Clipagem do dia 3 de julho

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DE 03.07.2014

 

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – Diário Catarinense

No limite

A prefeitura de São José vai tentar caçar a liminar que determina a construção da Central de Triagem no município. A procuradoria alega que a cidade já possui duas unidades na Comarca: a Penitenciária de São Pedro de Alcântara e o Centro de Atendimento Socioeducativo, o antigo São Lucas.

 

COLUNISTA MOACIR PEREIRA – Diário Catarinense

PMDB: O encontro da solidariedade

A proposta do senador Luiz Henrique era reunir os candidatos à Câmara Federal e Assembleia Legislativa do PMDB e ao Senado para um encontro de integração com Raimundo Colombo (PSD). Ele pensava numa relação mais amistosa entre o governador e Dário Berger, adversários políticos na eleição do prefeito da Capital.
O movimento ganhou corpo e vai acontecer hoje às 10h no Hotel Castelmar com a presença de todos os parlamentares, candidatos e prefeitos. Vários deles vão aproveitar para fazer as tradicionais fotos para propaganda política.
Na Assembleia, o “Encontro da Solidariedade” teve outras leituras. Petistas indagavam se o governador estava com problema de saúde para precisar de solidariedade ou se havia dúvidas sobre a adesão do PMDB na chapa. E os progressistas voltaram a criticar Colombo, que estaria sendo cooptado de forma absoluta pelo PMDB, responsável por impor o jogo político.
deputado Joares Ponticelli (PP), apesar de ser a maior vítima, reagiu com tranquilidade. Anunciou que fará uma campanha propositiva e ressaltou que não vai fazer campanha pelo retrovisor. “O que passou, passou. É página virada”. Um sinal de que blinda os deputados estaduais do PP que não querem conflitos com o Centro Administrativo para não perderem convênios com as prefeituras.
Mas, em Brasília, o deputado federal Esperidião Amin (PP) voltava a criticar a dependência de Colombo com PMDB:
– Este encontro vai mostrar a Santa Catarina quem é o proprietário da coalizão, quem é o acionista majoritário da coligação. Vai ficar caracterizado quem tem efetivamente o controle do governo estadual.
Enquanto isso, o PT e os partidos pequenos assistem a tudo da arquibancada.

 

COLUNISTA CARLOS DAMIÃO – Notícias do Dia

Dúvida

É a Polícia Militar que está matando mais ou são os bandidos que se tornaram mais ousados e violentos? Eis uma dúvida que tem permeado muitas discussões, tanto entre os que defendem a Lei de Talião (“bandido bom é bandido morto”) quanto entre os que se alinham com as reflexões mais racionais. O fato é que, nos confrontos armados, a polícia tem levado vantagem. Até porque os soldados usam coletes à prova de balas.

 

COLUNISTA PAULO ALCEU – Notícias do Dia

Polícia

Começa a valer a partir deste mês o poder de polícia exercido pelo Corpo de Bombeiros. O projeto de lei aprovado e sancionado concluiu o prazo de 180 dias para adaptações e agora os bombeiros poderão autuar e prender em caso de ilegalidades. Mais um ingrediente a favor da segurança…

 

ASSUNTO: MAPA DA VIOLÊNCIA

VEÍCULO: Diário Catarinense

Mortes no trânsito acendem alerta

Número de pessoas que perdem a vida em acidentes de transporte é três vezes maior do que o de homicídios no Estado

Os dados do Mapa da Violência 2014 – com estatísticas de 2012 – acendem o alerta para Santa Catarina diante das taxas de acidentes de transportes no Estado. O índice de 30,2 óbitos para cada 100 mil habitantes é quase três vezes maior que os registros de homicídio, que são de 12,8– dado comemorado pelo governo na época da divulgação prévia do documento. Além disso, está acima da média nacional, que é 23,7.
A estatística coloca Santa Catarina na 11a colocação dentre os 27 Estados da federação em relação ao número de mortes em acidentes de transporte. Quando são calculados apenas os índices da população jovem – de 15 a 29 anos –, o Estado vai para a nona posição. No ranking das capitais, Florianópolis aparece em 17a, com 22,6 mortes para 100 mil moradores. O crescimento dos números de 2011 para 2012, no entanto, preocupa: houve um aumento 66,9%, menor apenas que Natal (RN).
Os índices do Mapa da Violência também distinguem as taxas entre os municípios com mais de 20 mil habitantes. Na lista das 100 cidades com mais mortes por acidentes de transportes, Joaçaba é a primeira no ranking catarinense e a 36a no nacional, com média de 69,2 mortes. Logo atrás, em 37o, vem Campos Novos, com 69. Rio do Sul é a terceira de SC e a 41a do país, com 67. Tubarão é a quarta do Estado e a 50a do país, com 64.
Especialista relaciona números com a situação das estradas
A taxa de 30,2 óbitos por cada 100 mil habitantes coloca SC entre os nove Estados em que as mortes em acidentes são maiores que as por assassinato. Para o especialista em gestão e educação do trânsito e policial militar rodoviário, Emerson Luiz de Andrade, isso tem relação com a característica geográfica do Estado:
– Há grande concentração de população em determinadas regiões, como entre o Médio Vale e o Litoral. Se pegarmos as estradas nesses locais, veremos que não temos rodovias boas, que não são duplicadas.
Como solução, ele afirma que os órgãos públicos devem intensificar a fiscalização.
– Outro ponto é que hoje há um excesso na demora para resposta das infrações de trânsito. Demora muito para sair o resultado efetivo, gerando sensação de impunidade para a sociedade – acrescenta.

Homens são a maioria

Em 2012, 154 pessoas morreram, em média, por dia no Brasil. No total, 56.337 pessoas perderam a vida assassinadas no ano – 7% a mais que em 2011. Os dados do Mapa da Violência 2014 também mostram um crescimento de 13,4% nos registros de homicídios em comparação aos números de 2002. O percentual é maior que o crescimento da população total no país: 11,1%.
As principais vítimas são jovens do sexo masculino – que representam 91,6% do total – e negros. Ao todo, 30.072 jovens, com idade entre 15 e 29 anos, foram vítimas de homicídio no país, o que representa 53,4% do total de mortes desse tipo.
Os dados de 2012 – último ano da série projetada pelo mapa – mostram ainda que, a partir dos 13 anos, este percentual começa a crescer e passa de quatro homicídios a cada 100 mil habitantes para 75 quando se chega aos 21 anos de idade.
Os homicídios também vitimam majoritariamente negros: foram 41.127 mortos em 2012 diante de 14.928 brancos. Considerando toda a década (2002 – 2012), de acordo com o relatório houve “crescente seletividade social”. Enquanto o número de assassinatos de brancos diminuiu, passando de quase 20 mil, em 2002, para 15 mil, em 2012, as vítimas negras aumentaram de quase 30 mil para mais de 41 mil, no mesmo período.

Avanço dos suicídios desperta a atenção

Além de homicídios e mortes por acidentes de trânsito, o Mapa da Violência calculou as taxas de suicídio no Brasil. No ranking do índice para cada 100 mil habitantes, Santa Catarina fica atrás apenas do Rio Grande do Sul. Com 8,6 registros em 2012, o Estado também tem a capital com maior número de suicídios (9,5) no país. Os dados apontam um crescimento de 75,8% no índice de 2011 para 2012.
Segundo o médico psiquiatra Alan Índio Serrano, as estatísticas catarinenses têm um diferencial que é a contabilidade dos órgãos responsáveis pelos registros de suicídios. De acordo com ele, em Santa Catarina registra-se corretamente o número de suicídios, diferentemente do que ocorre em outros Estados, que às vezes apontam outras causas neste tipo de situação. Além disso, ele aponta os aspectos culturais como responsáveis pelas estatísticas alarmantes:
– A nossa população é mais europeia e na Europa os índices de suicídio são maiores do que aqui. Outra questão é que as taxas de homicídio são maiores nos locais de atraso cultural e os de suicídio onde há índices socioeconômicos mais altos – explicou.
Ele ainda acrescenta que as crenças religiosas têm papel fundamental e são uma verdadeira “vacina contra o suicídio”.
Para o médico psiquiatra Marcos Zaleski, o crescimento no número de casos de depressão também é um dos fatores. Nos últimos anos, os casos da doença cresceram consideravelmente, de acordo com ele, resultando também em suicídios.

 

ASSUNTO: MORRO DA CAIXA

VEÍCULO: Notícias do Dia

PM continua no morro

Uma semana depois que dois ônibus, um da Jotur e outro da Santa Terezinha, foram incendiados na entrada do Morro da Caixa, na avenida Ivo Silveira, em Florianópolis, a Polícia Civil segue investigando o caso, mas até o momento os suspeitos não foram encontrados.

Enquanto isso, para garantir a segurança de moradores e motoristas, a Polícia Militar continua ocupando com a equipe de PPT (Pelotão de Patrulhamento Tático) o Morro da Caixa, dia e noite.

“A Polícia Civil trabalha nas investigações, mas não há novidades. A segurança será mantida por tempo indeterminado, enquanto houver necessidade”, garante o major da Polícia Militar, João Batista Réus. Devido ao policiamento constante, os ônibus da Jotur e Santa Terezinha, que desviavam de sua rota desde sexta-feira, voltaram a circular normalmente por todos os pontos da Ivo Silveira.

A última ocorrência registrada na região foi na sexta-feira, quando houve a apreensão de uma espingarda, 21 munições de arma e meio quilo de maconha. A ação de vandalismo nos dois ônibus ocorreu em decorrência de uma operação da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), realizada no dia 25 de junho. Na ocasião, um intenso tiroteio entre policiais e traficantes resultou na morte de Anderson Camargo de Jesus, 19 anos, e mobilizou a comunidade.

De acordo com o boletim de ocorrência regitrado pelo motorista da empresa Jotur, quatro mulheres se posicionaram em frente ao ônibus. Em seguida, duas pessoas sem máscaras, com álcool na mão, entraram no veículo que levava passageiros ao Centro e atearam fogo. Segundo um dos fiscais da empresa, os vândalos deram tempo para que os passageiros saíssem do ônibus.

 

ASSUNTO: MAPA DA VIOLÊNCIA

VEÍCULO: Notícias do Dia

Violência cresce, revela estudo

Em 2012, 112.709 pessoas morreram em situações de violência no país, segundo o Mapa da Violência 2014, divulgado na quarta-feira. O número equivale a 58,1 habitantes a cada 100 mil, e é o maior da série histórica do estudo, divulgado a cada dois anos. Deste total, 56.337 foram vítimas de homicídio, 46.051, de acidentes de transporte (que incluem aviões e barcos, além das vias terrestres), e 10.321, de suicídios.

Entre 2002 e 2012, o número total de homicídios registrados pelo Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde, passou de 49.695 para 56.337, também o maior número registrado. Os jovens foram as vítimas em 53,4% dos casos, o que mostra outra tendência diagnosticada pelo estudo: a maior vitimização de pessoas entre 15 e 29 anos. As taxas de homicídio nesta faixa passaram de 19,6 em 1980, para 57,6 em 2012, a cada 100 mil jovens.

Segundo o responsável pela análise, Julio Jacobo Waiselfisz, coordenador da Área de Estudos da Violência da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, ainda não é possível saber “se o que ocorreu em 2012 foi um surto que vai terminar ou se está sendo inaugurado novo ciclo”. Ele lista situações que podem ter gerado o aumento, como greves de policiais ou ataques de grupos criminosos.

Uma tendência já confirmada é a disseminação da violência nas diferentes regiões e cidades. Entre 2002 e 2012, os quantitativos só não cresceram no Sudeste. As regiões Norte e Nordeste experimentaram aumento exponencial da violência. No Norte foram registrados 6.098 homicídios em 2012, mais que o dobro dos 2.937 de 2002. Amazonas, Pará e Tocantins tiveram o dobro de assassinatos. Maranhão, Bahia e Rio Grande do Norte mais que triplicaram os homicídios.

Entre 2002 e 2012, as capitais evidenciaram queda de 15,4%, com destaque para meados dos anos 2000, quando a redução foi mais expressiva, o que, segundo o organizador, comprova que a situação pode ser enfrentada com políticas públicas efetivas. Em cidades do interior, o número tem crescido. Jacobo disse que são os municípios de pequeno e de médio porte os que têm sofrido com a nova situação. Ele cita dois motivos: o investimento de políticas públicas nos grandes centros urbanos, como Rio e São Paulo, ajudaram a diminuir a violência. Por outro, houve novos polos econômicos no interior, que atraíram investimentos e criminalidade, “sem a proteção do Estado como nas outras cidades”.

Situação de motociclistas é crítica

O estudo revelou que as leis de trânsito, na década de 1980, foram responsáveis pela redução dos acidentes. Mas isso não quer dizer uma boa situação. As principais vítimas, segundo o estudo, são os motociclistas. Em 1996, foram 1.421 óbitos. Em 2012, 16.223. A diferença representa cerca de 1.041% de crescimento. Há “uma linha reta desde o ano de 1998, com um crescimento sistemático de 15% ao ano”, conforme a pesquisa.

Segundo o sociólogo responsável pela publicação, a situação é fruto “de um esquema ideológico que apresentou a motocicleta como carro do povo, por ser econômica, de fácil manutenção”. Assim, “em vez de se investir em transporte público, o trabalhador pagaria sua própria mobilidade”. E mais, fez dela o seu trabalho, seja como motoboy, entregador ou mototaxista, “em situação de escassa educação no trânsito, pouca fiscalização e baixa legislação”, avalia Julio Jacobo.

Ao todo, foram registradas 46.051 mortes por acidentes de transporte em 2012, 2,4% a mais que em 2011. Os dados oficiais reunidos para o estudo mostram que ocorreram, naquele ano, 426 mil acidentes com vítimas, que causaram lesões em 601 mil pessoas. A situação “é muito séria e grave”, alerta o autor, que destaca: “O cidadão tem direito a uma mobilidade segura e é obrigação do Estado oferecê-la”.

Suicídio tem elevação

A taxa de crescimento alcançou também os suicídios. Diferentemente das outras situações, a elevação vem desde os anos 1980. Conforme o relatório, o aumento foi 2,7% entre 1980 e 1990; 18,8%, entre 1990 e 2000; e 33,3%, entre 2000 e 2012. Nesse caso, a idade das pessoas envolvidas é também menos precisa. Tanto jovens quanto idosos têm sido vítimas.

Com a publicação do estudo, feito com o apoio da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria Nacional de Juventude e da Secretaria Geral da Presidência, espera-se “fornecer subsídios para que as instâncias da sociedade civil e do governo aprofundem sua leitura de uma realidade que, como os dados evidenciam, é altamente preocupante”.

 

ASSUNTO: Formação de Cabos

VEÍCULO: Portal da PMSC

Progressão: Comandante-geral ministra aula magna do CFC

Na noite de ontem (30), o comandante-geral da PM, coronel Valdemir Cabral, ministrou a aula inaugural do Curso de Formação de Cabos (CFC). O evento ocorreu no Centro de Ensino da PM, em Florianópolis, e também contou com a presença do diretor de Instrução e Ensino (DIE(, coronel José Aroldo Schlichting, do chefe da Divisão de Ensino da DIE, tenente-coronel João Alfredo Zigler Filho, e do comandante do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP), tenente-coronel Renato José de Souza.

Na oportunidade, 115 policiais militares que frequentarão o curso de formação participaram da aula. A turma, definida através de seleção interna pelo Edital 010/DIE/PMSC/2014, é composta por cabos promovidos por Ato de Bravura; 10 cabos promovidos por antiguidade; 30 soldados com mais tempo de serviço ( critério de antiguidade); e também por 70 outros policiais militares, cabos ou soldados que, após disputada prova escrita, figuraram entre os melhores classificados, conquistando a vaga pelo mérito intelectual.

O curso será realizado nas modalidades presencial e a distância: apenas na primeira e na última semana de curso, os alunos terão aulas prática, em locais determinados; entre esse período, estudarão através do ambiente virtual (internet), nas suas unidades, não afetando assim o policiamento de rotina do local.

O período de formação deve durar aproximadamente dois meses e, após formados, os policiais devem permanecer nas suas unidades de origem.

 

ASSUNTO: Dia do Bombeiro

VEÍCULO: Portal do CBMSC

CRICIÚMA: ENTREGA DE VIATURAS E COMEMORAÇÃO DO DIA DO BOMBEIRO

     

 

O 4º Batalhão de Bombeiros Militar em Criciúma realizou nesta terça-feira (01/07) uma formatura militar em homenagem ao Dia Nacional do Bombeiro, celebrado no dia 02 de julho, e contando também com o ato de entrega de viaturas.

No intuito de trazer mais segurança a população, o Governo do Estado, por meio do Pacto por Santa Catarina, disponibilizou para o município de Morro da Fumaça uma viatura tipo ambulância Auto Socorro de Urgência (ASU) zero quilômetro, modelo Mercedes Benz, já equipada com todo o material de atendimento pré-hospitalar. A chave do novo veículo foi entregue ao Comandante da OBM do Morro da Fumaça, Subtenente BM Marcelo Goulart.

No intuito de fortalecer os serviços de prevenção a incêndios e pânico, por meio de vistorias em edificações, palestras e treinamentos a população de toda a nossa cidade, foram repassados ao Corpo de Bombeiros Militar de Criciúma, três viaturas zero quilômetro modelo Peugeot 207, adquiridas por meio do convênio municipal firmado entre o CBMSC e a Prefeitura Municipal de Criciúma.

A solenidade foi prestigiada pelo Secretário Adjunto, representando o Secretário da Justiça e Cidadania, Sr Vanderlei Zilli; pela Sra Angela Mello, Coordenadora da Defesa Civil de Criciúma; pelo Sr Subtenente RR Elves Steiner, Coordenador da Guarda Municipal de Criciúma; pelo Subcomandante do 4º BBM, Major BM Aldrin Silva de Souza; pelo Comandante Interino do 4º Batalhão de Bombeiros Militar (Criciúma), Major BM James Marcelo Ventura; autoridades militares e civis, Bombeiros Comunitários e a comunidade.

 

ASSUNTO: COPA DO MUNDO

VEÍCULO: Portal Globo.com

Jogos da Copa registram 197 detidos por tumultos e crimes nos estádios

Chilenos, argentinos e alemães são maioria, aponta levantamento do G1.

Houve briga, drogas e cadeiras quebradas; francês jogou sapato no campo.

Levantamento realizado pelo G1 aponta que, pelo menos, 197 pessoas foram detidas nos estádios nos 56 jogos realizados na primeira fase e nas oitavas de final da Copa do Mundo no Brasil.

Os casos mais comuns foram por invasão, tumulto e briga. A maioria não chegou a ficar presa: foi liberada após uma audiência de conciliação feita no juizado criminal dentro do estádio, na qual o juiz propõe um acordo para a extinção do caso em troca do pagamento de multa ou cestas básicas.

Entre os que chegaram a ser detidos, estão 108 chilenos, 24 argentinos, oito alemães, três colombianos e três argelinos. A França teve dois torcedores presos, mesmo total de México, Holanda e Nigéria. Além disso, outros 11 países (Bolívia, Uruguai, Paraguai, Equador, EUA, Portugal, Austrália, Japão, Croácia, Inglaterra e Polônia) tiveram um torcedor detido. Os demais são brasileiros ou não tiveram a nacionalidade divulgada.

O número foi computado com base em informações dos Tribunais de Justiça estaduais, que possuem juizados especiais criminais (destinados a atuar em problemas envolvendo torcedores) nas arenas das 12 cidades-sedes.

Os chilenos protagonizaram o principal incidente, no dia 18 de junho, no Maracanã, no Rio, antes do jogo contra a Espanha. Nesse dia, 85 foram detidos e liberados na sequência, mas receberam a ordem da Polícia Federal para que deixassem o país em 72 horas. Caso descumprissem a ordem, teriam que pagar multa diária de R$ 8,27.

Para o juiz titular do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio de Janeiro, Marcello Rubioli, que atuou no caso dos chilenos que invadiram o Maracanã, a “Copa mostrou que os juizados nos estádios são importantes e fazem a diferença”.

“Como atitude repressiva, o Judiciário está cumprindo o seu papel e tomando decisões importantes para manter fora das arenas torcedores problemáticos”, diz Rubioli, acrescentando, porém, que é preciso evoluir. 

“Vejo necessidade agora de termos atitudes proativas, como supervisionar as atividades de segurança e coibir a violência sectária, homofobias e algumas rixas nacionalistas que são mais típicas do Cone Sul e que a Fifa não estava acostumada a lidar”, entende ele.

Além dos incidentes mais comuns, também foram registrados casos de vandalismo. Um português foi detido por quebrar vidros da arena Fonte Nova e teve que pagar o prejuízo. No Ceará, por sua vez, dois alemães e um australiano foram autuados por dano ao bem público após quebrarem cadeiras da Arena Castelão. Um dos casos ocorreu na comemoração de um pênalti e outro, devido à irritação, alegaram os torcedores. Eles tiveram que pagar multas que variam de R$ 1.448 a R$ 2.172 e prestar serviços comunitários.

Três argentinas foram flagradas com maconha no Maracanã e outro argentino, no Mineirão. Eles foram liberados após registrado um termo circunstanciado.

Outro caso que chamou atenção ocorreu no Maracanã. Um francês foi levado para o juizado pelos stewards (vigilantes privados contratados pela Fifa) durante a partida de sua seleção contra o Equador, no dia 25 de junho, após jogar os sapatos no campo. Na mesma partida, um uruguaio invadiu o estádio sem ingresso. Já no Paraná, no dia seguinte, argelinos foram detidos com sinalizadores, artefatos proibidos pela Fifa.

Agentes da Fifa presos por desacato
Houve ainda casos de discussões, agressões, venda de ingressos e de outros gêneros dentro das arenas. Dois nigerianos foram presos no Beira-Rio tentando comercializar produtos durante o jogo Argentina x Nigéria, no dia 25 de junho.

No mesmo dia, um torcedor argentino tentou pular a catraca e fugir dos policiais. Os argentinos atuaram ainda em outras invasões: dois foram detidos pulando grades do Mineirão (em Belo Horizonte), e outros 11, após duas tentativas de invasões no Maracanã, durante o jogo contra a Bósnia, no dia 15 de junho.

O jogo da Alemanha no Rio Grande do Sul registrou algo diferente: a prisão por desacatado de dois seguranças contratados pela Fifa que teriam se irritado com um delegado da Polícia Civil. Torcedores que se incomodaram com policiais e reagiram também foram detidos por desacato durante disputas na Arena Castelão (CE), Mané Garrincha (DF), Maracanã (RJ), Arena Corinthians (SP) e Beira-Rio (RS).

 

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