Clipagem de 25 a 27 de janeiro

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 25 DE JANEIRO

 

COLUNISTA ROBERTO AZEVEDO – Notícias do Dia

Cenários possíveis mas ainda incertos

É impossível apresentar com certeza as opções que os eleitores terão para escolher nas urnas em outubro. O plano principal de Raimundo Colombo (PSD ) prevê a manutenção do PMDB na coligação, além do ingresso do PP, no espaço abandonado pelo PSDB , que apostará em uma candidatura própria, para dar palanque ao projeto nacional. O governo ficaria com Colombo, o vice com o PMDB , provavelmente também mantendo Eduardo Pinho Moreira, e o Senado com Joares Ponticelli (PP). O PMDB não quer o PP no Senado, prefere o PT. No máximo os progressistas ficariam com a suplência. O PSD não quer o PT, o PT não quer o PSD , o PMDB não tem certeza do que quer. Cria-se um impasse.

Um plano B nas articulações ganha força. Sem o PMDB , o PSD confirmaria a coligação com o PP e atrairia o PSDB , que ficaria com o cargo de vice. O Senado permanece mapeado aos progressistas. Por outro lado, o PMDB fecharia com o PT, indicando candidatura ao governo, provavelmente Mauro Mariani, deixando vice e Senado aos trabalhadores, tendo Claudio Vignatti a possibilidade plena de escolha. O PT pode ainda apostar na candidatura própria, mais uma vez com Vignatti no comando, agregando o PC do B à coligação. Neste caso, o nome de Angela Albino é especulado para concorrer ao Senado.

São cenários possíveis, que dependem principalmente das movimentações do PMDB . As decisões serão baseadas em pesquisas, força de articulação e até na emoção. De fato, as cartas estão na mesa.

 

COLUNISTA HÉLIO COSTA – Notícias do Dia

PM à paisana

Um policial militar, de folga, estava em uma pizzaria, na avenida Assis Brasil, Ponte de Baixo, em São José, quando viu pela janela de vidro um suspeito carregando uma televisão nas costas. Foi tentar detê-lo. O suspeito pressentiu a aproximação do PM, largou a sacola em que estava a TV de 42 polegadas e vazou rapidinho em direção a um matagal. Além da TV, havia na bolsa os documentos de um Mini Copper, branco, que estava na garagem da casa onde ele praticou o furto.

 

ASSUNTO: ARTIGO

VEÍCULO: Diário Catarinense

A nova “PEC 37” eleitoral: impunidade

Em 30 de dezembro último, o Tribunal Superior Eleitoral editou resolução que regulamenta a apuração dos crimes eleitorais para o próximo pleito. Um dos seus artigos determina que a Polícia Federal só poderá instaurar inquérito mediante prévia autorização do Judiciário. O comando excluiu completamente o Ministério Público, que não mais poderá requisitar livremente a abertura de inquéritos na seara eleitoral. Dá para acreditar?
A Constituição define o MP como a instituição responsável pela defesa da ordem jurídica e do regime democrático. O promotor nada pode fazer sem provas, cumprindo-lhe buscá-las diretamente ou por requisição à polícia. A proibição da investigação direta foi discutida em torno da PEC 37, felizmente arquivada pela Câmara diante do clamor popular. Agora uma nova tentativa de frustrar a ação do MP vem à tona com o objetivo de impedir-lhe a livre requisição policial.
O artigo 129, VIII, da CF expressa que é função do MP a requisição de inquéritos policiais. A Constituição é clara. Aliás, mais clara impossível. Portanto, se o promotor determina a instauração de inquérito, a ordem deve ser cumprida. Condicioná-la à autorização do Judiciário, transforma a requisição em mero requerimento, limita a independência do MP e inverte funções. No dizer popular, não se pode colocar a carroça na frente dos bois. O Judiciário tem que avaliar as provas depois da apuração, e não antes.
Por que tanta desconfiança de uma instituição que só contribui para a sociedade? A autonomia do MP na apuração de delitos eleitorais é imprescindível para garantir eleições idôneas, transparentes e democráticas. Uma resolução não pode limitar este poder. Espero que o TSE revise o ato administrativo, garantindo ao MP o exercício da missão constitucional.
Por que tanta desconfiança contra uma instituição? A autonomia do Ministério Público na apuração de delitos eleitorais é imprescindível para eleições idôneas

ANDREY CUNHA AMORIM PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO CATARINENSE DO MINISTÉRIO PÚBLICO. MORADOR DE FLORIANÓPOLIS

 

ASSUNTO: Assalto em São Bento

VEÍCULO: Diário Catarinense

PLANALTO NORTE: Motorista é enterrado vivo após assalto

Dois homens teriam assaltado e enterrado vivo um motorista ontem, em São Bento do Sul, no Planalto Norte. Rivair Rodrigues de Lima, 47 anos, disse à Polícia Civil que os autores do crime seriam Fábio Ferreira da Cruz e um adolescente. A vítima é ex-sogro de Fábio e sabia que ele estava foragido da Justiça desde junho de 2013. Segundo a polícia, Lima desmaiou após ser imobilizado pelo ex-genro. Ele acordou quando já estava enterrado, mas conseguiu ligar para a polícia de um celular que estava no bolso.

 

ASSUNTO: ENTREVISTA ANTÔNIO GAVAZZONI

VEÍCULO: Diário Catarinense

“O foco desta discussão é técnico e contábil”

Em entrevista ao DC, concedida por e-mail, o secretário Antonio Gavazzoni diz que a discussão sobre o repasse aos poderes está aberta e que a mudança feita no cálculo do valor que cada órgão recebe foi técnica. Ele diz ainda que apenas a Assembleia efetuou a devolução anunciada.

DC – Por que tomar uma medida de redução dessa forma inesperada após uma discussão justamente sobre o assunto no ano passado?
Antônio Gavazzoni – A discussão está acontecendo, não foi encerrada, e a questão do Imposto de Renda, assim como outras, é um ponto importante no contexto e faz parte da discussão.

DC – Os poderes do Estado não devolveram tudo que poderiam em seus restos do orçamento de 2013? Era o senhor que coordenaria esse trabalho junto às instituições?
Gavazzoni – Até o momento, a Assembleia Legislativa efetuou a devolução de R$ 20 milhões de sobras do duodécimo. No caso dos R$ 50 milhões anunciados pelo Tribunal de Justiça, estes recursos não tem relação com o duodécimo e não são repassados pelo TJ ao Poder Executivo. São recursos do próprio Poder Executivo, oriundos de parcelas das taxas judiciárias e que são destinados obrigatoriamente pela Lei Complementar n. 237/2002 para pagamento da Defensoria Dativa, investimentos no Sistema Prisional e ao sistema de proteção à criança e ao adolescente.

DC – O momento mais apropriado não seria fazer a discussão junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2015, já que os percentuais não são uma regra fixa, apenas repetidos todos os anos nessa lei?
Gavazzoni – Conforme dito na primeira resposta, a discussão começou no final do ano passado e está em curso, nada impedindo que prossiga uma avaliação no curso da construção da próxima LDO.

DC – O corte nos repasses, independente de não ser uma redução nos percentuais, ocorre por uma necessidade de ter mais dinheiro em caixa em 2014. A saúde financeira do Estado está complicada?
Gavazzoni – Não. A saúde financeira do Estado está sob controle. Conforme já declarado à imprensa, a discussão aqui é técnica e contábil. Não se falou em redução de percentuais. A decisão foi baseada em precedentes aplicados por vários Estados, é uma discussão que ocorre a nível nacional.

DC – O Estado vai voltar atrás da decisão devido às repercussões negativas?
Gavazzoni – A discussão está aberta. Como já foi dito, o foco é técnico e contábil. Assim como essa, outras questões, como os precatórios dos poderes, por exemplo, compõem o cenário dos repasses, e todos esses temas serão avaliados para chegarmos a bom termo.

 

ASSUNTO: Escola de tiros

VEÍCULO: Diário Catarinense

PIONEIRISMO SOBRE RODAS: SC terá caminhão-escola de tiros

Equipamento de simulação a ser usado por policiais civis e militares reduzirá o custo milionário voltado para treinamentos

Será apresentado na quinta-feira, em Florianópolis, o primeiro veículo do mundo com três simuladores virtuais de tiro para treinamento policial. Santa Catarina adotará o equipamento. Montado em um caminhão, ele utiliza a tecnologia de Sistema Virtual de Tiro, fruto de uma parceria da Secretaria de Segurança Pública (SSP) com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). O aparelho será utilizado para a formação de policiais civis e militares e treinamento de legítima defesa.
O caminhão-escola da SSP foi adquirido através de processo licitatório. A aquisição representou investimento de R$ 1,2 milhão e vai proporcionar mais segurança e permitir treinar policiais com economia.
O tenente-coronel da Polícia Militar de Santa Catarina, Araújo Gomes, diretor de Formação e Capacitação da SSP, é um dos responsáveis pelo projeto com base em equipamentos semelhantes aos utilizados nos EUA.
– Com o simulador, os policiais poderão fazer testes de reciclagem periodicamente, com total segurança. Atualmente, em treinamentos, cada policial realiza a média entre 500 e mil tiros, com riscos de acidentes, além de comprometer o meio ambiente pela contaminação provocada pelo chumbo e outros elementos químicos presentes nas munições – diz.
Com o uso de munição real, um programa que envolva um milhão de tiros tem custo aproximado de R$ 3 milhões, enquanto nos exercícios pelo simulador, que substitui o emprego de munição, contribui drasticamente para a redução de custos e o valor é reduzido para cerca de R$ 1 mil.
Além disso, o equipamento impede integralmente a probabilidade de incidentes com bala, pela adoção de um sistema de ar comprimido. Outro aspecto importante é que, por ser itinerante, o simulador também elimina os gastos com o deslocamento, munição e estada de centenas ou milhares de policiais para a realização de um programa de treinamento de rotina.

 

ASSUNTO: 1 ano da tragédia na Boate Kiss

VEÍCULO: CLICRBS

Congresso em Santa Maria debaterá segurança com especialistas para tentar evitar novas tragédias como a da Kiss

A intenção é transformar a cidade em referência na segurança e prevenção de tragédias

Para marcar um ano da maior tragédia do Rio Grande do Sul, Santa Maria receberá de sábado até segunda-feira o 1° Congresso Internacional Novos Caminhos – A Vida em Transformação. Especialistas locais, internacionais e de outros Estados terão três dias para debater a prevenção de desastres como o que matou 242 jovens em 2013. A intenção é transformar a cidade em referência na segurança e prevenção de tragédias.

Enquanto ainda se preparava para o seminário, na sexta-feira, a cidade passou a integrar a ação batizada de Santa Maria Floresce, organizada pelo Grupo de Trabalho Ações por Santa Maria. Quem passa pelo Centro pode observar várias lojas com as vitrines enfeitadas com flores, tecidos e balões brancos. Algumas pessoas também enfeitaram a fachada de suas casas. A ação vai até a segunda-feira, quando a tragédia completa um ano. Na data, o comércio deve fechar mais cedo, às 18h, para que os funcionários acompanhem as homenagens.

A ótica e joalheria Gaiger, além de enfeitar a vitrine com rosas brancas, também trocou a cor do uniforme dos funcionários, que nestes dias estão usando branco.
– Nada vai apagar o que aconteceu, mas é uma demonstração de apreço às famílias – diz Luiz Guazina, gerente da loja.

A dona de casa Carmen Costa, 55, colocou flores em sua casa e na porta da sacada de sua mãe.
– Perdemos um vizinho e amigos, por isso participamos. Foi uma ideia linda e acho que todos deveriam enfeitar suas casas – comenta Carmen.

A partir deste sábado, ganha destaque a programação do  congresso. O presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Adherbal Alves Ferreira, idealizou o evento depois de passar cinco dias, em outubro, nos Estados Unidos, visitando a cidade onde incendiou uma casa noturna da cidade de West Warwick, há mais de 10 anos.
– Vi como eles fizeram lá e estruturamos aqui. Sabia que tínhamos que fazer algo para fechar este ano. É a resposta que podemos dar para a sociedade – disse o presidente.

Ferreira conta que o evento, marcado para começar no sábado e se estender até segunda-feira, será dividido em quatro eixos: prevenção, saúde mental, ação social e justiça.

Um dos destaques do evento é o debate sobe as responsabilizações

Um dos debates mais acalorados deve ocorrer no espaço dedicado ao último eixo. Participarão o delegado Marcelo Arigony, um dos responsáveis pela investigação da Polícia Civil sobre o caso, advogados da associação e o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Dornelles. Um dos pontos mais controversos é a falta de responsabilização de agentes públicos da prefeitura de Santa Maria.

Para a abertura, às 9h de sábado, está programada a leitura de um discurso enviado por David Stevens, diretor do Centro de Excelência para Redução de Desastres da Organização das Nações Unidas (ONU), que não pode comparecer ao congresso.

Além das discussões, os mais de 300 inscritos também presenciarão uma programação cultural, incluindo apresentações de dança, música e teatro, além da reprodução do documentário sobre a tragédia Janeiro 27, que tem a direção de Luiz Alberto Cassol e Paulo Nascimento.

Por fim, uma atmosfera de simbologias deve se formar na praça da cidade a partir das 16h30min de segunda-feira. Uma delas será a sinfonia de 242 instrumentos de percussão, simbolizando as vítimas.

Como há previsão de mais movimento pelo centro no final de semana, o tenente-coronel Sidenir Cardoso, comandante do 1º Regimento de Polícia Montada (RPMon) explica que haverá um efetivo maior de agentes pelo centro da cidade ao longo dos dias de homenagens e manifestações. 
– O trabalho da Brigada não vai parar, mas haverá aumento no efetivo para garantir a segurança de todos que querem prestar homenagens e evitar algum tipo de ação de vandalismo – explica Cardoso.

“Depois da tragédia da Kiss segurança ganhou mais destaque”

Um dos palestrantes da manhã de domingo, do Congresso da Associação, é Marcelo Lima, diretor geral do Instituto Sprinkler Brasil (ISB), que promove o estudo de medidas de prevenção de incêndios sem fins lucrativos. Conforme pesquisas do ISB, o número de incêndios em locais comerciais, como restaurantes, shoppings, depósitos e escolas ganharam mais atenção do poder público em todo o país. No Rio Grande do Sul, as notícias veiculadas sobre incêndio ao longo de 2013 aumntou 93% em relação a 2012.

O trabalho do Instituto é baseado nas notícias porque em muitos estados os Bombeiros não divulgam levantamento dos incêndios.
– Acho difícil que o número de incêndios tenha crescido tanto em um ano, no Rio Grande do Sul. Dá para dizer que depois da Kiss o tema é que ganhou espaço e atenção, da imprensa, dos políticos. Agora se fala em leis e normas para regulamentar isso, como a própria Assembleia Gaúcha recentemente aprovou uma legislação estadual de prevenção de incêndio – explica Lima.

Ele lembra que nos Estados Unidos há uma tradição de muito investimento em prevenção e incêndio, e que quando houve a tragédia na boate The Station, em Rhode Island, foi considerado uma situação de emergência, e que cerca de seis meses após o incêndio o país já tinha formulado propostas de aperfeiçoar a lei e normas sobre o tema. 
– O que podemos dizer que já foi feito no país, que alguém diga “isso mudou por causa da Kiss”? Muito pouco. A lei estadual foi um salto qualitativo, mas ainda há uma parte da regulamentação, que tem que deixar de pensar no ônus do empresário, do proprietário que exerce uma atividade econômica e sim na segurança de todas as pessoas.

“A cidade precisa adotar uma cultura de segurança”

Outro palestrante convidado para o congresso, J. Pedro Corrêa, explica que as pessoas precisam pensar sempre em segurança, e fazer pequenas coisas da rotina da forma correta para evitar qualquer tipo de acidente. Há 26 anos ele trabalha no Programa Volvo de Segurança no Trânsito e também estuda o que chama de cultura da segurança.

Ele explica que pequenas atitudes mudam a forma de pensar no tema, como por exemplo, quando um pai ou mãe compram uma bicicleta para o seu filho e nem sempre lembram que comprar capacete ou outros materiais de proteção.
-O caso da Kiss é um exemplo claro de como as pessoas não pensam segurança. Foi uma série de erros, de hábitos errados. Por isso eu proponho um projeto que faça com que as pessoas comecem a mudar seu modo de pensar e agir. Mas tem que ser comprada pela cidade inteira, pela prefeitura que pode criar leis, não pode ser uma ideia isolada ou de um grupo de pessoas – defende Corrêa.

Ele lembra que as pessoas devem começar agora trabalhar ações que incentivem prevenção, seja em casa ou no trânsito, ou em até locais públicos como restaurantes, casas noturnas, sempre pensando no que pode ser mais seguro. Corrêa ainda defende a criação de uma secretaria municipal de Segurança e de Conselhos, que conte com a atuação de profissionais técnicos e especialistas na área e que estudem situações de melhorar as condições de segurança na cidade.

“O número de mortos e de feridos poderia ter sido bem menor”

Pesquisadores de dois grandes projetos brasileiros irão falar sobre prevenção: um contra incêndio e o outro na elaboração de grandes eventos. O trabalho mais conhecido é do coronel Paulo Chaves, responsável pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo e pesquisador em proteção contra incêndio. Ele apresentará resultados do projeto Brasil Sem Chamas, do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.

No painel, ele deve listar o que foi identificado nestes quase 10 anos de pesquisa e mostrar a situação dos trabalhos de combate e prevenção no país. Para ele, o mais grave é a falta de Corpo de Bombeiros em 86% dos municípios brasileiros e o número reduzido de profissionais para cuidar melhor da prevenção e do combate a incêndio nos 784 municípios onde há bombeiro. 
– Se na noite do incêndio na boate Kiss existisse um número maior de bombeiros de plantão, com no mínimo uma viatura de combate a incêndio, cinco bombeiros bem equipados e bem treinados, além de uma viatura de salvamento, com no mínimo quatro bombeiros de plantão também treinados e equipados, o número de mortos e de feridos, poderia ter sido bem menor- argumentou Chaves.

Também serão abordadas as questões de segurança em eventos.
– Percebemos que quando houve o fato todo o mundo se sensibilizou, se movimentou, cidades bloquearam casas de show, quiseram rever tudo, mas parou por aí, não se criou nenhuma ação palpável. Queremos propor alternativas para as autoridades – disse o orientador do trabalho, professor Rubens Aires Guimarães.

Saúde Mental

Em uma das mesas haverá a apresentação do serviço Acolhe Saúde, criado após a tragédia.
– Para os sobreviventes, a precariedade da existência humana foi apresentada junto à luta pela própria sobrevivência, ninguém sai imune disso. Do lado dos familiares, a perda de um filho, numa situação traumática, violenta e de grande impacto não é vivida como a experiência de uma morte natural, sendo mais propícia para o agravamento do desencanto com a vida e da instalação de um luto patológico – disse Volnei Dassoler, membro do comitê gestor do serviço.

Questões como estas integrarão o debate. A ideia é expor como estão vivendo os familiares, os sobreviventes e aqueles que participaram do resgate das vítimas, além de discutir o que pode ser feito daqui para a frente para amparar estas pessoas.

Justiça

Está marcada para às 17h30min do domingo, um dos debates mais esperados. Para discutir a atuação da Polícia Civil, Justiça, Advogados e Procuradoria, no caso Kiss, o painel reunirá autoridades que pretendem discutir o que foi feito até agora em termos legais e o que ainda pode ser feito. Mais cedo, às 10h45min do mesmo dia, haverá uma mesa-redonda com associações de familiares e sobreviventes de incêndios para promover uma troca de experiências. Participarão os de Santa Maria e da Argentina. A presença da instituição americana ainda não foi confirmada. 

 

ASSUNTO: Eleições 2014

VEÍCULO: Notícias do Dia

Largada para nova corrida eleitoral

Candidaturas às eleições modificarão o secretariado de Raimundo Colombo (PSD). O prazo para integrantes do governo, que pretendam concorrer, deixarem os cargos é 5 de abril. Dos 49 nomes do primeiro escalão, oito confirmam participação no pleito. Outros quatro ainda não se definiram e 37 permanecerão nas pastas. Nas secretarias de Desenvolvimento Regional, dois garantem que vão às urnas, um deles já deixou o cargo. Seis ainda estudam e outros 28 descartam concorrer.

Cabe a Colombo decidir sobre as exonerações. “Vamos iniciar as conversas agora. Algumas candidaturas estão definidas, mas outras ainda não. Depende também das coligações. Quando se faz uma aliança proporcional, alguns precisam abrir mão. Não havendo coligação, estimulamos as candidaturas”, explicou. Até março, o cenário deve estar mais claro. Os pré-candidatos devem aproveitar o prazo máximo de desincompatibilização, para garantir a visibilidade, inclusive em inaugurações. Outra opção pode ser deixar o governo para mergulhar na campanha.

Dos secretários que asseguram a participação, apenas João Rodrigues (PSD) acompanha o cenário para definir qual espaço vai buscar. O plano principal é a reeleição na Câmara dos Deputados, mas ele não descarta o Senado. “Minha meta é ser o deputado federal mais votado, no ano passado fui o quarto”, adiantou Rodrigues. Outro que busca a reeleição é o secretário de Desenvolvimento Econômico Paulo Bornhausen (PSB). Já o secretário de Infraestrutura Valdir Cobalchini (PMDB), deputado estadual, vai concorrer como deputado federal. “É um desejo meu e do partido”, pontuou.

Entre os indecisos, a vontade partidária pesa, como o caso do diretor-executivo da Agesc (Agência Reguladora de Serviços Públicos) Francisco Camargo Filho. “Se o PTB quiser, serei candidato a deputado estadual”, declarou. Por perfil técnico ou por opção, alguns ficarão de fora das urnas. O secretário de Assistência Social, João José Cândido da Silva, por exemplo, em tom descontraído, disse não tem interesse de concorrer “nem a síndico do prédio”.

Dois secretários regionais são candidatos

Nas 36 SDRs (Secretaria de Desenvolvimento Regional) pelo Estado, o cenário de momento prevê poucas mudanças. Do total, 28 secretários asseguram que não pretendem deixar o cargo. Outros seis estão indefinidos. Ao contrário da maioria, o secretário regional de Criciúma, Luiz Fernando Cardoso (PMDB), pediu exoneração do cargo para concorrer como deputado estadual. Quem assumiu a vaga foi João Fabris (PMDB). Outro a anunciar disposição para concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa é o secretário regional de Lages, Gabriel Ribeiro (PSD). Ele aguarda sinalização do governador para se desincompatibilizar.

Outros seis secretários admitem concorrer às eleições. Entre eles, o secretário regional de Brusque, Jones Bosio (PSD), de Itajaí, Claudir Maciel (PSD), de Joaçaba, Ricardo Euclides Grando (PR), de Mafra, Wellington Roberto Bielecki (PSD) e de Tubarão, Estêner Soratto da Silva Júnior (PSDB).

 

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 26 DE JANEIRO

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – Diário Catarinense

FOGO CONTIDO

Apesar da recente onda de calorão da última semana, o Corpo de Bombeiros Militar contabiliza queda nas ocorrências de incêndio na mata em janeiro na comparação com dezembro. No 1o Batalhão, que atende Florianópolis, foram 23 no final de 2013 e apenas 12 neste mês.
Entre eles, o foco no sul da Ilha, entre o Campeche e a Joaquina na última semana (foto). Na região da Grande Florianópolis, o 10o BBM registrou 42 focos entre dezembro e 7 em janeiro. Na comparação total, foram 65 ocorrências em dezembro e 19 em janeiro.

SEM AÇÃO

Quando a Guarda Municipal ou as polícias rodoviárias vão conseguir ajudar o trânsito de Florianópolis?
Está difícil aguentar este verão, pois qualquer batidinha de nada para tudo por horas a fio. E não se vê nenhuma autoridade do município ou do Estado indignada com a falta de ação de quem deveria fazer os veículos circularem.

 

ASSUNTO: GUARDA-VIDAS

VEÍCULO: Diário Catarinense

Meio século de moda praia

Em mais de 50 anos de atuação em Santa Catarina, os avanços da tecnologia mudaram o visual e as estratégias dos profissionais que trabalham diariamente no verão salvando pessoas e prevenindo afogamentos. A corporação que começou com 12 homens em Balneário Camboriú hoje foca na prevenção como forma de evitar mais mortes nas praias
Eram 12, mas não apóstolos. Surgiram em 1961, em Camboriú, mais tarde a famosa Balneário Camboriú. Conquistaram fama de anjo, mesmo que no começo fossem Polícia de Praia. Chegaram aos anos 1980 em centenas e atravessam 2014 em mais de dois milhares. Evolução em números, estrutura física, denominação. Antes chamados de salva-vidas, os guarda-vidas de hoje desfilam em uma passarela montada sobre um litoral de 500 quilômetros. A performance vai além das condições do mar. Embandeira-se pela moda.
No começo, usavam bermudas compridas e camisas com mangas. Com o tempo, surgiu a necessidade de peças funcionais e confortáveis. A evolução também está relacionada a uma descoberta: a praia como alternativa de lazer. Antes o pretexto era o poder terapêutico dos banhos de mar.
– A partir da segunda metade do século 20 estas roupas assumiram os tecidos da moda praia, que eram feitos de lã, partindo para sintéticos e malhas que receberam tratamentos tecnológicos especiais – sugere Maristela Amorim, jornalista pós-graduada em moda.
Aos poucos assimilaram outras formas. Mas, diz a professora, assim como a moda praia masculina pouco muda, os uniformes seguem no mesmo ritmo.
Pelos anos 1960 os homens aderiram aos shorts de elanca, um tecido elástico, que facilitava o movimento. A peça era de perna curta, cinto e tinha até fivela.
No final dos anos 1960, início de 1970, o mundo revolucionou comportamentos: houve permissão para que as cavas das pernas subissem. Surgiram as sungas, inspiradas num modelo de cueca chamado slip. E se popularizaram.
Quando os surfistas entraram em cena, as sungas não desapareceram. Mas começaram a dividir espaço com os shorts de banho feitos de algodão. A partir dos anos 1980 começaram a ter modelagem mais folgada e tecidos tecnológicos. Foi a partir dos anos 1990 que esses tecidos começaram a fazer realmente diferença. Agora, mais leves e de fácil secagem. Hoje, os guarda-vidas usam sungas, mas é mais comum os calções folgados.
As camisas têm modelagem básica, com mangas ou com cavas regata. As cores privilegiam o vermelho e o amarelo. Chamam a atenção por serem vivas. Se não funcionar, eles recorrem a um objeto indefectível: o apito.

Atualmente, foco é na prevenção

Com o tempo, o vestuário e as instalações mudaram. Mas se tem uma coisa que nunca sai de moda é a disposição dos guarda-vidas em garantir segurança aos banhistas. A mudança na terminologia veio com o objetivo de um trabalho focado mais na prevenção, do que na atividade de propriamente salvar.
– Claro que a função é de socorrer quem estiver em perigo, mas nossa atividade é também chamar a atenção para que a pessoa não se exponha aos riscos – diz o coronel Onir Mocellin, coordenador de Salvamento Aquático em SC.
Mocellin, que é também vice-presidente da Associação Brasileira de Salvamento Aquático, conta que a mudança ocorreu há 25 anos no país. Em SC, a partir de 2007. Sobre os olhares e elogios que os guarda-vidas costumam receber a respeito do porte físico, o coronel ressalva:
–É fundamental que o guarda-vidas não esteja fora de forma para poder nadar bem. Mas existem outros atributos, como ser atento, observador, pontual.
No treinamento de 120 horas-aulas e cinco semanas, o guarda-vidas sai tendo que nadar 500 metros em 11 segundos.
A atividade também deixou de ser exclusividade de militares. Em 1998, o Corpo de Bombeiros Militar de SC tornou-se pioneiro em formar a primeira turma de guarda-vidas civis para atuar na orla catarinense de forma voluntaria. Isso sob a supervisão dos guarda-vidas militares. Além disso, mulheres entraram na atividade. Hoje, representam 10% do total.

“Agíamos com disposição e responsabilidade”

Subtenente Policial Militar de Reserva, Valdemar Pereira Carpes fez parte da primeira turma de salvamento aquático de SC, que abriu em 1963. Carpes lembra que foi estipulada uma área de mais ou menos 300 metros de praia, sendo próximo ao Posto Central de Balneário Camboriú, para a observação dos bombeiros. Naquela época, a temporada começava nos fins de novembro e se prolongava até o início de abril.

DC – O começo do serviço de salvamento foi complicado?
Carpes – A maior dificuldade foi proibir o trânsito de veículos, que se fazia pela praia. Arrumei muita briga, mas conseguimos o desviar para a rua que hoje é a Avenida Atlântica. Também não existiam hospital nem pronto-socorro. Nós atendíamos a todas as situações: salvamentos e ressuscitações, segurança dos banhistas, primeiros socorros, massagens, curativos. Além disso, chamados para ajudar na recuperação de afogados que chegavam ao hospital em Itajaí.

DC – Era uma atividade nova e de risco. Como foi a reação?
Carpes – No começo minha família se preocupava, pois além dos riscos da profissão eu ficava muito tempo longe de casa, inclusive, nos feriados. Outra situação difícil era a falta de comunicação com Florianópolis, só por intermédio do rádio amador e só existia na Polícia Militar de Itajaí.

DC – E quanto às estruturas?
Carpes – Os alojamentos eram improvisados, de madeira, e não existia a BR-101. Para a gente voltar de Balneário Camboriú para Florianópolis se gastavam cinco horas de ônibus.

DC – E os equipamentos?
Carpes – Nós usávamos nadadeiras tipo veterano MB, calção (o mais justo possível para facilitar o rápido deslocamento na água), camisetas, bonés e também os Sandolins a remo, binóculos, um ressuscitador pulmonar a oxigênio de origem alemã.

DC – O senhor fez muitos salvamentos?
Carpes– Salvamentos e ressuscitações ultrapassaram a casa de mil, pois naquela época também atendíamos fora da temporada de verão e a todo o Estado. Não só salvamento aquático, mas terrestre e em matas.

DC – Os guarda-vidas são bonitões e chamam a atenção pelo porte. Na sua época já era assim?
Carpes –Naquela época nós nos destacávamos não só pelo preparo físico, mas também pela maneira como agíamos, sempre com muita disposição, responsabilidade e simpatia.

DC – Ser guarda-vidas é bonito, pois se dispõe a salvar vidas.
Carpes–Era mesmo fazer a função por amor, estávamos sempre arriscando a vida para que outra pessoa pudesse viver. Todos os salva-vidas treinavam o ano todo. Era arriscado, não só durante os salvamentos, mas também nos treinamento. No comando eu criava situações de alto risco para que em situações os salvamentos tivessem segurança para nós e para as vítimas. Carpes é da 1ª turma de salvamento

 

ASSUNTO: UM ANO DA TRAGÉDIA NA KISS

VEÍCULO: Diário Catarinense

Vinte e três casas noturnas continuam fechadas em SC

Após força-tarefa realizada no Estado e interdição de 182 estabelecimentos, condições atuais são consideradas muito boas

Um ano depois do desastre em Santa Maria (RS), 23 casas noturnas em Santa Catarina estão fechadas por não atenderem às normas de segurança. Além disso, uma mudança na legislação estadual promete melhorias na fiscalização aos estabelecimentos comerciais. O Corpo dos Bombeiros de SC aguarda o decreto que regulamenta a lei aprovada na Assembleia Legislativa em outubro e publicada em 30 de dezembro de 2013, que delega poder de polícia à corporação.
Assim que estiver regulamentado, os bombeiros poderão autuar, multar e, inclusive, interditar qualquer estabelecimento fora dos padrões para prevenção de incêndios e que apresentem risco à vida.
No início de 2013, após o incêndio no Rio Grande do Sul, uma força-tarefa entre os bombeiros, as prefeituras, a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado garantiram a interdição de 182 casas irregulares no Estado.
Em Florianópolis, em janeiro de 2013, foram mapeadas 60 casas noturnas e 15 delas foram interditadas. Segundo o Ministério Público do Estado, cinco ainda apresentam pendências e três permanecem interditadas: Clube Doze – sede Centro e praia de Jurerê– e Manezinho Bar.
Objetivo agora é ampliar as vistorias
O promotor Daniel Paladino não quis revelar os nomes dos estabelecimentos irregulares. Ele afirma que o MPSC tem dificuldade em notificar os proprietários e que o órgão avalia se isso ocorre porque as casas estão fechadas. Apenas uma, segundo ele, teve projeto indeferido pelos bombeiros e deverá refazer o documento para cumprir com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado. O Corpo de Bombeiros também não divulgou a lista.
No início de 2014, outras casas noturnas apresentam pendências, mas isso acontece pelo vencimento natural do atestado de funcionamento, emitido anualmente. O subcomandante geral do Corpo de Bombeiros, coronel Gladimir Murer, diz que antes das vistorias, 80% das casas noturnas estavam regularizadas no Estado, situação considerada satisfatória. No entanto, hoje ele avalia como muito boas as condições de segurança dos estabelecimentos.
– Para chegar no “excelente”, é preciso que os proprietários sejam conscientes e não operem até que as vistorias sejam feitas. Além disso, quem frequenta esses locais precisa também fazer as denúncias sobre irregularidades ao Corpo de Bombeiros. É um tripé com a fiscalização – comenta.
A ação, de acordo com Paladino, foi eficiente e resultou em um contato constante entre os órgãos envolvidos. A intenção agora é ampliar as vistorias. Em 2013 foram avaliados hotéis, shoppings e prédios públicos. Neste ano foram firmadas parcerias para vistorias em igrejas e, até mesmo, em escolas.
 

Contrapontos

CLUBE DOZE DE AGOSTO

O presidente Wilson José Marcinko afirma que o Clube está direcionando todos os esforços para deixar as sedes do Centro e de Jurerê nas condições adequadas de segurança exigidas pelos Bombeiros. Foi firmado um TAC com o Ministério Público e, segundo ele, está sendo cumprido o cronograma firmado. Marcinko, no entanto, admite que a entidade não tem condições financeiras de reformar o prédio do Centro e estuda uma parceria com a iniciativa privada, para troca do terreno por outra área na cidade. Em Jurerê, a cozinha foi reformada e o clube deve locar o espaço por oito anos ao P12, que fará a reforma do pavilhão, um dos locais que oferece risco ao público.

MANEZINHO BAR

O proprietário do estabelecimento não foi localizado pela reportagem.

 

Processo judicial sem prazo para acabar

Em 29 de janeiro de 2013, dois dias depois da tragédia, uma multidão se aglomerou diante do prédio da Delegacia Regional de Polícia de Santa Maria. Munidos de faixas, cartazes e megafones, as pessoas clamavam por justiça. Foi a primeira das dezenas de manifestações promovidas por familiares e amigos das vítimas da Kiss.
Cinco delegados revezaram-se na linha de frente da investigação: Marcelo Arigony, encarregado de comandar a investigação, Sandro Meinerz, Luiza Sousa, Gabriel Zanella e Marcos Vianna. Eles recolheram depoimentos de familiares de vítimas e de sobreviventes.
Todos foram ouvidos em locais distintos, para evitar encontros e eventuais conflitos entre testemunhas e suspeitos. Ainda na tarde daquele domingo, o cruzamento dos testemunhos colhidos por Luiza com os relatos fornecidos pelos sobreviventes deram aos delegados a convicção de que dois músicos e ambos os donos da Kiss – Kiko e Mauro Hoffmann – têm responsabilidade direta na tragédia.
O vocalista Marcelo de Jesus dos Santos e o assistente de produção Luciano Bonilha Leão despertaram suspeitas por sustentar que o fogo teria começado com um curto-circuito em fios no teto da boate. A versão apresentada na delegacia regional contraria dezenas de depoimentos colhidos na 1a Delegacia Polícia de Santa Maria. Os sobreviventes relatam que o incêndio foi provocado pela fagulha de um sinalizador acionado por Santos.
Coube à delegada Luiza a tarefa de cruzar, catalogar e organizar todos os depoimentos. Cento e dezenove testemunhas afirmaram que a Kiss tinha mais de mil pessoas na noite do incêndio, 83 disseram que o vocalista da banda iniciou o fogo com um artefato pirotécnico, 108 declararam que o extintor de incêndio próximo ao palco não funcionou e 153 confirmaram não ter enxergado luzes, placas ou sinais indicando saídas de emergência.
Investigação apontou superlotação em boate
Depoimentos ajudaram a construir o caso contra os donos da boate e os músicos, mas faltaram elementos para delinear a responsabilidade de autoridades. Arigony observa que, considerando apenas os 242 mortos e os 623 feridos na tragédia, já se ultrapassava a capacidade máxima da Kiss, de 691 pessoas.
Na tarde do dia 2 de abril, no auditório do Ministério Público de Santa Maria, promotores divulgaram o resultado da análise sobre os crimes apontados no inquérito. Dos 16 indiciados pela polícia, o MP entendeu que só havia provas para denunciar sete: os dois sócios da Kiss e os dois integrantes da banda por homicídio doloso, além de três bombeiros, por crimes de menor monta. Desde abril, a papelada está na 1a Vara Criminal. Não há qualquer previsão sobre quando ocorrerão os julgamentos.

 

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 27 DE JANEIRO

 

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – Diário Catarinense

Lição esquecida

Hoje completa-se um ano da tragédia da boate Kiss, onde 242 pessoas morreram, entre outros fatores, por conta da falta de sistema de segurança eficiente e de uma fiscalização mais atuante, que impedisse a superlotação.
Em Florianópolis, uma das primeiras medidas adotadas logo depois do incidente em Santa Maria foi um decreto municipal proibindo qualquer objeto que produza faísca ou fogo em casas noturnas, sob pena de multa e até cassação do alvará.
A foto acima foi enviada por uma leitora, que presenciou a cena das labaredas nos espumantes sendo servidos no Cafe de la Musique, na última semana. Além do iminente risco de acidente, esse tipo de ostentação soa pra lá de brega.

Lata velha

Os agentes socioeducativos de Florianópolis, Chapecó e Lages reclamam que enquanto PM, Polícia Civil e Deap ganham viaturas zero quilômetro, os responsáveis pela condução dos menores infratores cruzam o Estado a bordo de um Uno Mille pra lá de rodado e sem nenhuma segurança para eles ou para os jovens apreendidos.

Terra de ninguém

O problema se repete a cada evento e ninguém parece muito preocupado. Sábado à noite, a rodovia Maurício Sirotsky Sobrinho, no Norte da Ilha, mais uma vez virou um grande estacionamento a céu aberto nos dois lados ao longo de toda a extensão da via.
Tudo por conta de um festival de música eletrônica que ocorria no Stage Music Park. A pista foi literalmente tomada por cambistas e flanelinhas que surgiam da escuridão em frente aos carros oferecendo todo tipo de serviços.

Enquanto isso…

Os poucos policiais militares rodoviários deslocados para o local preocupavam-se única e exclusivamente em garantir o acesso à balada. Se puxassem o bloco de multas iria faltar papel, mas…

Para completar…

O resultado da muvuca no trânsito acabou provocando um congestionamento que se estendeu até a SC-401 na altura do acesso a Santo Antônio de Lisboa, em plena madrugada de domingo.

Menos violência

Entre 1o e 24 de janeiro deste ano foi registrado em Santa Catarina um único latrocínio (assalto seguido de morte) na temporada. Uma queda de 80% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O número de homicídios também teve queda significativa de 27%. Foram 38 mortes neste ano contra 52 em janeiro de 2013. E ainda tem gente que reclama do nível dos turistas nesta temporada.

 

COLUNISTA CARLOS DAMIÃO – Notícias do Dia

Teoria e…

Gostei desta reflexão do comandante Araújo Gomes, do 4º Batalhão da Polícia Militar, que vive o dia a dia do combate ao crime: “A ocupação do espaço público por meio de ações típicas de polícia é um primeiro passo para a recuperação de cenários degradados como cracolândias e favelas tomadas pelo tráfico. Quando não ocorre, antecipando as ações sociais às policiais, os criminosos se apropriam dos benefícios implantados que passam a aumentar sua base de poder”.

… prática

Finaliza o comandante: “Os criminosos se capitalizam com o dinheiro das ‘bolsas’, filtram quem pode colocar as crianças nas creches ou ditam o horário de uso das pracinhas. O desafio é a demonização sistemática da ação policial repressiva por parte dos teóricos desvairados do patrulhamento ideológico… O problema é que na teoria, teoria e prática são iguais, mas na prática… são diferentes”.

 

ASSUNTO: CAÇADA A FORAGIDO

VEÍCULO: Diário Catarinense

Polícia procura grupo liderado por Fábio Cruz

As polícias Civil e Militar do Vale do Itajaí e do Norte de SC estão empenhadas desde sexta-feira na caçada a um grupo liderado por Fábio Ferreira da Cruz, que fugiu da Penitenciária Industrial de Joinville em junho de 2013 e é conhecido por cometer crimes com frieza e violência.
Ele foi condenado em 2012 por espancar e decapitar um homem em Joinville. A caçada começou depois que a polícia de São Bento do Sul soube que Fábio assaltou e enterrou vivo o pai da ex-mulher, que conseguiu escapar, no interior de Planalto Norte.
Na madrugada de sábado, Fábio conseguiu fugir de uma troca de tiros. Um dos companheiros dele, Rafael Cardoso da Silva, de 20 anos, foi morto. Um terceiro homem, ainda não identificado, fugiu com Fábio.

 

ASSUNTO: Escola de tiro

VEÍCULO: Diário Catarinense

Polícia Rodoviária Federal instala Academia Nacional em Florianópolis

Cursos para formação e atualização de policiais rodoviários federais acontecerão na primeira escola da PRF no Brasil

A primeira Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) será instalada em Florianópolis. O prédio, localizado às margens da SC-401, próximo ao trevo de acesso ao Ingleses, receberá policiais do Brasil inteiro para formação e cursos de atualização, inclusive de gestores. O governador do Estado, Raimundo Colombo, anuncia a instalação oficialmente hoje, com a presença da direção-geral da PRF. As reformas na sede de ensino estão 90% concluídas e a inauguração deve acontecer antes do dia 17 de fevereiro, quando a PRF inicia curso, com duração de três meses, para formação de mais de mil novos policiais rodoviários federais.

O inspetor Bruno Schettini, coordenador de ensino do órgão, explica que a decisão de trazer a escola da PRF para Santa Catarina ocorreu depois de intensa pesquisa. Os governos federais e estaduais, além de instituições no Brasil inteiro, não tinham um prédio que se adaptasse às necessidades da polícia. Em Florianópolis, um acordo garantiu a locação do imóvel por cinco anos, com possibilidade de prorrogação por mais cinco.
— Antes, os treinamentos eram feitos em locais com pouca estrutura, tínhamos que locar e a formação era descentralizada. Agora, teremos um direcionamento único e um espaço com tudo o que precisamos para oferecermos à sociedade profissionais de qualidade — revela o inspetor.
O prédio da Academia vai contar com estandes de tiro, salas de aula e pista de condução veicular. Futuramente, será construído heliponto e hangar para o treinamento de pilotos. O prédio ainda não contará com alojamentos, por esse motivo, todos os policiais ficarão hospedados em hotéis e pousadas do Norte da Ilha. Nesse primeiro curso, 16 policiais haitianos também passarão por formação, por meio de um acordo firmado entre os governos do Haiti e do Brasil.

 

ASSUNTO: Multas de trânsito

VEÍCULO: Notícias do Dia

Radar é campeão de multa

Os 73 radares instalados pelo Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) na Capital registraram mais de 65 mil infrações em quase oito meses de operação. O número é superior ao das multas registradas por guardas municiais e policiais militares, no mesmo período. A Capital voltou a ter parte de suas vias controladas por radares em junho do ano passado, dois anos depois de o sistema ser desativado.

O Ipuf afirma que a tecnologia ajuda a coibir excessos nas ruas de Florianópolis. No entanto, a punição não é para todos. O Detran/SC (Departamento Estadual de Trânsito) admite que motoristas de veículos com placas do exterior continuam sem pagar as multas por infrações cometidas em Santa Catarina.

De acordo com Lírio José Legnani, engenheiro do Ipuf, os radares em operação na avenida Beira-Mar Norte registraram o maior número de irregularidades. “Muitos motoristas aproveitam a avenida larga para acelerar. O equipamento em frente ao Titri (Terminal de Integração da Trindade) foi o recordista em multas”, informou. Os números do Ipuf ainda revelam que 80% das infrações são por excesso de velocidade. Legnani reclama que o baixo valor das multas diminui a eficácia da punição. “As multas no Brasil não sofrem reajuste há muitos anos. Por exemplo, a maior parte dos registros é de motoristas dirigindo com velocidade até 20% acima do permitido. Nesses casos, a multa é de apenas R$ 68, mais três pontos na Carteira Nacional de Habilitação”, disse.

O Ipuf ainda revelou que das 61.966 multas aplicadas por radares em 2013 para motoristas de veículos com placas do Brasil, apenas 12.332 foram pagas. Além das infrações registradas pelos 73 radares instalados em 17 pontos da Capital, a PM e a Guarda Municipal puniram mais 79 mil motoristas durante todo o ano de 2013. Depois de homologadas, as multas são enviadas por correspondência aos infratores

 

ASSUNTO: Protestos em SP

VEÍCULO: Notícias do Dia

Homem baleado durante protesto

A região central de São Paulo foi transformada em cenário de guerra no começo da noite de sábado. Uma manifestação contra a Copa do Mundo no Brasil, convocada pelo Facebook, reuniu 1.500 pessoas e terminou em vandalismo e 146 manifestantes presos. Eles entraram em confronto com a Polícia Militar, que usou bombas de gás e mobilizou 2.000 homens para fazer a segurança. Um rapaz foi baleado.

Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça Chaves foi encontrado com três tiros, dois no peito e um na virilha e continuava internado até ontem à noite. A suspeita é que policiais sejam os autores dos disparos. No protesto, os manifestantes depredaram agências bancárias, lojas e um carro da Guarda Civil Metropolitana, além de incendiar outro veículo. Os participantes acusam a Polícia de reprimir violentamente manifestantes pacíficos.

A maioria dos detidos levados à delegacia dos Jardins durante a manifestação mora em bairros da periferia das zonas sul e leste. Dos 119 identificados no boletim de ocorrência, 62 têm entre 20 e 29 anos e 14 são menores de idade. Vinte e oito jovens disseram ser estudantes, a maioria universitários. A ação da polícia será investigada.

 

ASSUNTO: Novo comandante

VEÍCULO: Portal CBMSC

TENENTE-CORONEL BM JÚLIO ASSUME COMANDO DO 6ºBBM EM CHAPECÓ

     

 

 

O Tenente-Coronel BM Júlio César da Silva assumiu em solenidade militar realizada na quarta-feira (22/01) o comando do 6º Batalhão de Bombeiros Militar – unidade sediada na cidade de Chapecó que abrange 57 municípios da região Oeste de Santa Catarina. O novo comandante substitui o Tenente-Coronel BM Luiz Carlos Balsan, que após quatro anos deixa o posto.

Antes de comandar o 6ºBBM, Tenente-Coronel BM Júlio esteve por cerca de três anos à frente do 3ºBBM em Blumenau (Leia Aqui).

Prestigiada pela presença de autoridades militares e civis, entre elas o Comandante-Geral do CBMSC, Coronel BM Marcos de Oliveira, a cerimônia no pátio do quartel em Chapecó foi complementada pela entrega de Medalhas por Tempo de Serviço e de Mérito Pessoal, veneras comemorativas aos 25 anos do Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar e aos 50 anos do Serviço de Salvamento Aquático da Corporação. As comendas foram entregues aos homenageados como forma de agradecimento peloo apoio e a dedicação e a contribuição de suas atividades à instituição militar.

Despedida

Há quatro anos no comando do Batalhão e com mais de 15 anos de serviços prestados no Corpo de Bombeiros Militar de Chapecó, Tenente-Coronel BM Balsan agradeceu, em seu pronunciamento, aos bombeiros e à sociedade chapecoense pelo apoio recebido ao longo de sua trajetória profissional na região.

Um vídeo com imagens que contam essa história foi exibido no telão montado no local da cerimônia, comovendo os participantes – especialmente o militar que deixava o comando. A solenidade foi finalizada com os tradicionais descerramento do retrato do comandante substituído, agora eternizado na galeria de ex-comandantes da unidade, e o batismo (banho de mangueira).

Tenente-Coronel BM Balsan deverá assumir, nas próximas semanas, o comando do 11º Batalhão de Bombeiros Militar – unidade a ser ativada com sede na cidade de Joaçaba.

 

 

 

 

 

 

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