Clipagem do dia 13 de outubro

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 13 DE OUTUBRO

 

COLUNISTA MOACIR PEREIRA – Diário Catarinense

UNIÃO PELA SEGURANÇA

Um dos pontos altos das últimas edições da Oktoberfest é o da segurança pública. As equipes que atuam na proteção dos visitantes reúnem-se todas as noites para meticulosa avaliação. Este ano, foi instalada a Praça da Segurança, unindo todas as forças. O Instituto de Perícias atua pela primeira vez com eficiência. E o Ministério Público cuida dos menores.

 

COLUNISTA HÉLIO COSTA – Notícias do Dia

Em pauta

Em 2013, foram registrados 173 casos de violência contra profissionais e veículos de comunicação no Brasil, entre assassinatos, agressões, ataques, ameaças, detenções, intimidações, censura e condenações. O número é 27% maior que o registrado no período anterior, quando foram identificados 136 casos. Os dados constam do Relatório sobre Liberdade de Imprensa da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão. O levantamento foi feito com dados que vão de outubro do ano passado até agora. Em Florianópolis vários jornalistas já sofreram ameaças.

 

COLUNISTA CARLOS DAMIÃO – Notícias do Dia

Torcidas

O Ministério Público de Santa Catarina marcou para esta terça, 14, às 14h, uma reunião para discutir a violência e as torcidas organizadas. Excetuando os membros dessas equipes, não conheço uma pessoa que seja favorável à existência das torcidas. Pelos motivos que todos conhecemos de sobra: raramente elas agem em favor do futebol. O recente episódio que resultou na morte do torcedor avaiano João Grah é um exemplo disso.

 

ASSUNTO: Agentes temporários

VEÍCULO: Notícias do Dia

Processo seletivo

Estão abertas as inscrições até o próximo dia 24 de outubro para agente temporário de serviço administrativo da Polícia Militar de Santa Catarina. Os agentes temporários trabalharão nas centrais regionais de emergências, em serviços administrativos nas unidades PM e no registro de boletim de ocorrência das unidades pperacionais. Para ser admitido no serviço auxiliar temporário é preciso atender às prescrições contidas no no edital nº 103/CESIEP/2014. Mais informações acesse o site http://www.pm.sc.gov.br/cidadao/concursos.html.

 

ASSUNTO: ARTIGO

VEÍCULO: Diário Catarinense

Armas e crimes - Tony Eduardo Hoerhann, Especialista em segurança e diretor da Escola de Tiro.38 - São José

Um estudo de Harvard conclui e comprova que a legalização das armas diminui o número de homicídios. O estudo analisou vários países e mostra que Luxemburgo, com leis rígidas contra armas, tem um índice de homicídios nove vezes maior que o da Alemanha.
Também cita um estudo da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, que analisa 253 artigos de jornais, 99 livros e 43 publicações governamentais, e conclui que nenhuma medida de controle bélico na história reduziu o número de homicídios e que, em muitos casos, o contrário aconteceu.
O estudo conclui que nos lugares em que a população pode ter armas, as taxas de violência e homicídios são muito menores. Também desmistifica a história que nos EUA é mais fácil conseguir armas do que na Europa. Na realidade conclui que na Europa as pessoas têm mais acesso às armas do que nos EUA. A Áustria tem a menor taxa de homicídios dos países industrializados (0,8 pessoa assassinada a cada cem mil habitantes) e existem 17 mil armas para cada cem mil pessoas lá. A Noruega está em segundo, com 0,81 assassinado a cada cem mil habitantes, com 36 mil armas a cada cem mil pessoas. A Alemanha tem um índice de 0,93 homicídio a cada cem mil habitantes, com 36 mil armas a cada cem mil também.
No Brasil um estudo do Mapa de Violência de 2013 mostra que o número de homicídios cresce desde 2008, atualmente são 39 mil mortes/ano, um dos cinco maiores índices mundiais, com 500 armas para cada grupo de cem mil habitantes. É preciso que sejam debatidas e criadas políticas públicas mais rígidas para o desarmamento de bandidos, e não da sociedade. Assim, talvez possamos diminuir a violência e consequentemente viver num país de paz e com segurança. Quantos mais deverão morrer para que possamos voltar a discutir este e outros assuntos relacionados ao desarmamento, suas leis e implicações no dia a dia da sociedade? É preciso políticas públicas mais rígidas para o desarmamento de bandidos, e não da sociedade

 

ASSUNTO: Crime organizado

VEÍCULO: Notícias do Dia

Cúpula da Segurança Pública se reúne hoje

Mesmo sem registro de ocorrências há uma semana, a Capital foi o principal alvo dos ataques, com 21 ocorrências. Diferente das outras duas ondas de atentados, desta vez os criminosos estariam rebelados contra a polícia devido ao tratamento dito por eles indigno tanto dentro como fora das prisões. “A ação das polícias contra o crime organizado é a principal explicação para a violência, mas vamos continuar realizando as prisões e combatendo o crime”, disse D’Ávila.

Ao total, 58 pessoas foram presas e 18 adolescentes apreendidos, além de dois mortos em confronto com as polícias. Hoje, a cúpula da SSP (Secretaria de Segurança Pública) volta a se reunir para rever as estratégias contra os atentados. Em novembro 2012, foram 58 ocorrências e em janeiro e fevereiro de 2013 foram 111. Nesta terceira onda, que já duram 17 dias, ataques são registrados diariamente, apenas no dia 8 de outubro não houve registro.

 

ASSUNTO: Corrupção

VEÍCULO: Portal Globo.com

Próprio bandido é quem comanda batalhão', revela policial militar no RJ

Investigação descobriu que coronel, escolhido pela PM para ser responsável por outros seis quartéis, comandava um batalhão do crime.

Um coronel, comandante da Polícia Militar, é promovido. Mas fica poucas horas no cargo. Já no dia seguinte, ele estava preso. E sabe por quê? Porque ele comandava um batalhão do crime. Recebia propina do tráfico, cobrava resgate para soltar presos e vendia armas para criminosos.

Na reportagem especial do Fantástico deste domingo (12), os bastidores dessa investigação que levou para a cadeia 16 bandidos que vestiam a farda da Polícia Militar do Rio de Janeiro. A reportagem é de Paulo Renato Soares e Mahomed Saigg.

Quarta-feira, um dia inesquecível para o coronel Dayzer Corpas. Ele foi escolhido pela PM para ser o subchefe do Comando de Policiamento Especializado. Deixava de comandar um único batalhão, o da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, para ser o responsável por outros seis quartéis.

Quinta-feira (9). Um dia que o coronel vai querer esquecer. Não deu nem para comemorar a promoção. Às 6h de quinta-feira, ele foi preso em casa, uma mansão com vista para a Baía de Guanabara. Dayzer Corpas se despediu da mulher com um aceno e foi levado para o presídio.

O coronel ficou menos de 24 horas no cargo. A prisão dele é a conclusão de uma investigação que durou sete meses. No dia 16 de março, policias comandados por Dayzer Corpas montam uma operação que é um sucesso. Param um carro em uma das principais estradas do Rio de Janeiro, perto do Aeroporto Internacional. Prendem três traficantes e recolhem um fuzil e 18 granadas. Isso é o que está no registro da ocorrência. Mas não é bem o que mostra uma câmera de segurança que registrou toda a ação. Nas imagens dá para contar o número de bandidos: são cinco, não três. As câmeras internas das viaturas também revelam que havia mais armas do que eles apresentaram. Além das granadas, eram quatro fuzis. Três ficam no banco de trás, o quarto com um dos policiais.

Negociação em dinheiro para soltar traficantes
Em uma imagem dá para ver os traficantes. O policial, numa tentativa de esconder crime, vira a câmera que deveria gravar o interior da viatura, mas ela ficou apenas de cabeça para baixo e continuou gravando. Dá para ver que dois criminosos estão no banco de trás.

O que aconteceu, então, com os dois traficantes e as 3 armas que não chegaram à delegacia? A resposta está nas mensagens de texto trocadas por comparsas dos criminosos naquela noite.

Traficante 1: Rodou 5, mas conseguimos soltar 2, o Palermo e o Belo.
Traficante 2: Correto, irmão, foi de noite?
Traficante 1: 7 horas. Correto. Fui lá. Teve o desenrolo, irmão.

O desenrolo - na linguagem dos bandidos - foi uma negociação em dinheiro para soltar os traficantes. Em vez de levar os cinco criminosos para a delegacia, os policias sequestraram dois deles e cobraram R$ 300 mil dos bandidos para libertá-los.

Foi o que descobriu a investigação conjunta da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança do Rio, do grupo do Ministério Público que combate o crime organizado, o Gaeco, e da Promotoria de Auditoria Militar. “Não há dúvida nenhuma sobre o pagamento. A informação que nós temos, foi possível apurar no inquérito, é que esse dinheiro foi dividido entre todos os policiais que participaram da ação. Segundo as informações: R$ 40 mil teriam sido destinados para o comandante do batalhão e essa quantia foi dividida em valores menores para os denunciados que participaram mais diretamente do sequestro”, afirma Paulo Roberto Mello Cunha, promotor da Auditoria Militar.

Esse não foi o único crime dos agentes que deveriam fazer cumprir a lei. Nas escutas telefônicas - feitas com autorização da Justiça –os policiais também negociam um preço para três fuzis voltarem às mãos dos bandidos. O criminoso fala em nome do chefe do tráfico: Fernandinho Guarabu, um dos mais antigos do Rio de Janeiro.

Traficante: Está querendo quanto em tudo?
Policial: 170.

São R$ 170 mil pelos três fuzis. O traficante pechincha e ainda pede para parcelar.

Traficante: Tem como dar uma moral para ele agora, para ele pagar em três vezes em tudo?
Policial: Três vezes em tudo?
Traficante: É, 150.
Policial: Pô, neguinho, não, não... E também não é com um cara aqui só, entendeu? É um monte de gente envolvida. Aí... 14 pessoas, mané.
Traficante: Pô, vê com os caras aí, que eu estou falando com ele aqui.
Policial: Tá. Já é. Daqui a pouco te passo um rádio, então.
Traficante: Já é.

Policial revela que comandante cobrava caro para não cumprir obrigações

A investigação prova que a relação do batalhão com o tráfico era ainda mais intensa. E que a principal mercadoria à venda era a omissão. Sob o comando de Dayzer Corpas, policiais eram proibidos de reprimir a venda de drogas, o transporte alternativo clandestino de vans e kombis e mototaxistas ilegais.

“Havia um acordo entre o tráfico e o comando da unidade. E esse acordo impedia que os policiais exercessem ali a repressão contra o tráfico de drogas e as demais irregularidades lá na Ilha do Governador. Existia sempre no próprio gabinete, na própria unidade, algumas festas meio que comemorando a chegada desse dinheiro aí”, conta um policial.

O depoimento de um policial do batalhão envolvido no esquema e que colaborou com as investigações revela que o comandante Dayzer cobrava caro para não cumprir suas obrigações.

Na delação premiada, ele diz que: “O coronel Corpas recebe aproximadamente de R$ 120 mil a R$ 150 mil, sendo que esta receita seria exclusivamente e proveniente do tráfico de drogas do Morro do Dendê”.

“O próprio bandido é quem comanda o batalhão”, diz o policial.

“Ele era chefe do esquema criminoso. Isso ficou bem claro para a gente durante as investigações. Ele não só teve ciência, tinha ciência do ocorrido, como também ele levava a parcela financeira dele, indevida, pela ausência de repressão. Então isso está diretamente ligado a ele”, conta Fábio Galvão, subsecretário de Inteligência da Secretária de Segurança.

Segundo o depoimento do policial, a propina paga no batalhão chegava também aos oficiais da alta cúpula da Polícia Militar. E, pelo que ele contou, era na sede do Comando-Geral da PM, em dias e horas marcados, que o dinheiro era entregue.

O policial diz que ouviu da boca de outros policiais lotados no 17º Batalhão que o dinheiro da propina seria entregue durante as reuniões que ocorrem nas segundas ou sextas-feiras, na parte da manhã. Que não pode provar tal fato, mas que se trata de um comentário generalizado.

“É a segunda vez, em menos de um mês, que há denúncias de pagamento de propina, de remessa de quantias indevidas, para o Estado-Maior da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Denúncias essas que merecem ser investigadas”, afirma o promotor do Gaeco Alexander Araújo de Souza.

“Todos os fatos estão sendo apurados com todo o rigor. É uma investigação que não é fácil, ela envolve muitas informações. E que a gente tem que verificar tudo, sem correr o risco de errar”, diz Fábio Galvão, subsecretário de Inteligência da Secretária de Segurança.

Na quinta-feira, além de Dayzer Corpas, outros 15 policias comandados por ele foram presos. A mensagem perto do gabinete usado pelo coronel reflete o que acontecia no 17º Batalhão do Rio de Janeiro: “A tropa é o espelho do comandante”.

 

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