Clipping do dia 12 de setembro

 

CLIPPING

12 de setembro 2012

 

MÍDIAS DE SANTA CATARINA

 

Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Visor

Assunto: Creas

                 Arrastão em casa noturna

                 Caixas eletrônicos

                  

JUVENTUDE PERDIDA?

Os números falam por si. Dos 127 menores em conflito com a lei encaminhados ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Florianópolis, ano passado, apenas 10% dos que cumpriram todo o processo de medidas socioeducativas com o devido acompanhamento, voltaram a cometer algum tipo de infração.

O trabalho é monitorado por uma assistente social e inclui matrícula regular na escola, além de ingresso no mercado de trabalho no contraturno. Leva, em média, de quatro a seis meses. Os resultados poderiam ser ainda mais positivos, não fosse a limitação de profissionais no Creas, apenas 10, e o pequeno número de empresas que oferecem a primeira chance.

 

 

ARRASTÃO NA BALADA

Leitora escreve para contar sobre o arrastão de bolsas e celulares numa casa noturna, sábado. Ela relata que, já na entrada, foi alertada pela segurança para ter cuidado com a bolsa. E, mesmo sem desgrudar dos seus pertences por um segundo sequer, ainda perdeu o iPhone, carteira e óculos.

– Coisa de profissional – disse.

Ao buscar ajuda, conta a leitora, foi encaminhada para o registro de boletim de ocorrência na polícia, onde encontrou outras mulheres na mesma situação.

 

 

VIGILANTES DE LUXO

A Secretaria de Segurança Pública adotou um novo modelo de estratégia para reduzir os ataques aos caixas eletrônicos. Desde a semana passada, equipes da Deic e COP, da Polícia Civil, e Choque e Bope, da PM, têm se revezado em rondas durante a madrugada aos caixas na Grande Florianópolis.

É a elite das polícias prestando serviços… aos bancos!

____________________________________________________________________________Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Geral

Assunto: Caixa eletrônico é arrombado na Furb

 

 

Caixa eletrônico é arrombado na Furb

Um caixa eletrônico do Banco do Brasil situado no campus 3 da Furb, no Bairro Itoupava Seca, em Blumenau, foi arrombado, às 2h30min de ontem, por quatro homens com maçarico. O vigilante e três mulheres que trabalhavam na limpeza do prédio foram amarrados e trancados no banheiro. A quantia levada pelos criminosos não foi divulgada. O vigilante e as mulheres conseguiram se soltar cerca de uma hora depois do crime, e chamaram a polícia, mas nenhum suspeito foi localizado. Peritos do IGP estiveram no local.

____________________________________________________________________________ Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Segurança

Assunto: Novo São Lucas

 

 

Unidade está só no papel, mas tem gerente nomeado

Servidor comissionado estaria, segundo o governo do Estado, responsável por cuidar dos entraves burocráticos das obras

As obras do novo Centro Socioeducativo São Lucas, em São José, na Grande Florianópolis, ainda não começaram e o terreno está tomado pelo mato. Mas a vaga de gerente da unidade, demolida há um ano e três meses, está preenchida desde o dia 7 do mês passado.

O mais novo ocupante do cargo é o servidor comissionado Augusto Linhares Teixeira. A nomeação foi assinada pelo governador Raimundo Colombo e publicada no Diário Oficial. A entrada de Augusto na função foi marcada até agora por discrição e nenhum anúncio oficial pela Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC) ou pelo Departamento de Administração Socioeducativo (Dease), a quem a gerência é subordinada.

O DC tentou falar com o novo gerente na tarde de ontem, na sede do Dease, em Florianópolis. Ele estava no local, mas preferiu não dar entrevista nem ser fotografado. O diretor do Dease, Sady Beck Júnior, disse que a nomeação atendeu a um pedido seu, que foi acatado pela titular da SJC, Ada de Luca, e pelo governador, para que o gerente cuide dos entraves burocráticos do novo São Lucas.

– Apesar de a unidade estar desativada, ele está aqui trabalhando, cumpre horário e tem várias funções, como cuidar das providências relacionadas à Vigilância Sanitária, registros do processo para construção da nova unidade e monitorar a vigilância do terreno, entre outras – disse.

De acordo com o diretor, o salário mensal do gerente é de R$ 2, 2 mil e a indicação deve-se ao fato de Augusto ser bacharel em direito, ex-assessor de Ministério Público e por ser de sua confiança. Augusto era gerente de execução penal do Departamento de Administração Prisional (Deap).

Um grupo de agentes socioeducativos questiona a forma como a nomeação ocorreu, sem a categoria ter sido ouvida ou mesmo em reunião conjunta com representantes dos setores que tratam da infância e juventude no Judiciário e Ministério Público.

A secretária Ada está em férias. A secretária-adjunta, Maria Elisa De Caro, disse por sua assessoria que a nomeação é extremamente necessária para que sejam executados os serviços administrativos do novo Centro de Atendimento Socioeducativo (Case), o nome da futura unidade.

Pela assessoria, o governador manteve a mesma posição, ressaltando que, embora a unidade não exista fisicamente, ela continua havendo no papel e é importante para que os projetos do novo centro sejam tocados.

 

Novo espaço é aprovado

O diretor do Dease anunciou, ontem, que o projeto de construção do Case foi aprovado em Brasília. Sady Beck Júnior manteve a promessa de começar ainda este ano as obras, estimadas em R$ 11 milhões, que virão dos governos federal e estadual.

Para a contratação, faltaria apenas inserir a obra no portal de convênios do governo federal. Depois, o Estado define se faz a obra em regime de urgência ou abre licitação. Sady crê que a conclusão do espaço, com 90 vagas, vai demorar ao menos um ano.

O centro foi interditado pela Justiça, a pedido do Ministério Público, em 17 de dezembro de 2010, após denúncias de tortura contra internos.

 

Entraves dificultaram a nova construção

Em 6 de junho de 2011, por ordem de Ada de Luca, o prédio foi demolido. Desde então, o governo estadual tenta construir um novo lugar para adolescentes infratores da Grande Florianópolis, mas ainda não conseguiu tirar o projeto do papel. A primeira dificuldade teria sido a escolha do terreno em Biguaçu, descartada por questões ambientais.

O governo então decidiu construir no mesmo terreno do antigo São Lucas. O local é vigiado por segurança terceirizado, mas nos fundos há uma parte sem parede, que permite o acesso. Há queixas da presença de usuários de crack na região.

 

Além da falta de vagas, vandalismo

Enquanto o novo Centro de Atendimento Socioeducativo não sai do papel, a internação de adolescentes infratores da Grande Florianópolis segue a rotina de problemas.

O último foi a rebelião da sexta-feira no Plantão de Atendimento Inicial (PAI), na Capital, que causou prejuízos de R$ 20 mil. Os internos destruíram boa parte da unidade inaugurada em novembro passado e que, por lei, deveria abrigar os menores por até 45 dias, norma que, segundo servidores, não estaria sendo cumprida.

Segundo o diretor do Departamento de Administração Socioeducativa (Dease), Sady Beck Junior, a rebelião começou porque alguns dos 13 adolescentes teriam ficado revoltados com uma medida disciplinar aplicada contra dois internos.

Entre os punidos estaria um adolescente que confessou pretender matar outro que teria estuprado uma criança. Para isso, usaria um bloco de cimento encontrado em sua cela.

Um interno contou ao DC que o motivo da revolta foi um tapa que um agente teria dado no rosto do rapaz que sofreu a medida disciplinar.

Segundo este adolescente que viu a rebelião, agentes deram socos nos rebelados. O gerente do PAI, Nelson Fonseca, disse que tentaram intervir conversando, mas “eles vêm com força e temos que agir com energia”.

 

Punição por revolta não foi definida

Foram encontrados espetos feitos de escovas de dente e de colheres. Quatro jovens foram transferidos, e o restante está na ala feminina, separado das mulheres, até que a reforma fique pronta. O suposto estuprador está isolado. O Dease ainda não sabe a medida disciplinar a ser aplicada.

____________________________________________________________________________ Veículo: Notícias do Dia

Editoria: Geral

Assunto: Depois de rebelião, Capital fica sem estrutura para abrigar adolescentes infratores

 

 

 

Depois de rebelião, Capital fica sem estrutura para abrigar adolescentes infratores

Confusão no feriado terminou com destruição no Plantão de Atendimento Inicial

Centro ficará fechado por 30 dias até que reforma seja consluída

 Desde sexta-feira, depois que 13 adolescentes se rebelaram e as instalações do PAI (Plantão de Atendimento Inicial) ficaram completamente danificadas, a Capital não recebe mais internos para o cumprimento de medidas socioeducativas. O local é o único na Grande Florianópolis que abrigava adolescentes autores de atos infracionais. As obras de reforma devem durar, pelo menos, 30 dias.

A confusão começou logo depois do almoço, no feriado da Independência. Segundo a direção do plantão, os internos não aceitaram a aplicação de medida disciplinar para dois adolescentes que queriam agredir um terceiro. Começou, então, um bate-bate e logo em seguida a depredação das instalações. Das pias, os adolescentes conseguiram retirar blocos de concretos que foram usados para impedir a entrada dos agentes. A confusão só foi controlada com a chegada da Tropa de Choque da Polícia Militar. Três agentes e cinco adolescentes ficaram feridos na confusão.

Sem local para abrigar os internos, quatro adolescentes foram transferidos para outros centros do Estado e os nove que permanecem na unidade ocupam a ala A da galeria feminina. Atualmente o Estado sofre com um défict de 200 vagas para abrigas os adolescentes autores de atos infracionais.

Esta é a segunda vez que a Grande Florianópolis fica sem estrutura para abrigar adolescentes em um ano. Em junho do ano passado a unidade já havia sido interditada, segundo a Justiça, por não oferecer estrutura mínima de higiene e infraestrutura. Em outubro do ano passado, depois da reforma, o local foi reaberto. Em 2010, a Justiça determinou também a interdição do centro São Lucas, demolido para a construção de uma nova unidade que ainda está no papel.

____________________________________________________________________________Veículo: Notícias do Dia

Editoria: Hélio Costa

Assunto: Polícia começa a prender os ladrões que roubaram mais de R$ 1 milhão do BB

 

Polícia começa a prender os ladrões que roubaram mais de R$ 1 milhão do BB

Diretor da Deic, Akira Sato, nega a prisão. Mas fontes da polícia revelam que o primeiro suspeito preso na Barra da Lagoa abriu o jacaré

Abriu o Jacaré

Não era gaúcha a quadrilha que roubou mais de um milhão do Banco do Brasil, centrinho da Lagoa, no mês passado. A gangue é mineira e um suspeito já está grampeado. O bando realizou uma ação cinematográfica: manteve o gerente  e funcionários que chegavam ao banco reféns, enquanto aguardava o horário programado para o caixa forte abrir, sem que os clientes que utilizavam dois dos dez autoatendimentos percebessem o que se passava no interior da agência.  Um dos suspeitos foi capturado semana passada, descansando com a família (mulher, filhos e sogra) em uma casa alugada as margens do canal da Barra da Lagoa. Ele mora em Vila Laguna, Belo Horizonte e está com  a prisão preventiva decretada pelo Justiça de Minas Gerais por roubo a banco.  Um policial  civil de Florianópolis  recebeu a informação de que  o suspeito estava na área e acionou a equipe de investigação do delegado Anselmo Cruz, da Divisão de Furtos e Roubos, da Deic. A  informação que recebi é que o suspeito “abriu o jacaré” e disse que  que não tem nada a perder porque a “profissão dele é roubar banco”.

 

Diretor nega

O diretor da Deic, Akira Sato, não confirmou a  informação. Apenas comentou que as investigações estão bastante adiantadas. Procurei também o delegado que está conduzindo o inquérito, Anselmo Cruz, mas os policiais disseram que ele não estava. Certamente deve estar viajando em busca de informações repassadas pelo suspeito preso na Barra da Lagoa. Na ocasião do roubo, os ladrões usavam terno e gravata. Eles sequestraram o gerente na noite anterior ao assalto.

 

 

BLOGS

 

Moacir Pereira

 

SC tem 860 câmeras de vigilância operando, diz SSP

40 cidades de Santa Catarina já são atendidas por sistema de videomonitoramento, informa a Secretaria de Segurança Pública. Amanhã, começam a funcionar as câmeras de vigilância de Navegantes e Tijucas. Os municípios estão incluídos no projeto Bem-Te-Vi – Segurança por Videomonitoramento, da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), que prevê investimentos de R$ 7 milhões para instalação dos novos equipamentos e reestruturação das centrais de monitoramento. Os valores serão custeados pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) em convênio com as prefeituras municipais. No total as duas cidades receberão 16 câmeras – 10 em Tijucas e seis em Navegantes – num investimento de R$ 320.210.88, resultado da parceria entre SSP e as prefeituras municipais. Hoje o Estado trabalha com 860 câmeras de vigilância em operação e outras 416 para serem ativadas até o final deste ano.

 

MÍDIAS DO BRASIL

 

Veículo: Portal G1

Editoria: Geral

Assunto: Comandante da PM diz que ação que acabou com nove mortos foi ‘legítima’

 

 

Comandante da PM diz que ação que acabou com nove mortos foi ‘legítima’

Policiais da Rota fizeram operação em Várzea Paulista nesta terça-feira.

Mortes aconteceram após denúncia sobre suposto ‘tribunal do crime’.

 

O comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Roberval Ferreira França, considerou legítima a ação de policiais militares da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) em que foram mortos nove supostos criminosos em Várzea Paulista, na Grande São Paulo. A operação aconteceu na tarde desta terça-feira (11).

“Todos os indícios atestam uma ação legítima por parte dos policiais. Temos um arsenal de grosso calibre apreendido no local, o que indica a disposição do confronto”, declarou, em entrevista coletiva concedida no quartel do comando da Polícia Militar na Luz, no Centro de São Paulo. Participaram da ação 40 homens da Rota, em 10 veículos, e eles serão alvos de inquéritos na Polícia Judiciária e na própria PM.

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Nove pessoas morrem em operação da Rota em Várzea Paulista, SP

França destacou que, em três pontos distintos na região onde teriam ocorrido os confrontos, também foram presos oito suspeitos.

A ocorrência teve início após uma denúncia anônima por meio de um telefonema ao setor de inteligência da Rota. A informação era a de que seria realizado um “tribunal do crime” em uma chácara localizada na Rua Cambará, em Várzea Paulista. A partir daí, ao menos 10 equipes da Rota foram acionadas e iniciaram as buscas para tentar identificar o local.

“Um homem seria julgado por este tribunal do crime pelo estupro de uma menina de 12 anos. Quem pediu este tribunal foi o próprio irmão da menina. A mãe dela, a menina e o irmão assistiram a todo o ‘julgamento’ até a decisão de que o acusado deveria ser morto. A partir daí, a família foi retirada da sala onde ocorreu o ‘julgamento’”, relatou o comandante da PM.

Segundo ele, ao todo 16 criminosos, além do “julgado”, participaram do tribunal. Os policiais chegaram na chácara por volta das 16h30. “Neste momento, sete deles deixavam o local em dois carros. Ao avistarem a polícia, fugiram em direções opostas. No primeiro confronto, a cerca de 1 km da chácara, dois foram mortos e um foi preso. No segundo confronto, após a perseguição ao segundo carro, foram dois mortos e mais dois presos. E, na chácara, onde ocorreu o terceiro confronto, ficaram nove criminosos, sendo que quatro foram mortos e outros cinco presos”, disse.

O homem que havia sido ‘julgado’ no tribunal do crime foi encontrado morto na chácara, segundo França. “Por isso, não é possível dizer se ele já havia sido morto antes da chegada dos policiais ou se morreu durante o confronto”, ressaltou.

Identificação

Entre presos e mortos, a polícia já identificou ao menos seis dos envolvidos na ocorrência. “Todos os identificados têm uma ampla ficha, com várias passagens e condenações por diferentes crimes. Estamos trabalhando para fazer a investigação dos demais”, destacou o comandante da PM.

França negou que os envolvidos eram integrantes de uma facção criminosa que age a partir dos presídios paulistas. “Todos eles seriam integrantes de uma quadrilha organizada e a chácara teria sido alugada de um candidato a vereador de Várzea Paulista por um breve período como ponto de apoio para reuniões e armazenamento de armas e drogas”, disse.

Na chácara, foram apreendidos uma metralhadora, duas espingardas calibre 12, sete pistolas, quatro revólveres, uma granada, explosivos em quantidade não contabilizada, cinco veículos e ao menos 20 kg de maconha.

A família que presenciou o “tribunal do crime” está sob proteção da polícia e, se solicitar, deverá entrar no programa de proteção à testemunha.

Apesar das nove mortes nos confrontos desta terça-feira, o comandante da PM disse que 2012 é o ano “de menor taxa de letalidade (por parte da polícia) nos últimos 10 anos” em relação a confrontos envolvendo policiais militares no estado. De acordo com ele, de cada 100 mil intervenções com participação de policiais militares, apenas 1,16 resultaram em confronto. “Ocorre um confronto a cada três dias. Para cada morte, 451 pessoas são presas. E 83% dos criminosos saem vivos de confrontos com a polícia”, detalhou.

Em contrapartida, o número de policiais militares mortos em 2012 subiu para 67, contra 48 assassinatos de integrantes da corporação em todo o ano passado. Segundo o comandante da PM, do total de 67 mortes apenas três policiais estavam em serviço.

____________________________________________________________________________Veículo: Portal G1

Editoria: Geral

Assunto:  Ocupação na Favela da Chatuba detém 19 pessoas

 

 

 

Ocupação na Favela da Chatuba detém 19 pessoas

Disque-Denúncia recebeu 155 ligações até final da noite de terça-feira (11).

 

A Polícia Civil deteve até o final da noite desta terça-feira (11) 19 pessoas – dentre elas duas mulheres – e apreendeu um adolescente durante a ação de ocupação da Favela da Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Já o Disque-Denúncia havia recebido, no mesmo período, 155 ligações com pistas que podem ajudar a esclarecer a onda de violência na comunidade. As informações foram encaminhadas à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.

O Disque-Denúncia pede que quem tiver mais informações sobre os responsáveis pelas mortes, ligue para o telefone 2253-1177.  O anonimato é garantido.

No final da tarde, o delegado Júlio da Silva Filho, titular da 53ª DP (Mesquita), disse que nenhum dos presos até as 16h desta terça tem ligação direta com a chacina de seis jovens naquela comunidade. Segundo o delegado, os assassinos dos rapazes ainda estão sendo procurados pela polícia.

Por volta das 19h30, alguns dos presos foram transferidos para o presídio de Água Santa, no subúrbio do Rio.

“As mortes foram cometidas por uma banalização, um desrespeito à vida. Os traficantes se julgavam os donos, os senhores da região, e os jovens teriam ‘invadido’ aquele território”, disse o delegado Júlio da Silva.

A ocupação da Favela da Chatuba começou na madrugada desta terça, numa operação que contou com o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar (BPChq). As tropas foram levadas á comunidade em blindados dos fuzileiros navais.

A ação foi realizada depois que os corpos de seis jovens de uma comunidade próxima foram encontrados, na manhã de segunda-feira (10). A polícia afirma que os criminosos também seriam responsáveis pelas mortes do pastor Alexandre Lima e de um aspirante a PM. Outra vítima, José Aldecir da Silva, está desaparecida.

Relato dos moradores é dramático. A convivência com esses marginais fazia parte da rotina deles. Essa ação é uma reconquista desse território e uma garantia de tranquilidade aos moradores”

 

Dez suspeitos foram presos em flagrante. Três tiveram os nomes divulgados. Ricardo Sales da Silva, de 25 anos, e Monica da Silva Francisco, 20, estavam com 433 papelotes de cocaína e 41 pedras de crack. Um homem identificado apenas como Beto Gorducho estava em uma casa com 50 gramas de cocaína e R$ 15 mil em dinheiro.

Os suspeitos também foram encaminhados para a 53º DP, em Mesquista.

Uma rádio pirata também foi achada na Chatuba. O dono foi levado para a delegacia para prestar esclarecimento.

Cinco acampamentos

Em nota, a polícia diz que foram desmanchados cinco acampamentos dos traficantes, um deles equipado com gerador de alta capacidade e um fuzil de fabricação alemã, adaptado para tiros de longo alcance.

No total, foram encontrados 3 mil cápsulas e 30 papelotes de cocaína, 70 pedras de crack, uma metralhadora calibre 9 milímetros, uma pistola, uma granada, um carregador de pistola, três coldres, um par de coturnos, um cinto, duas mochilas, sete telefones celulares, uma máquina fotográfica, cinco baterias de telefone celular, um cordão, um lampião, uma rede de campanha e R$ 15.084,50 em dinheiro. Um carro roubado também foi recuperado.

Cerca de 250 policiais, entre homens do Bope, do BChoque, do Batalhão com Cães, do Grupamento Aero Marítimo e da Coordenadoria de Inteligência, vasculham a Favela da Chatuba desde 1h15 desta terça.

Segundo o comando, a ação da polícia não tem prazo para acabar.

De acordo com o coronel Frederico Caldas, relações públicas da PM, até as 9h30 da manhã não havia ocorrido nenhum tipo de reação dos bandidos. “A partir dessa ocupação definitiva vai ser instalada uma Companhia Destacada, com efetivo de 112 policiais. É uma resposta imediata aos atos bárbaros que foram cometidos no final de semana”, afirmou.

“O relato dos moradores é dramático. A convivência com esses marginais fazia parte da rotina deles. Essa ação é uma reconquista desse território e uma garantia de tranquilidade aos moradores”, completou Caldas.

Segundo moradores que preferiram não se identificar, a chegada da polícia aconteceu em boa hora. “Moro aqui há 55 anos e a situação estava ficando cada vez pior. Espero que agora as coisas melhorem”, disse uma moradora, ressaltando que tinha receio até de chegar ao portão de casa.

 

Realidade cruel

Segundo o coronel Caldas, as mortes expuseram uma realidade muito cruel que a região era submetida até agora. “Mobilizamos as nossas tropas especiais, pedimos o apoio do Corpo de Fuzileiros Navais, que disponibilizou quatro blindados, que foram fundamentais para a nossa entrada. Nosso objetivo é reestabelecer a ordem e acabar com essa ação tão nefasta desses marginais aqui nessa localidade”, explicou o coronel.

Ainda de acordo com o relações públicas da PM, o setor de inteligência da polícia acredita que os chefes do tráfico da comunidade que teriam ordenado os atos são Juninho Cagão, que seria o líder na região, Foca e Ratinho.

“Esses três certamente devem ter liderado essas execuções”, disse Caldas, afirmando que a polícia já tem a descrição desses três criminosos e a informação de possíveis locais onde eles podem estar escondidos.

Ainda de acordo com Caldas, as informações obtidas através do Disque-Denúncia têm sido fundamentais para essa ocupação.

 

Chacina

Traficantes da Chatuba são suspeitos das mortes de pelo menos oito pessoas no último final de semana. Seis jovens, com idades entre 16 e 19 anos, desapareceram no sábado (8) quando foram tomar banho em uma cachoeira que fica próxima à Favela da Chatuba, em Mesquita, e também ao Campo de Gericinó.

Os corpos de Glauber Siqueira, Victor Hugo Costa e Douglas Ribeiro, de 17 anos, Christian Vieira, de 19 anos, e Josias Searles e Patrick Machado, de 16 anos, foram encontrados na segunda-feira (10) às margens da Via Dutra. Eles estavam lado a lado, enrolados em lençóis, nus, amordaçados e com sinais de facadas e marcas de tiro.

Os corpos foram enterrados no Cemitério de Olinda, também em Nilópolis.

O irmão mais velho de Patrick Machado, um dos seis jovens assassinados, afirmou ao G1 que os adolescentes foram confundidos com traficantes rivais aos da Favela da Chatuba. “Pegaram os garotos pensando que eram ‘os alemão’ (sic) invadindo a Chatuba”.

“A gente foi até a Chatuba desenrolar com o gerente da boca de fumo da favela. Ele disse que os meninos foram confundidos com traficantes”, contou o irmão, que não quis se identificar.

 

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