Clipping de 12 a 14 de outubro

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 12 DE OUTUBRO

 

COLUNISTA CACAU MENEZES – Diário Catarinense

Exemplo

Chama a atenção a tranquilidade do comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Marcos de Oliveira, nas negociações para a votação do projeto que concede poder de polícia à corporação. Proposta do governo do Estado foi aprovada na Assembleia Legislativa por 25 votos a favor e quatro contrários. A ideia do projeto surgiu depois da tragédia na boate gaúcha Kiss no início do ano, em Santa Maria, onde 242 jovens morreram.

 

ASSUNTO: Violência na balada

VEÍCULO: Diário Catarinense

PERIGO NA NOITE: Violência aumenta entre os jovens em baladas na grande Florianópolis

Rapaz de 21 anos baleado na madrugada de sexta-feira é a terceira pessoa baleada em menos de dois meses em saídas de festas

Um rapaz de 21 anos baleado na madrugada de sexta-feira em frente a uma boate da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, é o terceiro caso de violência envolvendo jovens e balada em menos de dois meses na Grande Florianópolis. Duas pessoas já morreram na saída de casas noturnas em agosto e no início do mês. A combinação álcool, drogas e armas estava presente nas três situações. Grupos rivais nesses locais também têm causado brigas e confusão.
Por volta de 3h50min de ontem, o rapaz de 21 anos levou um tiro no tórax. O disparo ocorreu a cerca de 25 metros da casa noturna Bruxa Chopp Arte, segundo a Polícia Civil. Uma briga que teria começado dentro da boate e continuado na rua teria sido o estopim do tiro. Ele está fora de perigo.
Conforme a polícia, a casa é alvo de um abaixo-assinado dos moradores por causa da confusão causada pelos frequentadores na saída, sempre nas quintas-feiras quando tem baile funk. A boate fecha às 4h e dezenas de jovens – entre eles gangues rivais – fecham a rua sem deixar ninguém passar e ligam o som dos carros no volume máximo.
Titular da 10a DP da Lagoa, a delegada Michele Alves Correa abriu dois inquéritos para investigar a tentativa de homicídio e o atropelamento que aconteceu meia hora após o disparo, perto da mesma casa noturna, localizada na Avenida das Rendeiras. Conforme a delegada, com base em depoimentos preliminares, o motorista de um carro que passava pela avenida olhou para uma garota de uma gangue e foi ameaçado. Assustado, fugiu em alta velocidade e acabou atropelando um jovem de 24 anos que está em estado grave no hospital. O motorista pediu ajuda no posto da Polícia Militar. Os policiais tiveram que dar tiros de advertência para o alto.
Redução do horário ou fechamento da boate
A titular da 10a DP encaminhou um relatório para a Diretoria de Polícia da Grande Florianópolis sugerindo a redução do horário de funcionamento ou o fechamento da casa noturna. Dois termos circunstanciados foram registrados sobre o caso. A polícia vai investigar se os jovens entram armados na boate.
O delegado titular da Gerência Estadual de Jogos e Diversões da Polícia Civil, Adalberto Luiz Safanelli, informou que a Bruxa Chopp Arte está em dia com os alvarás, mas que vai estudar a redução do horário de funcionamento da casa.

Contrapontos

O que diz a casa noturna

Proprietário da Bruxa Chopp Arte, Júlio Bartolomeu negou que a briga que culminou no tiro contra o jovem de 21 anos começou na casa noturna. Ele afirmou que o tiro foi disparado longe da boate. Segundo Bartolomeu, o estabelecimento possui revista manual em todos os frequentadores com uma equipe de 12 seguranças particulares. Ele disse que nas quintas não toca apenas funk e que a produtora do evento é uma empresa séria. Bartolomeu observou que está com os documentos do estabelecimento em dia e que a casa possui tratamento acústico para não incomodar a vizinhança. Ele disse que não tem como se responsabilizar pela segurança externa e que solicitou há três meses uma viatura da PM para ficar em frente à casa no final das festas. Bartolomeu ponderou que não há como reduzir o horário para as 2h, principalmente no verão, mas que está disposto a colaborar.

O que diz a PM

Pela assessoria de comunicação, a PM informou que a segurança é feita para todos os bairros e locais e não especificamente para casa noturnas, uma vez que não há como colocar uma viatura na frente de cada boate porque as demais localidades da cidade ficariam sem patrulhamento. A PM informou também que o patrulhamento ostensivo é feito na Lagoa da Conceição e que o trajeto da viatura começa no centro do bairro, segue até as praias Mole e Joaquina e retorna, passando pela Avenida das Rendeiras (onde fica a Bruxa Chopp). E que provavelmente os fatos acontecem no intervalo das passagens de ida e volta da viatura.

 
Pesquisadora diz que funk não significa violência

Os três casos recentes de violência na região ocorreram na saída de bailes funk produzidos pela Tudo Nosso Produções. A reportagem não conseguiu contato com a empresa nos números divulgados no Facebook.
Em página em rede social, a produtora registrou sua “indignação com o que está acontecendo (…) Chega, tá na hora de parar com a violência, com a falta de respeito, com a falta de humildade nos bailes. Nos ajudem!!!”.
Pesquisadora do Núcleo Vida e Cuidado (Nuvic) – Estudos e pesquisas sobre violência da UFSC Ana Maria Borges de Sousa observa que a violência está em toda parte, inclusive em boates frequentadas por pessoas das classes A e B, onde tocam também outros tipos de música e se consome bebidas de alto teor alcóolico.
– Dizer que só tem violência no baile funk é revitimizar as culturas populares, as comunidades empobrecidas e as pessoas que gostam desse tipo de música. A violência está em todos os lugares. Há tentativa de setores da sociedade de associar o funk à violência e negar que o funk é também uma forma cultural – disse a pesquisadora.

Deu no DC

A primeira morte em balada neste semestre foi a de Alaf Leandro Pessoa Reche, 19, o MC Menor de Floripa, que levou um tiro na barriga disparado por um policial militar. A PM disse na época que o policial agiu em legítima defesa. MC Menor estava armado com um revólver calibre 22 e tinha acabado de sair de um baile funk depois das 4h do dia 17 de agosto, em Palhoça. A segunda morte ocorreu no último dia 5. Um rapaz de 22 anos foi assassinado em uma briga generalizada depois de um baile funk em Canasvieiras, Norte da Ilha.

 

ASSUNTO: VERBA PÚBLICA

VEÍCULO – Diário Catarinense

Deap é alvo de dossiê

Um dossiê com e-mails e relatórios de pagamento mostram que o Departamento de Administração Penitenciário (Deap) de SC teria usado irregularmente parte dos recursos dos benefícios pagos aos presos que por lei teriam de ser aplicados exclusivamente na manutenção de unidades prisionais do Estado.
As informações foram encaminhadas pelo juiz da 3a Vara Criminal de Joinville, João Marcos Buch, ao Tribunal de Contas do Estado e à Justiça da Capital. Em 2012 o Deap teria usado recursos dos 25% dos benefícios dos presos que, segundo a lei estadual 14.017/07 só podem ser gastos com a manutenção e custeio da unidade na qual o preso que trabalha está pagando a pena. É que ao ganhar o benefício de trabalhar fora em convênios celebrados entre o Estado e empresas particulares ou prefeituras, o preso tem direito a 75% do valor estipulado. Os outros 25% vão para o Fundo Rotativo. Buch não detalha o total que pode ter sido usado ilegalmente.

Contraponto

Por telefone no começo da noite de ontem o diretor do Deap, Leandro Lima, disse que não tinha qualquer informação à respeito do dossiê encaminhado pelo juiz aos órgãos da Capital e da Polícia Civil e que, por isso, não poderia se pronunciar oficialmente sobre as denúncias. Ele disse que vai se inteirar das informações e só depois falará com a imprensa.

 

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 13 DE OUTUBRO

 

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – Diário Catarinense

Crime sem solução

Mais de três anos se passaram e a Polícia Civil catarinense não conseguiu descobrir quem matou a menina Andressa Holz, na pequena cidade de Luzerna, no Meio-Oeste. Ela foi morta quando voltava para casa da catequese. O caso foi arquivado e entrou para a lista dos insolúveis.

Sistema caolho

Palavra de quem entende: as oito câmeras instaladas nas pontes Pedro Ivo e Colombo Salles, com capacidade para leitura de placas de veículos infratores, não funcionarão a pleno tão cedo. É que o equipamento comprado ao custo de R$ 1,5milhão, no início de 2012, não é compatível com os softwares usados pela PM.

Gatos e ratos

Alguns felinos viraram a salvação dos agentes penitenciários que trabalham na casa velha do complexo prisional da Agronômica, em Florianópolis, contra os ratos que vivem pelo local. A situação insalubre não é novidade, e a prometida desativação parece cada vez mais distante.

 

COLUNISTA CACAU MENEZES – Diário Catarinense

Pedido

A presença da Guarda Municipal faz toda a diferença no trânsito em Florianópolis. Quando a viatura está parada na alça de acesso à Ponte Pedro Ivo, principalmente no final da tarde, o trânsito flui porque inibe os espertinhos que costumam furar a fila emperrando todo o trânsito que vem da Avenida Beira-Mar Norte.

 

COLUNISTA MOACIR PEREIRA – Diário Catarinense

PM mulher

Está se mobilizando na Assembleia e nos meios políticos o grupo que diz representar as mulheres aprovadas em concurso público da Polícia Militar e que não puderam ser nomeadas porque a legislação fixou cotas femininas. Alega que há vagas sobrando e que 255 mulheres passaram no concurso.

O custo dos bombeiros

Durante a polêmica votação do projeto dos bombeiros, circulou uma estatística sobre as despesas do Tesouro Estadual com os Bombeiros Militares. Em 2005, a corporação militar tinha 8.177 integrantes e gastou R$ 46 milhões com ativos e R$ 1,2 milhão com inativos. Em 2012, a despesa com 15.840 membros pulou para R$ 90 milhões para aposentados e R$ 22 milhões para os ativos

 

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 14 DE OUTUBRO

 

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – Diário Catarinense

Onda de violência

Às vésperas da temporada oficial de verão, uma onda de criminalidade volta a preocupar em Balneário Camboriú. O número de assassinatos já supera todo o ano de 2012. Até agora foram 20 homicídios contra 15 no ano passado.

Herói desconhecido?

Na Praça Getúlio Vargas, quase em frente ao quartel do comando-geral da PM, mais um busto sem a respectiva placa de bronze com as informações.

 

COLUNISTA CACAU MENEZES – Diário Catarinense

Novos parceiros

O projeto Malharia Social, que ensina costura a 15 detentas do Presídio Feminino de Florianópolis, está ganhando a adesão de novos parceiros. No início, uma única empresa enviava peças para serem costuradas. Hoje são cinco. Os próximos passos são conseguir mais maquinário e oferecer formação em moda e empreendedorismo às detentas. As aulas serão ministradas por alunos do Centro Universitário Estácio de Sá, parceiro do projeto junto com Udesc, UFSC, Senac e iniciativa privada. O projeto foi idealizado e é coordenado por Filipe Rodrigues da Silveira.

 

COLUNISTA MOACIR PEREIRA – Diário Catarinense

Policiais

A pendência dos projetos de reposição salarial e planos de carreira dos policiais civis e militares voltará a debate esta semana na Assembleia. O deputado Amauri Soares (PSOL) defende direito de promoção aos praças igual ao dos oficiais. Enquanto Mauricio Eskudlark (PSD) advogada a tese da promoção automática dos policiais, por merecimento e tempo de serviço. Oficiais e delegados fecharam acordo. Praças e policiais civis aguardam novas negociações.

 

ASSUNTO: ASSALTO EM GARUVA

VEÍCULO: Diário Catarinense

Trio é preso ao tentar arrombar caixa eletrônico

Três pessoas foram presas ontem em Garuva, no Norte do Estado, após tentar arrombar caixas eletrônicos de uma agência do Banco do Brasil no município, segundo a Polícia Militar. Dois deles são adolescentes.
A movimentação do trio foi percebida com ajuda de câmeras de segurança. O grupo fugiu em um carro Peugeot, de cor preta, antes da chegada da viatura e sem arrombar o caixa, mas foi interceptado em seguida.

 

ASSUNTO: Incêndio em Palhoça

VEÍCULO: Diário Catarinense

VEGETAÇÃO EM CHAMAS: Bombeiros combatem incêndio na Praia do Sonho

Os bombeiros combateram ontem dois focos de incêndio na Estrada Geral da Praia do Sonho, em Palhoça, na Grande Florianópolis.
A fumaça gerada assustou os moradores, que não se esqueceram do fogo no Parque da Serra do Tabuleiro em abril do ano passado. Segundo os bombeiros, um único caminhão foi o suficiente para apagar o primeiro foco e por volta das 14h, a equipe já se deslocava para conter o segundo foco.

 

ASSUNTO: Incêndio no Vale

VEÍCULO: Diário Catarinense

DESTRUIÇÃO: Indaial registra dois incêndios

O Corpo de Bombeiros combateu dois incêndios em Indaial no sábado. O primeiro ocorreu por volta de 9h30min em uma empresa de beneficiamento têxtil na Rua Doutor Blumenau, Bairro Encano Baixo.
Segundo os bombeiros, o fogo tomou um pavilhão de 150 metros quadrados. Para combater as chamas, 13 bombeiros trabalharam e usaram cinco mil litros de água. Nenhuma pessoa se feriu. O segundo incêndio foi registrado por volta de 23h. Uma casa no Bairro Benedito foi destruída pelas chamas. Os bombeiros informaram que o morador de 20 anos sofreu queimaduras nos braços, pernas e no rosto.

 

ASSUNTO: Mortes nas estradas

VEÍCULO: Diário Catarinense

OUTUBRO VIOLENTO: Número de mortes na estrada preocupa

Operação da PRF no período de festas mostra 23 vítimas em nove dias

Em nove dias de Operação Festas de Outubro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou pelo menos 23 mortes nas rodovias federais de SC. O número quase alcança as 24 fatalidades registradas em 17 dias de operação no ano passado.
Somente sábado e ontem, foram seis mortes nas BRs 470, 101 e 282. Em dois casos – um na BR-470, em Navegantes, e outro na BR-101, em Araranguá – ocorreram duas fatalidades. Somadas às estaduais, foram pelo menos oito fatalidades. Nas SCs o número de mortes no período de festas também é preocupante. São oito neste ano contra 12 em toda a operação de 2012, segundo o site do Batalhão da Polícia Militar Rodoviária (PMRv).
O inspetor da PRF Luiz Graziano informa que em todas as oito delegacias catarinenses os policiais fazem diariamente operações com radar em pelo menos um ponto das rodovias. E a estratégia será mantida.
Ano passado, a PRF conseguiu reduzir em 27% o número de mortes durante as festas em função da fiscalização por radar – em 2011, foram 33 mortes no período. Graziano garante que a fiscalização tem sido mantida e atribui as fatalidades à imprudência dos motoristas. Até as 18h de ontem, oito condutores foram flagrados dirigindo embriagados – três deles presos, por acusar consumo superior ao permitido por lei. Sábado, foram 22 flagrantes e 11 prisões. De sexta a domingo, sete foram presos por embriaguez nas estradas estaduais. Conforme o major da PMRv, Fábio José Martins, a fiscalização com barreiras e radares tem sido reforçada.

 

ASSUNTO: SOS Desaparecidos

VEÍCULO: Diário Catarinense

ANJOS DE FARDA: Três PMs no rastro de 3 mil sumidos

Programa da Polícia Militar de Santa Catarina, pioneiro no Brasil, completa um ano neste mês com o saldo de 67 desaparecidos localizados pelos policiais voluntários que se debruçam diariamente sobre casos de quem sumiu sem deixar vestígios
Mães desnorteadas pela dor do desaparecimento dos filhos e sem poder contar com o Estado motivaram o major Marcus Roberto Claudino a formar um grupo com familiares dispostos a encontrar as cerca de 3 mil pessoas que somem todos os anos em Santa Catarina. A iniciativa inspirou o comando-geral da PM a criar a primeira coordenadoria da corporação no Brasil especializada no assunto. É o SOS Desaparecidos, programa que completa um ano dia 24 deste mês com 67 pessoas encontradas e um livro a ser lançado em novembro.
O SOS Desaparecidos é focado no atendimento, resposta e prevenção com prioridade para crianças e adolescentes. Com protocolos próprios, conta com a rede da PM e de entidades de proteção e com equipe voluntária formada pelo major Claudino, que atua como coordenador, pelo sargento Daniel Ferreira e pela soldado Natália Franzen.
– Não há pagamento maior do que entregar um filho para uma mãe. Uma emoção indescritível ver nos olhos delas o verdadeiro sentimento de gratidão – diz Claudino, que às vezes chora escondido.
União de forças com a imprensa
Santa Catarina também está à frente no tema ao ter criado em setembro uma das três únicas delegacias de Polícia Civil especializada do país. Antes, como conta Claudino, a mãe com um filho desaparecido “fazia um boletim de ocorrência, sentava no meio-fio e chorava”.
ONGs faziam o papel do Estado, como a Desaparecidos do Brasil, ponto de partida da série de reportagens Órfãos do Brasil, publicada pelo DC no ano passado, em que a autora, a jornalista Mônica Foltran, localizou crianças traficadas do Brasil na década de 1980, além de reestabelecer laços entre mães e filhos, também em parceria com a PM.
– A Mônica é uma referência. Fiz o convite para ela escrever o prefácio do meu livro porque ela aproximou várias famílias e chamou atenção para um problema nacional – observou o major Claudino, que lançará em novembro, em data a ser definida, a obra Mortos sem sepultura.

Evoluir ainda é necessário

A maior dificuldade do SOS Desaparecidos é a falta de integração dos bancos de dados de instituições como Tribunal Regional Eleitoral, polícias, Instituto Geral de Perícias, Ministério da Justiça, Datasus e Federação de Dirigentes Lojistas. Se todos os sistemas fossem convergentes, as pessoas procuradas seriam mais facilmente encontradas.
Para o major Claudino, outro avanço seria se as empresas de telefonia dessem à PM o acesso a listas de números de celular em caso de desaparecidos. Mesmo sem todas as ferramentas de busca necessárias, a equipe referência é acionada por famílias de todo o país e do exterior. A resposta é imediata. Até porque, conforme a PM, é lenda a história de que uma pessoa só é considerada desaparecida 24 horas depois que sumiu.

Referência também para outros países

Depois da publicação da série Órfãos do Brasil, o SOS se tornou ponto de referência para quem mora no exterior e procura por brasileiros. Um dos precursores na busca por familiares é Lyor Vilk, que nasceu em Curitiba e mora em Israel – destaque da série do DC. Ele aprendeu a falar português, é engajado no grupo de vítimas do tráfico de bebês e um dos braços de divulgação do serviço da PM.
É em Lyor, inclusive, que major Claudino se apoia para conseguir se comunicar com outros jovens. São comuns pedidos de ajuda, através da internet, em idiomas que variam entre o hebraico, francês, italiano e inglês. Além das famílias que já foram localizadas, o SOS trabalha com outros oito casos provavelmente ligados à venda de crianças.
As histórias publicadas no DC também fazem parte do livro Mortos sem Sepultura, que será lançado na Assembleia Legislativa em novembro. São 320 páginas de um trabalho que teve início em 2009, quando Claudino começou a escrever sobre desaparecidos. Além de contar os casos de reencontros e apresentar recortes da mídia, ele relaciona os desaparecimentos com trabalho escravo, pedofilia, tráfico de drogas e, aos idosos, doenças como o Mal de Alzheimer. Também propõe uma cartilha, com ações mais eficazes às buscas (como sistema integrado de dados dos órgãos públicos).

De Israel para Camboriú

Bary Livny recebeu as primeiras notícias da mãe biológica aos 25 anos. O SOS foi a ponta da corrente que começou com a ONG Desaparecidos do Brasil. Bary foi adotada dias depois de nascer e levada para Israel, onde mora até hoje. Em março ela descobriu que a mulher que tanto procurava chama-se Rute da Silva Reis, tem 50 anos, mora em Camboriú e a deu em adoção por falta de condições de criá-la. Soube também que tem três irmãos.
Eles ainda não se conhecem pessoalmente, Bary quer aprender português antes de encontrar a mãe brasileira. Mas mantém contato, via internet, desde que soube quem era e onde vivia a família. Recorrendo ao tradutor online, eles conversam por mensagens. O primeiro encontro tem promessa de ocorrer no ano que vem, quando Bary virá ao Brasil.

Um pedido vindo da Itália

Da Itália, onde mora desde os quatro anos com os pais adotivos, Tatiana Ribeiro da Silva viu na página do Facebook do SOS a esperança de reencontrar a mãe biológica. Aos 27 anos, lembrava pouco da infância em Porto Alegre, mas o suficiente para que, da sala de operações, se conseguisse cruzar as informações e revelar quem é a família que ela não via há mais de duas décadas. Pela internet, da cidade de Nápoles, ela se comunicou pela primeira vez com o irmão que ela até pouco tempo nem sabia existir, um adolescente de 17 anos, e a mãe biológica.
Aparentemente, Tatiana não se enquadra na história do tráfico de bebês. Ela foi encaminhada para a adoção junto com o irmão mais novo, os dois foram separados da família biológica pelo Estado, por viverem em situação de vulnerabilidade social.

 

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