Série Memórias e Histórias destaca o Cel PM RR Paulo Roberto Fagundes de Freitas

 

Dando continuidade à série Memórias e Histórias, que já apresentou no portal da ACORS sete trajetórias inspiradoras que emergiram da caserna, hoje relembramos alguns feitos do Coronel Paulo Roberto Fagundes de Freitas, que aos 73 anos integra a Reserva Remunerada da Polícia Militar.

 

Vocacionado à carreira militar, sob a inspiração do pai, que era Oficial do Exército, o jovem Paulo Freitas chegou até a cogitar o ingresso na Academia das Agulhas Negras, ainda na década de 1960, mas antes que deixasse a terra natal, Florianópolis, a PMSC abriu inscrições para o Curso de Preparação de Oficiais, pré-requisito para o CFO.

“Eu sempre tive vontade de ser militar, e depois já sonhava em ser Comandante-geral”, lembra o Oficial que integrou o grupo de Alunos Oficiais transferidos para o Grupamento Escola da Trindade (hoje Centro de Ensino) assim que as aulas deixaram de ser oferecidas no Quartel do Comando Geral. Entre a formatura, em 1967, e o posto de 2º Tenente, a primeira experiência foi no Batalhão Especial de Polícia (hoje 4º BPM). Como voluntário, também passou a dar aulas na Escola Regimental Marechal Guilherme, onde a PMSC oferecia alfabetização para soldados.

A diversificada atuação nos primeiros anos de caserna compreende ainda funções como ser Instrutor do Centro de Ensino, Comandante do Esquadrão de Cavalaria e Chefe do Almoxarifado Geral. Promovido a Capitão, a abrangente formação, como estudante de Direito na UFSC e de Psicotécnica Militar no Exército, no Rio de Janeiro, acabou por conduzi-lo à equipe que selecionava os candidatos para a PMSC.

Mais tarde, quando veio a promoção a Major, pôde provar sua competência operacional, comandando o Batalhão da Polícia Militar em Chapecó, experiência que viria a repetir anos depois, como Comandante do 7º Batalhão, em Florianópolis. Mas a maior vivência é mesmo em gestão, como Sub-Diretor de Pessoal, Sub-Diretor de Finanças, Diretor de Saúde e Promoção Social, Comandante do Centro de Ensino e Chefe da 1ª Seção do Estado-Maior-geral.

A assunção ao Comando-geral, em um período em que as corporações PM e BM ainda estavam integradas, veio aos 45 anos, em 1991, quando pôde conciliar os conhecimentos teóricos, desde quando Oficiais do Exército comandavam a PMSC, em gestão, no campo operacional, e também com política, como Assessor Militar na ALESC e trabalhando ativamente na campanha do Cel Sidney Carlos Pacheco, que veio a ser o primeiro Militar Estadual eleito deputado estadual em Santa Catarina.

Curiosamente, durante os três anos no Comando-geral, período que precedeu sua passagem para a Reserva, o maior “inimigo” da Segurança Pública não estava nas ruas, mas nos cifrões. A inflação galopante, os salários sempre defasados, a tropa descontente com a remuneração, a dificuldade de “prever” o valor das aquisições, já que os preços dos veículos, fardamento e insumos mudava a cada dia, acabavam demandando grande dedicação, com as projeções realizadas ainda no papel, sem as facilidades inerentes ao computador.

Ainda assim, as lembranças são dignas de comemoração, como a oportunidade de receber o Papa (hoje Santo) João Paulo II no Centro de Ensino da PMSC, de contribuir para a instalação da Cia de Polícia Ambiental no Maciambu em Palhoça, em 1991, o 1º Pelotão de Polícia Ambiental em Joinville, em 1993, e de investir na formação de pessoal para a criação do Grupamento Aéreo de Policiamento Ostensivo, o GAPO, hoje BAPM, quando as corporações nem sequer dispunham de helicóptero próprio.

 

ASSOCIATIVISMO: Paralelamente, a verve associativista sempre demandou grande atenção do Cel Paulo Roberto Fagundes de Freitas, presidente do Clube dos Oficiais (hoje ABVO) em duas gestões, vice-presidente de Administração do Lagoa Iate Clube e Conselheiro Benemérito do time do coração, o Figueirense. Entre o legado, deixado para os associados da Associação Barriga Verde de Oficiais, está a fusão do Clube dos Oficiais com a Associação Atlética Barriga Verde, cujo patrimônio, um amplo terreno no Centro, foi regularizado em sua gestão e futuramente vendido, viabilizando os recursos para as obras na sede social da ABVO.

Até mesmo o valioso terreno na Trindade, onde está instalado o Centro de Ensino CBM, contou com sua providencial proteção. Ao descobrir, como Comandante-geral, que o terreno seria doado à Udesc, o Comandante-geral interferiu, convencendo o então governador Vilson Kleinubing de que a área já estava destinada ao Corpo de Bombeiros Militar.

Casado com Maria Angélica da Silva Freitas há 50 anos, com dois filhos e cinco netos, o Cel Paulo Freitas lembra de quando chegava a ser reprimido, já que, até a fundação da ACORS, cabia ao Clube dos Oficiais defender os interesses dos Militares Estaduais.

Outra iniciativa, da qual Praças e Oficiais seguem se beneficiando, remonta ao período como Diretor de Saúde e Promoção Social. Ao ter conhecimento da contribuição financeira compulsória dos militares, instigou a busca por uma solução para que o fundo tivesse gestão independente da PMSC, o que veio a culminar com a inauguração da ABEPOM apenas um mês após sua passagem para a Reserva Remunerada.

Ainda que na longa trajetória junto à PMSC tenha recebido o primeiro computador quando já se despedia da farda, dois meses antes de deixar o Comando-geral, o Cel Freitas prova hoje total intimidade com a tecnologia, gravando vídeos, postando críticas e comentários pelas redes sociais.

 

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Publicado em 25.06.2019.

 

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