Coronel Marcineiro conduz a tocha olímpica

213592670_880238138769633_3140521714071277070_nA condução da tocha olímpica, em sua passagem por Florianópolis também foi protagonizada por um oficial da reserva catarinense. O Cel PM RR Nazareno Marcineiro orgulhou a corporação ao ser um dos escolhidos para o evento.

De acordo com a publicação da ABVO, o Cel relata:

“É um momento único… desde a preleção à equipe de condutores do revezamento, percebe-se a singularidade do momento. Nos primeiros contados com a organização, fica claro que houve uma preocupação com todos os detalhes possíveis para o momento histórico. Dá tranquilidade e inspira confiança.

O fogo olímpico mudou de continente e percorre o Brasil para iluminar e acalentar o espírito esportivo e de união das pessoas. E eis que me foi dada a graça de ser o condutor dessa chama por 200 metros. Não é muito, eu sei, mas é uma grande honra poder ter participado desse momento.

É fácil ser contagiado pelo momento e ficar feliz e se sentir honrado. Eu, de minha parte, encontro razões em mim para me sentir credor da honraria. Professor de Educação Física, desportista amador, praticante persistente de atividade física.

Quando jovem, fui integrante das seleções de atletismo, vôlei e, eventualmente, de futebol da Polícia Militar de Santa Catarina nas diversas vezes que a corporação participava de competições desportivas.

Policial Militar por mais de 35 anos e Comandante Geral por mais de 3 anos, avoco o crédito por pertencer a uma corporação – e aqui ouso apresentar o meu nome para representá-la – que garantiu a segurança em todas as competições esportivas que ocorreu no território catarinense.

Diretor da Força Nacional de Segurança Pública, tive a ventura de poder emprestar o meu conhecimento e experiência para liderar o planejamento da segurança das instalações de competição e não competição dos Jogos Rio 2016, dentre cujas atividades encontra a segurança da Tocha por todo o Brasil.

Sou, sim, credor de conduzir por 200 metros a Tocha Olímpica na minha terra.

Naturalmente, outros também são credores. Não estão no meu lugar ou comigo, pelas mais variadas razões. Respeito a todos e lamento por não terem participado.

Um impedido de participar pela morte, entretanto, fiz questão de colocá-lo empunhando a Tocha do fogo olímpico ao longo dos gloriosos 200 metros. Meu sogro, Vicente Schlickmann Rottgers, o VICENTÃO.

Falecido aos 84 anos de idade às vésperas dos Jogos Olímpicos no Brasil, frustrou o seu grande sonho de assistir pessoalmente uma olimpíada. O nome desse catarinense é intrinsecamente ligado ao esporte e à educação de Santa Catarina. Desportista de alta performance, participou dos jogos abertos do estado como atleta até aos 53 anos. Como educador, ministrava aulas de iniciação desportiva, como voluntário, às crianças e adolescentes até pouco tempo antes de morrer. Foi professor e desportista a vida toda. Ele foi o ponta-de-lança, por muitos anos, dos movimentos ligados ao esporte em Tubarão e região.

Destaco, pelo exotismo dos fatos, a história que muitas vezes ouvi, do início do vôlei em Tubarão. Quando chegou do curso de educação física no Rio de Janeiro, o Vicente trouxe a paixão pelo esporte que tinha sido atleta de grandes times da capital federal e por ter pertencido às tradicionais equipes de São Ludgero, que fizeram história na modalidade em Santa Catarina. Para promover a modalidade, ele fazia uma quadra “no bico da enxada”, combinava um jogo com uma equipe das cidades vizinhas e percorria a cidade com um quadro negro sobre os ombros com a notícia da competição, para chamar o público e despertar o interesse pelo esporte.

Com essas e outras, tão exóticas quanto, o Vicentão foi um lutador incansável pelo esporte e pela educação. Por isso, ele me acompanhou ao longo dos 200 metros, empunhando a tocha comigo. Este foi o meu tributo de respeito e carinho ao meu segundo pai.

Estou muito feliz por ter, em companhia do Vicentão, conduzido o Fogo Olímpico por gloriosos 200 metros em Florianópolis”.

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