Clipping do dia 09 de novembro

 

Clipping do dia 08 de novembro

 

 

MÍDIAS DE SANTA CATARINA

 

 

Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Visor

Assunto: Diretor do Deap

 

ALHOS COM BUGALHOS

Leandro Lima, diretor do Deap, tem dedicado mais tempo tentando desfazer a confusão de informações sobre ocorrências no sistema prisional do que trabalhando.

É que na quarta um preso foi morto ao tentar pegar a arma do agente em Rio do Sul, mas muita gente entendeu que teria sido a causa do motim em São Pedro de Alcântara.

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Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Geral

Assunto: Acidente

 

Sete morrem em engavetamento na BR-376

O km 674 da BR-376, rodovia marcada por acidentes trágicos, se transformou em um ambiente semelhante ao de filmes de guerra na tarde de ontem. Um acidente que envolveu três carros e quatro caminhões – na descida da serra que liga Santa Catarina ao Paraná – resultou na morte de sete pessoas, segundo levantamento da Polícia Rodoviária Federal. Corpos foram arremessados dos veículos. Outros ficaram presos nas ferragens. Dois morreram carbonizados. Todas essas pessoas foram surpreendidas por um caminhão que descia a serra desgovernado.

Veículos aguardavam parados em fila a liberação da BR-376 – fechada por causa de um acidente. Um caminhão carregado de milho tombou no km 676 e acabou espalhando a carga pela rodovia. Os funcionários pararam o trânsito para remover a carga.

Foi quando, por volta de 13h30min, o caminhão que estava levando telha de amianto e tubos de PVC para o Rio Grande do Sul, surgiu do alto da serra. O motorista Paulo Roberto de Oliveira Santos, 39 anos, não conseguiu parar e atingiu veículos e pessoas sobre a pista. Ele foi preso em flagrante por homicídio culposo.

Os moradores que vivem à beira da estrada, bombeiros, policiais, funcionários da concessionária da pista e viajantes ficaram chocados ao ver os destroços do acidente.

A fumaça das chamas de dois veículos que na colisão pegaram fogo ainda tomava conta do ambiente. Os corpos das vítimas e o que sobrou dos carros estavam às margens da rodovia. Identificar os sete mortos não era possível. Os peritos puderam apenas fazer a contagem, registrar em foto e levar os corpos para o IML de Guaratuba (PR). Apenas uma habilitação foi encontrada em meio aos escombros identificando o jovem catarinense Rodrigo Antunes de Jesus, 29 anos, como possível vítima.

Luciano Robson Moreira de Oliveira estava com a carreta parada na fila ao lado do primeiro carro atingido – uma Mitsubishi ASX. Ele percebeu que o caminhão desgovernado estava com uma sirene ligada e descia a todo vapor.

– Eu desci correndo para ajudar, mas começou a explodir tudo e pegar fogo, não tinha como chegar perto – descreveu.

 

Carlos e José passaram pelo susto

Os colegas de trabalho Carlos André Costa dos Reis, (foto) 24 anos, e José Pereira dos Santos, 34 anos, são os sobreviventes da tragédia. Eles trabalham para a Autopista Litoral Sul e estavam no caminhão da concessionária envolvido no acidente. Após o veículo parar no congestionamento, eles ouviram a colisão.

– Eu estou feliz da vida, porque sobrevivi – disse José.

 

Exames de DNA para reconhecer vítimas

As sete vítimas do acidente foram levadas para o Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba e Paranaguá. Três corpos carbonizados chegaram ao IML de Paranaguá às 20h. Segundo o auxiliar de perícia oficial do IML, Éder de Paula, os corpos só poderão ser identificados por meio de exame de DNA. Será coletado material do fêmur das vítimas e enviado a Curitiba para análise, o resultado deve levar 30 dias.

 

Mãe e filha veem chamas em veículos

“Muito chocante, várias vidas envolvidas, não desejo isso para ninguém”, assim relatou Sueli Terezinha Bronoski, 43, que era passageira de um dos veículos parados na fila formada logo após a tragédia. Ela e a filha Thays Bronoski da Silva, 14 anos, voltavam para o carro depois de visualizar o acidente. Elas chegaram a presenciar o fogo e as explosões que provocaram o incêndio em dois veículos.

 

Em um acidente, vítimas de um ano

Os mortos no acidente de ontem, na BR-376, fizeram dobrar o número de vítimas naquele trecho da rodovia nas estatísticas da Polícia Rodoviária Federal para 2012. De janeiro até a manhã de ontem, sete pessoas haviam morrido próximo ao local onde ocorreu o engavetamento com sete veículos. Ao final do dia, este número era de 14. A informação é da Polícia Rodoviária Federal do Paraná.

 

Semelhanças com caso do Oeste de SC

O acidente desta quinta-feira guarda semelhanças com a tragédia ocorrida em Descanso, no Oeste, em 9 de outubro de 2007. Nesta data, dois acidentes em sequência causaram a morte de 27 pessoas e deixaram 90 feridos. O primeiro ocorreu às 19h30min. A BR-282 ficou fechada e um caminhão desgovernado avançou sobre os veículos parados sobre a rodovia. O motorista irá a júri.

 

Caminhoneiro está preso

Paulo Roberto de Oliveira Santos, 39 anos, era o motorista que estava ao volante do caminhão que causou o acidente de ontem na BR-376. Ele está preso na delegacia de Guaratuba (PR) e responde inquérito por homicídio culposo (sem intenção de matar). O delegado Lúcio Lugli vai pedir uma perícia no veículo e fixou fiança de R$ 3 mil.

Durante o depoimento, Paulo Roberto justificou que houve problemas mecânicos e não conseguiu parar. Contou que chovia enquanto descia a serra em quarta marcha usando freio motor. Ao ver os carros, pisou no freio, mas nada ocorreu. “Bombou” duas vezes no pedal e não funcionou. O veículo ganhou velocidade e causou o acidente.

Paulo Roberto trabalha como caminhoneiro há nove anos. Recentemente fez um curso para poder dirigir ônibus. Ele sofreu escoriações nos braços, pernas e um corte profundo na cabeça, mas está bem fisicamente. Está, porém, em estado de choque e bastante abatido. Nesta condição, falou com o patrão e o cunhado. Pediu que o parente contasse sobre o acidente com cuidado para não assustar a mulher, que está no Rio Grande do Sul. Não foi divulgada a cidade em que ele mora

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Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Geral

Assunto: Gerais

 

Residência usada por viciados pega fogo

Um incêndio destruiu, ontem, uma residência abandonada no Bairro Meia Praia, em Navegantes. Os bombeiros acreditam que as chamas foram provocadas por vândalos, já que a casa, localizada na Radial Leste, é ponto de usuários de drogas.

O fogo começou por volta das 13h e os bombeiros não tiveram dificuldades para conter as chamas. Metade da residência já estava metade queimada em função de um incêndio anterior. Ninguém se feriu.

 

Corpo de mulher ainda não foi identificado

Ainda não foi identificado o corpo da mulher encontrado pela polícia no final da tarde de segunda-feira no acesso ao terminal de barcos da Costa da Lagoa, no Leste da Ilha, na Capital. A mulher vestia uma camiseta branca com os dizeres “good choice” (boa escolha). O corpo está no Instituto Médico Legal (IML), no Bairro Itacorubi. Tratava-se de uma mulher de cabelo claro, aparentando ter entre 20 e 30 anos, 1,65 metro de altura e que tinha quatro tatuagens: uma grande, nas costas, uma no ombro esquerdo, uma flor em uma das mãos e uma nota de música em um dos pés.

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Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Geral

Assunto:  Guarda-vidas

 

 

Verão no Estado terá 1,9 mil guarda-vidas

Número é 26% maior que o utilizado nos balneários na temporada passada

Os bombeiros de Santa Catarina estão treinando os candidatos que pretendem trabalhar como guarda-vidas na próxima temporada. Nas próximas semanas, a instituição vai intensificar a reativação dos postos no Litoral. A Operação Veraneio terá 1,9 mil guarda-vidas civis e militares, 26% a mais do que os 1,5 mil da temporada passada.

Só em Laguna, no Sul, 46 homens participam do treinamento – que deve ir até dezembro, quando começa a Operação Veraneio. Além destes civis, o município contará com oito militares que irão atuar nos nove postos distribuídos pela região. Desde o último fim de semana, voluntários que trabalharam em anos anteriores começaram a circular pelas praias.

Após as cinco semanas de treinamento, dividido em seis módulos, os candidatos passam por testes. Ao concluírem o módulo teórico, eles fazem a prova escrita e os testes de primeiros socorros. Concluída a parte prática, eles têm que nadar 500 metros em 11 minutos, correr 1,6 mil metros em sete e atravessar a arrebentação e uma piscina com um peso que simula uma vítima.

De acordo com os bombeiros, dificilmente um candidato não passa pelos testes. Primeiro, porque eles passam por algumas dessas provas no início do curso. Segundo, porque o trabalho que desenvolvem nos treinamentos exigem muito deles. Suficiente para vencerem os testes.

Os que concluírem os treinamentos e passarem nos testes, passam a trabalhar. Eles ganham uma ajuda de custo para alimentação e transporte.

 

Na Capital, uma turma se formou

O treinamento dos voluntários em Florianópolis é desenvolvido pelo Grupamento de Busca e Salvamento (GBS). Na quarta-feira, uma turma de 42 voluntários se formou. Ontem, mais duas turmas, com 35 alunos cada, começaram o curso. Eles devem começar a atuar nas praias da Capital no dia 15 de dezembro.

12 de outubro, porém, 12 praias da Ilha já estão sendo cuidadas por guarda-vidas que atuaram na região em anos anteriores. Segundo o GBS, 106 voluntários foram reavaliados e estão trabalhando. Em duas semanas, mais 50 também serão testados para voltar às praias.

 

Programa especial para as crianças

Para minimizar o número de ocorrências com crianças e proporcionar a elas uma atividade que educa e diverte, os bombeiros desenvolvem o Programa Golfinhos. Na Capital, crianças de oito a 12 anos podem participar. Elas ganham camisa e boné do programa e, em 10 encontros, têm orientações de segurança.

Segundo o coordenador de projetos sociais na Capital, tenente Dárcio Nunes, a ideia é tornar a criança dependente dos pais.

– Não há atividades na água. A gente acredita que, se fizer isso, pode levar a criança a entender que pode entrar no mar. Isso é perigoso.

A criança aprende as sinalizações e é orientada a ficar perto dos pais e a usar a pulseira de identificação, entregues pelos guarda-vidas.

– Nestes quase 10 anos, não só percebemos redução no número de casos, como vemos pais que aprendem com os filhos – contou o tenente.

A partir de 1o de dezembro, os pais podem inscrever os filhos nos postos guarda-vidas.

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Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Segurança

Assunto: Denúncias de tortura

 

Vistoria dá início a apuração

Juiz corregedor visita Penitenciária de São Pedro de Alcântara e diz que prefere esperar laudo para opinar sobre ferimentos

Um dia após as denúncias, feitas por familiares, de tortura contra presos da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, a corregedoria do Tribunal de Justiça da unidade fez ontem vistoria na cadeia, primeira etapa da investigação interna que apura o caso. Paralela à visita, ocorreu uma manifestação de familiares de presos no Fórum da Capital e em frente à penitenciária.

Acompanhados por policiais militares, o juiz corregedor da unidade e da Vara Regional de Execuções Penais de São José, Humberto Goulart da Silveira, foi à penitenciária com a advogada de alguns detentos, entre eles William Pereira, que teria sido visto ensanguentado por familiares de presos na quarta-feira. Conforme o juiz, as visitas de familiares e advogados de presos foram suspensas e deverão ser retomadas hoje.

O magistrado assistiu a imagens do sistema de segurança que revelam parte a contenção do detento William Pereira, na quarta-feira, o que teria provocado o princípio de motim.

– As imagens, aparentemente, revelam que William tentou tirar a arma do agente. William narrou ter sido agredido. Ele levou três tiros de bala de borracha e estava com a perna engessada. Só posso fazer juízo definitivo sobre se os ferimentos foram ocasionados antes ou depois da contenção após receber o laudo de lesão corporal – observou Silveira.

Ele frisou que o diretor da unidade, Carlos Alves, mesmo sem ordem judicial, enviou William para o exame e não negou uso de arma não-letal durante a contenção.

O juiz também conversou com uma suposta vítima de tortura.

– Não vi lesões nele. Mas podem ocorrer agressões sem lesões aparentes. Vamos aguardar o laudo – disse.

Seis detentos ouvidos pelo magistrado, por sugestão da advogada de William, não têm registro de agressão contra eles. Outros presos foram escolhidos pela administração da unidade para serem ouvidos na vistoria. A maioria estava lesionada por arma não-letal, resultado da contenção da quarta. Silveira disse que não verificou sinais aparentes de tortura, mas reconheceu que há como torturar sem deixar marcas. Ele disse que prefere aguardar os laudos para se manifestar sobre os ferimentos.

 

Familiares fazem apitaço

O som do “apitaço” de familiares de presos de São Pedro de Alcântara começou a ser ouvido às 15h30min em frente à unidade. Em seguida, pela estrada de terra que leva à unidade, começaram a chegar cerca de 70 mães, esposas, tias e filhos de detentos carregando cartazes e faixas.

Entre apitos e buzinas, as famílias gritavam em coro: “Ô, diretor, você não me engana. Você tortura quem está em cana”. Parentes fizeram manifestações em frente ao Fórum da Capital e à penitenciária, contra torturas que continuam dizendo existir.

O protesto fez o juiz Humberto Silveira transferir a entrevista coletiva – prevista para ocorrer após a vistoria – para seu gabinete.

– Claro que há clima tenso em São Pedro e muito medo por parte das famílias. Mas elas podem se acalmar, a situação está se normalizando. Vamos continuar a investigação – disse.

 

“O Estado tomou conta da penitenciária”

Leandro Lima – Diretor do Deap

Um motim com um preso que foi para cima de um agente. Nada de tortura ou violência relacionada à morte da agente Deise Alves. Foi o que disse o diretor do Deap, Leandro Lima, nesta entrevista ao DC, ontem à tarde, em seu gabinete, em Florianópolis.

 

Diário Catarinense – O advogado Francisco Ferreira denunciou que teria havido violência contra os presos…

Leandro Lima – A ação do advogado é legítima, mas não aconteceu. O que houve foi um preso que tentou conter um agente e foi controlado. A equipe agiu para conter o tumulto e manter a segurança.

 

DC – O diretor Carlos Alves esteve envolvido nesse fato?

Leandro – Não. Ele estava longe, no setor administrativo.

 

DC – O fato não teria relação com a volta do diretor ao trabalho na penitenciária?

Leandro – Nenhuma relação. Acontece que estamos há três anos numa nova linha de ação na Penitenciária, fazendo um regramento aos presos que antes não era obedecido.

 

DC – Os familiares afirmam que após a morte da agente haveria violência contra os presos.

Leandro – Não houve mudança no comportamento. Isso é uma afronta à memória de Deise e ao profissionalismo dos agentes. O que acontece é que o Estado tomou conta da penitenciária.

 

DC – Não seria mais conveniente, até em razão da questão emocional, afastar o diretor Carlos Alves nesse momento?

Leandro – Aí eu lhe pergunto o que isso significaria? (Faz referência ao que os presos querem). Tivemos uma boa conversa com o Carlos e, para a linha de trabalho que queremos, ele é a pessoa ideal.

 

DC – Que medidas estão sendo tomadas para conter as facções nas cadeias?

Leandro – Estamos tomando todas as melhorias para manter a disciplina e ampliar o controle de comunicação sobre os presos. Vamos construir parlatórios em todas as 49 prisões do Estado, criar a ala de segurança máxima e ampliar os bloqueadores de celulares.

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Veículo: A Notícia

Editoria: Geral

Assunto: Motorista baleado por policiais confirma sua versão em Piçarras

 

 

Motorista baleado por policiais confirma sua versão em Piçarras

Ele confirmou em depoimento a mesma versão de quando deixou o Hospital Municipal São José, horas depois do acidente

O caminhoneiro que foi atingido por disparos efetuados por policiais civis em uma abordagem no km 96,3 na BR-101, no dia 23 de outubro, em Piçarras, foi ouvido ontem pela delegada Tânia Cristina Duarte Harada, responsável pelo caso.

Ele confirmou em depoimento a mesma versão relatada à reportagem de “AN” quando deixou o Hospital Municipal São José, horas depois do acidente.

Everaldo Schwambach, 38 anos, disse que fechou o carro dos policiais em alguns momentos, porém sem intenção, quando tentava ultrapassar uma carreta que seguia na sua frente.

Ele afirma que ouviu a sirene mas não identificou o Fiesta vermelho como sendo uma viatura da polícia. Segundo a delegada, o motorista também afirma que possuía um objeto em mãos, que seria o rádio de comunicação.

O caminhoneiro também se queixou do atendimento recebido no São José, pois no local foi identificada apenas uma bala em seu corpo. Ao procurar outra unidade hospitalar, em Brusque – cidade onde mora –, a vítima descobriu que havia duas balas alojadas na região do quadril.

A delegada aguarda o laudo da perícia realizada no local do acidente e o boletim de ocorrência feito pela Polícia Rodoviária Federal para concluir o inquérito. Testemunhas de defesa indicadas pelo motorista também precisam ser ouvidas.

 

Contraponto

De acordo com a versão dos três agentes e do delegado Rodolfo Farah, que estavam no carro, a reação teria sido em legítima defesa. Eles relataram que o carro foi prensado contra a mureta da pista pelo caminhão e que tentaram abordar o motorista, sem sucesso.

Os policiais afirmam que utilizaram a sirene, o sinal de alerta e mostraram as identificações pela janela do veículo.  O objeto nas mãos do motorista teria assustado os policiais, que cogitaram a possibilidade de ser uma arma.

 

Como acreditavam se tratar de uma situação de risco, efetuaram três disparos contra o caminhão. Ao ser atingido, o caminhoneiro perdeu o controle do veículo. Um policial também ficou ferido.

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Veículo: Notícia do Dia

Editoria: Geral

Assunto: Penitenciária de São Pedro de Alcântara

 

Mistério atrás das grades da Penitenciária de São Pedro de Alcântara

Deap nega excesso de violência; familiares reclamam da falta de informações

Os indícios de tortura no interior da Penitenciária de Segurança Máxima de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, foram suficientes para que o juiz-corregedor do Tribunal de Justiça, Alexandre Takashima, pedisse uma investigação mais apurada sobre o caso. Nesta quinta-feira (8), o juiz da Vara de Execuções Penais da Comarca de São José, Humberto Goulart Silveira, esteve no complexo e conversou com presos. A abertura do processo de investigação ainda dependerá do resultado de laudos de corpo de delito.

Na tarde de quarta-feira, um motim se iniciou na penitenciária logo após um detento ter sido rendido por um agente penitenciário. O preso, segundo informações colhidas na Vara de Execuções Penais de São José, teria tentado roubar a arma do agente, que revidou. O fato gerou indignação nos demais apenados, e um bate-bate tomou conta do presídio. Seis internos relataram ao juiz algum tipo de agressão. Um dos apenados, o que teria entrado em confronto com o agente, foi atingido por três tiros de munição não letal e teve que ser atendido no Hospital Governador Celso Ramos. Os apenados ainda realizaram exames de corpo de delito.

Segundo o juiz Humberto Goulart da Silveira, que fiscaliza a execução de penas, ainda não é possível afirmar se houve excessos que caracterizem desvio na execução das sentenças (tortura). “O clima em São Pedro de Alcântara é tenso, isso não se tem que esconder, mas hoje entrevistei os presos e não pude confirmar se houve excessos”, explicou. Segundo o juiz, filmagens mostram o início do motim. “Pelo que eu vi, houve uma situação de confronto, e o agente teria agido em legitima defesa. Ainda não existem elementos que provem um desvio na conduta”, reforçou Goulart.

 

Advogado é barrado

No início da tarde de ontem, familiares de detentos realizaram uma pequena manifestação em frente ao Fórum da Capital cobrando ações ponderadas por parte do Deap (Departamento de Administração Prisional). Uma mulher, parente de um presos, contou que na quarta-feira, logo após as visitas do período da manhã, mulheres de presos viram alguns apenados com sinais de espancamento. Fato negado pelo juiz Humberto Goulart. “Se houve algum tipo de agressão no aplicada sem deixar sinais de violência, isso será apurado também”, rebateu.

O advogado de Rodrigo de Oliveira, o Rodrigo da Pedra, esteve na Penitenciária na tentativa de conversar com o cliente, que segundo testemunhas, teria sofrido agressões. “Na verdade não tive contato com meu cliente. O diretor barrou a minha entrada e meu acesso a ele, pedi que os laudos dos exames sejam remetidos ao Fórum para que eu possa saber qual é o estado de saúde dele”, comentou, logo após encontro com o juiz de Execuções Penais.

 

Deap nega excessos

O Deap emitiu nota, onde destacou que o motim se iniciou devido fato isolado, “quando um detento tentou conter um agente penitenciário e foi imediatamente controlado por agentes de plantão, através do uso de equipamentos próprios para contenção de crise”, como dizia trecho da nota.

O departamento negou uso excessivo de violência, assim como negou também que a postura rígida com os internos tenha ligações com a morte da agente prisional Deise Pereira Alves, esposa do diretor da Penitenciária que foi assassinada no portão de casa com um tiro no peito na noite do dia 26 de outubro.

 

Na nota, o DEAP parabeniza o que chamou de “profissionalismo dos Agentes Penitenciários envolvidos na ação” e declarou que a postura de rigorosa disciplina adotada pela administração da unidade será mantida.

As visitas aos presos estão suspensas. E agentes realizam operações de pente-fino no complexo. As investigações sobre a morte da agente penitenciária ainda não revelaram autoria do crime, que têm suspeitas de ter sido encomendado. Duas pessoas estão presas preventivamente pela morte da agente.

 

 

 

BLOGS

 

Moacir Pereira

 

O Deap e o motim na Penitenciária de São Pedro

 

 

Nota oficial distribuiu pelo Deap da Secretaria de Justiça e Cidadania sobre o motim registrado na Penitenciária de São Pedro de Alcantara. Confira seu conteúdo:

“O Departamento de Administração Prisional informa que o Complexo Penitenciário do Estado (COPE), em São Pedro de Alcântara, passou por um início de motim. O movimento iniciou-se a partir de um fato isolado, quando um detento tentou conter um agente penitenciário e foi imediatamente controlado por

agentes de plantão, através do uso de equipamentos próprios para contenção de crise, de menor potencial ofensivo (instrumentos desenvolvidos para conter pessoas temporariamente, preservando vidas e minimizando danos à sua integridade).

A ação rápida e eficiente dos profissionais no local alterou o ânimo dos reclusos que iniciaram um princípio de motim, batendo às portas das celas e iniciando um movimento de subversão à ordem e à disciplina. A equipe de intervenção prisional da unidade agiu imediatamente para conter o tumulto e manter a segurança da unidade, dentro dos padrões operacionais de ação que o caso requer e respeitando todos os princípios legais, sem cometer excessos e resguardando a integridade de reclusos e funcionários do Complexo.

 

Todos os servidores envolvidos na contenção do movimento receberam o devido treinamento para ação em casos como este, repassados pela Academia de Justiça e Cidadania (Acadejuc), sem necessidade do uso de qualquer violência e utilizando equipamentos de menor potencial ofensivo para contenção da crise somente nos casos de real necessidade.

 

O DEAP declara que a rotina e os procedimentos operacionais adotados no COPE, tanto para atividades de rotina da unidade quanto para a contenção de crises não sofreram nenhuma alteração nos últimos dias, sendo os mesmos adotados pela atual Administração, desde o início de sua atuação. A Direção da unidade mantém uma postura rigorosa e disciplinada na administração do Complexo, que merece destaque e menção honrosa por manter o controle do estabelecimento nas mãos do Estado, sem ferir quaisquer princípios e direitos legais dos apenados e garantindo a segurança de reclusos, funcionários e comunidade catarinense, com excelência nos serviços prestados.

 

O Departamento de Administração Prisional não só nega, como repudia, qualquer informação de que ações de excesso e violência por parte dos seus profissionais, estejam ocorrendo como represália ao assassinado de Deise Alves. Tratam-se de especulações que ofendem à memória da servidora e o profissionalismo de agentes penitenciários que prestam o seu serviço em acordo com a lei, e não contra ela. Nosso trabalho é pautado no fiel cumprimento da justiça e as portas do Complexo Penitenciário do Estado, como de qualquer outro estabelecimento prisional catarinense, estão sempre abertas aos órgãos de fiscalização do judiciário.

 

O tumulto iniciado na tarde de ontem foi contido graças a atuação rápida e eficiente de nossos honrosos profissionais, sob a presença de representantes da Corregedoria Geral de Justiça do Estado, garantindo a integridade de todos os envolvidos e, principalmente, da comunidade catarinense.

Na oportunidade, o DEAP parabeniza o profissionalismo dos Agentes Penitenciários envolvidos na ação e à Direção do Complexo Penitenciário do Estado, declarando que a postura de rigorosa disciplina adotada pela administração daquela unidade será mantida, como forma de garantir segurança ao Estado de Santa Catarina, através do fiel cumprimento da justiça.

Florianópolis, 08 de novembro de 2012.

Leandro Antônio Soares Lima

Diretor do DEAP.”

 

 

MÍDIAS DO BRASIL

 

 

 

Veículo: Portal G1

Editoria: Geral

Assunto: Em mais uma noite violenta, SP tem chacina e total de 11 mortos

 

 

Em mais uma noite violenta, SP tem chacina e total de 11 mortos

Uma chacina com quatro mortos, mais outros sete assassinatos, além de sete baleados foi o saldo de uma das noites mais violentas na Grande São Paulo nos últimos dias. Um ônibus também foi incendiado e o cobrador ficou ferido.

Na zona sul, ao menos nove pessoas foram baleadas entre as 19h30 de ontem (8) e a 0h desta sexta-feira. Cinco das vítimas foram encontradas em ruas a aproximadamente 3 km de distância uma da outra. Elas foram levadas ao Hospital do Campo Limpo, mas três não resistiram e morreram.

No Jardim das Imbuias, homens em uma moto atiraram contra um grupo de pessoas na rua Indochina, por volta das 19h30. Um homem tentou fugir e foi morto a tiros na rua Afonso Albuquerque. Três pessoas foram baleadas e levadas ao pronto-socorro do Grajaú.

Na Grande São Paulo, cinco pessoas morreram em Santo André: quatro delas em uma chacina na Vila Sacadura Cabral e outra na Vila Guiomar. Ambos os crimes ocorreram por volta das 23h30 da noite de ontem.

Em Santana de Parnaíba, dois foram mortos a tiros na praça Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, por volta da 0h30 desta sexta-feira. Um homem foi baleado no braço.

Corpos cobertos de vítimas de chacina em Santo André, na Grande SP; 5 morreram e 3 ficaram feridos em ataques na região

ÔNIBUS INCENDIADO

Um grupo incendiou um ônibus biarticulado, na região de Cidade Dutra, zona sul de São Paulo, por volta das 22h de quinta-feira (8). O cobrador ficou ferido e foi levado ao pronto-socorro do Grajaú. Segundo a polícia, o coletivo ficou totalmente destruído.

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