Associado da ACORS, o Maj PM José Geraldo Rodrigues de Menezes? presta homenagem aos policiais militares na passagem dos 179 anos da corporação

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA – 179 ANOS

 

Jubilosos e plenos de satisfação, celebramos neste 05 de maio os 179 anos da criação da Polícia Militar de Santa Catarina.

Servir, através dos tempos, com toda honradez e presteza, sempre foi o lema maior de todos os policiais militares catarinenses.

Desde sua criação, em 05 de maio de 1835, na Gestão de Feliciano Nunes Pires, Presidente da Província de Santa Catarina, a Força Pública sempre se orgulhou de poder contar com verdadeiros soldados, ciosos de seus deveres e orgulhosos de pertencerem a uma das instituições de maior credibilidade em nosso torrão barriga-verde.

Nesta data tão especial, importante se faz reafirmar a vocação inalienável desta Corporação para se firmar no cenário nacional da Segurança Pública como instituição de excelência, que exerce a polícia ostensiva e, de forma muito efetiva,  a preservação da ordem pública, ambas consubstanciadas no conhecimento científico e técnico-profissional.

Não obstante exercer um trabalho de grande complexidade e abrangência, a Polícia Militar tem obtido resultados alentadores na resolução de conflitos e na diminuição dos indicadores de criminalidade em Santa Catarina. Esses resultados só tornaram-se possíveis com o reforço dos fundamentos da sua atuação e com a consolidação de uma doutrina policial militar revestida de cientificidade, onde são perseguidas a aproximação da comunidade e a resolução de problemas.

Pode-se afirmar com absoluta convicção, que a Polícia Militar de Santa Catarina, nos dias atuais, constitui-se em Instituição moderna, eficaz e indispensável para a organização do tecido social em nosso aprazível Estado.

Por medida de inteira justiça, torna-se imperioso fazer alusão aos valorosos homens que trilharam os caminhos até aqui percorridos e edificaram as vigas mestras da Corporação.  Rememorar os bravos combatentes que integraram o seleto contingente da Força Pública através dos tempos, é medida oportuna e de inteira justiça.

A chama acesa, acalentadora da memória de nossos bravos combatentes, nos remete ao ano de 1924, quando os destemidos soldados da Força Pública do Estado de Santa Catarina tombaram no cumprimento do dever, atuando nos campos de batalha da Revolução irrompida em São Paulo, contra tropas rebeldes do Exército e da Força Pública daquele Estado.

Reconheçamos ainda, os heróis da serra da garganta, tombados entre os municípios de São Bonifácio e Anitápolis durante a revolução de 1930, e os audazes combatentes catarinenses que perderam suas vidas em solo paulista, nos campos de batalha durante a Revolução Constitucionalista de 1932.

Devemos ainda lembrar dos nossos irmãos abatidos, que combateram os revoltosos da coluna Leonel Rocha no interior do nosso Estado e dos que participaram dos inúmeros conflitos havidos nestes 179 anos.

Todos, indistintamente, souberam honrar e enaltecer as armas catarinenses.

Desde aqueles idos tempos, e por toda a gloriosa história da Corporação, policiais militares abnegados realizaram seus ofícios com presteza, altivez e dignidade, expondo suas vidas, inúmeras vezes, a um extremado risco.

Permaneciam, e ainda permanecem, acordados e atentos enquanto a comunidade repousa em sono reparador. Deixam seus filhos para garantir a segurança dos filhos da sociedade, muitos deles tombando  no árduo exercício da profissão, em confronto com o mundo do crime, onde grassam a covardia, a estupidez  e a insanidade.

Baluarte da Corporação, em uma época de extremas dificuldades, o Coronel Lopes Vieira, destacado Comandante Geral entre os anos de 1925 e 1930, foi o pioneiro no estabelecimento das condições indispensáveis para que sua Força pudesse bem servir aos catarinenses.

Dirigindo-se a todos os seus comandados, concitando-os para uma vida de total desprendimento e sacrifícios, alertava-os de que   as enigmáticas e estranhas contingências da vida, os obrigavam a abandonar os eitos suaves para se lançar sobre as escarpas rochosas das lutas.

Dizia aos seus diletos oficiais e corpos de tropa, que não foi dado a Força Pública  o passar pelo mar da vida sem que deixasse, felizmente, uma esteira luminosa dos seus feitos d’armas:

Em uma mensagem, publicada em Boletim Interno no ano de 1929, exaltava os feitos de sua Corporação declarando o seguinte:

“a invasão de Canabarro trouxe o espírito público em constante sobressalto e, nessa difícil situação, a nossa Força prestou relevantes serviços ao Estado; durante a Guerra do Paraguai, o Batalhão Barriga Verde, que se compunha de muitos elementos da nossa Força, bateu-se com denodo e praticou muitos atos de significativa e indômita valentia.

Enfim, quer lutando com brilhantismo e bravura contra o desolador e místico fanatismo de sertanejos baianos, quer lutando sempre na vanguarda em Taquaruçu e Santa Maria contra os fanáticos do ex-Constestado ou finalmente, batendo, desbaratando com galhardia, nos ínvios sertões do Paraná e São Paulo aqueles que, esquecidos das nossas gloriosas tradições, desfraldavam uma bandeira sem expressão nem cor, corroídos pelo ódio, dominados pela ambição, sedentos de vingança, afogavam em sangue fratricida todas as nossas glórias, todo o nosso magnífico passado, a Força Pública, abandonando sempre as veredas estreitas, sinuosas e escorregadias, tem sabido sem discrepância, cumprir o seu dever, marchando impávida e altaneira para a sua patriótica finalidade, vencendo suas magníficas etapas com muita honra para si, para o Estado e a Nação”.

Essa instituição, na mais vívida expressão do eterno Comandante, impávida e altaneira, de incontáveis atuações gloriosas, seguirá os seus desígnios, perseguindo o seu caminho garantidor da paz social, para a grandeza do nosso Estado e dos seus valorosos filhos.

Parabéns a todo dos Policiais Militares de Santa Catarina.

Viva a Força Pública!

Viva a Polícia Militar de Santa Catarina.

 

José Geraldo Rodrigues de Menezes

Major da PMSC

Assessor na Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Secretário da Academia de Letras dos Militares Estaduais

Secretário Geral da Associação Barriga Verde dos Oficiais Militares Estaduais – ABVO

Associado da ACORS

 

* Publicado em 05.05.2014

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