Clipping de 3 de junho

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DE 03.06

 

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – Diário Catarinense

Educar pra quê

Com a entrada em operação dos radares em Florianópolis a partir de amanhã, a prefeitura estima multar 6 mil carros e arrecadar R$ 1,5 milhão por mês.

 

COLUNISTA MOACIR PEREIRA – Diário Catarinense

Câmara começa a discutir esta semana o voto secreto e a redução da maioridade penal

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal começa a apreciar esta semana dois projetos de impacto político, que permanecem há anos no noticiário. O primeiro prevê o fim do voto secreto nas decisões de plenário. A matéria está na pauta, pronta para ser discutida e votada, segundo seu presidente, deputado federal Décio Lima (PT).

O parlamentar vota com o PT, cuja bancada federal já decidiu pela aprovação.

— O voto aberto dará mais transparência e democratizará as decisões da Câmara — acredita. Desde que assumiu a CCJ, Décio tem realizado um esforço de redução das pendências. Encontrou 5.875 propostas em tramitação. Realizou um mutirão visando a unificação de projetos com conteúdo semelhante, a seleção dos considerados de maior interesse público e a avaliação dos que poderiam ser votados.

Outra matéria que está para ser votada esta semana trata da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos de idade. O petista não tem posição pessoal e nem qualquer previsão sobre a viabilidade e as condições em que poderá se dar o fim do atual critério.

— Com o aumento da criminalidade com a participação ativa de menores, multiplicaram-se as sugestões e projetos de lei para redução da idade — informa o deputado, que defende um amplo debate na Comissão de Justiça, com a participação de especialistas.

A última proposta enviada à Câmara é do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB). Prevê duas inovações na legislação. Uma, mudando o Estatuto da Criança e do Adolescente e punindo o menor infrator com penas de internamento de até oito anos. Hoje, o prazo máximo é de três anos. A segunda, aumentando a pena dos criminosos que usam menores para prática de crimes

 

COLUNISTA CLÁUDIO PRISCO – A Notícia

ADVERTÊNCIA ELEITORAL

É fato que algumas poucas lideranças do PT e do PMDB projetam, e sobretudo desejam, a formação de um chapão unindo as duas legendas ao PSD de Raimundo Colombo no Estado. O problema é que a receita, além de não agradar boa parte das bases dos três partidos, merece restrições até mesmo pela recente história política em Santa Catarina. Ela ensina que a união repentina de antigos e ferrenhos opositores – PSD (ex-PFL) e PT desde sempre estiveram em searas opostas – tende a facilitar a vida dos adversários.
Tome-se o caso emblemático de Joinville, em 2012. Marco Tebaldi (PSDB), Carlito Merss (PT) e Kennedy Nunes (PSD) viviam às turras, mas resolveram subir no mesmo palanque contra o grupo do senador Luiz Henrique da Silveira no segundo turno da eleição municipal. O resultado todos conhecem: Udo Döhler (PMDB), empresário sem qualquer histórico eleitoral, surpreendeu Kennedy e hoje comanda a maior cidade catarinense. Ou seja, o eleitor não engoliu a mistura de água e óleo.
Ao cabo desta mirabolante construção, visando a união das três siglas no ano que vem, muito embora tenha entre seus articuladores o próprio LHS, de reconhecida competência no tema, pode acabar sendo prejudicial aos três partidos. Não por acaso, lideranças de PP, PSB, PT e do próprio PMDB vislumbram que há espaço para a novidade, que seria representada por um nome ainda não “consagrado” e tradicional da política estadual.
Aliás, quadro que tem levado expoentes peemedebistas a avaliar seriamente a possibilidade de buscar abrigo em outra legenda, objetivando única e exclusivamente a eleição majoritária de 2014. Pode-se concluir que é grande a chance de a presidente Dilma Rousseff ter dois palanques no Estado: um como PSD do governador Raimundo Colombo e outro com o PT e aliados, não necessariamente nesta ordem.

 

COLUNISTA MARIO MOTTA – Hora de Santa Catarina

Sem acessibilidade, advogado não consegue entrar na delegacia, em Florianópolis

O advogado e cadeirante João Henrique Bergamasco pergunta: “Como teremos democracia e justiça se o próprio advogado não consegue entrar na 1ª DP da Capital para defender o seu cliente?”. É importante lembrar que existe uma lei federal determinando que os órgãos públicos forneçam condições mínimas de acessibilidade nos prédios. Ou será que a polícia não precisa cumprir a lei?

 

ASSUNTO: Benefício para magistrados

VEÍCULO: Diário Catarinense

REGALIA AMEAÇADA: CNJ deve barrar auxílio-alimentação

Informações prestadas pelos tribunais mostram que desde 2004 magistrados de diversos estados ganham valores retroativos

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) se prepara para estancar um vazamento potencial de R$ 100 milhões de recursos públicos para o pagamento retroativo de auxílio-alimentação para juízes de oito estados.
Desse total, R$ 3,5 milhões foram distribuído a juízes que já se aposentaram. A decisão do CNJ, no entanto, não terá poder de reaver aos cofres públicos quase R$ 250 milhões que os tribunais de outros estados já pagaram aos magistrados.
Os números constam das informações prestadas pelos tribunais ao CNJ nas últimas semanas em processo movido pela Federação Nacional dos Servidores do Judiciário nos Estados (Fenajud) que contesta a regularidade dos pagamentos. Os dados mostram que os tribunais estão pagando valores retroativos a 2004 para financiar a alimentação dos magistrados. O Conselho terá de decidir se a verba poderia ser paga de forma retroativa e se juízes aposentados poderiam recebê-la.
Conselheiro concedeu liminar desfavorável em SC e PB
Nas informações prestadas pelos tribunais, há casos como o do Maranhão em que os juízes poderão receber aproximadamente R$ 50 mil cada um e de uma só vez se o CNJ autorizar o retroativo.
Em outros estados, os juízes já começaram a receber o valor retroativo, mas ainda aguardam o pagamento de parcelas restantes. Em Sergipe, por exemplo, 196 juízes estaduais dividirão mais de R$ 10 milhões. Na Bahia, 624 magistrados dividirão R$ 11,6 milhões.
Relator do processo, o conselheiro Bruno Dantas chegou a conceder liminar no mês passado para barrar o pagamento retroativo em dois estados: Paraíba e Santa Catarina. A liminar foi em seguida confirmada pelo CNJ. Agora, essa decisão pode se estender para os demais estados.
Conforme a reportagem apurou com integrantes do colegiado, o Conselho deve considerar o pagamento retroativo é ilegal, mas aqueles que já receberam não devem ser obrigados a devolver o dinheiro.

Juízes de SC receberam benefício

Depois de mais de nove meses à espera de uma manifestação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre o pagamento do auxílio-alimentação, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina autorizou o depósito do valor para os 450 magistrados no início de abril – o gasto foi de cerca de R$ 23 milhões no acumulado de 56 meses. Um dia depois, o CNJ concedeu liminar na tentativa de impedir o pagamento aos juízes catarinenses, mas a medida veio tarde: o dinheiro já tinha sido pago aos magistrados. Com o valor acumulado, cada um recebeu entre R$ 11 mil e R$ 64 mil.
Os 450 juízes e desembargadores do Estado recebem auxílio-alimentação de R$ 900 mensais desde setembro de 2011, mas cobram que poderiam ter recebido nos cinco anos anteriores: R$ 600 até 2009, R$ 800 até 2010, R$ 842 de junho de 2010 a abril de 2011 e R$ 896 entre maio e julho de 2011.
A polêmica em torno do auxílio surgiu depois que o Tribunal de Justiça entendeu que poderia realizar o pagamento retroativo. O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Santa Catarina (Sinjusc) pediu ao CNJ que derrubasse a decisão do tribunal catarinense e desde o ano passado era aguardada uma manifestação de Brasília.

 

ASSUNTO: Polícia Civil

VEÍCULO: Diário Catarinense

DUPLO DESCASO: Filho incapaz é abandonado pelo pai, em Florianópolis

Vizinhos descobriram o homem de 26 anos ao cobrar aluguel e registraram boletim na Polícia Civil que não enviou viatura

Um homem de 26 anos com deficiência mental foi trancado pelo pai, Sétimo Batista da Cruz, 62, em uma quitinete em Florianópolis há cerca de 10 dias. Ele sobrevive com a ajuda dos vizinhos que se revezam para levar café, almoço e janta. A Polícia Civil foi alertada na sexta-feira, às 11h59min, mas até a noite de ontem não havia atendido o caso.
O caso foi descoberto pelo dono da quitinete em 26 de maio, quando foi cobrar o aluguel. Ele encontrou somente o rapaz e soube que o pai havia saído para ver uma mulher. Durante a conversa, o homem mencionou que estava com fome e que esta não era a primeira vez que ficava um longo período sozinho.
Segundo o dono da quitinete, Sétimo levou o dinheiro da aposentadoria do deficiente e o cartão de ônibus que dá direito à isenção da tarifa. O pai nega. O rapaz tem a companhia de duas cachorrinhas, também deixadas para trás sem comida.
O homem contou onde é a casa da mulher com quem o pai estaria. O dono da quitinete mais um vizinho estiveram no local, que fica em São José, no feriado. Não encontraram Sétimo, mas deixaram recado para ele ir cuidar do filho ou chamariam a Polícia Civil. Como não tiveram retorno, foram à Delegacia de Capoeiras no dia seguinte.
Delegado pode encaminhar caso para corregedoria
O policial registrou o boletim de ocorrência por cárcere privado e abandono de incapaz, mas teria informado que nenhuma providência poderia ser tomada até segunda-feira porque faltava carro. Questionado, na noite de domingo, o plantonista respondeu que não podia confirmar a informação dos vizinhos, mas que fazia sentido porque no feriadão as escalas são reduzidas.
O diretor de Polícia Civil da Grande Florianópolis, delegado Ilson Silva, disse que este tipo de situação não pode ocorrer porque há equipe e carro para emergências. Ele afirmou que o caso será checado hoje e se a informação for confirmada a corregedoria será acionada.

 

ASSUNTO: Radares em Florianópolis

VEÍCULO: Hora de Santa Catarina

Radares voltam a multar na terça-feira em Florianópolis

Os 47 equipamentos foram instalados em 10 pontos da cidade onde há mais movimentação

O trânsito de Florianópolis volta a ser fiscalizado por radares a partir da meia-noite de segunda-feira. São 47 equipamentos instalados em 10 pontos da cidade, nas principais ruas e com maior concentração na região central da Ilha. Os aparelhos têm capacidade de flagrar o motorista que ultrapassar a velocidade permitida, parar sobre a faixa de segurança ou avançar o sinal vermelho.
A reativação do sistema de monitoramento foi comemorada pelo presidente do Instituto Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), Dalmo Vieira Filho. Justificou que somente os motoristas infratores saíam ganhando com os radares desativados e que agora os imprudentes não ficarão impunes. 
O presidente do Ipuf acrescentou que todas as cidades contam com este tipo de fiscalização. Florianópolis era uma exceção desde maio de 2011 por causa de um problema judicial. No mês anterior, estourou no país o caso da Máfia dos Pardais e a empresa responsável pelo sistema na cidade foi envolvida. A Justiça determinou a suspensão do serviço.
Uma licitação foi aberta e houve recurso. A batalha jurídica durou até dezembro do ano passado. Depois de nova interrupção por ordem da prefeitura, o serviço de instalação foi finalizado e na semana passada o Imetro de SC terminou a inspeção dos 47 medidores de velocidade. O restante dos aparelhos não precisa de aferição para entrar em funcionamento.
Ipuf não descarta outros reforços na fiscalização
Vieira Filho afirmou que esta etapa de instalação de equipamentos está concluída. Mas não descarta que o sistema de vigilância de Florianópolis seja reforçado. Ele afirmou que pode haver um novo programa ou intervenção se surgir um outro ponto com muitos acidentes.
Na visão do engenheiro civil e especialista em trânsito Severino Soares Silva, o trânsito só é bem gerenciado se for trabalhado com os três Es – engineering, enforcement, education – que traduzidos significam engenharia, policiamento e educação. 
— Só tem efeito positivo e prático quando isso é trabalhado em conjunto — ressalta. 
Ele dá como exemplo o que foi feito na curva da morte da SC-401, que liga o Centro de Florianópolis ao Norte da Ilha. Para diminuir os acidentes do local foi colocada uma sinalização ostensiva e a polícia militar rodoviária passou a fazer fiscalização frequente. Isso fez com que motoristas reduzissem bastante a velocidade, diminuindo o número de acidentes.

 

ASSUNTO: Violência em São Francisco do Sul

VEÍCULO: A Notícia

Invasão, tiroteio e dois mortos

Dono de boate e um suspeito foram executados. Outro homem ficou ferido

A morte de dois homens em São Francisco do Sul, no fim de semana, está colocando a Polícia Civil da cidade diante de uma investigação que envolve negócios suspeitos, mulheres e vingança.
No começo da madrugada de sábado, três homens invadiram uma boate no bairro Rocio Grande com um objetivo claro: executar o dono do estabelecimento, Fabrício Salazar da Silveira, de 31 anos. Antes de ser assassinado com vários tiros, ele reagiu. O resultado: dois homens mortos, um gravemente ferido, e uma guerra declarada na noite de São Francisco do Sul. Fabrício e Edenilson Silveira Lipinski, de 18 anos, (que estaria com o grupo de invasores) acabaram mortos. Um rapaz identificado como Wellinton Cardoso, que a polícia acredita fazer parte do grupo que tentava matar o dono da boate, foi ferido a tiros e está internado no Hospital São José, em Joinville.
Segundo o delegado Ivan Brand, o que ocorreu no fim de semana foi uma tentativa de vingança por um outro homicídio ocorrido na cidade há alguns dias e o acerto de contas por “negócios mal resolvidos” da diversão envolvendo mulheres na noite da ilha.
“O fato está ligado a outro homicídio que ocorreu recentemente na região. Existiam divergências e negócios mal resolvidos entre os dois. A partir de agora, todos vão começar a contar melhor o que está acontecendo”, disse o delegado, que está à frente da investigação e espera novos fatos no começo desta semana. Um dos depoimentos mais importantes é o de Wellinton Cardoso, que deve ser tomado assim que ele se recuperar dos ferimentos provocados no tiroteio.
A ação
Era por volta de 1 da madrugada quando os três homens desceram do carro, um Gol com placas de Palhoça, e invadiram a boate. Eles teriam atirado contra os frequentadores da casa noturna. O tiroteio e a correria durou alguns segundos.
O corpo de um dos invasores foi encontrado ainda com vida, dentro do carro. Mas ele não resistiu. Os outros dois conseguiram fugir. A Polícia Civil de São Francisco de Sul encontrou 18 balas de revólver calibre 38 do lado de fora da boate, porém, a quantidade de tiros que cada vítima recebeu só será confirmada após exame do Instituto Geral de Perícias (IGP).
A polícia chegou a ouvir uma testemunha que disse ter visto dois homens fugirem correndo do local, mas ninguém foi preso até o fim da tarde de ontem.

 

ASSUNTO: PM Joinville

VEÍCULO: A Notícia

CAVALARIA: CHOQUE MONTADO

Oficial do 17º Batalhão de Polícia Militar de Joinville será um dos dois únicos brasileiros a participar de especialização internacional em Portugal a partir do dia 17

Há três anos em Joinville e cinco como oficial da Polícia Militar, o tenente Eduardo Silveira de Oliveira Pires, desde que chegou aqui, tem se preparado para assumir o comando de uma tropa especial – a cavalaria. Além do treinamento para se tornar um policial, o cavalariano precisa desenvolver habilidades ainda mais específicas, como domar o cavalo. O tenente Pires – como é conhecido – está no comando da 3ª companhia do 17º Batalhão da PM desde fevereiro, mas oficialmente assumiu no dia 22 de maio, quando formaram-se três novos integrantes da cavalaria.
Uma rotina rígida de academia, treinamento montado e trabalho o levarão para um curso internacional que é privilégio para poucos. Após buscar formação em São Paulo, com o curso de especialização para oficiais em tropa montada, Pires e o tenente Fernando Bessa – de Florianópolis – serão os únicos representantes do Brasil no curso de operação de choque montado em Portugal, que inicia em 17 de junho e ocorre uma vez ao ano.
De acordo com o capitão Miguel Ângelo – primeiro oficial catarinense a fazer a especialização – o treinamento de um mês é referência mundial. Teste médico, físico, prova de suficiência técnica e habilidade com hipismo são alguns dos pré-requisitos para conseguir a vaga. Lá, policiais de diversos países devidamente preparados são submetidos a treinamentos diários de 12 horas. Na prática, atuam até em campeonatos europeus de futebol, por exemplo. “O objetivo numa ação de choque é dispersar a multidão. Desobstruir uma via interditada, tirar as pessoas do local onde estão impedindo o cumprimento de uma decisão judicial e até mesmo acabar com uma briga”, explica o tenente Pires.
Ao retornar do curso, os oficiais formados pretendem ministrar a especialização de choque montado para as tropas catarinenses, a partir do ano que vem. Além de compartilhar o conhecimento com os colegas, Pires como atual comandante também pretende contribuir com os trabalhos sociais desenvolvidos pela cavalaria em Joinville e ampliar a estrutura. Hoje, alunos de escolas públicas já são recebidos na companhia para conhecer o trabalho com os animais e passear a cavalo. Outra atividade social que está dentro do planejamento é a equoterapia – método terapêutico e educacional desenvolvido com crianças que têm deficiência física ou mental.
“Eu vim para o 17º Batalhão onde tem a cavalaria e passei a conviver e ver como é o policiamento montado. Me apaixonei e percebi que é um policiamento eficaz e a força que ele desempenha é muito grande”, orgulha-se. Pires também destaca que o manejo com os animais é uma forma de aliviar as tensões do dia a dia, devido à rotina pesada que os policiais costumam viver.

A última opção não-letal da PM

A 3ª Companhia conta hoje com 29 cavalos e 45 policiais militares. Destes, 23 trabalham no policiamento montado e os demais desenvolvem atividades internas. No início, quando o pelotão foi formado, há 18 anos, a cavalaria ocupava, de forma improvisada, o mesmo espaço do único batalhão da cidade na época. Em 2006, os batalhões se desmembraram. O pelotão permaneceu com o 17º BPM, que passou a patrulhar a zona Sul. O então 8º BPM passou a comandar as demais regiões da cidade. Por anos, a cavalaria dividiu espaço com a parte operacional da PM, e foi no ano passado, com a inauguração da nova sede do batalhão, que a tropa conquistou o espaço próprio. A instalação física de 60 mil m2 no bairro Petrópolis é considerada uma das melhores do Estado.
Após 16 anos à frente da tropa, o major Luís André Pena Viana de Oliveira se despediu da cavalaria para assumir nova função no 17º batalhão. Em seu discurso, durante a solenidade em que passou o comando para o tenente Pires, encorajou os cavalarianos.
Major Viana salienta que, apesar das novas tecnologias, o policiamento montado ainda se faz necessário. “Nossa viatura é o cavalo, é um policiamento versátil. Existem lugares que só o cavalo pode acessar”, esclarece.
O tenente Pires destaca, ainda, que a cavalaria é a última alternativa não-letal da PM. “Primeiro, começa negociando, depois utiliza a tropa convencional. Na sequencia, a munição química não-letal, tropa de choque a pé e, por fim, a cavalaria.”

Visão privilegiada e porte avantajado

A força da cavalaria geralmente é empregada em eventos de grande porte como jogos de futebol, greves, manifestações e reintegrações de posse. Em cima do cavalo, o policial tem uma visão privilegiada podendo identificar com mais facilidade um tumulto. A equipe de Joinville já atuou em eventos por toda a região Norte como o UFC em Jaraguá e eventos em Rio Negrinho e São Bento do Sul. Os policiais montados também atuam na Operação Veraneio e fazem policiamento ostensivo nas ruas.
Os policiais trabalham armados com pistola e bastão e equipamentos de proteção – capacete, proteção de braços e pernas e colete balístico.
Para acabar com uma briga, por exemplo, os cavalarianos formam uma linha de frente. Se a presença dos animais por si só não encerrar o tumulto, os policiais avançam com passos e evoluem para trote ou galope, conforme a necessidade. “O porte avantajado e a força que o animal tem e o plano elevado que o policial se encontra são um conjunto perfeito para atuar nesses casos”, completa Pires.

 

CLIPAGEM – EDIÇÕES ANTERIORES (FERIADO)

 

ASSUNTO: Artigo de Affonso Ghizzo Neto, Promotor de Justiça

VEÍCULO: Diário Catarinense 01.06

A PEC da Insanidade

Os mais árduos defensores da aprovação da PEC 37 advogam pela necessidade de uma divisão de atribuições, cabendo às polícias a investigação criminal; ao Ministério Público o exercício da acusação através da titularidade da ação penal; aos réus, através de seus advogados, o exercício da ampla defesa respeitados o contraditório e a igualdade de armas (forças); e ao Judiciário, o julgamento final das demandas.
Tal lógica é fruto de uma visão flagrantemente corporativista, parcial e individualista, que pode ser bem resumida no brocardo popular “cada macaco no seu galho” e bem identifica a origem da cultura patrimonialista que serve de alicerce para esse entendimento, consequência natural da desenvolvida apropriação privada da coisa pública, numa verdadeira simbiose entre público e privado.
A lógica da divisão de tarefas, segundo a qual caberia a investigação criminal às polícias, além de superficial, é visivelmente inapropriada e nociva ao resgate dos princípios previstos na Constituição Federal.
Ao contrário da premissa indicada, o MP, embora sujeito a equívocos, não é parte comprometida com a acusação ou com a necessária condenação dos réus, haja vista que, quando investiga fatos criminosos, o faz no interesse de toda a sociedade: seja para pedir a condenação de um criminoso ou para pedir a absolvição de um inocente.
Uma investigação criminal, quando bem conduzida e orientada, seja pelo MP ou por qualquer outro investigador, poderá determinar decisivamente o sucesso da repressão à prática disseminada dos maiores crimes praticados contra a nação, como ocorre na hipótese presente do julgamento do chamado Mensalão. Não por acaso, alguns réus do caso já se posicionaram publicamente a favor da aprovação da proposta. Enfim, basta ficarmos atentos e verificarmos – quando da votação da PEC 37 –, quem é quem.

 

ASSUNTO: Eleições 2014

VEÍCULO: Diário Catarinense 02.06

INÍCIO DO JOGO: Eleições de 2014 expõem rachas partidários em SC

Disputas pelas siglas passam pelas definições de apoio ou oposição às reeleições de Raimundo Colombo e Dilma Rousseff

Os rachas partidários que se aprofundaram nos últimos meses em Santa Catarina e levaram ao adiamento de duas convenções têm como pano de fundo as eleições de 2014.
As movimentações das peças do jogo levam em conta o cenário atual e as análises sobre as alianças que se formarão em torno das candidaturas à reeleição do governador Raimundo Colombo (PSD) e da presidente Dilma Rousseff (PT). Por enquanto, Colombo é a única presença certa nesse tabuleiro.
Todos os partidos têm seus dilemas e, no momento, indefinições de estratégias. O PMDB, maior partido do Estado, está entre levar adiante o projeto de uma candidatura própria e a reedição da coligação com o PSD de Colombo. A prova dos nove será no dia 29 deste mês, quando será eleita a nova executiva estadual.
– O PMDB é governo. Não “estamos” no governo. Fomos eleitos em uma chapa. Se ganhar a convenção, o diálogo com o partido do governador terá mais facilidade de continuar. Mas não significa que a gente esteja junto de novo. É uma possibilidade – diz o vice-governador Eduardo Moreira, que está licenciado da presidência do partido e deve disputar o cargo com o deputado federal Mauro Mariani.
Oficialmente, o PP também defende o lançamento de uma chapa própria à sucessão estadual. Mas não há consenso. Os rumos na eleição do ano que vem dependem de quem vencer a disputa pelo comando da sigla em SC. Joares Ponticelli, que pretende mais um mandato na presidência pepista, e o adversário João Pizzolatti defendem caminhos diferentes.
Palanques presidenciais também são avaliados
– Tudo o que se disser daqui até março ou abril do ano que vem não terá necessariamente consequência. Muitas especulações vão acontecer. Agora começa o tempo de muito blefe. E vai todo mundo fazer um grande esforço – natural que os partidos façam – para evidenciar os seus nomes – afirma Ponticelli.
Licenciado da presidência do PP justamente para facilitar um consenso na convenção, Ponticelli é da ala mais ligada a Colombo. Atuou no sentido de levar a bancada estadual do partido na Assembleia Legislativa para a base de apoio do governo. Pizzolatti advoga um voo mais independente ao partido, de olho na reconquista do poder no Estado.
Os palanques presidenciais também têm influência importante nessas quedas de braço internas. À espera dos adversários do ano que vem em Santa Catarina, o PSD de Raimundo Colombo avalia com cautela os diversos cenários da disputa ao Palácio do Planalto.
O governador está cada vez mais próximo à Dilma, tem forte ligação pessoal e partidária com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e também tem afinidade com o tucano Aécio Neves (PSDB) – pela ligação histórica que seu antigo partido (DEM/PFL) sempre teve com o PSDB nacional.

 

ASSUNTO: Economia

VEÍCULO: Diário Catarinense 02.06

MEDIDA PROVISÓRIA: Desoneração da folha em risco

O governo federal deve apresentar nesta próxima semana uma saída para garantir a desoneração da folha de setores da economia.
Eles seriam beneficiados pela Medida Provisória (MP) no 601, que vai perder a validade nesta segunda-feira por não ter sido votada pelo Senado.
O governo avalia se o benefício será inserido em outra MP em tramitação no Congresso ou se será editado um decreto garantindo as desonerações. O Senado recusou-se a colocar a matéria em discussão porque ela chegou à Casa com menos de sete dias antes do prazo final para a votação.

 

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