Clipping dos dias 16 a 18 de fevereiro

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DE 16 A 18.02

 

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Diário Catarinense

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – 16.02

 

CORTINA DE FUMAÇA 

Foi a partir da aterrissagem do Hércules C-130 com as tropas da Força Nacional, ontem à tarde, que deflagrou-se a maior operação policial já montada em Santa Catarina. O governo do Estado garante que as entrevistas anteriores em que negavam a necessidade de emprego da Força Nacional fazia parte de uma estratégia de contrainformação para não alertar os criminosos sobre a operação em andamento. Enquanto a transferência dos detentos era definida, equipes partiram para a prisão dos líderes livres e ocupação das comunidades críticas.

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Diário Catarinense

REPORTAGEM ESPECIAL – 16.02

Madrugada de movimentações

Força Nacional de Segurança começou na noite de ontem a operação para transportar os líderes do PGC para outros estados, estancar possíveis reações nas cadeias de Santa Catarina e apoiar a polícia catarinense na prisão de criminosos que estão soltos

Desde ontem em Santa Catarina, as tropas da Força Nacional de Segurança estão agindo em três frentes contra o crime organizado: garantir a transferência de presos perigosos para penitenciárias federais, estancar eventuais reações nas cadeias e apoiar as prisões de criminosos em liberdade envolvidos com os atentados.
A movimentação ganhou força à noite e na madrugada, quando parte da tropa, acompanhada do Batalhão de Operações Especiais da PM, se encaminhou à BR-101, em direção ao Norte do Estado, para dar início às operações nas cidades de Joinville e Blumenau.
– O contingente vem para reagir de uma vez por todas a esses atentados – disse ontem à tarde o comandante da PM de Santa Catarina, coronel Nazareno Marcineiro, que há uma semana se declarava contrário à vinda da força.
Em 20 minutos de uma entrevista coletiva ontem à tarde, a cúpula da segurança estadual manteve a estratégia de não dar informações, para preservar a operação policial em andamento. Alegando questões de segurança, não foi divulgada, por exemplo, o contingente da Força nem o período que ela ficará em SC.
No começo da noite, Marcineiro foi ao Centro de Ensino da PM, no Bairro Trindade, em Florianópolis, onde estão os policiais da Força, para detalhar a missão que extra-oficialmente estava marcada para ocorrer nesta madrugada. O objetivo é cumprir as principais missões em uma mesma noite.

Ministro vai prestar conta da operação
Na manhã deste sábado, quando o governo do Estado conceder nova entrevista coletiva – ao lado do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo –, é provável que os principais líderes da facção criminosa já tenham sido removidos das penitenciárias estaduais e alguns dos foragidos tenham sido detidos e, igualmente, transferidos.
A Força Nacional deverá agir principalmente na Penitenciária de São Pedro de Alcântara, onde estão os principais líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC). Mas os policiais vão trabalhar também no transporte de presos de Criciúma, no Sul, Itajaí, no Litoral Norte, Joinville, no Norte; e Blumenau, no Vale do Itajaí.
Pelo menos 20 presos deverão ser colocados em um avião da Força Aérea Brasileira e seguir para penitenciárias federais de Mato Grosso do Sul, Rondônia, Paraná e Rio Grande do Norte. Nestas cadeias, permanecerão em Regime Disciplinar Diferenciado, uma espécie de isolamento. A outra frente para onde as tropas federais serão deslocadas vai auxiliar as polícias Civil e Militar catarinenses no cumprimento de mandados de prisão já emitidos pela Justiça. As equipes se juntarão em uma força-tarefa coordenada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Tenente-coronel chefia a Força junto do Estado

Diretor da Força Nacional de Segurança tem curso na Swat e estudou técnicas de combate ao terrorismo nos EUA

Um dos policiais militares mais experientes do país, especializado em combate ao terrorismo, coordena, em parceria com o governo do Estado, na figura do comandante da PM de SC, coronel Nazareno Marcineiro, a estratégia para conter a onda de ataques que amedronta os catarinenses e o Brasil, pela segunda vez em três meses.
Diretor da Força Nacional de Segurança, que desembarcou ontem em Florianópolis, Alexandre Aragon passou os últimos dias desenhando as ações que estão sendo executadas pela tropa de elite sob seu comando.
Após o governador Raimundo Colombo formalizar o pedido de ajuda ao governo federal, Aragon reuniu seus homens nos escritórios do Ministério da Justiça, em Brasília, para tratar da operação, afinada na tarde de ontem com as autoridades responsáveis pela Segurança Pública catarinense, que chefiará a missão.
Tenente-coronel da Polícia Militar gaúcha, Aragon é reconhecido dentro da Força Nacional por sua experiência. Foi um dos responsáveis pelo treinamento da primeira turma formada para integrar a tropa federal, criada em 2004 com a finalidade de socorrer estados em momentos de crise na área de segurança pública.

Qualificação obtida nos Estados Unidos
Aluno do Colégio Militar de Porto Alegre, Aragon fez carreira na Polícia Militar do Rio Grande do Sul, integrando o Batalhão de Operações Especiais de Porto Alegre. Nos anos 1990, foi para a Flórida, nos Estados Unidos, onde realizou curso de operações na Swat, elite da polícia americana empregada em ações emergenciais e de alto risco. Mais tarde, estudou técnicas de combate ao terrorismo na Escola de Pós-Graduação da Marinha americana, na Califórnia.
– É um policial militar altamente capacitado e experiente – observa um antigo colega.
Ontem pela manhã, Aragon acompanhou, em Brasília, a movimentação do comboio que partiu em direção a Santa Catarina em uma aeronave Hércules C130, da Força Área Brasileira (FAB). Como diretor da Força Nacional, ele supervisiona um banco que conta com 18 mil profissionais da segurança, sendo que atualmente 1,3 mil deles trabalham em operações espalhadas pelo país.
No caso da missão catarinense, o Ministério da Justiça designou uma tropa de pronto-emprego mantida em Brasília para atender emergências, reforçada por homens do Rio Grande do Sul e do Paraná. Por questões estratégicas, o contingente empregado não foi divulgado – informações extraoficiais indicam que seriam 140 homens.
A tropa de elite chegou a Florianópolis preparada para atuar em diferentes frentes, como escoltas de ônibus, ocupação de territórios, prisão de líderes em liberdades e transferência para presídios federais de detentos da facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC), além da realização de revistas nas penitenciárias do Estado.

Em 17 dias, 101 atentados

Enquanto a Força Nacional chegava ao Estado para ajudar a conter a onda de violência, mais três atos criminosos faziam passar de cem o total de ataques

No dia em que a Força Nacional de Segurança chegou a Florianópolis, por terra e ar, para ajudar a frear a segunda onda de violência que atinge Santa Catarina desde 30 de janeiro, o 100o ataque criminoso foi registrado, em Içara, no Sul do Estado. Foi na madrugada de ontem, 17o dia de ações criminosas. Tudo por conta das ordens que partem de dentro dos presídios para incendiar ônibus, viaturas de órgãos públicos e automóveis particulares, alvejar com tiros bases e delegacias policiais, levando medo às ruas em 31 cidades e caos no transporte coletivo da Grande Florianópolis.
Segundo levantamento da Polícia Militar (PM), ontem foram registrados três novos ataques. Por volta da 1h15min, um guincho, em Laguna, foi alvo de atentado. O veículo, que estava estacionado na Rua José Calazans, no Bairro Mar Grosso, foi atingido por um coquetel molotov. O alvo não chegou a ser queimado.
Horas depois, às 4h29min, na Avenida Procópio Lima, no Loteamento Lima, em Içara, foi registrado o atentado de número cem. O aposentado Sebastião Máximo Dimas, de 62 anos, e a mulher dele, Roseli Truppeul Dimas, de 45, viveram momentos assustadores. Dimas deixava a esposa no local para embarcar na van que a leva para o trabalho. O carro do casal estava parado, apenas com as luzes acesas, quando dois homens chegaram em uma moto e abordaram o casal.
– Ele colocou uma arma no meu pescoço e mandou a gente descer. Eu pedia pelo amor de Deus para não levarem o carro – contou o aposentado.
Os dois saíram do carro e um dos bandidos entrou no veículo. Os autores do crime ordenaram que o aposentado e a mulher não olhassem para trás. O alarme do carro disparou e quando o casal estava a cerca de 20 metros do veículo, sentiu uma onda de calor. Era o fogo.
Os bombeiros foram acionados e tiveram de se deslocar de Criciúma. Chegaram depois de 20 minutos, mas o carro estava 90% destruído.
O casal, muito nervoso e em estado de choque, foi encaminhado ao Hospital São Donato. O homem estava com a pressão alta e a esposa sentia dor muito forte na cabeça. Elas foram examinados e receberam medicação. Nenhum suspeito de cometer o atentado foi detido.

Ocorrência 101 foi em plena luz do dia
Por volta de 13h de ontem, ocorreu o 101o ataque, elevando para 31 o total de cidades afetadas. Em Guaramirim, no Norte de SC, um ônibus que estava parado num posto de combustível e prestava serviço de transporte escolar foi atingido por coquetel molotov. Os danos foram pequenos, pois as chamas foram controladas. Os suspeitos fugiram.

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Diário Catarinense

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – 17.02

 

PAPO RÁPIDO

O secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni, levanta uma discussão ao afirmar que o governo federal ajudaria muito mais com recursos financeiros do que com homens da Força Nacional.

Qual o impacto dos ataques para a economia de SC?

O governador deu prioridade total à Segurança Pública, autorizando todo o investimento necessário à pronta resposta aos ataques e concurso para mais 1,5 mil vagas. O que o governo está investindo a mais este mês em hora extra, adicional noturno, combustível só será mensurável após o fechamento da folha. Mas em 2012 foram investidos R$ 2,3 bilhões na segurança: 19,6% a mais do que no ano anterior, considerando folha de pagamento, custeio dos serviços e investimentos.

Como contextualiza o problema do modelo federativo?

O atual modelo concentra mais de 70% da arrecadação em Brasília. A segurança pública não pode ser financiada somente com o dinheiro dos estados. Em Santa Catarina, somente a folha de pagamento da segurança pública custou no ano de 2012 R$ 1,711 bilhão, e custará R$ 2 bi em 2013. Em dois anos, o governo Colombo nomeou 3.154 novos policiais. Se o Estado recebesse da União o equivalente a apenas um ano da folha estadual da segurança, poderia fazer muito mais. É uma questão de prioridade.

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Diário Catarinense

REPORTAGEM ESPECIAL – 17.02

 

TROPA FEDERAL

A madrugada da pacificação

Dez carros e três furgões da Força Nacional saíram às 5h20min de sábado da Penitenciária de São Pedro de Alcântara rumo à Base Aérea de Florianópolis levando presos para cadeias federais

Menos de 24 horas após o desembarque das tropas da Força Nacional de Segurança em solo catarinense, todos os 40 presos integrantes do Primeiro Grupo da Capital (PGC) – e apontados como mandantes dos atentados que assustam Santa Catarina desde 30 de janeiro – foram transferidos e levados para penitenciárias federais de outros Estados.
A megaoperação começou ainda na madrugada de quinta-feira, com a retirada de dois homens do presídio de Chapecó. Na sexta, outros 11 saíram de penitenciárias de Joinville, Itajaí e Blumenau. O grupo foi levado para a Capital, onde aguardou a transferência oficial no presídio que fica no Bairro Trindade. Neste sábado, foi a vez das duas maiores operações marcarem a madrugada, finalizando as transferências de presos do PGC.
A primeira delas, em Criciúma, retirou sete detentos. Em São Pedro de Alcântara, considerada a operação mais arriscada, foi levado o maior número de homens: 22. Transportados em furgões da Departamento de Administração Prisional (Deap), os presos foram escoltados pela rodovia por um forte aparato policial: cerca de 10 viaturas cada um. De lá foram direto para a Base Aérea da Capital. A chegada ao local ocorreu com 20 minutos de diferença, por volta de 6h15min. Poucos minutos antes, o comboio que partira da Penitenciária da Trindade já chegava ao local.
De lá, todo o grupo embarcou em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), que decolaria por volta de 9h. Antes disso, todos passaram por exames físicos e de corpo de delito feito por agentes do IGP. O procedimento é necessário para marcar a transferência dos presos do sistema estadual para o federal. No mesmo horário, outra aeronave da FAB decolou com tropas da Força Nacional de Segurança, para garantir a segurança da operação na chegada aos outros Estados. Do total de presos, 37 foram levados para o presídio de Mossoró (Rio Grande do Norte) e os outros três para Porto Velho (Rondônia). Entre os transferidos está Rodrigo da Pedra, que estava detido em Criciúma. A lista com os demais nomes só será divulgada a partir de segunda-feira, porque depende do aviso prévio às famílias e autorização judicial. Todas as transferências, segundo o diretor do Deap, Leandro Lima, foram tranquilas e sem tentativas ou princípios de rebelião.
– Organizamos a operação para a madrugada pela facilidade de deslocamento nas rodovias, que têm pouco movimento. Não há qualquer relação com a rotina dos presídios ou algo assim. E mesmo assim não houve rebeliões – explicou.

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Diário Catarinense

COLUNISTA MOACIR PEREIRA – 17.02

 

Bela e Santa para sempre. Mas segura?

A marca de Santa Catarina, que se espalhou pelo Brasil e se consolidou pelo resto do mundo de “Santa e Bela” vai permanecer inalterada. Suas belezas, seu povo generoso, sua diversidade geográfica, o rico arquipélago cultural que a compõe, os equipamentos de recreação e lazer que enriquecem o setor de serviços, tudo isto continuará.
O que pode mudar com esta nova onda de atentados é outra das marcas catarinenses, a de terra generosa de paz e tranquilidade. E com esta mudança, o charme que transformou Santa Catarina tantas vezes no melhor destino turístico do Brasil. Afinal, foi justamente em busca de uma ilha de harmonia que cariocas, paulistas, gaúchos, paranaenses e outros brasileiros para cá vieram nas últimas décadas.
O noticiário nacional e internacional mostrando ônibus ardendo em brasas ou unidades policiais alvejadas é certo que arrefece o ímpeto de visitar o Estado. O mesmo deve ocorrer com estrangeiros, informados de que o transporte coletivo obedece a toque de recolher. Pelo menos, nas próximas semanas esta imagem perdurará.
A indústria, o setor de informática e todo o excepcional complexo de infraestrutura para o turismo ganhou oxigênio de criativos executivos, destacados profissionais e investidores de peso no cenário mundial, sobretudo, porque Santa Catarina é um Estado de Qualidade. Momentaneamente, perderá estes atrativos depois da nova onda de violência. Cabe ao próprio Estado saber recuperar o status perdido.
A expectativa é de que todo este cenário de insegurança vivido nas duas últimas semanas se encerre com uma cirúrgica ação das autoridades estaduais e da Força Nacional de Segurança Pública, presente em Santa Catarina desde sexta-feira. Aí, sim, vira-se a página. E o olhar nacional, com o foco fixado sobre o Estado, que revele, até com mais espaços, o fim do pesadelo.
Qual a imagem que faz de si mesmo um povo que precisou buscar auxílio externo para sentir-se novamente seguro? Perguntei a dois intelectuais catarinenses como eles encaram os atentados e que consequências vislumbram após essa segunda onda de terrorismo. Eles têm visões distintas.
Pouco otimista, o presidente da Academia Catarinense de Letras, Péricles Prade, diz que os ataques afetam a imagem catarinense.
– O Estado nunca foi atingido pela violência. Tinha a imagem de um Estado pacífico e agora tem suas qualidades trincadas. A Força Nacional de Segurança devia ter chegado antes. Temos aí um problema de gestão pública que afeta a cidadania – disse.
Imortal da Casa de José Boiteux, o artista e escritor Rodrigo de Haro relaciona os atentados a questões sociais para concluir que não há surpresa nos fatos que chocaram o Estado e o país.
– Nada surpreende, pois as circunstâncias sociais são óbvias. A erotização da violência, a estilização da violência estão aí em todos os lares e lugares.
A presença da força federal em território catarinense já cria na população um clima de mais segurança. Contribui, também, para debilitar o esquema criminoso que atua no Estado. A tese ganha robustez quando se sabe que duas ações a serem executadas querem quebrar a espinha da criminalidade:
1) Transferência dos líderes das facções criminosas.
2) O aprofundamento da inteligência policial.
Consultei um terceiro intelectual sobre a presença da Força Nacional e seus efeitos sobre o povo catarinense. Ele se mostra esperançoso. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico, Augusto Zeferino entende que a violência traz uma carga restritiva, mas que, passado o pior, a imagem de um Estado seguro será restabelecida.
– Torço para que seja uma crise passageira. Esta vinda da Força Nacional de Segurança é muito positiva e vai dar tranquilidade a todos – afirmou, mesmo admitindo que não é fácil controlar a criminalidade, em função das facilid ades dos meios de comunicação eletrônicos.
Os efeitos sobre a sociedade diante de ordens emitidas de dentro das cadeias colocaram na pauta as mazelas do sistema prisional catarinense e, infelizmente, nos aproximaram do Rio dos anos 1980 e 1990. Qualquer pesquisa que se faça haverá de indicar que todo cidadão quer mais segurança e que torna-se inadiável a construção de novos presídios. Mas a mesma consulta revelará, também, que ninguém aceita que uma nova penitenciária seja erguida em seu município.
São incontáveis as tentativas governamentais de localizar penitenciárias nas mais diferentes regiões. Os investimentos só costumam acontecer onde os prefeitos são aliados do governador – fato registrado agora mesmo em Imaruí, a cidade de 11,4 mil habitantes escolhida para abrigar uma nova penitenciária. O antecessor era a favor do complexo, as obras iam começar, mas o novo prefeito, eleito em outubro com campanha contrária à instalação, embargou a obra e cassou as licenças.
No bojo desta discussão vem outra, mais profunda. Criminalistas e estudiosos enfatizam que a nova política recomenda pequenos presídios e penitenciárias com capacidade média para de 200 a 300 presos. A de Imaruí, se concluída, abrigará mais de 1,3 mil condenados. Inadministrável, foco de corrupção, vítima do gigantismo nas licitações, dizem os criminalistas.
A segunda questão é ainda mais delicada. Que programa executar para aplicar penas aos presos? Quais obrigações eles devem cumprir, que direitos devem ter? Ao que informam fontes oficiais, as ações que surgiram em novembro e janeiro são reações ao tratamento desumano recebido pelos detentos. Em São Pedro de Alcântara, há queixas sobre falta de médicos, de agentes, qualidade das refeições, supressão dos banhos de sol, etc. Excessos citados no relatório da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.
No outro lado do sistema, denúncias de que nas gestões anteriores havia um conluio entre presos e agentes. No Presídio de Lages, o mesmo diretor ficou no cargo por 21 anos. Em outro, no Oeste, metade dos presos realizava trabalhos para o diretor. Em Joinville, cinco agentes foram flagrados em corrupção, responderam a processo e foram demitidos por justa causa. A lista, muito maior, é emblemática.
A imediata transferência dos líderes das facções criminosas para os presídios federais de segurança máxima é, hoje, uma unanimidade na sociedade catarinense. Mas a transferência desses líderes é um processo delicado, grave e complexo. Precisa ser muito bem fundamentado juridicamente para ter, em primeiro lugar, a autorização judicial. Existem juízes que costumam negar os pedidos de transferência.

Dado o aval pela Justiça, inicia-se uma verdadeira operação de guerra. Começa com a retirada do preso da Penitenciária, com risco de motins, ou de recursos judiciais dos advogados, ou ainda de reações de familiares.
E, ameaça maior não desprezada pelo sistema de segurança, até a possibilidade de novas ordens para recomeçar outro ciclo de ataques. Afinal, o governo estadual alega que foi justamente a mudança do traficante Rodrigo da Pedra para Criciúma que deflagrou a mais recente onda de atentados.
Catarina, a jovem e corajosa princesa de Alexandria que foi punida pelo Imperador Maximiliano ao tentar proteger os cristãos escravizados, foi martirizada após várias tentativas pela roda dentada. Virou santa. Seus restos mortais estão até hoje no Mosteiro de Monte Sinai, no Egito.
Sebastião Caboto, ao descobrir uma ilha no Sul do Brasil, chamou-a de Catarina – homenagem à esposa e à santa. O nome ficou para sempre. Vieram depois os açorianos e a primeira comunidade religiosa homenageou Nossa Senhora do Desterro. Os desterrados aqui encontraram o paraíso.
Terra de todos os acidentes geográficos, de todas as origens, de todas as raças e de todas as tribos, a Ilha simboliza o espírito do povo catarinense. Já passou por confrontos mais sangrentos que este atual, dos quais a Revolução Federalista e o massacre aplicado pelo coronel Moreira Cézar em 1894 é o episódio mais trágico e cruel. Na Novembrada de 1979, foram os catarinenses que vaiaram o presidente João Figueiredo e deram um basta à ditadura militar, que começava a agonizar.
Com a chegada da Força Nacional de Segurança e a ação decidida dos órgãos de repressão de Santa Catarina, o que a população deseja é que mais esta página seja finalmente superada.
Que os catarinenses possam repetir a sentença do fundador Dias Velho:
– A terra é mais que boa, quem disser o contrário, mente!

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Diário Catarinense

COLUNISTA CACAU MENEZES – 18.02

 

Também pode

Como já imaginei, para que não sejamos pegos de surpresa, a onda de remoção de presos para outros estados pode ter um efeito contrário ao esperado. Como retaliação à transferência, os ataques podem aumentar. Para isso, tá aqui a Força Nacional. Para levar os presos que mandam e para garantir a ordem nas ruas.

Sob pressão

O experiente ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pressionado pelos repórteres em busca de informações sobre os atentados que atormentam a população catarinense, produziu uma autêntica pérola: “As ordens de comando partem de dentro dos presídios, ou de fora!”

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Diário Catarinense

REPORTAGEM ESPECIAL – 18.02

 

Novos passos da ofensiva

Mais transferências, operações em presídios e tentativa de atingir o núcleo financeiro da facção criminosa estão previstas para os próximos dias

O fim de semana que começou com a transferência de 40 presos para outros Estados, passou pela prisão de 25 acusados de envolvimento nos atentados e terminou com o bloqueio de todos os acessos territoriais de Santa Catarina por terra, mar e ar, ainda vai longe.
Dentro do plano de segurança, que pretende enfraquecer o crime organizado, responsável pela onda de ataques que aterroriza Santa Catarina há quase 20 dias, estão mais prisões, novas transferências de presos e até a implantação de um laboratório para detectar a lavagem de dinheiro.
O enfrentamento ao crime começou com força na madrugada de sábado. Um forte aparato policial cruzou a Ilha até a Base Aérea da Capital para escoltar os criminosos transferidos a outros Estados. Os presos foram divididos em dois grupos.
O maior deles, com 37 detentos, está agora na Penitenciária Federal de Mossosó (RN). Os outros três foram encaminhados para Porto Velho (RO). Eles estavam em São Pedro de Alcântara, Criciúma, Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Chapecó e Joinville.

Reforço na segurança das unidades prisionais
Antes do amanhecer, enquanto a remoção era providenciada, um grupo de policiais civis iniciava uma megaoperação que duraria todo o sábado e terminaria com a prisão de 25 pessoas, todas suspeitas de terem ligação com os atentados e com o crime organizado – entre eles estão quatro advogados acusados de serem mensageiros entre os internos e integrantes da facção criminosa que estavam em liberdade (leia mais na página 6). O mesmo foi feito em outras cidades do interior. Pelo menos outras 27 prisões estão planejadas para os próximos dias.
– A operação permanece, é constante e não tem prazo para acabar. Tudo isso está só começando – disse o titular da Delegacia de Investigação Criminal (Deic), Akira Sato.
Ao longo do fim de semana, agentes da Força Nacional também reforçaram a segurança nas penitenciárias do Estado para estancar qualquer tipo de reações e rebeliões que pudessem acontecer em resposta ao que vinha ocorrendo do lado de fora das grades.
E como se não bastasse, as polícias rodoviárias Federal e estadual também se uniram para desencadear uma operação conjunta. Batizada de Divisa, ela fechou o cerco do Estado por terra, mar e ar.

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Diário Catarinense

REPORTAGEM ESPECIAL – 18.02

 

LIGAÇÃO ENTRE DETENTOS

Advogados presos sob a suspeita de ajudar o crime

Quatro deles foram detidos no sábado, a exemplo do que havia sido feito antes com Fernanda Freitas, presa no final de janeiro

A repressão ao crime organizado em Santa Catarina levou à prisão cinco advogados com atuação no Estado. Sob suspeita de atuarem como mensageiros do crime – dois homens e três mulheres – tiveram seus nomes ligados ao Primeiro Grupo Catarinense (PGC), facção criminosa responsável pelos ataques que aterrorizam a população com incêndios a ônibus, veículos particulares e ataques a bases das polícias no Estado.
Na manhã de sábado, foram presos Simone Vissoto, Francine Bruggemann, Gustavo Becker e João de Souza Barros. Os três primeiros têm um escritório juntos e foram presos na Grande Florianópolis. Simone foi localizada na Praia do Campeche, e Francine e Becker, em São José. Barros foi preso em Criciúma, Sul do Estado.
Simone é suspeita de ser mensageira de presos. Becker, Francine e Barros de levarem informações de dentro das cadeias para fora. Com Becker e Francine, foram apreendidos computadores e cartas de presos integrantes da facção. Antes dessas prisões, a advogada Fernanda Fleck Freitas, de Tubarão, havia sido presa. Ela é acusada de estar envolvida na morte da agente prisional Deise Alves, executada a mando do PGC.
Em ofício encaminhado ontem ao comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, Coronel Nazareno Marcineiro, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC), Tullo Cavallazzi Filho, formalizou o pedido para remoção dos quatro advogados presos no sábado. A nota é assinada também pelo conselheiro estadual da entidade, Leonardo Pereima, e o integrante da Comissão de Prerrogativas, Lincoln Simas Porto. O pedido é para que eles sejam levados para uma das unidades da PM no Estado, até que haja sentença final. Na noite de sábado, Francine e Simone foram transferidas do Presídio Feminino de Florianópolis para a unidade que abriga mulheres em Jaraguá do Sul.
A OAB pretende o mesmo sucesso que teve no caso da prisão da advogada Fernanda Fleck Freitas, que acabou transferida para uma sala do Batalhão da PM em Joinville, após ação movida pela entidade.
Desde o início dos atentados, a entidade emitiu três notas oficiais. Na primeira, repudiou os atos criminosos, cobrou a transferência de presos ligados aos atentados para presídios federais e exigiu a observância das prerrogativas profissionais. Em outra nota, criticou o diretor do Deap, Leandro Lima, que fez declarações genéricas em relação ao envolvimento de advogados com facções criminosas. A nota provocou a retratação do diretor. No sábado, em um comunicado, a entidade voltou a reconhecer a legitimidade da intervenção do governo e da Força Nacional, mas exigiu respeito às prerrogativas dos advogados.

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Diário Catarinense

REPORTAGEM ESPECIAL – 18.02

 

ENTREVISTA: RAIMUNDO COLOMBO

“A Força Nacional só faz bem”

O governador Raimundo Colombo afirmou, ontem, que as declarações dadas durante as duas semanas de atentados, de que SC não iria recorrer à Força Nacional de Segurança, foram dissimuladas para não atrapalhar a operação. A ação de transferência dos presos que estariam comandando os ataques para presídios federais, que acabou sendo deflagrada entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado, ocorreu com a Força Nacional – que chegou na sexta-feira no Estado. Segundo deu a entender Colombo, foi uma espécie de blefe à imprensa com intuito de não alertar os criminosos. Veja a seguir os principais trechos da conversa com jornalistas da mídia impressa, principalmente de São Paulo, que durou cerca de uma hora na Casa D’Agronômica, em Florianópolis:

O senhor disse que ficou 15 dias em silêncio, sem falar da operação. Como foi este período?

Raimundo Colombo – O que a gente percebeu no outro episódio é que havia claramente uma organização criminosa atuando nos presídios. Tomamos uma série de medidas, que levam tempo, e a burocracia hoje é um componente muito ruim na vida do gestor público. Havia uma informação de que eles (PGC) fazem aniversário dia 3 de março. É muito difícil filtrar o que é real e o que não é. Um dado determinante foi a prisão da advogada (Fernanda Freitas). Foi a quebra na operação financeira.

Como foram as conversas para a operação acontecer?

Colombo – Eu fui a Brasília logo no começo e, confidencialmente, levei ao ministro (José Eduardo Cardozo) as informações e o plano estratégico feito pela nossa inteligência com ajuda dos órgãos de inteligência nacional. Aí foi concebida a operação que resultaria, no mesmo momento, em transferência e prisão. Antes do Carnaval ou durante seria de alto risco, não era recomendado. Nesse momento, a gente deixou acertada a participação da Força Nacional. Fui obrigado a dizer para a imprensa que não ia usar porque se nós sinalizássemos (que sim), estaríamos mostrando a cara e a dimensão da operação. E o risco da reação era muito grande.

A vinda da Força Nacional não poderia ter sido feita na primeira onda de ataques?

Colombo – Não. Em novembro, não tínhamos todas as informações. Porque desde novembro nosso serviço de inteligência acompanhou o processo. Em novembro, fomos surpreendidos. De novembro para cá, reunimos todos os materiais, identificou-se as pessoas, o modo de operação. A participação do ministro (Cardozo) foi de grandeza pessoal e de espírito público. Ele guardou o sigilo.

A ajuda federal foi realmente um blefe à imprensa ou chegou um momento em que o senhor pensou “agora eu devo trazer a Força Nacional”?

Colombo – Eu fui muito questionado. Mas eu pensei, ‘eu tenho que aguentar, não posso mudar a estratégia porque estou levando muita crítica’. Eu preciso fazer o que é certo. O sigilo não é arma dos fracos. Eu não podia contar. Isso eu acertei lá no começo. Era dissimulado. As escutas estavam em andamento e as pessoas precisavam pensar que a gente estava meio inativo, meio desorganizado.

Essa postura não prejudicou a imagem do senhor?

Colombo – Divido a questão política com credibilidade e popularidade. Eu sacrifiquei a popularidade. Não tenho dúvida. Mas estou convencido de que fiz o certo. Uma coisa é o nosso policial subir o morro agora e surpreender o bandido. Outra coisa é os caras estarem prontos e esperando os policiais chegarem. A hora que a gente chegou à data eu pensei comigo, ‘vai ser duro passar esses dias’. Era o que eu tinha de fazer. Não estou pedindo desculpas ou me lamentando. O sucesso dessa operação dependia deste encaminhamento.

O Estado não conseguiria transferir esses presos antes, sem a Força Nacional?

Colombo – O problema da Força era o seguinte… quais eram os riscos? A partir do momento que você invade, vem a reação. Então podia ter rebelião. E nesse momento era preciso o reforço. A gente nunca imaginou, ‘nós não vamos usar, a gente não precisa’. Não. Ela só faz bem. Em nenhum momento ela seria prejudicial.

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Diário Catarinense

COLUNISTA MOACIR PEREIRA

 

Uma operação de cinema

Só faltaram cenas de tiroteio para a operação desencadeada em Santa Catarina contra o crime organizado pudesse ser caracterizada como um roteiro de um filme com direito a vencer o Oscar. Felizmente para os policiais, agentes e também para os bandidos, não foi necessário um único disparo. Primeiro sinal a revelar a competência dos órgãos de segurança no planejamento, na estratégia e na execução da operação.
Nunca se viu nada igual em Santa Catarina. Primeiro, pelo sucesso da missão. Um basta determinado e definitivo dos órgãos de segurança contra esta onda de violência que assustava a população e atingia a economia do Estado. Uma mobilização forte que faz renascer os dias de paz.
O segundo fato a merecer o aplauso geral foi marcado pela integração entre as polícias Militar e Civil e destas com a Força Nacional de Segurança Pública, as polícias rodoviárias, os agentes prisionais estaduais e federais. Melhor ainda: nada de estrelismos ou lideranças desta ou daquela organização buscando espaços na mídia. Tudo foi feito de forma muito profissional, eficaz, harmoniosa, a sinalizar uma união de objetivos na proteção da ordem pública.
Igualmente relevante o longo e exaustivo trabalho de investigação e inteligência realizado pela Deic e pelas polícias, levando provas, conectando as peças, identificando os cabeças da quadrilha. Com inquéritos bem elaborados que mereceram a autorização dos mandados pela autoridade judicial e manifestação favorável do Ministério Público. Sintonia que, diga-se, também, é outro fato extraordinário a enaltecer no conjunto das ações saneadoras de todos os poderes do Estado.
Finalmente, a forma transparente e democrática com que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), e o governador Raimundo Colombo (PSD) relataram a execução da operação histórica em Santa Catarina. Agora, que venham os frutos.

Anúncios para a educação

O projeto de lei que trata da descompactação da tabela salarial dos professores da rede estadual será assinado hoje, às 10h, pelo governador Colombo. Será após o lançamento do Pacto pela Educação, que prevê obras, entrega de tablets para professores e o plano Escola Segura.

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Diário Catarinense

COLUNISTA RAFAEL MARTINI

 

SENSAÇÃO DE SEGURANÇA:

Depois de quase 5 mil escoltas e 130 mil quilômetros rodados só em escoltas de ônibus na Grande Florianópolis, a PM vai testar hoje um novo modelo de mais proximidade com a população. A cada início de viagem, o PM embarcará no ônibus e se apresentará aos passageiros. Depois, retorna à viatura para acompanhar.

(IM)PACTO NA EDUCAÇÃO

Depois dos pactos da infraestrutura, saúde e segurança, o governo do Estado lança hoje o da educação. Os investimentos ultrapassam os R$ 500 milhões e prometem apresentar benefícios para os professores e estudantes da rede pública. Se conseguir deixar as edificações das escolas em condições mínimas de frequência e valorizar a carreira do magistério será um salto gigantesco. É o que todos esperam.

UMA QUESTÃO DE ESCOLHA

Historicamente, a OAB critica os métodos da Polícia Militar, a quem classifica de truculenta, violenta e por aí afora. O curioso é que a entidade não abre mão de que conste no seu estatuto a determinação para que advogados, ao serem detidos, sejam recolhidos à sala do estado maior da PM. Nada de cadeia em DP.

MATEMÁTICA

A Justiça autorizou 97 mandados para a Polícia Civil prender nomes ligados à onda de ataques. Deste total, foram cumpridos 70. Quase um terço segue em aberto. Entre os computados como finalizados, 45 já estavam presos. Sobraram 25 efetivamente capturados. Cinco eram advogados com residência fixa. Na ponta do lápis, 20 criminosos retirados das ruas.

ALIÁS

Era visível a motivação dos agentes da Deic na operação deflagrada a partir da Acadepol, na madrugada de sábado. Bem diferente do constrangimento a que foram expostos, há cerca de 15 dias, quando tiveram que fazer blitze nas ruas no Norte da Ilha de Santa Catarina.

ENQUANTO ISSO…

Assessoria da Polícia Civil manda mensagem para reforçar que as 70 prisões foram efetuadas exclusivamente pela Polícia Civil, sem participação da Força Nacional.

ALARME FALSO

Agentes da Polícia Civil em diligências no sábado receberam a informação de que foragidos estariam hospedados em um hotel de luxo de uma rede internacional, na Avenida Beira-Mar Norte. Na recepção, tiveram dificuldades para ter acesso à lista de hóspedes por conta da alegada privacidade.

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: Notícias do Dia

COLUNISTA PAULO ALCEU – 15.02

 

Os sindicatos estão se aproveitando da situação para aprofundar ainda mais a crise de segurança. O que o Sintraturb está fazendo não pode ser chamado de manifestação de trabalhador. É desacato à autoridade. Parar ônibus ao meio-dia de ontem cheira a oportunismo. O que queriam os sindicatos? Bagunçar ainda mais o bagunçado sistema de transporte coletivo. Parar o trânsito no centro da cidade. Humilhar os passageiros que foram despejados no meio da rua como lixo. Se era isso,conseguiram.Não seria melhor senesse momento os sindicalistas procurassem colaborar? O transporte coletivo é uma permissão pública. O dono é o passageiro que paga a passagem. Não são os cobradores e motoristas, massa de manobra de sindicalistas profissionais treinados pela CUT. Quem manda no sistema de transporte não é o Sindicato dos empregados, nem o patronal. Dessa forma, os sindicalistas estão fazendo o jogo do comando do crime que aposta no quanto mais tumulto melhor.

Indigestão

Causou certo mal-estar entre secretários de Estado no Centro Administrativo ver nos jornais a imagem do chefe da Segurança, o promotor Cesar Grubba, fotografado numa feijoada no Costão do Santinho. O momento não é para festividades -comentou um secretário.

 

ASSUNTO: Atentados em SC

VEÍCULO: RBS TV – Bom Dia SC 18.02

 

Polícia Militar continua escoltando ônibus do transporte coletivo em Florianópolis

 

Link: http://globotv.globo.com/rbs-sc/bom-dia-santa-catarina/v/policia-militar-continua-escoltando-onibus-do-transporte-coletivo-em-florianopolis/2412101/

 

ASSUNTO: Aprasc

VEÍCULO: Diário Catarinense

COLUNISTA MOACIR PEREIRA – 16.02

 

A Associação dos Praças de Santa Catarina (Aprasc) está comemorando ter alcançado o número 12 mil filiados.

 

ASSUNTO: Funcionalismo

VEÍCULO: Diário Catarinense

EDITORIA: Política

 

PÚBLICAS

Emendas permitem reajuste a servidores

Três emendas apresentadas no Congresso pretendem mudar a LDO para garantir que os reajustes negociados pelo Executivo com todas as categorias do funcionalismo público no ano passado sejam pagos mesmo sem a aprovação da lei orçamentária. As emendas são de Darcísio Perondi (PMDB-RS), João Dado (PDT-SP) e Policarpo Fagundes (PT-DF).

 

ASSUNTO: Funcionalismo

VEÍCULO: Site Globo.com

 

Concursos com inscrições abertas reúnem 11,6 mil vagas em todo o país

Os salários chegam a R$ 22.854,46 no TRT do AP e PA.
Cargos são de todos os níveis de escolaridade.

 

Pelo menos 71 concursos públicos em todo o país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (18) e reúnem 11,6 mil vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 22.854,46 no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (Pará e Amapá).

Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva, ou seja, os aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.
Os órgãos que abrem inscrições nesta segunda-feira (18) para 947 vagas são os seguintes: Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Minas Gerais (Hemominas), Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Polícia Civil do Estado de São Paulo, Prefeitura de Cotriguaçu (MT), Prefeitura de Ipatinga (MG), Prefeitura de Tauá (CE), Secretaria das Cidades e do Planejamento e Gestão do Estado do Ceará, Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino do Amazonas, Secretaria Municipal de Desporto, Lazer e Juventude de Manaus, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (Pará e Amapá).

 

Link: http://g1.globo.com/concursos-e-emprego/noticia/2013/02/concursos-com-inscricoes-abertas-reunem-116-mil-vagas-em-todo-o-pais.html

 

ASSUNTO: SSP – Capacitação profissional

VEÍCULO: Site da SSP

 

A Secretária de Estado da Segurança Pública (SSP) inaugurou no último dia 7 de fevereiro,  a nova sede da  Diretoria de Formação e Capacitação Profissional (DIFC), responsável por integrar os órgãos da SSP-SC por meio do ensino, pesquisa e extensão e promover a formação continuada dos operadores de segurança pública,  buscando soluções de problemas complexos aplicáveis no âmbito da Segurança Pública.

A sede da DIFC está localizada no Condomínio Corporate Park, Rodovia SC-401,Km 9, nº. 8600. Sala 2, Bloco 7. Bairro Santo Antonio de Lisboa, Florianópolis.  Conta com três salas de aulas, dois laboratórios de informática, uma biblioteca, salas de estar e sala para integração dos alunos.  Os contatos podem ser realizados através do telefone e (48) 32397750 pelo email difc@ssp.sc.gov.br

O novo local, em comparação com o anterior, é muito melhor equipado e conta com o apoio logístico e pedagógico da Fundação Escola de Governo (ENA), reconhecida pelo excelente desempenho e contribuição para a elevação dos padrões de eficiência, eficácia e efetividade da administração pública. Além da ENA a DIFC, mantém,ainda, parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP) do Ministério da Justiça (MJ) e com universidades catarinenses Públicas e Privadas.

 

ASSUNTO: Comissões na Alesc

VEÍCULO: Site da Alesc

 

Presidentes e membros das comissões serão definidos nesta semana

As bancadas partidárias da Assembleia Legislativa reúnem-se nesta semana para indicar os deputados que irão compor as 18 comissões permanentes da Casa. A expectativa é de que até quarta-feira (20) as comissões já estejam formadas e com seus novos presidentes eleitos, abrindo caminho para a análise de projetos.

O PMDB e o PSDB, cotados para manter a presidência das comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Finanças e Tributação (CFT), principais colegiados da Casa, preferiram não adiantar nomes, afirmando que a definição acontecerá apenas na terça-feira. A mudança esperada é na CCJ, que nos últimos seis anos esteve sob o comando de Romildo Titon (PMDB), hoje 1º Vice-presidente da Casa, cargo que o impede de presidir comissões. Além da CCJ, que deve permanecer com o PMDB, a bancada já manifestou interesse em permanecer à frente das comissões de Educação, Cultura e Desporto; Trabalho, Administração e Serviço Público; Agricultura e Política Rural e conquistar a presidência de um quinto colegiado, ainda a ser definido. Já a Comissão de Finanças teve o deputado Marcos Vieira (PSDB) na presidência em 2011 e deve ser mantida sob o comando da bancada tucana.

Ainda entre as principais bancadas, a liderança do PT adiantou que pretende manter os deputados Volnei Morastoni, Neodi Saretta e Luciane Carminatti, à frente das comissões de Saúde, Turismo e Meio Ambiente e de Direitos e Garantias Fundamentais, respectivamente. Dirceu Dresch deve ser indicado para a presidência da Comissão de Pesca e Aquicultura.

As lideranças do PP e PSD afirmam que ainda está em estudo a escolha dos nomes que cada partido indicará como membros e para disputar a presidência de colegiados.

Como é feita a composição das comissões
A quantidade de vagas que cabe a cada legenda ou bloco parlamentar foi divulgada no último dia 6, durante a abertura da primeira sessão ordinária do ano, pelo presidente do Parlamento estadual, deputado Joares Ponticelli (PP). Nas comissões com nove membros, como é o caso da CCJ, CFT e Ética e Decoro Parlamentar, as maiores bancadas partidárias – PMDB , PSD e PT -, têm direito a nomear dois membros cada. As vagas restantes cabem ao PSDB e o PP, com um representante cada.

Nas demais comissões como Trabalho, Administração e Serviço Público; de Saúde e de Segurança Pública, o número de membros é restrito a sete. Nestas, ao PMDB caberá nomear até dois representantes e PSDB, PP, PT, PSD, um cada. A vaga final será preenchida mediante acordo ou sorteio entre PTB, PPS, PDT e PCdoB.

 

ASSUNTO: Atuação PM

VEÍCULO: Notícias do Dia 15.02

COLUNISTA PAULO ALCEU

 

PM nota 10
A sociedade deve um tributo a Polícia Militar de Santa Catarina, que desde o inicio dos atentados tem dado exemplos de entrega e abnegação. Incompreendida, às vezes, criticada, noutras, a PM com efetivo reduzido, conseguiu com esforço sobrehumano garantir a segurança durante o Carnaval e a temporada de verão. Por essa razão, o trabalho deve ser reconhecido pela sociedade e pelo governo estadual.

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