Clipagem do dia 30 de setembro

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 30 DE SETEMBRO

 

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – Diário Catarinense

LIDERANÇA PELO EXEMPLO

O tenente-coronel Araújo Gomes, comandante do 4o BPM, chegou ao mangue do Itacorubi minutos depois que os marginais tentavam se esconder no local e participou ativamente das buscas até a prisão de um dos fugitivos. Só saiu de lá com o criminoso algemado e acompanhado pelos PMs, coberto de lama (foto). Após a ocorrência, Gomes até foi dispensado de uma reunião na sala de situação para analisar a onda de ataques e orientado a ir para casa tomar um banho. É que o cheiro é muito parecido com o de... enfim, vocês sabem!

ALIÁS

Vale registrar que, mesmo com a residência de um PM alvejada na semana passada, nenhum policial pediu dispensa nos últimos dias para salvaguardar a família. Está todo mundo de prontidão.

BOCA FECHADA

Não é coincidência. Nas últimas três semanas a Polícia Militar tem sufocado o tráfico no Morro do Horácio, em Florianópolis. Nenhuma peteca de cocaína tem sido vendida no local. Curiosamente, os dois autores dos disparos contra a PM são da mesma região.

SALVE GERAL

Na área policial, a cúpula já admite que a ordem para os ataques partiu de uma facção criminosa de dentro do sistema prisional. Já no campo político, qual e se haverá alguma repercussão na semana das eleições, nenhum analista arrisca palpitar qualquer prognóstico.

 

COLUNISTA HÉLIO COSTA – Notícias do Dia

Melhora da Inteligência

Me chama a atenção o descaso com que a Segurança Pública vem sendo tratada em nosso Estado. Ontem, depois de um fim de semana no qual foram registrados dez atentados, percebi que a polícia se comportava como se nada tivesse acontecido, ou acontecendo, pois na tarde de ontem outro ataque foi registrado. Na perseguição, dois inocentes que estavam em um ponto de ônibus foram atingidos pelo carro dos criminosos. O fato é que a polícia não conseguiu se antecipar em nenhum dos 11 atentados registrados até agora, nem nos mais de cem que foram registrados nas outras duas ondas de violência que atingiram Santa Catarina em 2012 e 2013. O governador em exercício deveria visitar as delegacias da região no último domingo, encontraria a maioria delas fechadas, como se tudo estivesse normal. Está na hora de a polícia rever os setores de inteligência e dar mais atenção para a segurança pública e para os cidadãos.

 

COLUNISTA CARLOS DAMIÃO – Notícias do Dia

Violência na semana das eleições

Ações cada vez mais ousadas, com atentados, assaltos e ataques a ônibus na Grande Florianópolis, podem ser a resposta dos bandidos ao trabalho da segurança pública, que não tem dado moleza ao crime organizado. O foco da Polícia Militar e da Polícia Civil tem sido o combate ao tráfico de drogas e de armas pesadas, que representam o grosso do faturamento dos criminosos. Ao promoverem ações violentas contra estabelecimentos comerciais e delegacias e, ao incendiar os coletivos, eles tentam desmoralizar as forças policiais e ao mesmo tempo instaurar um clima de pânico na sociedade, aquela história do “botar terror”, como se diz no jargão policial. Já foi assim antes, em 2012 e 2013, quando tivemos que contar com a participação da Força Nacional para restabelecer a ordem, depois de meses de atentados aos ônibus. Prender os culpados, processá-los e condená-los é o único caminho possível. Aliás, o dever do Estado. O estranho é o momento em que voltam os ataques, justamente na semana da eleição, porque segurança pública, saúde e educação são sempre as demandas mais citadas pelos cidadãos. Lembrando que o crescimento da criminalidade não é exclusividade de Santa Catarina, é um problema nacional.

 

ASSUNTO: Atentado a ônibus

VEÍCULO: Diário Catarinense

QUARTA ONDA DE ATENTADOS: POLÍCIA REAGE, MAS AÇÕES AVANÇAM

APÓS DISPAROS EM uma base da Polícia Militar, tentativa de captura da dupla de suspeitos tomou as ruas da Capital. A perseguição e o tiroteio resultaram em três pessoas feridas e dois detidos. À noite, as ações até então restritas à Grande Florianópolis se espalharam por SC e um agente penitenciário foi morto em Criciúma

A quarta onda de atentados em Santa Catarina começou com características mais brutais. Nos primeiros três dias, os principais alvos eram veículos, bases policiais e casas de profissionais da segurança na Grande Florianópolis. Ontem, os criminosos ampliaram o número de cidades e fizeram vítimas.
À tarde, em Florianópolis, dois suspeitos atropelaram três mulheres em um ponto de ônibus enquanto fugiam da polícia. Duas delas foram levadas para o hospital.
Por volta das 23h, em Criciúma, o agente penitenciário aposentado Luís Carlos Dalagnol foi executado com três tiros na porta da própria casa. Caso confirmada a relação com os ataques, essa será a segunda morte de agente penitenciário motivada por ordens do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) desde outubro de 2012 – a primeira, considerada culminante para o começo dos ataques, foi da agente Deise Alves.

PELO MENOS OUTRAS CINCO CIDADES SÃO ALVO
Até o fechamento da edição, à 1h de hoje, dois ônibus foram incendiados em Navegantes e Itapema, no Litoral Norte, e casas de policiais militares foram alvejadas por tiros em Gaspar, no Vale do Itajaí, e em Chapecó, no Oeste.
Em razão dos ataques, nenhuma linha do transporte coletivo na Grande Florianópolis funcionaria nesta madrugada. Os veículos parariam à meia-noite e voltariam a circular hoje às 6h.

Fuga termina com três mulheres feridas

O ataque a uma base da PM, no Parque São Jorge ontem à tarde em Florianópolis terminou com uma perseguição policial e três mulheres feridas. De acordo com a PM, ao menos oito tiros atingiram o para-brisas de uma das viaturas. O Fiesta preto vinha na direção Lagoa–Centro, na Rodovia Admar Gonzaga, quando o motorista perdeu o controle do carro. O veículo atravessou a pista e atingiu as mulheres em um ponto de ônibus.
Segundo testemunhas, dois homens abandonaram o veículo e fugiram para o mangue. Com o apoio do helicóptero Águia da PM, as polícias montaram uma caçada para procurar os fugitivos.
Um adolescente de 16 anos foi capturado à tarde. O segundo suspeito de 18 anos foi encontrado por volta das 21h e levado para a delegacia. Uma pistola 9 mm estava no interior do veículo.
As vítimas foram levadas para o Hospital Celso Ramos. Uma delas permanecia em estado grave até o fechamento da edição.

Corrida para sufocar novos ataques

A POLÍCIA MOBILIZOU todas as forças ontem à tarde em Florianópolis para encontrar os dois suspeitos de atirar em uma base da Polícia Militar, ferir três mulheres e conter uma suposta ordem terrorista de facção criminosa

Mais de 150 policiais mobilizados em 30 viaturas e um helicóptero. O aparato montado para a caçada aos dois autores do atentado a tiros à base da Polícia Militar no Parque São Jorge, em plena tarde de ontem, em Florianópolis, vai muito além do cerco aos fugitivos.
Trata-se de uma reação à altura planejada pelas forças policiais para sufocar a nova onda de atentados promovida pela facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC).
Os policiais trabalham com a informação de que houve um “salve-geral” promovido pela organização criminosa que age de dentro e fora das cadeias. A expressão usada por criminosos significa ordem para cometer atentados contra profissionais da segurança, bases policiais e também para incendiar ônibus.
Ainda não se sabe a motivação da violência promovida pela facção. Uma delas pode estar relacionada à própria atividade de repressão policial cada vez mais intensa como por exemplo no Morro do Horácio. São dessa região os dois autores do ataque à base da PM que terminou com três mulheres feridas ontem.
– Estamos há duas semanas sufocando o tráfico de drogas no Horácio e pode ser sim represália à polícia – disse o tenente-coronel Araújo Gomes, comandante do 4o Batalhão da PM, na Capital.

“Realmente é a mesma facção”

ENTREVISTA com Aldo Pinheiro D’Ávila, Delegado-geral da Polícia Civil
A polícia catarinense confirma que todos os indícios apontam até agora a facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) como a protagonista de uma nova onda de atentados terrositas em Santa Catarina, a quarta em dois anos.

Diário Catarinense – A polícia tem informações mais concretas? Ação do PGC?
Aldo Pinheiro D’Ávila – É uma situação que já aconteceu em 2012 (primeira onda de atentados nas ruas). As informações são que realmente é a mesma facção.

DC – Qual é a motivação desses ataques agora?
Aldo – Naquela vez se tinha bastante clara a questão do sistema prisional (denúncias de tortura contra presos). Por enquanto ainda não se tem nenhuma motivação determinante. Não se pode dizer que foi essa, aquela, ainda é muito prematuro. Porque não teve nenhuma situação de dentro do sistema prisional que determinasse.

DC – E a polícia já conseguiu identificar os mandantes?
Aldo – Houve uma série de prisões, teve essa agora que a Polícia Militar fez no Itacorubi (apreensão de adolescente). Então a partir de agora as coisas vão começar a clarear mais.

DC – A polícia parece estar reagindo dessa vez de forma mais rápida. A intenção é sufocar logo essa nova onda?
Aldo – Sufocar e já identificar para começar as prisões.

DC –O que indica hoje, que as ordens partem do sistema prisional ou das ruas?
Aldo – É a mesma situação da vez passada. É o que indica. Mas prova, prova, não tem.

DC – Os criminosos estão assaltando as pessoas antes de incendiar os ônibus...
Aldo – Essa é uma característica diferente, mas não creio que é uma coisa premeditada.

DC – Outra informação é que seria uma guerra de poder do PGC contra a facção de São Paulo (PCC).
Aldo – Nenhum indício ou informação sobre isso.

DC – Essa violência pode ser retaliação à polícia?
Aldo – A gente trabalha com essa hipótese preponderante. Não tem outro motivo, tem apreensões recordes de cocaína, ecstasy, que é o que financia as organizações criminosas.

 

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