Clipagem do dia 14 de novembro

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 14 DE NOVEMBRO

 

COLUNISTA HÉLIO COSTA – Notícias do Dia

O nome ave de rapina para a operação da Polícia Federal caiu bem para a quadrilha formada por servidores, vereadores e empresários, que juntos oneraram o município de Florianópolis em mais de R$ 30 milhões, durante um ano. Uma vergonha ver a Câmara de Vereadores em manchetes policiais. As investigações prosseguem e o delegado da Polícia Federal, Alan Dias, disse que vem mais chumbo grosso e mais gente pode ser capturada. O legislativo deve cumprir seu papel – elaboração, discussão e votação de leis para a municipalidade, propondo benfeitorias, obras e serviços para o bem-estar da população em geral - e jamais funcionar com uma “Câmara de Negócios”. A origem da palavra vereador vem do latim “verear”, ser vigilante. A pena para o crime de colarinho branco está muito branda, e com a demora do judiciário em julgá-la, o crime prescreve e o político ainda sai com a ficha limpa. É lamentável. Fica aí o alerta aos eleitores para terem mais consciência política na hora de votar. 

 

COLUNISTA CARLOS DAMIÃO – Notícias do Dia

O receito que tudo acabe em pizza

Muita gente não entendeu a Operação Ave de Rapina, por causa das suas características muito abrangentes, focadas em três eixos diferentes, embora dois deles tenham alcançado parte do legislativo municipal de Florianópolis. Na prática, a Polícia Federal entrelaçou fatos e personagens da prefeitura (Ipuf e Fundação Franklin Cascaes) e da Câmara, capturando parcela de um grupo que age há muitos anos nos bastidores das licitações e da elaboração de leis. Documentos, gravações e outras provas respaldam o inquérito de mais de 200 páginas, comprovando a conhecida competência da PF em investigações do gênero. O temor de muita gente é que, com a atuação de advogados experientes, o trabalho da PF seja questionado em todas as instâncias judiciais e os casos sejam empurrados com a barriga, exatamente como aconteceu com a Operação Moeda Verde. Surge assim, nas redes sociais e nas rodas de bate-papos, a sensação de que não haverá desdobramentos, ninguém será condenado, e tudo acabará caindo no esquecimento. Apesar do pessimismo de muitos florianopolitanos, ressalve-se mais uma vez a  indispensável atenção que a Justiça deve dar ao amplo direito de defesa, presunção da inocência e outras prerrogativas que protegem qualquer acusado, pouco importa o crime que tenha cometido.

 

ASSUNTO: Operação AVE DE RAPINA

VEÍCULO: Diário Catarinense

PREFEITURA SUSPENDE PAGAMENTOS DE CONTRATOS SUSPEITOS

EQUIPE COM TRÊS procuradores está analisando 23 processos de Florianópolis e prefeito Cesar Souza Junior não descarta rescisões

A Prefeitura de Florianópolis suspendeu ontem os pagamentos de todos os contratos que estão sob investigação da Polícia Federal. Enquanto isso, 23 processos são analisados por três procuradores. A prioridade das análises é para as licitações realizadas no Instituto do Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) e os eventos contratados pela Fundação Franklin Cascaes, ambos objeto da investigação da polícia que desencadeou a Operação Ave de Rapina.
O procurador-geral da prefeitura, Alessandro Balbi Abreu, afirmou que nenhum pagamento será feito até que se tenha acesso à conclusão do inquérito da PF, prevista para a próxima quinta-feira. Abreu adianta ainda que não devem ser encontradas irregularidades nos contratos, principalmente nas licitações dos equipamentos de radares, realizadas com a empresa Kopp Tecnologia, que desde fevereiro de 2013 é responsável pela fiscalização dos 122 pontos com controladores de velocidade em Florianópolis.
O procurador aguarda receber também as escutas telefônicas que darão mais base legal às denúncias.
– É provável que os vícios não estejam no processo, mas sim entre as negociações que poderiam ter ocorrido por fora – explica o procurador.
Contratos envolvidos podem ser anulados
Ontem à tarde, a Procuradoria separou os contratos por pagamentos já efetuados e os que ainda estão em continuidade. A ideia é organizar as informações e elencar as prioridades para que com a conclusão do inquérito da PF, a prefeitura tenha base legal para tomar as providências rapidamente.
Em entrevista ao Jornal do Almoço, o prefeito Cesar Souza Junior disse que não pretende esperar a conclusão da investigação para tomar providências. Garantiu que se houver base legal e forem encontradas irregularidades, os contratos sob suspeita poderão ser suspensos e os servidores envolvidos exonerados.
No dia da operação, quarta-feira, três pessoas foram demitidas do governo e desde então os gestores das pastas passaram a ser interrogados quanto a responsabilidade nas transações apontadas pela PF.

 

ASSUNTO: EDITORIAL

VEÍCULO: Diário Catarinense

Celeridade e eficiência

Polícia Federal tem de ser ágil para comprovar a participação de servidores públicos em esquema de corrupção e propina que envolve a Câmara de Vereadores, a Prefeitura de Florianópolis e empresas

Depois de quase um ano de investigações, a Operação Ave de Rapina da Polícia Federal levou 14 pessoas à prisão, além de apreender inúmeros computadores e documentos. Se comprovadas as suspeitas da PF, de que existe em Florianópolis um esquema de propinas para favorecimento de empresas ligadas à instalação de radares, à organização de festas populares e à publicidade visual, estaremos diante de um dos maiores escândalos que Santa Catarina já presenciou, com o agravante de a corrupção ativa ser protagonizada por agentes públicos. São estarrecedoras as acusações de que as empresas envolvidas eram procuradas por servidores para que dessem dinheiro em troca de favores.
A citação de dois parlamentares, do presidente da Câmara, Cesar Faria – que passou o dia em depoimentos, foi liberado e pediu afastamento do cargo –, e do vereador Badeko, que segue detido, além de integrantes de órgãos de segundo escalão da Prefeitura de Florianópolis, revela a promiscuidade da relação público-privada no atual sistema político-administrativo do país. Amizades ou contatos informais de entes públicos com fornecedores de serviços não são convenientes. E beira a ilicitude o vazamento de informações vitais para que processos licitatórios se desenvolvam com correção e transparência.
Se comprovada a denúncia, o mínimo que se espera é a punição exemplar de integrantes dos poderes Legislativo e Executivo envolvidos com a corrupção e a propina. Esse tipo de crime não pode ser tratado com condescendência, independentemente dos envolvidos e de eventuais punições administrativas. Os cidadãos só se sentirão representados quando prevalecer a integridade na administração pública e as deformações forem corrigidas com rapidez e justiça.
Até por isso, a Polícia Federal deve adotar todas as providências para que uma operação deste montante não se transforme apenas em um espetáculo midiático. É preciso reunir provas – segundo o delegado Allan Dias, elas existem e são contundentes – do envolvimento dos detidos, demonstrar como o esquema delituoso estava operando e esclarecer o papel de cada um no esquema. Passado o impacto das primeiras ações, é preciso se debruçar sobre o caso com celeridade, sob pena de a própria instituição cair no descrédito – não pode ser um tiro no pé, como comprovou ser a Operação Moeda Verde, que depois de sete anos não conseguiu provar o envolvimento de nenhum dos acusados.

 

ASSUNTO: Editorial

VEÍCULO: Notícias od Dia

A corrupção que se alastra

A Operação Ave de Rapina, desencadeada pela Polícia Federal, continua sendo o assunto mais comentado em todos os ambientes em Florianópolis. Nesta quinta-feira, novas informações foram liberadas e se deu conta de que na próxima semana mais 20 pessoas deverão ser ouvidas, juntando-se às 14 que tiveram prisão preventiva decretada anteontem, entre servidores públicos, vereadores e empresários acusados de fraudes em licitações, execução de eventos culturais e atos ilícitos levados a termo no âmbito da Câmara de Vereadores da Capital.

O caso mais grave parece ser o de favorecimento de empresários interessados em obter vantagens em licitações e projetos de lei no Legislativo municipal. Os vereadores César Faria e Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko, estariam à frente de esquemas de recebimento de propinas comprovados, segundo a PF, por investigações que duraram meses e por documentos apreendidos no dia em que a operação teve seu capítulo final, com a prisão dos acusados.

Ontem, um novo caso foi denunciado em Lages, onde quatro pessoas foram presas sob acusação de fraude em licitação e pagamento de propina. E, no Vale do Rio do Peixe, o prefeito de Macieira foi condenado à prisão por motivos semelhantes. Tudo indica que, no caso de Florianópolis, novas denúncias e detenções sejam realizadas, em vista dos acusados que serão arrolados na semana que vem. Se a corrupção avança, também vemos que a lei está no encalço de quem a pratica, o que não deixa de ser animador.

Notícias Recentes:

Lideranças debatem Projeto Político Institucional e de Direitos dos Militares Estaduais
ACORS participa de solenidade do CAO e premia Oficial que se destacou no curso
ACORS apresenta resultados do Projeto de Integração Regional no Conselho das Federações Empresariais de SC
ACORS participa de solenidade de formatura do CCEM BM 2024