Clipping dos dias 14 a 16 de janeiro

 

CLIPPING

16 de janeiro 2011

 

MÍDIAS DE SANTA CATARINA

 

Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Visor

Assunto: Roubo de cargas

 

REFORÇO

Além dos novos postos em Tubarão e Paulo Lopes, a Polícia Rodoviária Federal deve instalar um posto na BR-153, altura do município de Água Doce, ainda em 2012. A intenção é coibir a crescente onda de roubo de cargas no Meio-Oeste.

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Editoria: Geral

Assunto: Chuva em SC

 

Deslizamento interdita nove casas em Blumenau

Seis famílias se recusam a sair de casa após desmoronamento de terra no Bairro Ponta Aguda

Seis das nove famílias moradoras da Rua Caiena, no Bairro Ponta Aguda, em Blumenau, se recusam a deixar o local após o desmoronamento de terra que destruiu parcialmente uma casa e afetou outras duas no sábado. Ninguém se feriu.

A Defesa Civil notificou nove famílias a abandonar o local, considerado de alto risco, conforme o mapeamento elaborado pela Diretoria de Geologia da prefeitura em 35 áreas críticas. Duas famílias estão alojadas no abrigo municipal da cidade.

Ontem, funcionários da Secretaria de Assistência Social, da Criança e do Adolescente conversaram com as seis famílias para explicar as alternativas. Se abandonarem a área, elas terão direito a R$ 450 mensais para o custeio de aluguel em área segura.

– As famílias disseram que não sairiam porque acreditam que não há risco – explica o secretário Mário Hildebrandt.

Entre as famílias notificadas sábado está a de Marco Aurélio Fernandes, 49 anos. Gaúcho de Gravataí, mora há 19 anos em Blumenau no casebre de madeira que edificou na área de risco, ao lado da companheira e um filho. Sem emprego fixo, vende balas, chocolates e doces para se manter.

– Não sei como vou fazer porque não tenho para onde ir – afirmou.

Até sexta-feira, os geólogos da prefeitura devem concluir o mapeamento das zonas críticas do Bairro Ponta Aguda, incluindo o morro da Rua Caiena. A região será a nona das 35 áreas de risco do município a ter o mapeamento do solo concluído.

– Essa área é de grande perigo porque houve ocupação sobre as antigas linhas de drenagem naturais. Quando chove muito, a água desce buscando as linhas para escoar e gera o risco – explica o diretor de Geologia, Fernando Xavier.

A Defesa Civil registrou 11 pontos de deslizamentos de terra no sábado, nos bairros Jordão e Velha Grande. Na Rua Franz Müller, uma casa que já estava abandonada ameaçava cair sobre a rua e foi isolada. Nesta semana, os técnicos da Defesa Civil farão novas vistorias nos bairros Ponta Aguda e Escola Agrícola para avaliar a estabilidade do solo.

 

Rio ultrapassou 6 metros

Outras cidades do Estado registram problemas no sábado. Em Brusque, foram 24 horas de chuva quase ininterrupta. O suficiente para deixar três famílias desalojadas e provocar a interdição de duas casas.

Ontem, com o tempo firme, funcionários da prefeitura trabalhavam na remoção da lama e do entulho levados pelas águas do Itajaí-Mirim para as ruas da cidade. Na tarde de sábado, a velocidade com que o rio subia havia preocupado a Defesa Civil e assustado os moradores. Às 22h, as águas chegaram a ultrapassar a marca dos seis metros.

Em Joinville, um muro de mais de cinco metros cedeu, na rua 21 de Abril, no bairro Boa Vista, zona Leste. Na Capital, o Corpo de Bombeiros registrou três pequenos deslizamentos em diferentes pontos da cidade: no Morro da Mariquinha, próximo à escadaria da bica d’água; na Servidão do Cartucho, na Serrinha; e na Servidão Deolindo Costa, ao lado da Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, do Bairro Saco dos Limões.

 

3 milhões atingidos em MG

Seis famílias se recusam a sair de casa após desmoronamento de terra no Bairro Ponta Aguda

Em Minas Gerais, 166 cidades estão em situação de emergência por causa da chuva. Treze novas cidades entraram para a lista. Com os novos números, 19% dos municípios do Estado estão em emergência. O balanço considera municípios que enfrentam problemas decorrentes de temporais desde outubro, início do período chuvoso.

No Estado, 228 municípios foram afetados de alguma forma pela chuva, atingindo cerca de 3,1 milhões de pessoas. Destas, 52.723 ficaram desalojadas e 4.639 estão desabrigadas. No sábado, a Defesa Civil confirmou que três pessoas estão desaparecidas e 15 morreram. Desde outubro, 639 imóveis e 330 pontes ficaram destruídas.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, anunciou que o governo federal vai liberar R$ 75 milhões para Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Minas Gerais será o estado mais beneficiado, com liberação de R$ 30 milhões.

____________________________________________________________________________ Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Geral

Assunto: Turista atingida por hélice

 

Turista atingida por hélice

Mulher tem antebraço parcialmente amputado em acidente com lancha em Canasvieiras, na Capital

Uma turista de Curitiba teve o antebraço esquerdo parcialmente amputado por uma hélice de lancha, ontem, em Canasvieiras, Florianópolis. De acordo com testemunhas, ela saltou da parte de trás da embarcação de médio porte, enquanto o piloto estava dando a ré. A Capitania dos Portos de Santa Catarina abriu um inquérito para apurar o caso.

O fato foi por volta das 17h30min. Moradores e turistas, que preferiram não se identificar, chamaram o acidente de fatalidade. No relato deles, a lancha já havia se aproximado da beira da praia de ré, para deixar uma senhora. Logo depois de seguir em direção ao alto-mar, a embarcação parou e voltou a dar ré, para Fernanda Karina Gumz, 21 anos, saltar. Uma mulher disse que a menina teria saltado enquanto o barco ainda dava ré.

– Logo que pulou, ela começou a se debater. Pensamos até que ela estava se afogando. O piloto veio correndo e puxou a menina da água, que gritava muito. A única coisa que notamos é que a lancha estava fora do limite (demarcado por duas raias) para entrada e saída de barcos – contou um senhor.

De acordo com os banhistas, ela também sangrava muito. Os guarda-vidas foram chamados. Em cerca de 20 minutos, o helicóptero Arcanjo dos Bombeiros chegou ao local. O tenente Túlio Zanin, que prestou socorros à vítima, disse que Fernanda estava consciente. Ela foi medicada na areia e em cerca de 10 minutos chegou ao Hospital Celso Ramos, especializado nesse tipo de trauma.

Zanin estava otimista quanto à reconstituição do antebraço da menina. A última informação repassada pelo hospital, por volta das 21h, é de que ela começava a ser operada.

A Capitania dos Portos de Santa Catarina vai apurar o que aconteceu. O capitão Cláudio da Costa Lisboa disse que não é possível afirmar se o procedimento do piloto foi errado:

– Qualquer coisa que se fale agora é especulação. A regra geral é de que o condutor de uma embarcação precisa tomar cuidado para não operar com pessoas próximas a hélices.

Lisboa esclarece que uma embarcação a motor só pode navegar a 200 metros da areia. Se quiser se aproximar da praia, deve se mover em uma linha perpendicular à terra, em velocidade inferior a 3 nós (5,5 km/h).

____________________________________________________________________________ Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Moacir Pereira

Assunto: Chuva em SC

 

Os ministros no Oeste

Os ministros Mendes Ribeiro (Agricultura), Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário) e Claudinei Nascimento (interino das Relações Institucionais) estarão hoje em Chapecó. Anunciarão a destinação de R$ 10 milhões do Ministério da Integração Nacional, para construção de 330 poços artesianos e a liberação de recursos do seguro agrícola mediante laudos técnicos da Epagri. Visitarão propriedades atingidas pela estiagem.

Lá estarão o governador Raimundo Colombo, o vice Eduardo Moreira e os secretários João Rodrigues (Agricultura) e Geraldo Althoff (Defesa Civil), além dos presidentes da Epagri e Cidasc. A convite de Colombo, integrará a comitiva estadual o superintendente do Banco do Brasil, Reinaldo Yokoyama, que executou um trabalho por todos elogiado, na liberação de mais de R$ 100 milhões em financiamentos às empresas atingidas pelas enchentes no Alto Vale do Itajaí. A ideia é desburocratizar os financiamentos a serem concedidos pelo governo federal. O BRDE também vai oferecer empréstimos, com juros de 6,5% ao ano, para construção de açudes.

Os ministros estarão às 10h no Centro de Eventos Plínio Arlindo de Nez, com as autoridades estaduais e os dirigentes dos principais frigoríficos do Oeste. Raimundo Colombo lançará um programa de parceria para que os frigoríficos motivem os mais de 5 mil integrados da região em torno da construção de açudes. Este projeto será lançado nesta segunda, com a garantia de juro zero para todos os agricultores. A disponibilidade inicial é de R$ 10 milhões, recurso que poderá ser elevado se a demanda for maior do que o previsto.

O secretário da Agricultura, João Rodrigues, que é do Oeste, revelou que o último boletim da região registra que o cenário amenizou bastante com as chuvas dos últimos dias. Concentra-se agora em apoio aos agricultores para a instalação de açudes e poços artesianos.

 

PREVENÇÃO

Secas acontecem praticamente todos os anos no Oeste. Mas os governos praticamente nada investiram em medidas preventivas. João Rodrigues garante que a construção de açudes e poços artesianos vai acabar com este problema enfrentado pelos agricultores. O secretário da Defesa Civil, Geraldo Althoff, anunciou o início de estudos para implantar no oeste um magno projeto de prevenção, de grande alcance econômico e social, como o da agência japonesa Jica no Vale do Itajaí. Vai tratar do programa com os técnicos da Secretaria da Agricultura.

Com a visita ministerial ampliaram-se as especulações sobre a escolha da petista catarinense Eva Maria Cella Dal Chiavon para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, cogitada no inicio do ano.

Para o presidente do PT estadual, José Fritsch, não haverá surpresas se a indicação for confirmada para este cargo ou qualquer outro no primeiro escalão do governo. Ele lembrou que Eva Dal Chiavon foi consultada pela presidente Dilma Rousseff para integrar o novo governo, antes mesmo da posse. Mas o governador da Bahia, Jacques Wagner, não liberou a catarinense. Ela ocupou a Secretaria da Casa Civil e coordenou todos os principais projetos no primeiro mandato de Wagner, além de atuar no comando da campanha que viabilizou a reeleição.

A petista atua hoje como Secretária Executiva do Ministério do Planejamento, em Brasília.

– Presidente da FCDL, Sérgio Medeiros, participa em Nova York, com 48 lojistas catarinenses, do maior evento mundial do varejo. O evento prevê para hoje conferência do ex-presidente Bill Clinton.

____________________________________________________________________________Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Política

Assunto: Aumento só deve ser aprovado para 2013

 

Aumento só deve ser aprovado para 2013

A pré-anunciada greve geral do funcionalismo por reajuste salarial, que pode mobilizar até 1 milhão de trabalhadores e deve ocorrer em abril, foi considerada “natural” pelo secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva. O governo vai criar uma nova secretaria exclusivamente para intermediar os debates com as centrais sindicais. O gasto com pessoal custa R$ 7 bilhões mensais das contas federais. Caso sejam aceitas, as propostas de aumento só devem ser concretizadas na folha de 2013.

____________________________________________________________________________ Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Polícia

Assunto: Mortes em Palhoça

 

Suspeitos serão levados à reconstituição dos crimes

No final de semana, polícia deixou os três presos incomunicáveis e em locais não divulgados da região

A Polícia Civil de Palhoça pretende voltar ao galpão que foi palco de um dos crimes mais violentos e de maior repercussão registrados nos últimos anos em Santa Catarina: os assassinatos de dois irmãos de nove e cinco anos, e do pai, um mestre de obras que trabalhava no local, no Bairro Bela Vista, em Palhoça. O objetivo é fazer a reconstituição das mortes.

Desta vez, os policiais retornarão com os suspeitos de participação nos crimes: o servente de pedreiro Rogério Vas da Silva, 21 anos, que confessou as mortes, Jeferson Nunes, 21, e Everaldo Rosa Nunes, o Lalau, 31 anos. O delegado Attílio Guaspari Filho, responsável pelo caso, aponta Lalau como chefe do tráfico de drogas do Bairro Morar Bem, em São José, onde os suspeitos e a vítima moravam, e também como mandante dos crimes. Em depoimento, Jeferson e Lalau negaram os crimes.

Eles foram presos na sexta-feira à noite, quando a Justiça decretou as suas prisões temporárias a pedido da polícia. Ainda falta localizar dois adolescentes que também teriam participado. Outro menor envolvido, que chegou a ser apreendido, foi liberado pela Justiça.

No fim de semana, os presos foram transferidos da delegacia de Palhoça para lugares não divulgados. Estão em delegacias da região e no sistema prisional. Como os crimes causaram muita comoção, havia receio de tentativa de linchamento. A polícia entende ainda que devem ficar em prisões diferentes para não se comunicarem entre si, evitando, por exemplo, que combinem depoimentos. No fim de semana, o DC não teve acesso aos presos nem aos seus advogados.

Além da reconstituição, ainda sem data marcada, a polícia poderá tomar mais depoimentos, mas considera que as mortes estão esclarecidas: o mestre de obras Gelson Aparecido de Souza, 32 anos, e os seus dois filhos, Gean, de nove anos, e Victor, de cinco, foram mortos com golpes de pés de cabra a mando do tráfico de drogas.

Gelson não era cliente nem envolvido com a atividade ilícita. A polícia diz que as mortes ocorreram porque ele mandou instalar uma câmera na parte externa de sua casa para monitorar a entrada de pessoas no salão de beleza de sua mulher. Para os traficantes, o equipamento estaria prejudicando o comércio de drogas.

As crianças teriam sido mortas porque Rogério, um dos matadores, temia ser descoberto, pois era conhecido e vizinho da vítima.

– Gelson instalou a câmera apenas para ver quem batia no portão do salão de beleza e da casa, que ficava sempre fechado – disse o investigador Gabriel Palma.

 

Gelson era vizinho dos suspeitos

A Rua Vitória Régia, no Bairro Morar Bem, em São José, é o mesmo endereço em que moram pelo menos dois dos presos e onde vivia Gelson e sua atual mulher, que tem um salão de beleza junto à moradia. Rogério mora quase em frente. A casa de Lalau, cercada por um muro alto, fica a duas de distância da de Gelson.

Os policiais de Palhoça afirmam que a região é dominada pelo tráfico de drogas e que há comércio de entorpecentes em pleno dia no bairro.

A polícia diz que Gelson não aceitava a intimidação em sua rua. Ele teria se negado a tirar a câmera em frente ao salão e discutido com os adolescentes por terem quebrado a lâmpada do poste.

O DC voltou ontem à rua. Jovens disseram que Rogério era um rapaz tranquilo, que não fazia mal a ninguém, e se mostraram surpresos com a sua prisão. A polícia afirma que ele é usuário de maconha e que trabalharia para Lalau no tráfico.

 

 

Os presos

Quatro foram apresentados

– Rogério Vas da Silva, 21 anos: confessou o crime à polícia, dizendo que os autores receberiam R$ 350 de Lalau, o suposto chefe do tráfico no Bairro Morar Bem.

– Everaldo Rosa Nunes, o Lalau, 31 anos: apontado pela polícia como chefe do tráfico de drogas e mandante dos crimes. Foi condenado em 2010 a dois anos de prisão por furto.

– Jeferson Nunes, 21 anos: seria comparsa de Rogério no crime e atuaria no tráfico para Lalau, conforme a polícia.

– Adolescente de 16 anos: seria comparsa de Rogério nas mortes e também atuaria no tráfico para Lalau, conforme a polícia.

PROCURADOS

A polícia ainda está atrás de mais dois adolescentes, suspeitos de terem participado das mortes. Eles não foram localizados.

 

Perícia decisiva em roupas

Além da confissão de Rogério e de outros depoimentos, a polícia afirma que laudos periciais serão decisivos para incriminar os presos pelas mortes do pai e das crianças. Nas casas de Rogério e Jeferson foram encontradas bermudas com sangue.

Para os investigadores, elas foram utilizadas pelos dois no dia do crime, na segunda-feira da semana passada. As roupas foram apreendidas e estão no Instituto Geral de Perícias (IGP), em Florianópolis, que também cuida das perícias no galpão em que ocorreram os crimes e no carro de Gelson, um Scénic.

O veículo não chegou a ser levado pelos assassinos e ficou no galpão. Gelson teve roubados o telefone celular e a carteira. Apesar disso, a polícia afirma que não foi um assalto, e sim execução por vingança contra Gelson, a mando de traficantes do bairro onde ele morava.

____________________________________________________________________________ Veículo: Diário do Catarinense

Editoria: Polícia

Assunto: Crimes e ocorrências

 

Como atua a equipe em SC da Polícia Internacional

Sete agentes da Polícia Federal fazem parte da organização, presente em 190 países no mundo

O voo JJ3415 da TAM chegou de São Paulo às 8h55min de sexta-feira no Aeroporto Internacional Hercílio Luz, na Capital. O carro da Polícia Federal (PF) estava na pista. Um policial aguardava os passageiros se dirigirem à sala de desembarque. Perto do avião, apenas funcionários do aeroporto e a polícia.

Cabelos compridos, óculos escuros e casaco escondendo as algemas, o catarinense Fábio Bayer Jorge Mendes, o Fábio Break, 38 anos, foi o último a descer da aeronave. Ele veio extraditado da Espanha, onde estava preso por tráfico internacional de drogas, na Operação Playboy. Durante quatro anos seu nome constou da lista de foragidos da Interpol.

A Polícia Internacional, como é conhecida a Interpol, é uma organização de cooperação entre as polícias de 190 países membros que atuam em conjunto no combate e prevenção de crimes no mundo inteiro. O Brasil é um deles. Aqui, a organização é representada pela PF. O escritório central fica em Brasília e existem escritórios regionais nos 26 estados.

Em Santa Catarina, a equipe da Interpol, formada por sete policiais federais altamente treinados, trabalha em uma sala no prédio da Superintendência da PF, na Avenida Beira-Mar Norte, na Capital. Usam roupas da PF, pois a organização não tem uniforme. E falam pelo menos uma das quatro línguas usadas pela Interpol: inglês, francês, árabe e espanhol.

O lugar é bem diferente dos filmes de espionagem. Não tem moedas que escondem documentos, metralhadoras dobráveis, guarda-chuvas que atiram projéteis ou pistolas que cabem em uma fivela de cinto.

A sala é comum, com mesas, computadores e cadeiras. O equipamento utilizado pelo grupo é o mesmo das operações da PF. O que há de diferente é um sistema de computador compartilhado pelos 190 países, em um canal de comunicação seguro, com banco de dados, fotos, informações, vídeos, documentos e as listas com os seis tipos de alerta que a Interpol pode emitir na rede. O vermelho, chamado de difusão vermelha, significa que a pessoa está foragida do país que pôs o alerta no ar. Foi o caso de Fábio Break, que ficou quatro anos com o alerta vermelho em seu nome.

Polícias dos 190 países sabiam tudo do rapaz de família rica acusado de tráfico internacional de drogas. Eram fotos, impressões digitais, dados familiares, mandados de prisão, crime, tatuagens, apelidos, qual pena pode pegar e data de prescrição do crime, entre outras informações.

 

O que foi a Operação Playboy

O catarinense Fábio Bayer Jorge Mendes, o Fábio Break, 38 anos – detido no presídio da Capital, onde deverá aguardar para ser ouvido no processo por tráfico internacional de drogas – teve mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça Federal em SC na Operação Playboy, da PF, em fevereiro de 2005.

A PF apurou que Fábio era um dos líderes da quadrilha de classe média alta, praticante de esportes como surfe e voo livre, que trazia drogas sintéticas da Europa e Ásia para distribuir em SC, RJ, SP e DF.

 

Segundo a investigação, eles levavam a cocaína do Brasil, comprada na Bolívia, para a Europa, camuflada em material esportivo e a trocavam por drogas sintéticas, como ecstasy, LSD e skunk. Fábio morava em Florianópolis. Ele não foi localizado pela PF no dia em que a operação foi desencadeada e não se apresentou, ao contrário do prometido por seu advogado. Por isso, a PF inseriu o nome dele na lista de fugitivos da Interpol.

O alerta vermelho entrou no ar em 2006. Fábio foi preso na Espanha em 14 de fevereiro de 2010. A Interpol em SC pediu a extradição dele ao governo espanhol. Fábio ficou dois anos preso em Barcelona, em cadeia comum, aguardando o julgamento do pedido pela Justiça espanhola. Autorizada a buscar Fábio na Espanha, a PF enviou dois agentes para a missão.

 

Membros pagam anuidade

O escritório mundial da Interpol fica na cidade de Lyon, na França, e opera 24 horas, todos os dias. Além de escritórios nos 190 países membros, a Interpol tem representantes na Organização das Nações Unidas, em Nova York, e na União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica.

O sistema é mantido com recursos doados anualmente pelos países signatários. O valor da anuidade é calculado com base no Produto Interno Bruto de cada um.

As polícias que representam a Interpol são aquelas com atuação em todo o território nacional, como é o caso da Polícia Federal no Brasil.

As demandas internacionais chegam primeiro ao escritório em Brasília. A equipe de lá faz uma investigação prévia e apura indícios de que há um criminoso estrangeiro no Estado.

 

Cooperação levou à prisão de chileno

Assim foi com o chileno Rafael Humberto Maureira Trujillo, o Sakarach, integrante da lista “alerta vermelho” da Interpol. Em 2007, ele foi preso em Criciúma, após operação conjunta das polícias brasileira e chilena. Depois, acabou condenado a 20 anos de prisão no Chile por abuso sexual contra crianças, estupro, pornografia infantil, além de participação no crime organizado.

A mesma situação ocorre quando um procurado brasileiro está fora do Brasil. As regionais comunicam Brasília, que faz as solicitações ao país onde acredita estar a pessoa que procura ou para obter autorização para investigar alguém em seu território.

Foi assim com o engenheiro Miguel Orofino. Suspeito, na década de 1990, de desvio de recursos públicos na construção da Ponte Pedro Ivo Campos, durante anos teve a foto no site da Interpol como procurado.

 

900 casos na regional só em 2011

Entre os principais crimes investigados pela Interpol no Brasil estão homicídio, tráfico internacional, crimes financeiros e na internet. Em 2011, foram 900 casos investigados pela regional em outros países e casos de outros países investigados pela Interpol em Santa Catarina.

– Os crimes internacionais têm aumentado e o Brasil fortaleceu sua atuação em crimes transnacionais, ou seja, de quadrilhas que atuam em vários países – conta o delegado.

Mas a organização também ajuda em investigações, inclusive para a Polícia Civil, se solicitada. Segundo o representante regional da Interpol em SC e chefe da Delegacia de Imigração da PF/SC, delegado Christian Luz Barth, a Interpol não lida com provas.

– A Interpol é para medidas de cunho investigatório, não instrução de processo. E só para fins criminais e humanitários, como identificação de corpos e desaparecidos – diz Barth, que preferiu não ser fotografado.

O fortalecimento na estrutura da PF, segundo Barth, ocorreu com investimentos em recursos humanos e financeiros, lotação, em embaixadas brasileiras em 13 países, de policiais que trabalham em serviços de inteligência policial, e no Sistema de Tráfego Internacional (STI), entre outros.

O STI verifica o histórico de todos os estrangeiros que entram via aeroportos, portos e fronteiras secas (estradas) no país.

– O Brasil está deixando de ser conhecido como o paraíso dos foragidos internacionais. Com esses mecanismos e o novo passaporte brasileiro, o país está menos vulnerável aos criminosos que querem se esconder aqui, embora seja um país continental – observa Barth.

Ele conta que muitos foragidos estrangeiros costumavam procurar o Brasil por ser um país com forte miscigenação. Um chinês podia se passar por brasileiro, por exemplo, mas o contrário é bem mais difícil. O novo passaporte tornou mais complicada a falsificação, segundo o policial.

Em SC, na sexta-feira, eram nove catarinenses procurados pela Interpol. Entra na lista da organização a pessoa que estiver com mandado de prisão contra ela e com indícios de que está no exterior.

____________________________________________________________________________ Veículo: Diário do Catarinense

Editoria: Polícia

Assunto: Crimes e ocorrências

 

Jovem morre após cair durante briga

Um jovem morreu após uma briga em que caiu de um barranco em Caçador, no Meio-Oeste. Segundo os Bombeiros, ele teve traumatismo craniano e rompimento de medula, causado provavelmente pela queda. Cristiano Santos, 22 anos, foi agredido por Alex Fernandes, 21. A briga foi às 5h40min, no Bairro Martelo. Alex foi preso em flagrante pela PM.

 

Homem consegue fugir de cativeiro

Um homem de 33 anos, machucado, chamou a Polícia Militar na manhã de ontem, em São José, afirmando ter sido vítima de um sequestro que começou há três dias num bar no Bairro Monte Verde em Florianópolis e que terminou em Forquilhinhas, em São José, quando conseguiu fugir do cativeiro. Ele disse ter sido obrigado a sacar R$ 1 mil.

 

Polícia Civil apreende 195 kg de maconha

A Polícia Civil apreendeu 175 quilos de maconha na região do Bairro Bela Vista, em São José, na Grande Florianópolis, às 21h de sábado. Cinco traficantes foram presos em flagrante e levados, ontem, para o cadeião do Estreito. Às 2h de ontem, a polícia apreendeu mais 20 quilos de maconha e um quilo de cocaína no Morro do 25, na Capital. Os irmãos Wagner Quadros e André Luiz de Souza Quadros foram presos no local. Com eles também foi apreendida uma pistola calibre 9mm da Polícia Nacional do Paraguai e equipamento para pesar e embalar as drogas.

 

Homem mata a mãe em bar de Papanduva

Wilian Lopes Santana, 24 anos, foi preso por matar a própria mãe na noite de sexta-feira em Papanduva, Norte de SC. A Polícia Militar (PM) recebeu uma denúncia anônima, por volta das 23h20min, de que um jovem estaria agredindo uma mulher em um bar na Avenida Papa João XXIII, no Bairro São Cristóvão. Quando a PM chegou ao local, a vítima, Josai Lopes Santana, 50 anos, já estava morta. Segundo testemunhas, o suspeito bateu a cabeça da mãe contra a parede várias vezes. A polícia informou que ambos tinham problemas com bebida e que as discussões entre eles eram frequentes. Willian foi levado para o presídio de Mafra

 

Dupla é presa após atacar viatura da PM

Uma viatura da Polícia Militar (PM) foi atacada por dois homens quando fazia a ronda no Bairro Frei Damião, em Palhoça, por volta das 3h de ontem. Os dois se surpreenderam com a chegada da polícia e dispararam um tiro. A viatura da PM pediu reforços e prendeu Sidineis Siqueira dos Santos, 23 anos, e o adolescente que estava com ele. Segundo a PM de Palhoça, os suspeitos tinham um revólver calibre 38 e uma pistola 45, que foram apreendidos.

 

SC tem seis ataques só em uma semana

Na madrugada de ontem, em Navegantes, polícia flagrou bandidos em ação

Duas cidades de SC registraram ataques com explosivos a caixas eletrônicos na madrugada de ontem. Em São Domingos, no Oeste, a explosão atingiu um caixa do Banco do Brasil. Os bandidos levaram o dinheiro e fugiram sem deixar pistas.

 

Em Navegantes, no Litoral Norte, o ataque foi frustrado pela Polícia Militar (PM). Um morador do Bairro São Paulo, vizinho da agência atacada, avisou a PM, que surpreendeu e trocou tiros com os cinco ladrões. Dois fugiram pelo mato – um deles foi ferido. Até o fechamento desta edição, eles não haviam sido capturados.

Os outros três integrantes fugiram num Gol e abandonaram o veículo perto da BR-470. Dentro do carro havia 2,5 kg de dinamite e uma espingarda calibre 12. A PM desconfia que a quadrilha seja do PR, pois as placas eram de Curitiba.

Os três assaltantes pegaram outro carro em uma casa e o abandonaram em Penha. Na sequência, roubaram um Clio e fugiram em direção ao PR.

 

Quadrilha sitiou São João Batista

O ataque em São Domingos é o sexto em uma semana em SC. As explosões são sempre durante a madrugada. No dia 6, bandidos explodiram um caixa do Bradesco e um da Caixa Econômica Federal em Itajaí.

No dia seguinte, uma quadrilha com 20 homens fortemente armados sitiou a cidade de São João Batista, na Grande Florianópolis, e dinamitou sete caixas eletrônicos. Os bandidos apontaram fuzis com lanternas para os moradores e os mandaram entrar de volta nos apartamentos.

No domingo, dia 8, assaltantes renderam os vigilantes da empresa Aurora, em Chapecó, explodiram o caixa do Banco do Brasil e fugiram. No mesmo dia, houve uma tentativa de explosão numa cooperativa de crédito de Morro da Fumaça, no Sul.

Em cinco meses, foram registrados, ao menos, 30 ataques a caixas em SC.

Os crimes são investigados pela Diretoria de Investigações Criminais (Deic). O inquérito está sob sigilo por determinação da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O ataque à Caixa Econômica é investigado pela Polícia Federal de Itajaí.

 

 

 

BLOGS

 

Moacir Pereira

 

Dilvo Tirloni e a segurança pública

“Prezado Moacir

Abrir o DC e deparar com a tua coluna trazendo um pouco de alento à sofrida população importunada pelos bandidos é um bálsamo que melhora nosso estado de espírito. Desejo levar meus cumprimentos a v. que consegue captar os movimentos em direção a um melhor estado de direito e estender às nossas autoridades da Segurança Pública o apoio, a solidariedade, e realçar o empenho para conter a onda de marginalidade que assola nossa região. Não bastassem os bandidos nativos temos que suportar meliantes de outras cidades com o intuito de obter vantagens criminosas.

Esta semana postei no Facebook o texto abaixo:

“Medo e insegurança

Hora do Brasil, 19,45h, 11/01, senador Pedro Taques (MT), em discurso no Senado dizendo que faltam investimentos na Segurança Pública, reproduzindo o medo presente em todo o País. Guardo convicção que o senador esta equivocado. Nunca se gastou tanto em segurança – temos: Guarda Municipal, a PM, PM ambiental, Policia Rodoviária Estadual, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Federal, Policia Rodoviaria Federal, Força Tarefa Federal, Marinha, Aeronáutica, Exército.

Dois são os fatores que levam a este quadro assustador: leis frágeis que aceitam um fortão de 17 anos, arma em punho, assassinando, como uma criança abandonada e o modelo institucional que não converge, todos trabalham em paralelo. Cabe uma profunda discussão sobre o modelo que ai esta unificando as forças de Segurança no Estado”.

Tenho formação de gestão pública, não convivo o dia a dia de nossas autoridades, salta à vista, entretanto, que é preciso uma “revolução” na gestão administrtativa da Segurança. Acrescento ao texto do Facebook outro elemento – o vigoroso comportamento corporativo que destrói no seu interior, as boas ações policiais. Leio nos jornais que o excelente Secretário Grubba é vítima deste comportamento.

Fico imaginando uma empresa de Segurança com dois, três quatro departamentos cada um seguindo seu caminho, em muitos casos com ações próprias e independentes, não daria certo. Portanto não nos faltam recursos, falta-nos, gestão, o modelo esta equivocado. Venham os recursos que vierem a Segurança não vai avançar mais do que se esta fazendo.

Forte abraço,

Dilvo Tirloni. “

 

 

Segurança: análise do ex-comandante da PM

Do ex-comandante geral da Policia Militar, coronel Paulo Roberto Fagundes de Freitas, via e-mail:

Prezado amigo jornalista Moacir Pereira,

“Mais uma vez cumprimentos por seu trabalho. Sua coluna “Cidadania e Segurança”, DC edição de 15/jan, atinge com precisão cirúrgica o âmago da questão segurança pública. Não há como numa política de proteção eficaz à sociedade, dissociar ação policial planejada, técnica e estratégica, bons salários,bons equipamentos, viaturas e armamentos, ou seja, valorização e garantias à instituiçao policial, da solidariedade, do reconhecimento, do incentivo da cidadania. Como você, com muita propriedade diz na referida coluna: ” Prestigiando aqueles que, em seu nome, exigem o efetivi cumprimento da lei”. Infelizmente isso pouco tem sido constatado. Na verdade prevalece, em larga escala, o destaque aos deslizes eventuais das força de segurança em contraponto ao esquecimento, ao descaso da boas ações diárias, muitas das quais realizadas por força da superação, do denôdo, até com o sacrifício da própria vida. O fato ocorrido com o policial rodovoário federal Leonardo Valgas dos Santos, descrito na coluna é um exemplo cristalino de como, normalmente, a sociedade, em seus vários segmentos, trata o servidor policial.

Como diz o adágio popular: ” Onde cabe a crítica, deve caber, na mesma proporção, o elogio”.

Parabéns pelo posicionamento oportuno, coerente e mesmo corajoso!

Um fraternal e miliciano abraço.

Paulo Roberto Fagundes de Freitas

Cel PM.”

 

 

Comandante da PM-SC avalia ações de segurança

“Caro Moacir Pereira,

Cumprimentando-o, registro meu agradecimento pelas palavras em reconhecimento ao trabalho policial desenvolvido em nosso Estado. Agradeço também as sempre bem-vindas críticas e sugestões, pois as vejo como contribuição para a melhoria dos nossos processos produtivos.

Desejo me referir em especial ao caso das operações policiais que visam restabelecer a ordem pública nos centros urbanos, como uma das ações previstas no Plano de Comando da Polícia Militar. Destaco que não há como fazer polícia de proximidade sem, de fato, estar em contato direto com a comunidade. E estar em contato direto obriga que os espaços públicos estejam em ordem, onde as pessoas possam estudar, comprar, rezar, passear e trabalhar, ou seja, ter o seu direito de ir e vir absolutamente garantido.

Mas como ser livre se há alguém constrangendo? Se há alguém colocando em risco a incolumidade física e até mesmo sanitária dos demais cidadãos? Daí a necessidade da união de esforços da polícia com as demais agências públicas para que também os pequenos delitos sejam coibidos, evitando que os espaços públicos se deteriorem.

Fico imensamente feliz quando um jornalista do seu elevado quilate – isento e com credibilidade – entende com perfeição o que vem a ser “polícia de proximidade e preservação da ordem pública”, notadamente quando diz que “o combate frontal aos crimes mais graves começa com a eliminação dos pequenos delitos. É o que costuma acontecer nos espaços públicos. Se estão totalmente limpos, os novos visitantes tratam de preservar a limpeza. Se há papéis no chão, amontoa-se o lixo e, aí, o ambiente vive uma pocilga. Vale o mesmo exemplo para bares, clubes, restaurantes.”

Sonhamos com uma sociedade mais segura; lutamos com todos os nossos meios para proteger as pessoas. Nosso desejo agora é que as políticas púbicas na área da saúde, educação, mobilidade, habitação etc possam potencializar as ações policiais para que as pessoas encontradas à margem da sociedade possam ser atendidas visando sua reabilitação e retorno ao convívio social.

Um grande abraço, desejando-lhe saúde e paz.

Nazareno Marcineiro

Coronel Comandante Geral da Policia Militar.”

 

 

Cidadania e segurança

Ainda sobre a delicada questão da Segurança Pública. É acertada a nova politica policial. Há décadas, em várias cidades dos Estados Unidos, a redução drástica da violência resultou da aplicação da “Tolerância Zero” e da “Teoria das Janelas Quebradas”. Quer dizer: o combate frontal aos crimes mais graves começa com a eliminação dos pequenos delitos. É o que costuma acontecer nos espaços públicos. Se estão totalmente limpos, os novos visitantes tratam de preservar a limpeza. Se há papéis no chão, amontoa-se o lixo e, aí, o ambiente vive uma pocilga. Vale o mesmo exemplo para bares, clubes, restaurantes.

Há outras questões mais delicadas a envolver os desafios de uma nova política de proteção da sociedade. Ela se dá sempre, claro, pela firme intervenção policial, pelo incentivo salarial, pelos bons equipamentos, por garantias às forças policiais. Mas também pela solidariedade, pela participação e pela atuação incentivada da cidadania. Prestigiando aqueles que, em seu nome, exigem o efetivo cumprimento da lei.

No geral, a imprensa e as comunidades dão mais destaque as exceções da ação policial, quando flagrada em desvios ou excessos. E omitem-se – mídia e cidadania – sobre aqueles que agem corretamente e que arriscam suas vidas para proteger seus semelhantes.

O exemplo mais recente envolve o frio assassinato do patrulheiro rodoviário federal Leonardo Valgas dos Santos, uma unanimidade de policial íntegro. Foi morto pelas costas, covardemente, por traficantes. Pois, não se viu uma única entidade de proteção dos cidadãos, uma instituição religiosa, uma organização da sociedade civil manifestando-se contra tamanha brutalidade.

Imagine-se se tivesse ocorrido o contrário, com o patrulheiro matando traficantes. Ia ser trucidado pela imprensa, pelos advogados, pelos direitos humanos. Seria afastado das funções e estaria respondendo a processo criminal.

Se a sociedade quer mais segurança – e tem este direito – também tem o dever de prestigiar mais e melhor aqueles que a protegem.

 

 

 

Segurança: duas boas noticias

Duas boas notícias vieram animar a cidadania neste inicio de ano. Uma, a decisão do governador Raimundo Colombo de nomear 605 novos policiais civis, alguns aprovados em concurso público em 2008. Outra, a positiva avaliação da Operação Choque de Ordem, desencadeada pela Policia Militar.

O ato governamental tem significado histórico pela necessidade e pelo volume. A Policia Civil terá um aumento de 25% em seu efetivo, o maior da história, o que permitirá ao secretário Cesar Grubba, implementar as medidas preventivas para enfrentamento da criminalidade que assusta a população de vários municípios do Estado, a começar por Florianópolis.

A operação policial é outro fato a reacender esperanças de um pouco de sossego às comunidades. Em apenas três dias, diz o relatório, foram retirados das ruas centrais 79 moradores de rua e “guardadores de carros”, vários deles identificados como ladrões e traficantes de drogas. A ordem começa a ser restabelecida. Os índices de insegurança avançavam celeremente, traduzidos pelos constantes assaltos aos comerciantes estabelecidos no centro histórico, nas ameaças dos flanelinhas contra motoristas, nos roubos constantes de veículos e até nas agressões sofridas por nativos e turistas em diferentes pontos da cidade.

Necessária e inadiável intervenção conduzida com seriedade e estudos técnicos pela equipe do coronel Araújo Gomes, oficial da PM que se transforma em corajosa fortaleza de proteção à cidadania e determinado combate à criminalidade.

 

 

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