Jornais Diário Catarinense e Notícias do Dia trazem nesta quarta-feira a opinião do presidente da ACORS. Leia aqui a íntegra do artigo

GENTILEZA GERA GENTILEZA

 

O ser humano é violento por natureza ou a sociedade é que o faz assim?

A polícia militar é violenta porque é militar ou porque é polícia?

A polícia militar é violenta porque inclui candidatos locais ou oriundos do país inteiro?

O povo brasileiro é violento ou é pacífico?

Quem é responsável pela violência do ser humano: a herança genética ou cultural?

Essas e inúmeras outras perguntas necessitam de um estudo profundo para que possamos respondê-las com precisão. O Brasil atual que vive do alumbramento do “Estado Democrático de Direito”, formado por um povo que adora levar vantagem em tudo, aprecia uma gorjeta, deixa tudo para resolver na última hora, amarga números sombrios nas estatísticas mundiais de coisas nefastas. Uma Nação capitaneada por administradores públicos corruptos repassa ao povo que essa é a regra a ser aplicada a todas as demandas sociais ocorridas diariamente em todos os recantos do território. Essa é a cultura vigente no País. Conclui-se empiricamente, portanto, que vivemos sob a égide da impunidade, da anarquia, do favorecimento de uns em detrimento de outros. As Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares, instituições estaduais bicentenárias, presentes 24 horas a serviço da grei, constituem o anteparo entre a barbárie institucionalizada e a sociedade atônita. Somos selecionados e recrutados a partir desse povo assim formatado culturalmente. Trazemos incrustados no interior do corpo e da alma os vícios culturais que adquirimos desde o berço. Personalidade e caráter fundidos a partir de um modelo distorcido de convivência social. Para minimizar esses efeitos deletérios provocados pela pressão da árdua atividade a que são submetidos seus integrantes, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar catarinenses, por meio da gestão dos oficiais assessorados por praças, têm investido na ampliação do Programa de Gerenciamento do Estresse Profissional. No campo da formação, os Centros de Ensino, responsáveis pela configuração dos oficiais e praças, possuem um notável corpo docente formado por cidadãos oriundos de universidades civis, bem como excelentes instalações físicas, com bibliotecas dotadas de um amplo acervo de obras técnicas que são referência para qualquer centro acadêmico do Estado. Ainda no campo do conhecimento, as instituições se adequaram à implementação do Código de Conduta para os Encarregados da Aplicação da Lei (CCEAL), adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em dezembro de 1979, que, nos seus oito artigos, auxilia na regulação da conduta policial. O policial ou bombeiro que extrapole no uso da força ou seja corrupto pode fazer com que todos os seus pares sejam vistos como violentos ou corruptos, porque o ato individual reflete como ato coletivo da instituição. Estamos no limite da pressão social, mas fazendo a nossa parte no uso legítimo da força. Precisamos da contrapartida da sociedade.  

 

FRED HARRY SCHAUFFERT

Cel PM R/R Presidente da ACORS

 

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