Clipping do dia 10 de dezembro

 

Clipping do dia 10 de dezembro

 

MÍDIAS DE SANTA CATARINA

 

 

Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Visor

Assuntos: Secretário de Segurança de Fpolis

                    Acesso à BR 101

 

SEGURANÇA

Renato Igor trouxe no Notícias da Manhã, da CBN-Diário, o nome do delegado Rafael de Bona, da PF, como o novo secretário de Segurança da Capital.

 

Desceu quadrado

 A intenção da Polícia Rodoviária certamente é melhorar o caótico trânsito na região, mas o que se viu nos três dias de fechamento do acesso à BR-101 pela marginal entre os Bairros Roçado e Forquilhinhas, em São José, é o que mostra a foto: congestionamentos ainda maiores, como este no final da tarde de sexta. Os comerciantes da região não gostaram. O posto de combustível na altura do Km 206, por exemplo, contabilizou em 72 horas uma queda de 30% no movimento. O risco é de os funcionários ficarem de braços cruzados

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Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Geral

Assunto: Gerais

 

Piloto de jet sky bate em lancha na Lagoa

A Capitania dos Portos registrou um acidente envolvendo um jet sky e uma lancha, na Lagoa da Conceição, Leste da Ilha. O motorista do jet sky estava supostamente alcoolizado, segundo a Capitania. Ele é comerciante e morador da Lagoa, e tinha habilitação para pilotar.

O acidente ocorreu por volta das 21h de sábado, em frente à Marina do Fedoca. O condutor do jet sky bateu contra uma lancha vazia. O comerciante quebrou o braço e o carona sofreu escoriações leves. A Capitania deverá abrir um inquérito.

 

Mulher colide o carro em poste e morre

Por volta das 4h30min de ontem, uma mulher morreu após colidir com um poste na Rua Florianópolis, em Brusque. Daiana Bernardi, 26 anos, conduzia o veículo Honda Biz, com placa de Brusque, quando colidiu contra um poste.

De acordo com a Polícia Militar, a mulher morreu no local do acidente antes que recebesse socorro.

O velório ocorreu na casa da vítima, que residia no Bairro Santa Terezinha.

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Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Reportagem Especial

Assunto: Assassinato em Penha

 

Família destroçada por crime bárbaro

Homem de 38 anos confessa ter matado a mãe, o pai, a irmã e o sobrinho de 10 anos a marteladas enquanto estava sob o efeito de cocaína

O banco de madeira sob uma árvore em frente à casa de número 231 da Rua Tijucas, não servirá mais para o descanso para a dona de casa Carmem Cunha Flores, a Carminha, 69 anos, nos fins de tarde no Bairro Armação, em Penha, no Litoral Norte.

A residência dos Flores, a poucos quilômetros do conhecido Parque Beto Carreiro World, ganhou ares de horror ao se transformar no palco dos assassinatos brutais de quatro pessoas da família na noite de sexta-feira: Carmem, o marido Luiz Nilo Flores, 72 anos; a filha Leopoldina, 41; e Pedro Henrique, um menino sorridente de 10 anos, filho de Leopoldina.

Na fim da tarde de ontem, a Polícia Civil confirmou aquilo que os moradores já desconfiavam, ainda que com incredulidade: Luiz Carlos Flores, 38, um dos 11 filhos do casal, confessou ter matado os quatro a marteladas enquanto estava sob o efeito de cocaína.

Ele chegou a ser detido para depoimento pois havia dado uma versão duvidosa: disse que estava tomando banho enquanto a família era assassinada e não ouviu nada. Ele foi liberado pelo delegado. Luiz Carlos chegou a participar do velório da família. Luiz Carlos, se manteve de cabeça baixa, olhar fixo e isolado dos parentes e amigos.

 

Crime ocorreu por volta das 22h de sexta-feira

Passava das 22h de sexta-feira quando clientes do bar de um dos filhos de Carmem, que fica do outro lado da casa dela, ouviram gritos vindos do terreno da família. Logo em seguida, apareceu Luiz Carlos com as mãos na cabeça.

Segundo um dos homens que estavam no bar na hora, que preferiu não se identificar, ele estava muito ofegante e não parava de dizer que haviam matado o seu pai, a sua irmã e o sobrinho, e que sua mãe estava desaparecida.

Um homem correu à casa dos Flores e se deparou com os corpos de Luiz Nilo, Leopoldina e Pedro Henrique. Instantes depois, a quarta vítima, Carmen, foi localizada numa vala, num terreno há cerca de 100 metros da casa. Ela também estava morta.

 

Somente a irmã seria morta

Das 13h às 15h de ontem, na Delegacia de Balneário Piçarras, uma conversa entre investigador e suspeito solucionava a chacina, segundo a Polícia Civil. Foi quando Luiz Carlos Flores confessou ter matado, a golpes de martelo e marreta, a mãe, o pai, a irmã e o sobrinho. As ferramentas pertenciam à família.

Os indícios encontrados na casa da família Flores, aliados a contradições do primeiro depoimento de Luiz Carlos e a desconfianças dos próprios parentes completaram o quebra-cabeça dos homicídios.

Em meio às perguntas, Luiz Carlos começou a chorar e assumiu a autoria dos crimes, de acordo com o delegado Rodolfo Farah Valente Filho, que cumpre plantão aos fins de semana em Penha.

Aparentemente, diz o delegado, as mortes não foram premeditadas. Luiz Carlos é usuário de cocaína e estaria sob efeito da droga.

 

Luiz está sob proteção para evitar linchamento

Ele contou que pretendia matar apenas a irmã Leopoldina, que na opinião dele, estaria explorando os pais e era superprotegida por eles. Depois, decidiu matar a mãe para que ela não sofresse com a perda.

Ele chamou Carmem para o quintal, onde a matou a golpes de marreta. Entrou na casa e golpeou a irmã com um martelo. Matou também o sobrinho e o pai para não haver testemunhas dos crimes.

Luiz Carlos está sob proteção da Polícia Civil para evitar a revolta dos familiares e da população de Penha. Um mandado de prisão temporária deve ser expedido pela Justiça hoje ou amanhã. Horas antes de confessar os crimes, Luiz Carlos estava sentado próximo ao caixão que abrigava o corpo da irmã, durante o velório.

Apesar das suspeitas em torno dele, confessadas por membros da família, parentes e amigos escolheram chorar a dor em vez de hostilizá-lo.

 

DECLARAÇÕES

 

ROBERTO LUIZ FLORES, filho do casal

“Para quem fez isso que Deus tenha misericórdia. Porque foi coisa do capeta, acabaram com a minha família.”

 

ZILDA, filha do casal

“Onde tu estavas meu Deus? Por que você não pegou um desgraçado desse?”

 

 

Garoto escapou

A tragédia da família Flores poderia ter sido ainda pior. Uma hora antes do crime, outro neto de Carmen e Luiz estava na casa, mas foi embora.

Roberto Luiz Flores, 50, um dos dez filhos do casal, e pai do garoto, conta que chegou em casa por volta das 20h. Às 21h15min, foi surpreendido com a chegada do filho, que estava na casa dos avós brincando com o primo Pedro Henrique.

– Não vai dormir na casa da vó hoje? – perguntou para o menino.

– Não, hoje não – disse o garoto.

Roberto adormeceu e acordou quase uma hora depois com as vozes da multidão na rua. Um amigo bateu na sua janela e deu a pior notícia da vida de Roberto.

 

A matriarca

Carmem Cunha Flores, 69 anos, era uma pacata dona de casa. Há alguns anos, se tornou evangélica e, desde então, vivia na igreja. Chegava a ter calos nos joelhos de tanto orar, contou uma filha, aos prantos, enquanto cobrava explicações de Deus pela morte da mãe tão devota.

No velório, no sábado, vez ou outra, era possível ver alguns dos nove filhos debruçados sobre o caixão e beijando ou abraçando o retrato que mostrava a mãe sorridente durante a comunhão do neto.

 

Chef do barco

Luiz Nilo Flores, 72 anos, passou boa parte da vida vislumbrando o horizonte do mar. Era no meio do Oceano Atlântico que permanecia até dois meses, cozinhando para os pescadores do barco. Criou 11 filhos e não tinha inimizade com ninguém.

Aposentado há três anos, Luiz estava aproveitando a permanência em terra para se dedicar à família. Mas continuava trabalhando em um hotel a poucos metros de casa. Era tranquilo, humilde e simples, como conta o primo Evaldo de Melo, 41.

 

Amor por livro

Pedro Henrique Flores, 10, era um menino muito carismático, que chamava a atenção pela alegria constante e pela inteligência, encorajada por um de seus principais gostos, a leitura. Adorava música e costumava dançar. Também cedia aos encantos do videogame.

Em novembro, o garoto venceu o concurso Soletrando de Penha, e como recompensa, passou um dia de diversão no Beto Carrero World. Na noite de sexta, ele estava fazendo uma caixinha de Natal para presentear a mãe.

 

A mãe coruja

Leopoldina Carmem Flores, 41 anos, viu a sua vida mudar há 10 anos com o nascimento de Pedro Henrique. Solteira, descobriu a maternidade e a viveu com plenitude. Há um mês, havia começado a trabalhar em uma empresa de Navegantes.

O novo emprego trouxe também um novo hábito, o de acordar cedo. Antes, trabalhava em um quiosque do Parque Beto Carrero. Religiosa, morava com os pais, o filho e um dos 10 irmãos. Era conhecida como Preta pelos amigos.

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Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Segurança

Assunto: Penitenciária

 

Perícias confirmam agressões

Parte das lesões ocorreu em 9 de novembro, mas Deap diz que nada da anormal houve naquele dia

A maioria dos 29 laudos de suspeita de maus-tratos na Penitenciária de São Pedro de Alcântara apontou lesões nos presos provocadas entre 7 e 9 de novembro. A primeira data coincide com uma suposta tentativa de motim, mas a outra não tem explicação, até o momento.

O delegado Rodolfo Serafim Cabral vai ouvir os agentes prisionais que trabalharam neste dias e o ex-diretor da unidade prisional, Carlos Alves. Ele disse que os ferimentos encontrados pelos peritos do Instituto Geral de Perícias foram provocados por disparos de balas de borracha e Taser (arma que emite descargas elétricas).

As datas das lesões são cruciais para definir se houve maus-tratos na penitenciária. O Departamento de Administração Prisional (Deap) confirmou o uso da força em 7 de novembro para controlar um princípio de rebelião. A Polícia Civil encaminhou 72 presos para fazer exame de corpo de delito e informou que o dia de surgimento dos ferimentos pode sustentar ou derrubar a versão.

 

A secretária da Justiça e Cidadania, Ada de Luca, afirmou que também não tem conhecimento de qualquer situação fora da rotina em 9 de novembro, e acrescentou que vai conversar sobre o assunto hoje com o Deap.

O diretor do departamento, Leandro Lima, viajava ontem. Foi deixado recado com o segurança dele, mas não houve retorno à reportagem.

Apesar da divergência nas datas, Cabral ressaltou que é precoce falar que houve maus-tratos sem ouvir os funcionários da penitenciária, receber o restante dos laudos e a imagens do pátio da unidade prisional.

Os 72 presos já prestaram depoimento. O inquérito policial tem prioridade e a expectativa é terminá-lo em 15 dias. As lesões ocorreram na semana em que o ex-diretor do presídio voltou a trabalhar depois do assassinato da mulher, Deise Alves.

 

Ex-diretor da unidade diz que houve autoflagelação

Carlos Alves disse que em 7 de novembro foi usada a força para controlar uma tentativa de rebelião. Garantiu que a ação foi legal e baseada em técnicas de contenção. Sobre 9 de novembro, afirmou que não ocorreu nada fora do normal e aposta em autoflagelação. Ele ressaltou que o Ministério Público apareceu na cadeia uma semana depois e houve tempo para os presos armarem a situação.

O ex-diretor da penitenciária também reclamou da atuação dos Direitos Humanos. Lembrou que a mulher foi assassinada em 26 de outubro e, até hoje, não recebeu a visita de nenhuma entidade. Acrescentou que a sogra tem 68 anos, está bastante abalada, e não contou com oferta de apoio.

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Veículo: Diário Catarinense

Editoria: Segurança

Assunto: Crime devido a racismo terá pena maior

 

Crime devido a racismo terá pena maior

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou o anteprojeto que atualiza o Código Penal Brasileiro. Entre as mudanças propostas pelo relator, deputado Alessandro Molon (PT-RJ), está a tipificação como homicídio qualificado o cometido por motivação de qualquer tipo de preconceito, como de raça, cor, etnia, orientação sexual e identidade de gênero.

A proposta segue agora para Mesa da Casa a fim de ser numerado e iniciar a tramitação. De acordo com o anteprojeto, o assassinato de pessoas em razão de atividade de defesa de direitos humanos, de agentes públicos, como policiais, e de jornalistas que tenham divulgado crime ou ato de improbidade administrativa será considerado homicídio qualificado com pena de 12 a 30 anos de prisão.

Segundo a proposta, que precisará ser aprovada pela Câmara e pelo Senado e depois sancionada para virar lei, a pena para peculato crime cometido por funcionário público passará de dois a 12 anos de reclusão e multa, para três a 12 anos e multa.

O relator da proposta inseriu o peculato privilegiado e qualificado. O primeiro, abre a possibilidade de diminuição de um terço a dois terços da pena nos casos em que o servidor público for primário e se o bem ou valor desviado for de pequena monta e restituído, com reparação completa do dano, até o recebimento da denúncia, por iniciativa do servidor.

O peculato qualificado prevê o aumento da pena para quatro a 15 anos de prisão mais multa nas hipóteses em que o crime ocasionar elevado prejuízo ao patrimônio público, envolver desvio ou apropriação significativa de valores ou de bens relacionados a serviços de saúde, educação, previdência, assistência social e segurança pública.

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Veículo: Diário Catarinense

Editoria:  Segurança

Assunto: Crimes e ocorrências

 

Caixa eletrônico do BB é arrombado

Um caixa eletrônico do Banco do Brasil foi arrombado na manhã de sábado, em São Francisco do Sul, litoral Norte do Estado. O vigilante percebeu os danos feitos no equipamento e chamou a polícia, por volta das 7h30min. Somente um dos caixas da agência, na Avenida Santa Catarina, foi aberto. Os criminosos abriram o terminal com maçarico e levaram o dinheiro.

 

Três homens são baleados em São José

Três homens foram baleados na madrugada de domingo no Bairro Horto Florestal, no bairro Forquilhas, em São José. O crime ocorreu por volta das 3h45min. Um dos baleados, Enori Ribeiro dos Santos Júnior, 19 anos, morreu no hospital, por volta das 6h. Os outros dois estão internados no Hospital Regional de São José, em observação.

 

Homem de 22 anos é encontrado morto

Um homem foi encontrado morto na Fazenda Santo Antônio, em São José, na noite de sábado. A Polícia Militar afirma que a vítima foi morta por disparo de arma de fogo. Policiais da Delegacia de Homicídios foram acionados. Ainda não há suspeitos de quem praticou o crime. Segundo o Instituto Médico Legal, a vítima foi identificada como José Rodrigo Travascki, 22 anos.

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Veículo: Notícias do Dia

Editoria:  Geral

Assunto: Presos falam de trás para a frente para confundir agentes prisionais

 

Presos falam de trás para a frente para confundir agentes prisionais

Uma carta assinada como “Socram” (Marcos) revelou o código utilizado pelos detentos atrás das grades

Um bilhete apaixonado e enrolado numa trouxinha de maconha arremessada por um preso regalia do Presídio Masculino para o pátio do Feminino, assinado por “Socram”, revelou a nova linguagem no complexo prisional da Capital. A bolinha de papel foi recolhida e levada à administração do presídio. Depois de quebrar a cabeça, o diretor descobriu que “Socram” significa Marcos, escrito de trás para frente.

A moda pegou, e detentos que se destacam dos demais adotaram a tática nos apelidos. Rudnei do Prado, no posto de “primeiro ministério” de uma facção criminosa foi batizado de “Derru”. Para o apelido ficar mais chique ele acrescentou um “e” e um “erre”. A pronúncia faz lembrar a banda de rock britânica The Who.

A partir desta descoberta, os agentes tiveram que ficar ligados na comunicação e nos rabiscos apreendido nas celas insalubres do complexo. Presos ociosos gastam o tempo treinando a linguagem e se comunicando num vocabulário hermético que só eles entendem. As ordens de facções aos integrantes na rua também são kiptografadas, dificultando a compreensão da polícia.

Neste mundo cheio de enigma, a massa carcerária inventa e reinventa meios de comunicação entre eles. A tradução de “dogali an gafu” é fácil de descobrir que significa ligado na fuga, mas quando a frase é longa e articulada com rapidez os agentes não entendem nada.

De acordo com um veterano agente que revelou os nuances do mundo dos detentos, na década de 90 alguns presos se comunicavam por Libras (Linguagem Brasileira de Sinais) destinada à comunidade surda. “Quem trouxe Libras para a Penitenciária da Capital foi Amarildo, que matou por enforcamento um menino em Itajaí”, contou o agente, que há 30 anos lida com detentos.

A linguagem não conquistou a massa carcerária e ficou esquecida pelo tempo. Então, os presos reinventaram outros meios de comunicação inteligível para a segurança pública, mas muito mais prática para eles.

 

Denilson manda na Ala Sul da Penitenciária

Diferente do que se imagina os chefes de facções não cometem sequer uma transgressão que infringem as regras do presídio. Eles são astutos, atenciosos com a direção, falam apenas “sim senhor, pois não senhor” e caminham cabisbaixos sem demonstrar a liderança sobre os demais. Eles apenas dão ordens.

O agente veterano deu um exemplo. “Na Ala Sul da Penitenciária da Capital quem manda é Denílson, condenado por tráfico de drogas”. Se por acaso cair ali um integrante de facção rival, Denílson manda recado para o diretor por meio de um preso. Não é necessário ter musculatura para ser chefão. Basta ser inteligente.

Como na cadeia não circula dinheiro, os acertos ali dentro são contabilizadoS lá fora pela família. Uma cama quentinha tem um preço. Um baseado custa quatro vezes mais do que se fosse comprado na rua. Tudo isto é acertado com os familiares. E quando a conta não é paga alguém vai morrer.

 

Assim é o mundo dos presos, onde as regras dentro da prisão são totalmente diferentes da sociedade organizada.

 

Olho por olho, dente por dente

No cotidiano dos presídios, prevalece a lei de talião: olho por olho, dente por dente. É a semelhança entre o mal causado a alguém e o castigo imposto a quem o causou: Se chega um preso que matou o parente de um detento ou estuprou uma criança não dá para segurar. “É lamentoso, mas o cara vai morrer”, contou um agente aposentado que administrou por 24 anos o presídio de Florianópolis.

Ele lembrou que nos anos 90 um homem sequestrou uma criança em Palhoça, levando-a para um matagal onde a violentou e matou. Quando o acusado chegou ao presídio teve apenas algumas horas de vida. Amanheceu morto.

Houve tempo em que os estupradores eram obrigados a passar batom nos lábios, colocar dois limões simulando seios e desfilar no pátio, no meio de um corredor polonês. “As agressões só cessavam quando o carcereiro flagrava a pancadaria”, conta o agente. Caso a agressão não fosse flagrada, a vítima se recusava a admitir que foi espancada. Dizia caiu da escada. Ela sabe que se acusar alguém o castigo pode ser ainda pior.

Para evitar a propagação da truculência, administradores criaram em 2000 a cela do seguro e a da triagem. A triagem é destinada para quem está chegando. O preso fica ali pelo menos até uma semana para se acostumar com o ambiente, depois vai para o convívio. A cela do seguro é destinada para os casos de Maria da Penha (violência doméstica) e estupradores.

O agente aposentado disse que a cadeia tem que ser administrada com habilidade, sem agressão. “É uma moeda de troca. Concede-se uma regalia e supre-se outra. Por exemplo: Retira-se a televisão da cela e aumenta-se em uma hora o horário de pátio”.

 

A linguagem dos presos

 

Boi – bacio

Jacaré – serra

Tereza – corda feita de lençol

Marroco – pão

Moca – café

Aderência – Confusão

Tá ligado – Estar pôr dentro

Zica – Encrenca

Farinha, cristal, pó – Cocaína

Fumo ou feijão – Maconha

Talarico – Preso que se torna amante da mulher de outro preso

Cafofo – Esconderijo

Steve – Policial

Porão – Cadeia

Chiquita – Cheque furtado

Tô na galera – Na prisão

Tô na Disney – To na condicional

Fita – Assalto

A chapa tá quente – Corra que a polícia vem aí

Fura latão, macaca – Metralhadora

Quadrada – Pistola

Passar o cerol – Matar, executar

Tranca dura – sem direito a sol

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Veículo: Notícias do Dia

Editoria:  Hélio Costa

Assunto: Caixeiros

 

Caixeiros atacam em prédios públicos

Depois que a polícia passou a fazer rondas bancárias, os caixeiros direcionaram os ataques para outros locais mais vulneráveis

 

 

Caixeiros

Com a chegada do Natal a circulação de dinheiro aumenta, caixas eletrônicos são abastecidos com regularidade, e isto atrai bandidos. As rondas bancárias feitas pelas Polícias Militar e Civil espantaram os caixeiros que agiam nas agências, mas não evitou ataques a outros locais menos protegidos. Agora os alvos são os autoatendimentos em prédios públicos, onde os vigilantes não trabalham armados. Nos dois últimos dias, ladrões invadiram o Instituto de Previdência, em Florianópolis, amarraram dois funcionários, mas não tiveram habilidade para roubar. Na noite seguinte foi a vez da Secretaria da Saúde ser atacada. Seis assaltantes amarraram o vigilante e com um maçarico cortaram o caixa eletrônico e levaram todo o dinheiro. Nas duas repartições está sendo estudada a possibilidade de retirar os equipamentos. Desde o início do ano, até sexta-feira, foram registrados 303 furtos e assaltos desta modalidade no Estado.

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Veículo: Notícias do Dia

Editoria:  Paulo Alceu

Assunto: Superpopulação carcerária

 

Interessante

Um dos problemas que agravam a violência está também na superpopulação carcerária. A construção de novos presídios não é o suficiente para atenuar a situação, que se arava. Criada em junho deste ano e funcionando desde setembro a Central de Penas e Medidas Alternativas. Modelo reconhecido pela ONU. Neste período ultrapassou os mil atendimentos. A imensa maioria, com penas de até quatro anos, deixou de ingressar no sistema penitenciário. Consequência disso tudo: redução da população carcerária. A pena alternativa mantém o autor de infração próximo da família e da sua comunidade, acompanhado der psicólogos e assistentes sociais. Do TJ vem o local de instalação. Do Ministério Publico, o mobiliário e da Secretaria de Justiça, o pessoal.

 

 

MÍDIAS DO BRASIL

 

 

Veículo: Folha Online

Editoria:  Geral

Assunto: Número de mulheres assassinadas por mês no Brasil salta de 113 para 372

 

 

Número de mulheres assassinadas por mês no Brasil salta de 113 para 372

MULHERES EM RISCO

O número de mulheres assassinadas a cada mês no Brasil saltou de 113 para 372 em 30 anos. Os índices foram levantados pelo IAB (Instituto Avante Brasil) a partir de dados do Datasus, do Ministério da Saúde.

 

A CADA DUAS HORAS

No início da década de 1980, uma mulher era assassinada a cada 6h28m28s no país. A escalada da violência fez com que o intervalo diminuísse.

Hoje, a cada 1h57m43s, há uma vítima de homicídio nesta parcela da população.

 

DELITÔMETRO

O IAB, criado pelo jurista Luiz Flávio Gomes, idealizou um “delitômetro” que apura em tempo real o número de homicídios de mulheres no país. O cronômetro está disponível no site da entidade, junto com outro índice que faz o cálculo de mortes no trânsito e assassinatos em geral.

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Veículo: Folha Online

Editoria:  Geral

Assunto: Ônibus queimados foram retaliação de traficantes, diz delegado-geral

 

 

Ônibus queimados foram retaliação de traficantes, diz delegado-geral

 

O incêndio a dois ônibuis na madrugada de ontem na zona norte de São Paulo, que ocorreram três horas depois um jovem ser morto e outro ficar ferido numa ação policial na região, foi apontada como uma retaliação pela Polícia Civil.

“Quando vimos, o fogo estava no teto”, diz motorista

PMs são presos por morte de jovem; crime seria causa de ataques

Polícia detém sete suspeitos de queimar ônibus

O delegado-geral, Maurício Blazeck, disse que o jovem morto na ação da PM, tinha passagem por tráfico.

“Em razão disso, houve um protesto por parte de traficantes locais, que incendiaram os ônibus”, disse Blazeck.

Maicon Rodrigues, 17, e o amigo dele Waltherney da Silva foram baleados na rua Basílio Alves Morango, no Jardim Brasil, por volta da 1h30.

A primeira versão dos policiais militares sobre a morte do adolescente era que os jovens estavam num Passat e teriam reagido a uma abordagem, sendo baleados. Maicon Rodrigues morreu no hospital. Silva segue internado.

No fim da tarde, policiais do DHPP concluíram que Maicon foi assassinado. Segundo testemunhas, ele e o outro jovem baleado, após serem abordados pela PM, desceram do carro com as mãos para cima.

A adolescente L., 16, namorada dele, disse à Folha que o jovem não andava armado. “Esses PMs são vermes. Mataram ele sem ele fazer nada”, afirmou.

Seis policiais militares –três soldados, um cabo, um sargento e um tenente– da Força Tática foram presos. Os nomes não foram revelados.

“Se ficar comprovado que participaram da morte do rapaz, eles [PMs] serão processados criminalmente além de serem expulsos”, diz a nota.

 

ATAQUES

Dois passageiros morreram carbonizados durante o primeiro ataque, no Jardim Brasil, por volta das 4h30. Jovens armados teriam determinado que o motorista do ônibus da viação Sambaíba, que fazia o trajeto Jardim Brasil-Praça do Correio, parasse na praça Erotides de Campos.

Ele e o cobrador pediram que todos descessem quando o bando ateou fogo ao veículo. Dois homens não conseguiram descer e morreram queimados, Um deles estaria dormindo na hora. Às 11h, outro veículo foi incendiado na rua Capitão Alcoock. Ninguém se feriu.

Sobre a morte dos passageiros do ônibus, o delegado-geral afirmou que antes de o bando jogar gasolina no veículo, houve depredação.

“Mas foi tudo muito rápido. Eles usaram gasolina e o fogo se propagou. Os dois passageiros não tiveram tempo de sair”, afirmou.

PMs que chegaram ao local foram atacados com pedras. Moradores disseram que a PM revidou com bombas de efeito moral.

Por causa das mortes dos passageiros, Blazeck se reuniu ontem com policiais do 73º DP (Jaçanã) e do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) para identificar os incendiários.

Pelo menos seis pessoas foram detidas sob suspeita de participar do crime. Três delas apresentavam queimaduras no corpo. Um sétimo suspeito foi identificado por participar do segundo incêndio.

Neste ano, ocorreram 46 ataques a ônibus em meio a um período de confrontos entre PMs e o crime organizado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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