Clipping do dia 28 de julho

CLIPPING
28 de Julho 2011
 
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
 
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Visor
Assuntos: Reunião Adepol com TJSC
                   Central de Penas Alternativas
 
UNIFICAÇÃO
Integrantes da Associação dos Delegados de Polícia Civil de Santa Catarina (Adepol) marcaram para amanhã às 11h, e não para a tarde de ontem, uma reunião com o presidente e o corregedor do Tribunal de Justiça (TJSC). Na pauta, a “crise” envolvendo a Polícia Cívil e a Militar. Pelo número de visitas e debates marcados nos últimos dias, o clima pode melhorar entre os comandos.
 
BONDE DA CPA
Ameaçada de despejo em suas sedes da Capital e São José, a Central de Penas Alternativas (CPA) pode ter todos os seus serviços inviabilizados já na próxima semana. O Executivo reluta em renovar convênio com o governo federal, responsável pelo repasse dos recursos que bancam as locações e os salários da equipe multidisciplinar que lá trabalha. Deste modo, de uma hora para outra, o sistema prisional da Grande Florianópolis – já flagelado pela superlotação – terá que arrumar vagas para mais 550 apenados que hoje cumprem medidas alternativas longe das grades, a partir do trabalho da Central.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Obra que previne enchente em Joinville
Comunidade de Joinville questiona obra da União
Moradores dizem que projeto de colocação de tubulação foi alterado, o que reduziria vazão de água
Moradores de ruas próximas à Rodovia do Arroz, no Bairro Vila Nova, em Joinville, querem garantias do Departamento de Infraestrutura do Estado (Deinfra) contra enchentes. Ontem, um grupo se reuniu às margens da SC-413 para protestar contra a colocação de tubos no km 16.
A obra começou na última segunda-feira, mas moradores dizem que seria insuficiente contra alagamentos. A manifestação foi pacífica e não atrapalhou o trânsito. O grupo promete procurar o Ministério Público ainda esta semana.
Segundo uma integrante da Associação de Moradores do Rua 15, Maria Bebacher, a insatisfação é por causa de alterações no projeto. Após as enchentes de janeiro, a prefeitura teria apresentado a construção de uma galeria de dois metros de diâmetro. Quando o Deinfra assumiu, segundo os moradores, teria optado por duas fileiras de tubos de 1,5 metro.
– Queremos que o Deinfra assine alguma declaração garantindo que essa obra vai resolver o problema, porque somos contra – afirma Maria.
No início deste ano, a comunidade já havia protestado na mesma rodovia para reclamar da construção de um condomínio em um arrozal, o que, segundo eles, teria dificultado a vazão da água na região.
O superintendente do Deinfra, Eduardo Regua, disse que não há como garantir que as enchentes no local vão acabar porque não dependem de uma galeria ou de tubos.
– Mesmo com eles, há rios que enchem e represam a água – diz.
Ele também argumenta que a colocação de tubos não terá vazão menor do que a de uma galeria.
– Não é preciso fazer conta para ver que dois tubos de um metro e meio, com mais o tubo de um metro que já existe no local, terá mais vazão do que uma galeria de dois metros de largura. Os tubos também evitam que tenhamos de erguer a rodovia, já que a galeria não ficaria no mesmo nível – afirma.
O engenheiro afirma ainda que o cálculo de vazão foi feito com base em projeto de drenagem da área às margens da rodovia enviado pela prefeitura e foi explicado desde o começo aos moradores.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Sinte espera negociação
Sinte espera negociação
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) aguarda a formação de um grupo de estudo para seguir a negociação da categoria com o governo do Estado.
Ontem, em Chapecó, a coordenadora estadual do Sinte, Alvete Bedin informou que aguarda ofício da Secretaria de Educação para a formação da comissão paritária.
– Esperamos realizar a primeira reunião no início de agosto – afirmou Alvete.
De acordo com ela, o grupo de estudo vai tratar de alguns pontos da pauta que não foram atendidos, como recuperação da tabela salarial e regência de classe. A categoria reclama que houve uma vitória na implantação do piso de R$ 1.187. Mas, em compensação, o governo teria achatado a tabela salarial de professores com curso superior.
Alvete ressaltou o compromisso do governo de conceder o reajuste anual da categoria em janeiro, que, segundo ela, seria de 20% a 22%.
Apesar de algumas divergências ocorridas no final da greve, a coordenadora considerou positiva o balanço da paralisação de dois meses.
– Foi a maior mobilização da história e conseguimos a implantação do piso – disse ela.
A coordenadora afirmou que as aulas serão recuperadas com calendário até 30 de dezembro, mas respeitando a autonomia de cada escola.
Alvete lembrou que a categoria continua em estado de greve para verificar se o governo do Estado vai cumprir o prometido, mantendo o canal de negociação.
 
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Adolescentes fogem do CIP
Adolescentes fogem do CIP
Dois adolescentes fugiram do Centro de Internação Provisória de Blumenau ontem à tarde. Segundo a Polícia Militar, a fuga ocorreu depois do horário do café, por volta das 16h, quando o agente de segurança estaria fechando a cela. Os adolescentes teriam forçado a porta e os dois jovens escaparam.
A PM foi chamada e recapturou, pouco depois, um dos rapazes, de 17 anos, que estava há seis meses no centro, num matagal próximo ao CIP. Ele cumpre medida socioeducativa por homicídio. O outro interno, que estava há dois meses no local, está foragido.
O coordenador da instituição, João Carlos Auersvaldt, disse que a expectativa é de que o menino seja recapturado em dois ou três dias.
Com capacidade para 25 adolescentes, atualmente o CIP tem 20 adolescentes internados. O tempo máximo de internação é de três anos, com avaliações semestrais.– Os menores aproveitaram um momento de distração, enquanto os agentes serviam o café para fugir. Não foi uma falha da segurança, foi apenas uma brecha – justificou o coordenador Auersvaldt.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Desmanche de carros
Três foram liberados e cinco seguem foragidos
Esquema trazia veículos do RJ para SC. Donos dos veículos aplicavam golpes em suas seguradoras
A polícia segue em busca de envolvidos no esquema que simulava furtos de carros no Rio de Janeiro e os trazia para desmanches em SC. Há pelo menos cinco pessoas foragidas.
Uma delas é o chefe da suposta quadrilha, que é do RJ. Ele era o responsável por pegar os carros no Rio de Janeiro e transportá-los até SC, onde estavam os receptadores.
Dos 10 presos na segunda-feira, três já foram liberados, por colaborarem com a polícia. Entre os sete que seguem detidos, quatro têm prisão preventiva decretada: Marcos Antônio Massignani, Ezidoro Antonio Funez, João Batista Wronski e Sérgio Willian Wronski. O DC não teve acesso a eles nem a seus advogados.
Cerca de R$ 1 milhão por mês era movimentados por uma quadrilha que simulada os furtos e trazia os carros para desmanches em SC. O cálculo é da Divisão de Investigação Criminal da Polícia Civil, responsável pela investigação em São Miguel do Oeste, Maravilha, Pinhalzinho e Urussanga.
Os presos eram transportadores e empresários do ramo de autopeças, especialmente do Oeste de SC.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Agressão em supermecado
 
Quadrilha atuava há pelo menos quatro anos
De acordo com o delegado da Polícia Civil Albert Silveira, a quadrilha atuava há pelo menos quatro anos. Ele estima que em média 25 a 30 veículos por mês eram encaminhados para Santa Catarina. Além do desmanche há indício de adulteração do chassi de veículos. A denúncia da fraude partiu de seguradoras do Rio de Janeiro no início do ano.
A Polícia Civil de São Miguel do Oeste relacionou o caso com uma apreensão de cerca de 200 motores sem procedência, em 2009, no interior do município. Um dos detidos é o mesmo empresário do ramo de autopeças que havia sido preso há dois anos. A polícia está ouvindo os detidos.
Eles podem ser indiciados por crimes de estelionato, formação de quadrilha e receptação. As penas podem chegar a 11 anos de reclusão, segundo o delegado.
A Polícia Civil está apurando ainda se a quadrilha operava também em outras cidades e indícios de sonegação fiscal.
 
Dez suspeitos de agressão
Uma mulher está acusando funcionários do Supermercado Xande, na Capital, de agressão. Ela e o filho teriam sido vítimas, depois de abandonarem o carrinho durante as compras. A gerência confirma um incidente, mas nega que tenha havido agressão.
Segundo Vera Lúcia Lima, há cerca de dez dias ela foi com o filho, o marido e o cunhado ao estabelecimento. Depois de já ter colocado alguns itens no carrinho, resolveu deixar as compras e refazê-las em outro supermercado. Neste momento, ela teria sido questionada por um vigilante.
– Na saída, eu fui abordada por um funcionário do supermercado, que foi muito mal educado, perguntando se eu estava acostumada a fazer isso em todos os supermercados que eu frequentava, se eu achava bonito aquilo.
Vera ainda teria pedido para falar com o gerente, mas não foi atendida.
– O gerente se escondeu também, se omitiu da situação. Nisso ele (o vigilante) já começou a ser mais grosseiro e chamar para a briga eu e o meu filho – disse.
O filho de Vera também procurou o gerente. Tocou um interfone e tentou entrar na sala. Desceu, e foi novamente advertido por um funcionário
– Disse que não era mais para eu aparecer ali – contou à RBS TV.
No pátio em frente ao supermercado, a confusão continuou. Mãe e filho foram cercados por aproximadamente 10 funcionários munidos de vassouras e cassetetes.
– Um funcionário me agrediu no pescoço. Meu filho foi agredido com cassetete nas costas, com arranhões também, porque eram muitos atrás para nos pegar.
Logo em seguida, a polícia chegou. O delegado Egídio Klauck disse que o Ministério Público deve propor uma transação, que pode ir de pagamento às vítimas a serviços comunitários.
 
 
Contraponto
O que diz a gerência
Em nota, a gerência do supermercado reconhece a confusão dentro do estabelecimento, mas se reserva o direito de responder sobre o ocorrido somente na Justiça. No texto, o representante do estabelecimento ressalta que o cliente é seu maior patrimônio e que, por isso, a política da empresa é de que todos sejam bem tratados.
O vigilante que teria cometido a agressão não foi encontrado. A polícia foi comunicada que as câmeras de segurança não estariam funcionando.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Crimes e ocorrências
 
Mulher é flagrada em financeira
Idair Brum da costa, 41 anos, foi presa ontem em um escritório de empréstimos consignados em Palhoça, na Grande Florianópolis. Ela estava com uma identidade, comprovante de residência e rendimento do INSS falsos. Ela pretendia fazer um empréstimo de R$ 9 mil. A suspeita apresentou documentos de uma idosa, que desconfiava do uso indevido de seus dados. Na casa da suspeita, a polícia encontrou 15 carteiras de identidade falsas e comprovantes de rendimentos em nomes de outras pessoas.
 
Pedras no vidro e assalto na BR-101
O motorista Amauri Edson Ribeiro, 31 anos, passava pela BR-101, sentido Curitiba, quando foi atingido por uma pedra, por volta das 21h da última terça-feira. Com o para-brisa do caminhão Volvo 280 quebrado, ele parou o veículo para verificar os danos, em Araquari, no Norte do Estado, quando foi abordado por três homens armados. Os ladrões levaram o caminhão, com placas de Arroio Trinta, no Oeste do Estado, carregado de leite, e abandonaram Amauri em Garuva, ontem de manhã.
 
Corpo é encontrado com marcas de faca
Um homem de 27 anos foi encontrado morto na madrugada de ontem em Jaraguá do Sul. Rosemiro José Eichinger teria sido morto com facadas na região do tórax e no pescoço. O corpo dele foi localizado por volta das 3h30min pela Polícia Militar no Bairro Rau. Ao lado do corpo, havia uma faca, que supostamente teria sido usada no crime. Depois de localizar a vítima, os policiais fizeram rondas na região, mas não localizaram alguém suspeito.
 
Ladrão “pescava” roupas e joias
Um ladrão foi preso em flagrante, na madrugada de ontem, por “pescar” objetos de vitrinAs de lojas em Tijucas, na Grande Florianópolis. Quando a Polícia Militar fazia ronda pelo Centro, viu o bandido furtando joias. Para pegar os objetos, o homem usava pedaço de madeira para abrir frestas nas portas da fachada e, com uma arame, trazia o material. Foram pelo menos quatro furtos em menos de um mês, três na mesma loja. Por causa do modo de agir, a Polícia Militar apelidou o ladrão de “Pescador” e estava à caça dele há algumas semanas.
 
DVDs pirata, cigarros e caça-níqueis
Máquinas caça-níqueis, 70 carteiras de cigarro contrabandeadas e 300 DVDs falsificados foram apreendidos, ontem, em Criciúma.
 
A ação foi em dois estabelecimentos comerciais. Em um bar, o dono foi identificado e responderá Termo Circunstanciado por exploração de jogos de azar. Os cigarros foram levados à PF, para apurar o possível contrabando.
Em uma rua do mesmo bairro, foi encontrada uma locadora de DVDs piratas, que eram alugadas por R$ 1 cada. O dono do local vai responder por violação do direito autoral.
 
Três assaltos em noite de terror no Sul
Quatro homens provocaram uma noite de pânico entre os municípios de Cocal do Sul e Morro da Fumaça, no Sul de Santa Catarina, na noite de terça-feira. Eles roubaram dois carros e invadiram uma residência.
Segundo a Polícia Militar em Cocal do Sul, por volta de 23h, os criminosos armados renderam o motorista de um Golf e levaram o carro e o dinheiro da vítima.
Ao perceberam que o veículo operava com rastreador, abandonaram o carro num posto em Morro da Fumaça, onde pararam um Celta, agrediram o motorista e levaram o veículo. Em Morro da Fumaça, invadiram a casa de um idoso de 78 anos. Além de eletrodomésticos e dinheiro, roubaram o carro da vítima.
 
Policial baleado já deixou o hospital
Recebeu alta ontem o policial que foi baleado durante uma tentativa de assalto nesta terça-feira, na Comunidade Chico Mendes, em Florianópolis. O agente foi atingido no braço e de raspão no rosto, mas passa bem. Segundo informações da Polícia Militar, uma investigação vai apurar as circunstâncias do caso e se o policial estava trabalhando como segurança para terceiros no momento do crime. De acordo com a legislação, o policial militar deve ter dedicação exclusiva ao cargo. Durante a ação, dois bandidos em uma motocicleta teriam participado da ação. Mesmo ferido, o policial conseguiu dirigir até o Hospital Regional de São José.
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Veículo: A Notícia
Editoria: Segurança
Assunto: Lojistas e PM de Jaraguá do Sul unem forças preocupados com a segurança
Lojistas e PM de Jaraguá do Sul unem forças preocupados com a segurança
Entidades querem promover uma segurança preventiva na comunidade
Com o objetivo de diminuir o índice de assalto ao comércio de Jaraguá do Sul, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e a Polícia Militar unem forças para combater as ações de assaltantes e promover uma segurança preventiva na comunidade.
Para isso, uma primeira discussão foi feita nesta, durante a plenária da CDL. O major Gildo Martins de Andrade Filho falou sobre os principais projetos da PM e mostrou números das ocorrências registradas na cidade.
Os principais delitos cometidos contra o comércio são os furtos e assaltos, que estão enquadrados nos crimes e contravenções. Em 2009, foram registrados pela Central Regional de Emergência (CRE), 2.269 ocorrências desse tipo, no ano passado o número caiu para 1.982 atendimentos, mas esse ano voltou a crescer e já conta com 2.120.
Segundo o major, o principal motivo para a queda das ocorrências de 2009 para 2010 foi a lei que proíbe o consumo de bebidas alcóolicas nas ruas, que diminuiu em 19% as ocorrências nos último ano, mas o aumento nos crimes e contravenções desse ano é justificado pelo major pela falta de efetivo na cidade.
Uma das apostas da polícia é a base operacional móvel, mas que só funcionará assim que os dez policias prometidos para a região cheguem em setembro.
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Veículo: Notícias do Dia
Editoria:  Hélio Costa
Assunto: Guerrilha urbana
 
Só não enxerga a guerrilha urbana travada na Capital quem não quer
Enquantos bandidos aterrorizam a população e desafiam até a PM,os responsáveis pela segurança discutem “b.o.” e não planejam operações
Guerrilha Urbana
Só não enxerga a guerrilha urbana que está sendo travada na Capital quem não quer: PMs subindo morro e trocando tiro com bandidos; assaltantes roubam moto no Centro e praticam uma série de assaltos na cidade; PM assaltado quando saia de casa lotérica, reage e trava tiroteio com criminosos. Ele acerta um, mas sai, levemente, ferido por dois tiros de raspão; quadrilha violenta age no Norte da Ilha em mais de quatro ocorrências neste mês; população da Costa Oeste da Ilha grita contra a violência…. Enquanto tudo isso acontece, os responsáveis pela segurança discutem boletim de ocorrência – quem vai gerar o b.o: a PM ou a PC – e esquecem do planejamento para a Segurança Pública. Cadê o as operações policiais para prender bandidos e capturar foragidos? Ainda faltam recapturar 27 dos 73 foragidos da Central de Triagem da Trindade. Resultados positivos sobre Segurança Pública ainda não aconteceram nestes sete meses de governo.
 
 
MÍDIAS DO BRASIL
 
 
Veículo: Correio Braziliense
Editoria: Polícia
Assunto: Polícia mata uma pessoa no Brasil a cada cinco horas
 
Polícia mata uma pessoa no Brasil a cada cinco horas
 
A cada cinco horas, uma pessoa é morta no Brasil pela polícia. São 141 assassinatos por mês ou 1.693 ao ano. O dado, resultado de cruzamento feito pelo Correio a partir das estatísticas de mortalidade por força policial do Ministério da Saúde e das ocorrências registradas nas secretarias de Segurança Pública do Rio de Janeiro e São Paulo, refere-se a 2009. De 2010 para cá, a violência não cessou. Pelo menos 1.791 pessoas já perderam a vida pelas mãos dos homens fardados. Um deles foi Juan Morais, de 11 anos, executado em 20 de junho a tiros de fuzil disparados por policiais militares na favela Danon, Nova Iguaçu, conforme mostraram as investigações da Polícia Civil do Rio. Os assassinatos cometidos pela polícia seguem a lógica da violência em geral: 70% dos mortos são jovens de 15 a 29 anos. Entre os 5 e 14 anos, a faixa etária de Juan, foram 28 mortos, de 2006 a 2009.
“Não fosse a pressão das entidades de direitos humanos, da Assembléia Legislativa do Rio e da imprensa, Juan seria eternamente um desaparecido, como tantos outros”, afirma Sandra Carvalho, diretora da Justiça Global, organização não governamental que faz pesquisas nacionais sobre violência policial. Para ela, o caso do menino é emblemático porque mostra artimanhas utilizadas pela polícia para matar impunemente. “Uma é o chamado ‘auto de resistência’ ou ‘mortes em confronto’, como as corporações costumam registrar todas as mortes provocadas por eles. A outra maneira de acobertar parte das execuções é exatamente ocultando o cadáver”, diz.
No ano passado, no Rio, foram registradas 545 mortes por força policial, o maior número no país. No ano anterior, foram 495 — 116 a menos que os 611 registrados em 2008. O número de desaparecidos naquele estado varia de 4,6 mil e 5,4 mil por ano. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública fluminense ressaltou que, desde 2007, 947 policiais militares e civis foram expulsos da corporação — a maior parte por crime de homicídio — e houve queda de 22% nos autos de resistência. As autoridades de São Paulo, que junto com o Rio respondem por praticamente 80% dos assassinatos cometidos por policiais no Brasil que chegam aos registros oficiais, informou que nos últimos dois anos 30 policiais civis foram punidos por mortes em confronto. Já a PM paulista afirma que houve redução das mortes em confronto. Em 2010, os óbitos representaram 17% do total de intervenções, 6% a menos que no ano anterior.
Há dificuldade em mapear as mortes. As únicas informações oficiais disponíveis no Brasil são do Ministério da Saúde com base no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Divergem, no entanto, dos números da segurança pública estadual e são prejudicadas por subnotificações. O Distrito Federal, por exemplo, registrou apenas três mortes por intervenção letal desde 2004. O número é o mesmo de Goiás, onde investigações da Polícia Federal identificaram a ação de um grupo policial de extermínio no estado. Em Minas Gerais, o SUS registra 24 mortos entre 2004 e 2009. Porém, estudos da Secretaria de Defesa Social do estado mostram que, somente em 2007, 74 pessoas foram mortas em conflitos com a polícia mineira.
 
Forças de paz
Especialistas da área de segurança pública sustentam que a violência policial no Brasil é reflexo da ineficiência do processo de transição. “As forças policiais têm uma missão insubstituível para o funcionamento do sistema democrático”, afirma Juan Faroppa, consultor da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Faroppa ressaltou a existência de policias militares no Brasil como resquício do regime militar, ao contrário de outros países. A letalidade da polícia brasileira também assusta.
“É preciso uma reforma transformando forças de segurança em forças de paz”, disse ele durante o Congresso Internacional de Justiça de Transição, em Brasília, no início do mês. Ele destaca medidas como profissionalização da polícia, independência da organização e despartidarização. “O processo de desmilitarização tem de ter estrutura hierárquica, o sistema disciplinar e os direitos humanos.”
 
 Pesquisa
O levantamento feito pelo Correio Braziliense levou em consideração os dados de óbitos por intervenção legal do Ministério da Saúde e os autos de resistência das secretarias de segurança pública do Rio de Janeiro e de São Paulo. Para evitar a duplicidade de mortos, foram excluídos os registros do SUS dos dois estados.

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