em frente à Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), na Praça Mauá, na Zona Portuária do Rio. O objetivo é impedir que policiais entrem ou saiam da delegacia. A Corregedoria da Polícia Civil vai fazer nesta segunda-feira (14) uma varredura na Draco.
Os agentes vão analisar computadores e inquéritos atrás de irregularidades e até mesmo de crimes que possam ter sido cometidos por policiais ou delegados.
A ação é um complemento da Operação Guilhotina, realizada na última sexta-feira (11) pela Polícia Federal, na qual 38 dos 45 mandados de prisão já foram cumpridos. Deste total, 30 presos são policiais militares ou civis, que formava quadrilhas que ajudavam traficantes, milicianos e contraventores, com informações sobre as operações policiais e negociar material de apreensão e até dar proteção a criminosos.
 
Escutas da PF revelam esquema de policiais corruptos no Alemão
Policiais militares e civis, acusados de desviar armas, drogas e dinheiro na ocupação no fim de novembro do conjunto de favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, não dispensavam nada de valor deixado pelos traficantes nas comunidades. O esquema é revelado pelas escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Guilhotina, deflagrada na sexta-feira (11), na maior ação contra o esquema de corrupção nas polícias do Rio.
Veja o site do Fantástico
Gravações de conversas entre um policial e um informante foram exibidas pelo Fantástico neste domingo (13). A reportagem teve acesso a trechos dos diálogos, gravados durante a ocupação no Alemão. Uma das escutas mostra um policial negociando armas e drogas que eventualmente fossem abandonadas por bandidos em fuga.
 Informante: Fala, meu amigo.
Policial: O que ‘tu’ ver aí, 30 por cento é teu.
Informante: Falou, valeu.
Policial: Já fechei aqui.
Informante: Falou.
Policial: Aí ‘tu’ lá de cima a gente vai se falando com calma. Sem se expor.
Outro trecho revela a má conduta de um policial na casa de um traficante que tem o apelido de Choque.
Policial: Os ‘morador’ tão fazendo o seguinte: na casa do Choque o pessoal foi catando e eu falei: ‘Pode apanhar tudo aí’. Todo mundo levou pra casa os bagulhos, aí. Duas ‘piscina’, móvel de primeiro mundo. Aí eu falei: ‘Apanha tudo aí’. Nego apanhou tudo. Apanhou ar-condicionado. Dei tudo pra pro pessoal levar. Tapete, o pessoal gostou… tudo levando pras ‘casa’ deles.
Informante: E pra mim, você não pegou nada pra mim, não?
Em outro momento, um policial fica decepcionado por encontrar somente material para embalar drogas.
Polícia: Só achei endolação. Não achei nada de droga. Mas de endolação joguei tudo no chão. Vou levar isso pra quê? Aquele negócio de balança. Aí tinha um cafofo. Fui lá, falei: ‘Vou achar aqui’. Caixa d’água, dentro de casa, vazia. Entrei lá dentro e não tinha nenhuma.
Em mais um trecho, o policial mostra a intenção de roubar pares de tênis. Para a polícia, o que eles chamam de tênis pode ser fuzis.
Policial: Tem uma laje aqui cara que tem sete pares de tênis zero.
Informante: Pode descer com a viatura, entra com a viatura no estacionamento.
Policial: ‘Tá’ maneiro, ‘tá’ maneiro então. Vou entrar no estacionamento.
A Polícia Federal começou a investigação sobre o envolvimento de policiais corruptos com o tráfico e milícias a partir de em setembro de 2009. Na época, a PF se preparava para invadir a Favela da Rocinha, em São Conrado, na Zona Sul do Rio, mas a missão foi cancelada.
Os agentes descobriram que a operação havia vazado para os traficantes. Os criminosos comandados por Antônio Bonfim Lopes, o Nem, teriam sido alertados por policiais civis e militares.
Com o avanço das investigações a PF descobriu uma extensa rede de colaboradores dos bandidos dentro de batalhões da Polícia Militar e delegacias. Cada grupo de informantes chegava a receber R$ 50 mil quando avisava os traficantes de operações policiais na favela. Também ganhavam para dar proteção a milicianos e à máfia dos caça-níqueis.
A investigação revelou ainda a participação de personagens importantes da segurança pública, como o ex-subchefe de Polícia Civil, delegado Carlos Antonio de Oliveira. O policial, que está preso, é suspeito de apropriação e desvio de armas e drogas apreendidas com criminosos.
Desde janeiro, Oliveira estava cedido à Prefeitura do Rio, como subsecretário de Ordem Pública. Na nova função, segundo a Polícia Federal, continuou fazendo negócios com criminosos.
Outro personagem conhecido é o inspetor Leonardo da Silva Torres. Ele começou a chamar a atenção pelo hábito de fumar charuto nas operações e usar uniforme camuflado. Leonardo, mais conhecido como Trovão, chegou a aparecer num documentário exibido pela BBC de Londres, em 2009. A equipe inglesa registrou o inspetor em ação, numa favela carioca.
 
 
PF apresentou armas e munições apreendidas na Operação Guilhotina
O delegado da Polícia Federal Allan Dias afirmou na tarde deste domingo (13), durante a divulgação do material que foi apreendido até agora da Operação Guilhotina, que se a ação fosse realizada logo após a ocupação do Conjunto de Favelas do Alemão, na Zona Norte do Rio, em novembro passado, as armas apreendidas lotariam uma sala inteira. Um inspetor se entregou na tarde deste domingo, subindo para 38 o número de presos.
“Infelizmente a gente não pôde realizar essa operação logo depois do Alemão, porque essa sala estaria lotada. Mas a gente precisava avançar nas investigações e colher mais provas”, disse ele, na sede da Polícia Federal, no Centro.
A ação investiga o envolvimento de policiais com traficantes, milícias e a máfia dos caça-níqueis. O delegado confirmou que um inspetor da Polícia Civil se entregou na 16ª DP (Barra da Tijuca), na Zona Oeste do Rio, nesta tarde. Dos 38 presos, até o momento, 30 são policiais (20 PMs e 10 policiais civis).
Entre o material apresentado neste domingo estavam dois fuzis, duas carabinas, sete pistolas, um revólver, cerca de 5 mil munições, 12 rádios transmissores, e relógios. Além disso, o delegado disse que cerca de R$ 60 mil em dinheiro, 700 euros e joias também foram encontrados.
De acordo com o delegado da PF, policiais investigados na operação ofereciam dinheiro aos informantes do Alemão. “Essas armas foram vendidas para grupos criminosos de traficantes rivais aos do complexo do Alemão e que tinham ligação com os policiais aqui investigados”, afirmou.
 
Operação poderá ter mais mandados de prisão
Também nesta tarde, o delegado admitiu que novos mandados de prisão contra policiais poderão ser emitidos pela operação. “Após análise inicial do que foi apreendido e a coleta dos depoimentos que foram feitos por outras autoridades policiais – preciso ler os interrogatórios para análise mais aprofundada – vou representar outras medidas construtivas, como apreensão e novas prisões preventivas”, afirmou.
Allan Dias disse também que uma das coisas que mais chamou a atenção na investigação foi o movimento de uma conta bancária de um dos investigados, de cerca de R$ 50 mil por dia.
A operação cumpre 45 mandados de prisão. Segundo Dias, se os policiais foragidos não se apresentarem em até um mês, contando a partir de sexta-feira (11), serão demitidos por serem funcionários públicos. A operação segue ininterrupta desde sexta.
saiba mais
 
Delegado transferido
Um dos alvos na megaoperação da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Polícia Federal, o delegado Carlos Oliveira foi transferido da sede da PF, no Centro do Rio, para o presídio Bangu 8, no complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste, na noite de sexta-feira (11). Os advogados não falaram com a imprensa.
O delegado se entregou à tarde na sede da Polícia Federal, onde prestou depoimento no começo da noite. Oliveira já ocupou o cargo de subchefe operacional da Polícia Civil e, há pouco mais de um mês, havia assumido a subsecretaria de Operações da Secretaria Especial da Ordem Pública (Seop).
Os envolvidos receberiam propina para passar informações de operações a criminosos e venderiam material apreendido. Entre as apreensões desviadas estaria parte do que foi encontrado no Conjunto de Favelas do Alemão, em novembro do ano passado.
Informantes e escutas
Para chegar aos suspeitos, a polícia contou com a ajuda de informantes, escutas telefônicas, fotografias e filmagens. A ação conta com 580 agentes e visa cumprir 45 mandados de prisão e 48, de busca e apreensão, em bingos, residências e estabelecimentos comerciais. Com lanchas, agentes também fazem buscas na Baía de Guanabara atrás de corpos de possíveis vítimas de milícias. Entre os procurados, 30 são policiais civis, militares e delegados.
“O objetivo primário da operação é alcançar policiais que vazam informações a grupos de criminosos. Em 2009, uma operação tinha objetivo de prender um dos líderes da Rocinha. A operação vazou e o vazamento foi investigado. A partir de uma prisão, a PF conseguiu avançar na investigação o que gerou a Operação Guilhotina”, explicou o superintendente da PF, Angelo Fernando Gioia, em entrevista coletiva na sede da PF nesta manhã.
O chefe de Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski, chamou o delegado Carlos Oliveira de “traidor”, depois de prestar esclarecimentos sobre as investigações na Polícia Federal nesta manhã. De acordo com a Secretaria, a ação foi comandada pelo órgão e Turnowski pode ajudar nos trabalhos. Em entrevista, Beltrame reiterou a confiança em Allan Turnowski
Investigações
Segundo a Secretaria, a ação teve início em 2009, quando agentes tentavam prender o traficante Roupinol, comparsa do traficante Nem, na Rocinha. Na ocasião, policiais do estado do Rio atuaram junto com agentes da Polícia Federal de Macaé, no Norte Fluminense, depois de um vazamento de informações.
Com três testemunhas e um farto material, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, chegou a ir a Brasília pedir à chefia da Polícia Federal que fosse feita uma parceria entre as forças de segurança, já que a PF também havia participado da operação conjunta há quase 2 anos e seguia investigando o grupo.

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