PRINCIPAIS NOTÍCIAS DE 21 DE MAIO
COLUNISTA RAFAEL MARTINI – Diário Catarinense
Cozinhas liberadas
Bombeiros e prefeitura chegaram a um acordo sobre as medidas de segurança que deverão ser adotadas para instalação das cozinhas no mezanino dos boxes do Mercado Público: uso de sprinklers (chuveirinhos antichamas), detector de fumaça, uso de gás natural em vez do GLP e formação de brigada de combate a incêndio.
Sem aviso prévio
O Tribunal de Justiça coloca em prática ainda neste mês ações de enfrentamento aos problemas registrados no sistema prisional do Estado. Inspeções e mutirões carcerários vão ocorrer nos presídios e penitenciárias do Estado, sob a coordenação da desembargadora Salete Sommariva. As visitas, por sinal, vão ocorrer sem data nem hora marcadas, para permitir a verificação do quadro em sua real dimensão.
Braços cruzados
Os policiais civis catarinenses prometem pendurar as algemas hoje em apoio à paralisação nacional da categoria. Serão atendidos somente casos de emergência, prisões em flagrante ou por ordem judicial.
COLUNISTA MOACIR PEREIRA – Diário Catarinense
Protestos
Quatro manifestações contra o governo do Estado serão realizadas hoje, a partir das 14h, pelo Sinte: Florianópolis, Joinville, Lages e Chapecó. O Sindicato da Educação reivindica piso na carreira, descompactação da tabela salarial, revogação do decreto de progressões e revisão da lei dos ACTs. Na Capital, os atos serão na Praça Fernando Machado.
COLUNISTA ROBERTO AZEVEDO – Notícias do Dia
Com sotaque
O coronel Bertrand Domeneghetti, no alto, à esquerda, especialista em Defesa Civil do governo francês, foi um reforço internacional à cruzada empreendida pelo senador Casildo Maldaner (PMD B). Ao lado do secretário da Embaixada da França em Brasília Vicent Larrouze conversaram sobre as contribuições do modelo francês ao trabalho desenvolvido no Brasil. E concordaram com as premissas sustentadas por Casildo: estrutura administrativa, monitoramento e investimento em prevenção.
ASSUNTO: EDITORIAL
VEÍCULO: Diário Catarinense
GREVE DE POLICIAIS
Lideranças das polícias civis, além de policiais federais e rodoviários, anunciam paralisações em mais de uma dezena de Estados. O movimento faz parte da onda de reivindicações planejada por servidores públicos às vésperas da Copa, num período que consideram o mais apropriado para ganhar visibilidade e pressionar o governo pelo atendimento de suas causas. Para o país, porém, o momento é inadequado, o que torna a ameaça de paralisação ainda mais inoportuna e preocupante. Por isso, a intenção desafia a capacidade de negociação dos governantes, de quem se espera que possam preservar o diálogo com os servidores, evitando uma sensação ainda maior de insegurança entre os brasileiros.
Há alguns anos, a sociedade acompanha com atenção a luta de categorias da área de segurança pela aprovação da chamada PEC 300, que na prática equipara os salários de policiais de todo o país ao da PM do Distrito Federal. A questão é complexa, entre outras razões, pelo fato de exigir uma complementação por parte da União para Estados com situação financeira mais delicada. A população tem consciência também do que pode ocorrer quando corporações da área de segurança cruzam os braços. O risco torna-se ainda maior no caso de policiais militares, como ficou evidente há alguns dias em Pernambuco, onde a criminalidade explodiu principalmente sob a forma de saques em Recife e arredores.
Ao contrário do que ocorre no setor privado, no qual quem paralisa assume as consequências baseadas numa regulamentação de 1989, greve no setor público não dispõe de regras claras até hoje. Um projeto de lei definindo as normas de paralisação, preservando tanto os interesses dos servidores quanto os da população, continua pendente até hoje na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Sem regras claras, e como quem paralisa no setor público não corre qualquer risco, o temor é sempre o de que a população fique ainda mais vulnerável à ação de criminosos com menos policiais em atividade.
Segurança pública é um serviço essencial, que não pode ser totalmente suspenso pela razão óbvia de expor a população a riscos adicionais. Por isso, movimentos como o atual deveriam incentivar a população a cobrar mais agilidade na regulamentação da greve no setor público, o que poderia contribuir para reduzir os danos. Mas, de imediato, o que se espera das autoridades é o máximo de empenho para preservar o diálogo e o direito da sociedade à preservação de serviços em áreas de responsabilidade exclusiva do poder público. Segurança pública é um serviço essencial, que não pode ser totalmente suspenso pela razão óbvia de expor a população a riscos adicionais.
ASSUNTO: EDITORIAL
VEÍCULO: Notícias do Dia
Radares e a pressa no trânsito
Uma prova de que a ameaça de prejuízo financeiro vem contendo o açodamento de muitos motoristas está na redução do número de autuações em Florianópolis de um ano para cá.
Em junho de 2013, a prefeitura voltou a acionar os radares até então desativados e o resultado, como era de esperar, foi a queda no volume de multas, embora ainda haja locais sem cobertura que permitem excessos aos condutores mais imprudentes. Com os 73 radares colocados em 17 pontos críticos da cidade o item “excesso de velocidade” passou a responder por um percentual menor das infrações aplicadas – na proporção de 86% para 73%.
A solução parece ir contra as normas do bom senso, porque deveria partir da vontade e da consciência dos motoristas, e não da penalização por má conduta no trânsito, a motivação para mudar o quadro atual. Contudo, não havendo outra solução, o controle eletrônico da velocidade dos veículos é a saída que se apresenta, e que tende, de fato, a minorar a quantidade de registros nas vias urbanas da cidade.
De qualquer maneira, há muito ainda a ser feito. Se apenas na avenida Beira-Mar Norte, a mais movimentada da Capital, ainda são aplicadas 260 infrações por dia, incluindo também avanços sobre o sinal vermelho e o hábito de parar sobre a faixa de pedestres, é porque existem condutores recalcitrantes que não se mostram aptos a evoluir em seu comportamento ao volante. Colocar mais radares parece ser, infelizmente, uma medida necessária para controlar a pressa injustificada de motoristas imprevidentes.
ASSUNTO: TRAGÉDIA NA BEIRA-MAR
VEÍCULO: Diário Catarinense
Radares registram carro a 80 km/h
Uma consulta do Instituto de Planejamento Urbano (Ipuf) ao sistema que controla os radares da Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, aponta que o Corsa envolvido no acidente da madrugada de sábado não passou acima de 80 km/h pelos radares da via. Com a colisão, três pessoas morreram e uma ficou gravemente ferida.
Entretanto, o trecho onde ocorreu o acidente não tem equipamentos de fiscalização. Com isso, permanece a dúvida de qual era a velocidade antes da batida, mesmo que o velocímetro tenha parado em 180 km/h. O último radar fica na esquina com a Servidão Paulo Zimmer, em frente ao Koxixo’s. Daquele ponto até o local da colisão, próximo a uma revendedora de veículos, são 1,3 mil metros.
– Não há registro (de notificação) para o veículo desde o início da Beira-Mar até o último radar em nenhum dos sentidos. Nem em outros dias há registros – explicou Lírio José Legnani, engenheiro do Ipuf e responsável pela fiscalização.
Rapaz que sobreviveu apresenta melhora
Único sobrevivente do acidente, Marcos Antônio de Jesus continuava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, ontem à noite. Ele seguia em coma induzido.
Segundo a família, a hemorragia interna do rapaz teria acabado, o que aumentou as esperanças de recuperação. Uma amiga da família conta que, diferente do que acreditavam no início, ele não teve um pulmão perfurado, e isso só pôde ser confirmado agora.
De acordo com os familiares, se o rapaz continuar melhorando, os aparelhos que o mantêm estável poderão ser desligados. A Unidade de Saúde e a Secretaria de Saúde do Estado não passam informações sobre o estado de saúde dele. A mãe e a namorada são as únicas pessoas que têm permissão de visitar o jovem.
ASSUNTO: SISTEMA PRISIONAL
VEÍCULO: Diário Catarinense
Serra ganha penitenciária
Em uma tentativa de reduzir o déficit de vagas nas unidades prisionais de Santa Catarina, a Secretaria de Justiça e Cidadania fará na próxima semana a assinatura da ordem de serviço para a obra que criará 599 espaços para os detentos do Estado.
A solenidade, que ocorrerá no dia 29, será o passo inicial para a construção da segunda unidade da Penitenciária da região de Curitibanos, em São Cristóvão do Sul, na Serra Catarinense. Além do espaço para o regime fechado, também haverá uma ala para o semiaberto. A proposta da unidade seguirá o mesmo modelo existente no Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, em Itajaí.
Haverá espaços para trabalho, parlatórios, locais para visita íntima, solários, ambientes de ensino, entre outras estruturas. Um diferencial da nova penitenciária em relação à unidade de Itajaí é que será construída uma muralha de segurança, enquanto na outra cadeia há apenas grades. A empresa Verdi Sistemas Construtivos S/A fará a obra. O prazo de conclusão é oito meses.
Além desta unidade, estão em andamento outras duas obras nos presídios catarinenses. Em Chapecó, deve ser concluído até dezembro o segundo setor da penitenciária de Chapecó para 599 vagas. Também na cidade do Oeste está sendo erguida a cadeia pública feminina, com capacidade para 286 detentas. O mesmo número de espaços será construído a partir dos próximos dias em Itajaí. A assinatura da ordem de serviço ainda não tem data definida.
ASSUNTO: BANDIDOS ARMADOS
VEÍCULO: Diário Catarinense
Quatro assaltam restaurante
Quatro homens assaltaram o restaurante Tamashii Sushi Lounge ontem à noite no Caminho dos Açores, em Santo Antônio de Lisboa, no norte da Ilha de SC.
Conforme relato de testemunhas, o grupo chegou ao local perto das 22h30min de ontem gritando: “Perdeu, perdeu!” Os assaltantes usavam bonés e moletons com capuz. No local, estavam pelo menos sete pessoas: um casal de clientes e os funcionários do restaurante.
Segundo as vítimas, três dos assaltantes estavam armados. Um dos bandidos ordenou que os garçons se deitassem e rendeu a proprietária, o filho dela e os clientes que permaneceram no local.
Como não havia dinheiro no caixa, os quatro roubaram os pertences de quem estava no restaurante. Os ladrões se dirigiram ao segundo andar do restaurante, onde encontraram mais um garçom.
Quando o localizaram, o funcionário estava ao telefone tentando ligar para a Polícia Militar. Ele foi agredido pelos assaltantes.
Durante toda a ação, conforme relato de uma das vítimas, os ladrões apontavam armas e ameaçavam caso alguém reagisse. Na fuga, os quatro levaram um Sandero que pertencia ao casal de clientes. A suspeita é que eles tenham chegado ao local de moto. Aparentemente, disse uma das vítimas, parte do grupo era formada por adolescentes.
A PM fez buscas na região, mas ninguém foi preso. Logo depois do assalto, as vítimas foram registrar o boletim de ocorrência na 5a Delegacia de Polícia, no bairro Agronômica.
ASSUNTO: REFÉM EM ASSALTO
VEÍCULO: Diário Catarinense
Do porta-malas, taxista chama polícia
Um taxista de Itajaí viveu momentos de angústia na madrugada de ontem, quando foi feito refém por três homens. Os suspeitos entraram no táxi como passageiros para uma corrida, no meio do caminho prenderam o motorista no porta-malas, cometeram um assalto em Balneário Camboriú e abandonaram a vítima no carro.
O crime foi descoberto quando ainda estava em andamento, pois a vítima, 41 anos, conseguiu acionar a Polícia Militar pelo celular enquanto estava presa. Os criminosos, porém, não foram localizados.
O taxista pegou os três bandidos na rodoviária de Itajaí. Ele contou que os homens pediram para seguir até Biguaçu. Porém, perto da praça de pedágio de Porto Belo, na BR-101, os criminosos renderam o trabalhador e o colocaram no porta-malas. Dois dos suspeitos estavam armados.
Por volta das 3h30min, o taxista, que estava com o celular conseguiu ligar escondido para a Polícia Militar ainda de dentro do porta-malas do veículo. A chamada foi atendida por policiais da central da Polícia Militar na Grande Florianópolis. A vítima foi dando informações aos policiais sobre onde acreditava que poderia estar.
Ladrões fizeram outro roubo com primeira vítima no carro
O homem contou que, em Balneário Camboriú, os suspeitos pararam o carro e cometeram outro assalto. De acordo com o relatório da PM na cidade, por volta de 5h30min os bandidos pararam o táxi na marginal Leste da rodovia e assaltaram uma mulher. Dela foi levada uma bolsa com R$ 500, três chaves de um Honda Civic, um par de óculos, celular, documentos e as chaves do local de trabalho.
Depois da abordagem os suspeitos seguiram rumo a Itajaí e abandonaram o táxi no bairro Promorar, com o taxista ainda no porta-malas. A polícia fez rondas em toda a região depois que o homem foi encontrado, mas não havia localizado os suspeitos até o fechamento desta edição.