Clipping do dia 10 de outubro
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Visor
Assunto: Penitenciária
PLEBISCITO PENITENCIÁRIO
O prefeito eleito de Imaruí, Manoel Viana de Sousa (PT), na foto abaixo, veio a Florianópolis ontem protocolar no Centro Administrativo documento em que afirma categoricamente ser contrário à instalação da penitenciária no município do Sul do Estado. Estava acompanhado da vice Elia Vieira Roussenq.
Manoel diz que esta decisão é baseada na mensagem das urnas, já que todo o debate eleitoral foi pautado entre quem era a favor à penitenciária na cidade, como o atual prefeito Amarildo Matos de Souza, e a oposição, liderada pela coligação do prefeito eleito, que recebeu 57% dos votos, 4.874.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Gerais
A morte trágica de Artur, nove anos
Garoto brincava de esconde-esconde embaixo da roda de ônibus escolar
Até a próxima terça-feira todos os alunos da Escola Lydio de Brida, em Urussanga, no Sul do Estado, ficarão sem aulas. O motivo é o luto pela morte do aluno Artur Vitoretti, nove anos, esmagado durante a manobra de marcha à ré do próprio ônibus em que embarcaria em frente à escola, fato testemunhado por mais de 40 crianças.
Estudante do segundo ano do ensino fundamental, Artur teve aula de manhã, almoçou em casa e voltou à escola para pegar o ônibus que o levaria até o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). O veículo de uma empresa particular contratada pela prefeitura para o transporte já estava com cerca de 40 crianças de outras escolas e receberia sete do Lydio de Brida, entre elas Artur.
A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente. Alunos dizem que Artur estaria brincando de esconde-esconde com os amigos e teria se abaixado atrás de uma das rodas traseiras do ônibus assim que o veículo estacionou.
Quando o motorista Orlando Jaques foi iniciar a manobra para alinhar o veículo novamente de frente para a estrada e, com isso, facilitar a saída, o garoto teve a cabeça parcialmente atingida pelas rodas do lado direito e morreu na hora.
“Não tinha como ver o menino. Foi uma fatalidade”
Motorista do ônibus
Ainda muito abalado pelo acidente que tirou a vida de Artur Vitoretti, o motorista do ônibus explicou a manobra que fez e garantiu que sempre foi muito cuidadoso em seus 38 anos e sete meses na profissão.
Diário Catarinense – Como aconteceu o acidente?
Orlando Jaques – Fiz o que faço todos os dias, há um ano e meio: parei o ônibus em frente à escola e depois fui manobrá-lo para ficar de frente para a saída. Quando o ônibus andou menos de um metro senti aquele peso na embreagem e ouvi as crianças gritando que o Artur estava debaixo da roda. Parei imediatamente e, ao descer, vi aquela cena horrível.
DC – Como o senhor se sentiu com tudo isso?
Jaques – Fiquei desesperado como estou até agora, mas muita gente viu tudo, não tive culpa, não tinha como ver o menino. Eu percebi que algumas crianças da rua tinham trocado de lado para embarcar depois da manobra, mas jamais iria imaginar que um deles ficaria atrás da roda. Foi uma fatalidade.
DC – O senhor já tinha se envolvido em algum acidente antes?
Jaques – Eu tenho essa profissão há 38 anos e sete meses e jamais tirei a vida de alguém no trânsito. Hoje, infelizmente, uma criança acabou morrendo.
DC – O senhor sempre foi motorista de ônibus?
Jaques – Estou no transporte escolar há um ano e meio. Antes, trabalhava com caminhão. Sempre fui muito cuidadoso. Aqui em Urussanga há uma estrada com um aviário ao lado, e muitas vezes parei o ônibus para que algumas galinhas que ficam soltas atravessassem a pista.
DC – Acha que vai voltar a trabalhar normalmente quando?
Jaques – Não sei. Amanhã mesmo (hoje) tenho que ir a um médico, pois ainda estou muito nervoso. Não tenho como trabalhar um dia depois de ter acontecido isso.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Reportagem Especial
Assunto: José Dirceu
O fim do homem forte
Considerado o “pai do mensalão”, José Dirceu foi condenado ontem pelo Supremo Tribunal Federal
Responsável pelas articulações políticas que levaram o PT ao Palácio do Planalto, ministro-chefe da Casa Civil nos primórdios do governo Lula, o mineiro que sonhava ser presidente da República foi condenando, ontem, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A mais alta Corte do país reconheceu o ex-líder estudantil, deputado federal e ministro José Dirceu como pai do mensalão. Condenou o petista pelo crime de corrupção ativa, ao lado do ex-presidente do partido José Genoino e do ex-tesoureiro Delúbio Soares, integrantes do núcleo político do esquema de compra de deputados federais executado entre 2003 e 2004.
O STF deu o mesmo destino do trio petista para o empresário Marcos Valério, seus sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, sua funcionária Simone Vasconcelos e seu advogado Rogério Tolentino. A gerente da agência SMPB, Geiza Dias, e o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto foram absolvidos.
Mesmo faltando os votos dos ministros Celso de Mello e Carlos Ayres Britto, que serão proferidos hoje, a Corte alcançou no começo da noite de ontem os seis votos necessários para a condenação matemática de José Dirceu, considerado o ministro todo poderoso nos primeiros anos da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva.
A sessão começou com três votos pela punição e um pela absolvição do petista. Dias Toffoli proferiu a primeira decisão do dia. Surpreendeu ao condenar José Genoino, porém deu sobrevida a Dirceu, seu antigo chefe – o magistrado chegou a ter a presença no julgamento questionada por ter sido advogado-geral da União no governo Lula e ter assessorado Dirceu. Justificou o voto apontando a fraqueza da denúncia, carregada de acusações “sem o mínimo lastro probatório”.
A posição de Toffoli acabou vencida. Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello confirmaram Dirceu como idealizador do esquema fraudulento. Teve a mão do ex-ministro a engenharia criada nos empréstimos fictícios concedidos pelo Banco Rural ao PT e às agências de Valério, manobra para lavar o dinheiro público desviado e entregue aos parlamentares que venderam seu apoio.
– Depois das tratativas, Genoino ou Delúbio logo entravam em contato com Dirceu – salientou Mendes.
Com a decisão, aos 66 anos Dirceu aguarda o desfecho do julgamento. Ainda responde a acusação por formação de quadrilha, mas já calcula as penas. Corre o risco de ser preso mais uma vez, a exemplo do que ocorrera em 1968. Mas, caso seja confirmada, a nova detenção trará um contexto diferente da anterior. Misto de líder estudantil e galã da esquerda, Dirceu foi preso durante o 30º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE). Era um herói da luta contra o regime militar, que o levou a buscar exílio em Cuba e a voltar de forma clandestina, pavimento da sua ascensão política.
De óculos e bigode, Dirceu se ocultou no interior do Paraná. Adotou o nome de Carlos Henrique, casou-se, mas só revelou a verdadeira identidade à mulher em 1979, com a anistia. Deixou a família, desfez a cirurgia plástica, para fundar o PT. Agora, condenado, aparece como mentor do escândalo que maculou a imagem do partido que ajudou a fundar e a levar ao poder. Triste epílogo para o estudante que sonhou presidir o Brasil
Ex-quase presidente
Não houvesse o episódio do mensalão, hoje a faixa de presidente da República poderia estar sobre o peito de José Dirceu. Entre dirigentes e parlamentares petistas, passando por egressos da sigla, essa é uma certeza avassaladora.
Motivos não faltam para sustentar a tese de que Dirceuteria concorrido à sucessão de Lula em 2010, e não a atual presidente Dilma Rousseff. Ele era o homem forte do PT. Presidente da sigla entre 1995 e 2002, norteava os petistas com pulso firme, exercia plenamente a sua influência, impunha respeito. Foi o responsável por flexibilizar as políticas e o discurso do PT – elementos fundamentais para a eleição de Lula em 2002 –, arregimentou o marqueteiro Duda Mendonça, costurou acordos. Convenceu setores reticentes da legenda a aceitarem a indicação de José Alencar como vice de Lula, fato que diminuiu a resistência do empresariado ao projeto petista.
Com a vitória nas urnas, Dirceu deixou a presidência do PT para assumir a Casa Civil. Era chamado de primeiro-ministro. A agenda dele era mais disputada do que a de Lula. O réu do mensalão era o responsável pela gestão interna. Centralizava o poder, articulava as políticas públicas e dominava os ministérios. Enquanto isso, Lula fazia a política externa, reforçava os laços com a sociedade, percorria o país. Porém, o poder de Dirceu jamais foi superior ao de Lula. Pelo contrário. A concentração de poder nas mãos de Dirceu era determinada por Lula, que tinha irrestrita confiança no fiel aliado. Juntos, com o controle do campo majoritário do PT, pavimentariam um terceiro mandato. E, desta vez, Dirceu seria o presidente.
– Era algo natural. Todos sabiam que o Dirceu seria o sucessor pelo poder que tinha – diz um assessor do Planalto.
Nos bastidores, correntes minoritárias acreditam que Lula poderia preterir Dirceu para apostar em um candidato alheio à disputa das correntes. Seria uma candidatura de renovação, assim como foi Fernando Haddad em São Paulo e a própria Dilma em 2010..
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Segurança
Assunto: Carro-forte
Assaltantes deixam para trás armas e dinheiro
Após roubar veículo de transporte de valores na Serra Dona Francisca, os quatro ladrões escapam e desaparecem na mata
“Você não viu nada e não sabe de nada. Não vamos fazer nada com sua família”. O recado foi recebido por um caldeiro de 46 anos, morador do Bairro Bracinho, em Schroeder, que o ouviu do homem armado de fuzil que bateu à sua porta por volta das 19h30min de segunda-feira.
O homem não se preocupou em esconder o rosto: apenas jogou uma maleta em cima do sofá, deu as costas e fugiu. Na mala, havia R$ 100 mil em dinheiro, que o morador entregou à polícia.
O dinheiro era parte da quantia levada de um dos quatro carros-fortes interceptados na Serra Dona Francisca, em Joinville, por uma quadrilha de pelo menos 10 pessoas cujo paradeiro ontem ainda era incerto para as polícias Militar e Civil.
Cerca de 50 policiais – entre eles, 20 agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM de Florianópolis – continuam trabalhando nas buscas pelos bandidos na mata fechada em Schroeder. Antes, eram aproximadamente 80.
A quadrilha deixou para trás armas de grosso calibre – como fuzis e submetralhadoras – e carros usados na ação. Deixaram também muros marcados a tiro e histórias para moradores da pacata região rural da cidade de pouco mais de 13 mil habitantes no Vale do Itapocu.
O carro-forte da empresa Prossegur ia de São Paulo para Joinville em comboio, e foi interceptado no km 91 da SC-301, onde uma carreta impedia a passagem de carros. O motorista havia sido rendido.
Os ladrões também se mostraram preparados para responder a uma perseguição. Na barreira da polícia em Schroeder, eles trocam tiros e fogem. Para atrapalhar a polícia, jogam na estrada punhados de miguelitos – espécie de prego usado para furar pneus. Na Rua Ricardo Gorll, abandonam a Tucson usada na fuga e entram na mata.
Segundo o delegado regional de Joinville, Dirceu da Silveira Júnior, a polícia manteria cerco durante a noite, até ter certeza de que os bandidos fugiram. Para Silveira, os ladrões ainda podem estar armados, apesar de terem largado armas durante a fuga. Nota das empresas Prosegur e Brinks informa que parte do dinheiro foi recolhido, mas não precisa valores.
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Veículo: Notícias do Dia
Editoria: Polícia Militar
Assuntos: Polícia Militar de Balneário Camboriú procura três criminosos
Polícia Militar de Balneário Camboriú procura três criminosos
Os crimes ocorreram no início da tarde de terça-feira, mas até o momento não há pista dos bandidos
A Polícia Militar de Balneário Camboriú está atrás de um estuprador e dois assaltantes. O primeiro crime aconteceu por volta das 12h30 de terça-feira (9), quando um homem abordou um professora de Itajaí. Ela saía de um de seus empregos quando foi abordada por um homem, que anunciou ter uma arma e a ordenou entrar em um ônibus de linha.
Pouco depois o estuprador mandou que a professora descesse do coletivo, a conduzindo até um VW/Gol de cor prata. Após conduzir a vítima até um terreno baldio no bairro Rio Pequeno o homem tentou violenta-la, mas ela reagiu e o acertou com uma barra de ferro. Enquanto o homem estava desabilitado a mulher fugiu, pedindo ajuda em uma igreja próxima, de onde a PM foi acionada. Segundo a vítima, o estuprador já estava seguindo ela há algum tempo, pelo menos uma semana.
O segundo crime ocorreu por volta das 14h30, em um estabelecimento comercial que fica às margens da BR-101, na altura de Balneário Camboriú. Dois homens chegaram armados em uma motocicleta furtada no município de Itajaí. Renderam os clientes e funcionários levando uma quantidade de dinheiro não revelada.