Clipping do dia 25 de abril

CLIPPING
25 Abril 2011
 
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
 
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Visor
Assuntos: Farra do boi
                   Delegacia especializada na busca de crianças desaparecidas
 
DEBOCHE À LEI
Leitor que passou pelo município de Governador Celso Ramos ontem manda estas duas fotos. Apenas mais um comprovação do que todo mundo sabe: a farra do boi acontece livre, leve e solta na cidade. No prédio da prefeitura (foto no detalhe), um tapume foi colocado para proteger a entrada. O que não impediu a quebradeira dos vidros. Quem vai pagar o conserto? Os farristas ou o caixa da prefeitura?
Na segunda imagem, uma provocação explícita. A faixa da “nação gancheira”, em alusão à localidade de Ganchos, maior reduto dos farristas, convida para a festa do boi. Um verdadeiro deboche em se tratando de uma atividade proibida. Todo o ano é a mesma coisa: as autoridades fingem que o problema não existe, e a polícia, que não vê. Até a próxima Quaresma…
 
DESAPARECIDOS
A criação de uma delegacia especializada na busca de crianças desaparecidas é lei estadual. Publicada no Diário Oficial do Estado em fevereiro de 2008, a medida legal ainda não sequer saiu do papel.
O vereador César Faria (DEM), de Floripa, encaminhou requerimento ao governador Raimundo Colombo solicitando o cumprimento da lei.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Farra do boi
 
Farra sem boi
Com forte presença da elite da Polícia Militar, os poucos animais que apareceram foram logo resgatados. Mas os milhares de farristas que estavam em Governador Celso Ramos não pararam. Foram noite adentro com som alto, bebida, algumas brigas e muito desrespeito às leis de trânsito. Foi o que constatou uma equipe do DC, que ficou três dias e três noites na cidade com a maior incidência de farra em SC
No meio da multidão que abarrotara a avenida do Canal, a principal do Bairro Ganchos, em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, alguém rasga o potente som do carro.
Um pagode fica audível a dezenas de metros de distância. Antes do término da música, cerca de 20 “homens da lei” cercam o veículo e obrigam o dono a baixar o volume. Começa um bate-boca, que se transforma em chutes e soco.
– Tem que respeitar, caramba. A lei aqui é a nossa – esbraveja um gancheiro, como os nativos se autodenominam.
Esse foi apenas uma das cenas que uma equipe do Diário Catarinense flagrou nos três dias em que viveu na comunidade. Os repórteres passaram especialmente as madrugadas acompanhando a movimentação das milhares de pessoas que passavam pelo local. As imagens foram captadas com uma câmera escondida. Mesmo fotografias com máquinas amadoras eram rapidamente repreendidas pelos próprios farristas.
Este ano, os responsáveis pela farra do boi no principal reduto da prática ilegal em Santa Catarina deram nome ao grupo fomentador da festa, a Nação Gancheira. Para tentar diminuir a imagem negativa da farra e resgatar o apoio da comunidade, a nação impôs duas regras, estampadas em enormes faixas nas duas entradas da avenida do Canal: Após a 1h, é proibido o uso de motos com escapamento aberto e som automotivo.
De acordo com o aviso, quem descumprir as regras será punido a pedradas. O aviso foi retirado da faixa na sexta-feira.
E o boi na farra? Pela primeira vez em décadas, a polícia conseguiu sufocar a prática em Governador Celso Ramos. A madrugada de sexta-feira, o dia “D” para os farristas, passou em branco em Ganchos. De hora em hora, circulava a informação de que ocorreria uma soltura. “Cadê o boi?” ouvia-se em cada grupo reunido. “A polícia está em cima”, alguém respondia.
Entre a noite de quinta-feira e a madrugada de domingo da Semana Santa, a festa seguiu a vontade dos farristas, muitos visivelmente embriagados. O Uno branco tocando sertanejo recebeu chutes por causa do som nem tão alto assim. O homem dirigindo uma moto modelo cross, com escapamento de fábrica um pouco mais barulhento, levou tapas no capacete.
Para coibir a farra, o comando geral da PM enviou a força máxima da segurança ostensiva de Santa Catarina, o Batalhão de Operação Especiais (Bope) e a Tropa de Choque. Sob vaias e ouvindo berros vociferando “porcos”, os comboios da PM cruzavam bairros da cidade para intimidar os farristas, mas nenhuma viatura ficou nos locais movimentados para manter a ordem.
– Um policial tem que ter coragem para ficar por aqui. Faz muito tempo que não deixam um no período de farras – disse uma moradora.
Sem fiscalização, centenas de motociclistas aproveitaram para se exibir sem capacete, andar com quatro pessoas no veículo, beber enquanto pilotavam, fazer manobras, empinar, e dar o controle da moto a adolescentes.
Bares e mercados que deveriam funcionar só até a 1h, segundo lei municipal, vararam a madrugada abertos. Quando o comboio da Polícia Militar passava novamente,os donos dos estabelecimentos corriam para fechar o comércio. E Reabriam minutos depois.
 
Polícia cuida só do bicho
A Polícia Militar montou uma força-tarefa para combater a farra do boi na região. Cerca de 40 homens, entre eles equipes do Bope e da Tropa de Choque, trabalharam na operação que começou na quinta-feira e termina às 8h desta segunda-feira. Laçadores profissionais e caminhões foram contratados para complementar a operação.
Ao menos em Governador Celso Ramos, o animal foi a única preocupação da polícia. Todo o resto parece ter passado em branco.
Nas duas ocorrências registradas na cidade, uma em Areias de Baixo e outra na Armação da Piedade, seis viaturas deslocaram-se para proteger o boi. Policiais e farristas entraram em confronto na Armação, por volta de 1h de sexta-feira. Os dois animais foram recolhidos pela Companhia Integrada Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
Desde o início do a Polícia Militar registrou 108 ocorrências de farra do boi em SC. Florianópolis (64), Governador Celso Ramos (21) e Itapema (8) lideram o número de casos. Em 2010, a PM contabilizou 82 flagrantes. De acordo com polícia, até agora 13 pessoas foram detidas na Capital e nenhuma em Governador Celso Ramos.
 
Em DVD, filmes de outros anos
Quem participa da farra do boi pode levar de lembrança um DVD com as imagens do crime ambiental. Na Avenida do Canal, em Ganchos do Meio, uma das mais movimentadas da cidade, um barzinho vende por R$ 10 as gravações, feitas em outros anos. Um DVD, que foi comprado pela reportagem do DC, tem cenas de 2008. São quase 30 minutos. Boa parte mostra os maus tratos aos animais.
Em noite de farra, muitos se reúnem em frente ao local para assistir aos vídeos em uma televisão à beira da calçada. As imagens são feitas com câmeras amadoras, e os vendedores dos DVDs também negociam material de terceiros. Sobre o risco de filmar em meio à multidão na hora da soltura do boi, o responsável pelo comércio disse que basta dizer para quem está sendo feito o serviço que não há o que temer.
Além da farra do boi no município, o material mostra touradas na Espanha para questionar a legalidade deste e a ilegalidade daquele. Como a maioria dos compradores é turista, o DVD explica aos telespectadores que a farra do boi é uma tradição antiga.
O espaço é improvisado, e o anúncio dos produtos à venda é feito com uma faixa colocada na entrada. Em vez de capas de plástico, uma embalagem de papel envolve o disco, e a identificação do material é feito à caneta.
No local, a TV fica ligada durante toda a madrugada, e a programação exibida representa mais do que uma forma de ganhar dinheiro. Dezenas de pessoas se aglomeram e encaram o momento como uma celebração. Em cada cena, fica explícito o orgulho dos farristas, que vibram sempre que o animal avança sobre a população. Um dos donos do negócio fica sentado na frente do estabelecimento, em cadeiras de plástico e, quando solicitado pelos clientes, faz a troca do DVD. Durante a exibição do conteúdo, ele comenta que algumas imagens foram feitas na rua do Prefeito, na Praia da Armação.
Dentro da loja, um estreito corredor leva a uma mesa de sinuca, colocada no centro de uma sala e uma porta de madeira antiga, onde há uma parede com caimento, usada para urinar. No espaço, dois notebooks e centenas de DVDs para serem gravados revelam o estúdio amador. O outro homem responsável pelo comércio confirma que ali o material é editado e, posteriormente, colocado no disco para ser vendido.
No bar ao lado, camisetas que exaltam a prática também são comercializadas. Ao custo de R$ 20, a peça, feita de poliéster, traz inscrições que tratam a farra do boi como uma brincadeira baseada na tradição, e não como um crime.
 
Comércio apaga as luzes quando a polícia passa
O movimento só para quando é avistada uma viatura da Tropa de Choque da PM que desceu o morro de Palmas em direção a Ganchos do Meio. Por conta do decreto do prefeito, que limita o funcionamento de bares até a 1h e proíbe o comércio ambulante, além de som automotivo nas ruas e o estacionamento de carros na via principal, a agitação é grande. Na madrugada de sexta para sábado, o horário limite já havia sido ultrapassado e os comerciantes correram para apagar as luzes e fechar as portas. Após os policiais passarem, tudo recomeçou e logo as pessoas se reuniram em frente à televisão, na espera pelo boi que, nas noites de quarta, quinta e sexta-feira, não passou por ali.
 
A origem
– A farra do boi faz parte da cultura popular de Santa Catarina e teria sido trazida ao Brasil por açorianos há mais de 200 anos. A prática, que em 1998 foi considerada ilegal, geralmente acontece no Litoral, em comunidades de pescadores e tem um significado religioso.
– No período da Páscoa, a atividade faz referência à Paixão de Cristo, onde o boi faria o papel de Judas. Outros entendem que o animal simboliza satanás e pela tortura do diabo, as pessoas se livrariam de seus pecados.
Por que é ilegal
Segundo o Supremo Tribunal Federal (1997)
O Acórdão 153.531-8 considera a farra do boi uma crueldade com os animais, ofensiva ao inciso VII do artigo 225 da Constituição Federal e proíbe sua realização, ainda que sem violência e dentro dos mangueirões, sob pena de responsabilização de seus agentes.
Segundo a Lei dos Crimes Ambientais (1998)
É crime contra a fauna praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Pena: detenção de três meses a um ano e multa. A pena é aumentada de 1/6 a 1/3 se ocorrer a morte do animal.
Segundo a Constituição Federal
O artigo 225 diz que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Parágrafo 1º – Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: … proteger a fauna e a flora vedadas, na forma da lei, as práticas que possam colocar em risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou que acabem por submeter os animais à crueldade.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Moacir Pereira
Assunto: Segurança pública
 
Sensação de politização
A eleitoralização das políticas de segurança pública tem sido pauta permanente em Santa Catarina nos últimos anos. A ponto de, nas eleições do ano passado, dois candidatos ao governo, Raimundo Colombo (DEM) e Angela Amin (PP), terem feito a promessa explícita de que indicariam um nome técnico para dirigir a Secretaria de Segurança Pública. A outra candidata viável, Ideli Salvatti (PT), esquivou-se da promessa, mas disse que se indicasse um político, ele precisaria ter comprovada experiência.
Eleito governador, Colombo cumpriu a promessa, escolhendo o promotor de Justiça César Grubba para tocar a pasta. Também tirou do papel, com a minirreforma administrativa, a ideia de desmembrar segurança pública e sistema prisional. Voltamos ao que se tinha antes do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), responsável por fundir, em 2003, as pastas de Segurança Pública e de Justiça e Cidadania.
Deu a Secretaria de Justiça à deputada estadual Ada de Luca (PMDB), indicando que, talvez, a politização é que tenha sido desmembrada. Certo é que a escolha de Grubba foi um alento após um período em que deputados com projetos políticos tocaram a segurança no Estado. Mesmo que ele não tenha conseguido emplacar todos os nomes que quis em alguns postos-chaves, como o comando da Polícia Civil.
Acontece que, como diz o ditado, “cachorro picado por cobra tem medo de linguiça”. Ao ver que dos 202 policiais civis que serão distribuídos pelo Estado, apenas um vai dar expediente em Blumenau, terceira maior população do Estado, a reação da cidade foi imediata. O sentimento foi perfeitamente traduzido pela capa do Jornal de Santa Catarina de terça-feira, ao desenhar 201 bonequinhos pretos e um vermelho – o delegado destinado à cidade. O presidente da Associação Empresarial de Blumenau, Ronaldo Baumgarten Jr., assinou um duro texto sobre a sensação de que mudaram os nomes, mas a velha política continua rondando a segurança. Queixa-se de que em vez de política de segurança existe um “mapa político da segurança”, responsável por distorções na distribuição de efetivo policial nos últimos anos.
 
NÚMEROS EM DEBATE
Curiosamente, uma audiência pública da Assembleia Legislativa discute hoje, em Blumenau, a segurança pública. O secretário Grubba terá a chance de explicar esse e outros pontos que afligem os blumenauenses. Até porque o número de civis foi apenas o primeiro teste prático da despolitização da segurança. Colombo já anunciou que pretende contratar 1,5 mil policiais militares ainda este ano. É bom que os critérios de distribuição sejam discutidos antes do fato consumado.
A justificativa oficial da Secretaria de Segurança para destinar apenas um dos 202 novos civis para a Blumenau foi dada ainda na terça-feira: foram escolhidas as regiões que apresentam maior defasagem de número de policiais.
Se for para repetir o discurso e prometer mais atenção na próxima distribuição, Grubba vai frustrar mais uma vez os já frustrados cidadãos de Blumenau. Da mesma forma que, em audiência pública similar realizada em 2009, os joinvilenses tiveram que ouvir do ex-secretário e hoje deputado federal Ronaldo Benedet (PMDB) que os números da violência em Joinville ainda não justificavam cuidados especiais, ao serem comparados com os de outras regiões.
Se Grubba der resposta similar aos blumenauenses, de pouco adiantará ser ter sido uma indicação técnica. A secretaria costuma usar números para dizer que, em alguns casos, existe mais “sensação de insegurança” do que registros policiais. Talvez haja um novo dado para a pasta monitorar a partir de agora na hora de anunciar aumento de efetivo ou de estrutura: sensação de politização.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Política
Assunto: Futuro de Colombo no DEM
 
DEM faz nova tentativa para segurar governador
Para convencer demista a ficar na sigla, vice-líder deve dizer que é necessário “respeitar o eleitor”
O DEM faz mais uma tentativa para manter o governador Raimundo Colombo no partido. Chega hoje a Florianópolis o deputado federal Onyx Lorenzoni, vice-líder do DEM na Câmara. É a terceira visita de líderes demistas a Colombo desde as primeiras especulações sobre a saída do governador.
A crise demista vem sendo tratada em praça pública há meses, mas a luz vermelha acendeu com a defesa pública, feita pelo governador, de fusão do DEM com o PSDB e, caso isso não aconteça, a entrada no PSD de Gilberto Kassab. Para o DEM, a perda de um governado pode significar um fim ainda mais rápido.
Na véspera da nova operação emergencial, por telefone, Lorenzoni afirmou concordar com a tese de Colombo de que o partido precisa se reciclar, construir um discurso capaz de dar eco na sociedade.
E disse que a conversa de hoje com o governador, na Capital catarinense, deve girar em torno da consolidação das propostas da sigla e na ajuda do governador para encontrar o melhor projeto político.
– Colombo tem tudo para ser a liderança de uma nova oposição e para ser o líder dos novos projetos do DEM – destaca o parlamentar.
Onyx pretende falar a Colombo que, antes de se pensar em uma fusão, condição imposta pelo governador para sua permanência no partido, é necessário “respeitar o eleitor”.
– A oposição precisa ter um projeto para encantar e convencer a sociedade. A principal oposição – entendida por ele como DEM, PSDB e PPS –, representa um espectro que deve ser mantido. Certamente tem de haver um caminho comum entre os três partidos, mas não se pode misturar as coisas – destacou.
Lorenzoni sustentou que é preciso levar em conta que o eleitor de Colombo confiou nos princípios, valores e estratégias específicos do DEM ao elegê-lo em 2010. Uma fusão com o PSDB, segundo o raciocínio dele, seria desrespeitar isso e desrespeitar quem apostou no fortalecimento da oposição, elegendo o governador.
– Colombo foi eleito por aqueles que não concordam com o PT. Não se pode, então, enfraquecer os componentes de cada sigla opositora.
O deputado federal gaúcho critica o partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab:
– Um partido que não tem posição é uma via para o nada. O PSD é isso. Não é de direita nem de esquerda nem de centro. E é governista, apoia o PT. Já o PT apoia o PSD porque ele vem fragilizando a oposição. Para mim, fragilizar a oposição é antidemocrático. Democracia é alternância de poder e não a permanência de uma situação por 20 anos – criticou.
 
Marcação sobre o PSDB
À beira do esfacelamento, o DEM se debate nos bastidores políticos para convencer a cúpula tucana a avalizar a fusão entre os dois partidos. Acuados, líderes democratas aproveitaram a convivência de quatro dias com cardeais do PSDB na Ilha de Comandatuba (BA) para dar um ultimato aos aliados.
Nos intervalos de atividades esportivas, coquetéis e seminários promovidos pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais – em um resort luxuoso da Bahia, parte das forças remanescentes do DEM procurou insistentemente conquistar o apoio dos governadores de São Paulo, Geraldo Alckmin, e de Minas, Antonio Anastasia, para a operação.
Em uma tentativa de sensibilizar os tucanos, a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Rosado (DEM), chegou a defender a extinção sumária do DEM caso os tucanos posterguem uma decisão. A medida liberaria os demistas a migrar para outras legendas sem o risco de perder seus mandatos.
Apesar da pressão, Alckmin e Anastasia evitaram se comprometer com a estratégia desesperada dos aliados. Temerosos de se contagiar com imagem desgastada do DEM e de alguns de seus líderes, os tucanos optaram por empurrar o debate com a barriga até que seja encontrada uma saída diplomática para a crise.
– A fusão é uma hipótese, no entanto, não vejo razão para correria. É um tema que precisa ser muito bem debatido – afirmou Alckmin.
Vendo sua legenda sangrar com as crescentes baixas provocadas pelas investidas do PSD sobre as fileiras do DEM, o secretário do Desenvolvimento Sustentável de Santa Catarina, Paulo Bornhausen, repetia que a fusão é a única forma de conter a debandada. Na última semana, Raimundo Colombo, um dos dois governadores do DEM, sinalizou que está de partida para o PSD de Kassab.
– Estamos em uma encruzilhada. Não temos mais tempo a perder– enfatizou Bornhausen.
 
“Não é fácil ser oposição”
ENTREVISTA Geraldo Alckmin, Governador de São Paulo
Governador do Estado mais rico do país, o tucano Geraldo Alckmin aproveitou a convivência de três dias na Ilha de Comandatuba com alguns dos principais expoentes da iniciativa privada para fortalecer sua aspiração de se transformar em porta-voz da oposição.
 
Diário Catarinense – Como o senhor avalia o momento do PSDB?
Geraldo Alckmin – O partido saiu bem das eleições. José Serra foi para o segundo turno, elegemos oito governadores. Não é fácil ser oposição no Brasil, mas necessário. É muito importante ter partidos preparados para a alternância no poder. Temos de perseverar e fazer um bom trabalho onde somos governo. Onde somos oposicionistas, temos de fazer uma oposição séria e responsável.
 
DC – O partido ficou atordoado depois da derrota presidencial. Há uma crise no PSDB?
Alckmin – Isso é normal no processo democrático. Você ganha e perde. Quando ganha, tem de ter humildade e quando perde, altivez.
 
DC – O senhor concorda com o ex-presidente Fernando Henrique, que defende que o PSDB não deve se preocupar em atrair o povão, mas sim as novas classes médias?
Alckmin – Temos de investir em todas as classes sociais. O importante é ter um projeto para o Brasil.
 
DC – O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, diz que o DEM e a oposição perderam o discurso e só sabem falar em CPMF. O senhor concorda?
Alckmin – Não vou fazer comentários sobre outro partido.
 
DC – O novo partido de Kassab virou uma ameaça para o PSDB?
Alckmin – Não. Faz parte da liberdade política abrir partidos.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Posto da PM em Biguaçu é alvo de tiros
 
Posto da PM é alvo de tiros
Dois homens em uma motocicleta dispararam quatro tiros contra o posto da Polícia Militar, no início da noite de ontem, no Bairro Bom Viver, em Biguaçu.
O cabo Júlio César da Silva estava sozinho no local no momento do ataque, por volta de 19h, e levou um susto com o barulho. Os disparos atingiram a parede do prédio, logo abaixo da janela. Ninguém ficou ferido.
A investigação da PM, feita até o momento, aponta ligação do fato com a apreensão de uma moto, realizada horas antes no bairro. Segundo informações dos agentes, uma viatura fazia rondas de rotina na região quando abordou um homem que trafegava no veículo depenado, sem placas, sem retrovisor e sem pisca. Ao perceber a proximidade da polícia, o suspeito abandonou a moto e fugiu a pé. Em seguida, um telefonema anônimo ao posto ameaçou o cabo que estava de plantão:
– A voz do outro lado alertava sobre uma represália, dizia que ia haver troco por causa da apreensão da moto – conta Júlio.
Policiais realizaram rondas pelas proximidades do posto ao longo da noite, mas ninguém foi localizado. Já existem suspeitos do crime.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Posto da PM é atacado no bairro Ingleses, em Florianópolis
 
Posto da Polícia Militar é atacado no bairro Ingleses, em Florianópolis
Este foi o sexto ataque registrado, somente em abril, na Grande Florianópolis
 
Um posto da Polícia Militar no bairro Ingleses, no Norte da Ilha, foi alvo de um ataque na noite deste Domingo. Por volta das 23h, um motociclista teria passado e atirado contra o local. Segundo a PM, pelo menos um tiro de calibre 9 mm atingiu o posto.
Logo após o atentado, guarnições da PM fizeram rondas pelo bairro procurando motocicletas com as mesmas características da usada pelo atirador. As buscas devem continuar nesta segunda-feira. O local foi periciado e a 8ª Delegacia de Polícia, também nos Ingleses, ficará responsável pelas investigações.
 
Seis ataques em um mês
Só em abril foram registrados seis ataques contra prédios públicos na Grande Florianópolis. Também neste domingo, dois homens em uma motocicleta dispararam quatro tiros contra o posto da Polícia Militar no Bairro Bom Viver, em Biguaçu.
No dia primeiro, uma bomba caseira explodiu na base operacional Polícia Militar, em Coqueiros, área continental. Dois dias depois, foi a vez da base de Canavieiras ser alvo de tiros. Por volta da 1h30min, seis disparos atingiram o local. Testemunhas disseram que os tiros teriam partido de uma motocicleta ocupada por um casal.
Na madrugada do dia 18, os policias da 4ª Delegacia de Polícia de Coqueiros foram surpreendidos por oito tiros contra o prédio. No dia 20, uma bomba caseira foi jogada no pátio do Cadeião do Estreito, em Florianópolis. O artefato só não explodiu por um problema no mecanismo de acionamento.
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa do Cidadão anunciou uma reação. Na quarta-feira, dia 20, criou uma força-tarefa para repressão aos ataques e aos incêndios criminosos.
 
Autoridades já sabiam dos ataques
A cúpula da segurança catarinense sabia com cinco dias de antecedência que o Primeiro Grupo Catarinense (PGC) havia ordenado um ataque contra cadeias de Santa Catarina na terça-feira, 19 de abril.
A informação chegou no dia seguinte a Secretaria de Segurança Pública por meio do relatório interno 092/2011. O tratamento foi diferente e a comunicação dos possíveis alvos imediata.
O delegado geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D\’Ávila, disse que todas as delegacias do Estado foram avisadas. Ele afirmou que foram montadas duas equipes na Grande Florianópolis para responder a eventuais atentados. Acrescentou que até o momento não há informações apontando a possibilidade ataques às demais regiões do Estado
 
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Crimes e ocorrências
 
Imagens do circuito interno podem ajudar
Imagens do circuito interno podem ajudar a polícia a esclarecer a morte de um bebê, encontrado em uma lixeira de supermercado em Joinville, na semana passada.
Como ninguém sabe dizer há quanto tempo o bebê estava no banheiro antes de ser encontrado, por volta das 15h de quarta-feira, a polícia precisa assistir às filmagens desde o momento em que o supermercado abriu.
 
Posto atacado pela segunda vez em oito dias
Um posto de gasolina foi assaltado, ontem à noite, às margens da BR-101, no Bairro Serraria, em São José. Um homem teria entrado na loja de conveniências e anunciado o assalto à funcionária que estava no caixa. Em seguida, fugiu em um Palio vermelho, onde um casal o aguardava. O assaltante levou cerca de R$ 150 em dinheiro e chocolates. Esta é a segunda vez que o estabelecimento é assaltado em oito dias.
 
Duas tentativas frustradas
Arrombadores de caixas eletrônicos voltaram a atacar em Santa Catarina. Uma quadrilha realizou dois ataques a agências bancárias, ontem, em São José, na Grande Florianópolis.
As tentativas acabaram frustradas e os ladrões não conseguiram levar dinheiro. A primeira ação foi às 6h30min, na agência do Banco Santander, na Avenida Presidente Kennedy, no Bairro Campinas.
O segundo ataque ocorreu por volta das 13h na agência do Banco do Brasil, no Bairro Bela Vista. Os ladrões estavam num Gol branco. Ao tentar abrir o caixa eletrônico com o maçarico, eles acabaram incendiando o equipamento e usaram um extintor de incêndio para apagar o fogo.
Um vizinho percebeu algo estranho e chamou a polícia. Os criminosos fugiram sem conseguir abri-lo. No local, deixaram as ferramentas.
 
BLOGS
 
Cláudio Prisco
 
Colombo no centro dos acontecimentos
O feriado da Semana Santa e da Páscoa, normalmente tranquilo na área política, acabou ganhando contornos de efervescência com a declaração do governador Raimundo Colombo de que assinará ficha de filiação no PSD do prefeito Gilberto Kassab (PSD) se o DEM e o PSDB não sacramentarem a fusão, no curtíssimo prazo.
Colombo concedeu entrevista ao jornalista Josias de Souza, no final da tarde de quarta-feira, e à noite já estava embarcando para Lages, onde permaneceu recluso em seu sítio na Coxilha Rica, local fora do alcance do celular e sem telefonia fixa. Como em outras situações, desaparece para observar a repercussão, só depois dando o ar de sua graça.
Essa última semana de abril promete ser rica em articulações aqui no Estado e também no plano nacional, tendo Raimundo Colombo como figura central. O DEM sabe que vai para o espaço se o governador bater em retirada com todo o seu grupo político, que inclui três deputados federais, sete estaduais, mais de 40 prefeitos e cerca de 300 vereadores.
O presidente Agripino Maia já comentou com o ex-senador Jorge Bornhausen que pretende conversar com Colombo nos próximos dias. A postura assumida pelo governador poderia remover resistências internas contrárias à aglutinação com os tucanos. O que não é possível saber se o posicionamento do catarinense será capaz de sensibilizar também as lideranças do PSDB.
A fusão dos dois principais partidos de oposição no Brasil seria a única forma de preservar a combatividade de liberais e tucanos em relação ao PT e sua consistente e ampliada base de sustentação política e parlamentar. Individualmente, o PSD tem tudo para ser maior que o PSDB e o DEM. E parcialmente atrelado ao Palácio do Planalto.
 
MÍDIAS DO BRASIL
 
Veículo: Folha Online
Editoria: Brasil
Assunto:  Diretor da Associação Nacional de Armas diz que plebiscito é “golpe”
 
Diretor da Associação Nacional de Armas diz que plebiscito é “golpe”
Em meio ao ressurgimento dos apelos por maior controle de armas após o massacre de Realengo (RJ), a indústria de armamentos e munições reagiu com dureza à proposta de um novo plebiscito no país.
“Isso é um golpe na democracia porque há menos de cinco anos essa mesma pergunta foi feita à população e não houve dúvidas na resposta”, disse Salésio Nuhs, diretor institucional da Aniam (Associação Nacional de Armas e Munições).
A Aniam reúne a Taurus e a CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), as duas maiores companhias do setor no país. Juntas, elas faturam cerca de R$ 800 milhões.
A indústria de armas refuta a vinculação da chacina na escola Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, onde 12 crianças foram mortas, ao comércio legal no país.
Segundo o diretor da Aniam, o atirador Wellington Menezes de Oliveira, 23, não conseguiria comprar os dois revólveres que usou na matança pelas vias legais porque, além de não ter a idade mínima (25 anos), teria de passar por teste psicológico. Ele culpa o governo por não reprimir o mercado negro.
O setor também rejeita a hipótese levantada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) de um acordo para que as vendas se restrinjam ao poder público. Na prática, a negociação tem como objetivo banir a possibilidade de pessoas físicas comprarem armas e munições no comércio.
“Não é a indústria que pode tirar esse direito do cidadão”, disse Nuhs.
 
BANCADA
Como se trata de um setor bastante sensível a eventuais mudanças na legislação acerca de restrição de uso e venda, a indústria de armas aposta alto na eleição de congressistas.
Levantamento feito pela Folha mostra que Anian, CBC e empresas ligadas ao Grupo Taurus doaram R$ 2,4 milhões diretamente para candidatos nas eleições do ano passado.
Em 2010, essas doações ajudaram a eleger três senadores e 27 deputados federais –o que dá à “bancada da bala” um peso maior do que a representação de 21 Estados e do Distrito Federal, isoladamente.
Na Câmara, o maior beneficiário do setor foi o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), com R$ 250 mil.
Indagado sobre a estratégia política que orienta o financiamento de candidatos pelas indústrias de armas, o diretor da Aniam diz que as doações foram legais e que o setor, a exemplo de outros ramos da economia, considera necessário ser representado no Congresso.
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Veículo: Agência Estado
Editoria: Geral
Assunto: Assassinato de ambientalistas no Paraná
 
 
 
 
Polícia investiga assassinato de ambientalistas no Paraná
A polícia trabalha com a hipótese de latrocínio ou vingança, mas não descarta a possibilidade de crime ambiental
 
Cinco homens foram assassinados na noite dessa sexta-feira (22) num loteamento de chácaras na cidade de Piraquara, região metropolitana de Curitiba (PR). Entre os mortos estão o ex-secretário municipal de Meio Ambiente de Pinhais, Jorge Roberto Carvalho Grando, e seu irmão, Antônio Luis Carvalho Grando. A polícia realiza buscas por dois suspeitos.
Segundo o superintendente da delegacia de Piraquara, Marco Aurélio Furtado, a polícia trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) ou vingança, mas não descarta a possibilidade de crime ambiental. Grando era ligado à uma ONG de preservação do leito do rio Iguaçu, e integrava a Associação Paranaense de Preservação Ambiental do Rio Iguaçu e Serra do Mar (APPAM).
Segundo o delegado, Grando implementava no local do crime um condomínio ecologicamente correto, com construções sustentáveis, e vendia lotes de terrenos no condomínio, o que poderia ter atraído os criminosos em busca de dinheiro. “Tudo leva a crer em latrocínio, pela forma como as vítimas foram executadas”, disse Furtado. Ele acrescentou que os crimes podem estar relacionados ao reconhecimento dos assaltantes, que seriam pessoas do círculo de amizade das vítimas.
As outras vítimas são o empresário Gilmar Reinert, o agente penitenciário Valdir Lopes e Albino Silva. A Polícia Militar foi acionada a 1h14 da madrugada deste sábado, pela esposa de Albino, que encontrou as vítimas com as mãos amarradas para trás com fios de energia elétrica, alvejadas na nuca, no lado de fora da residência. A polícia suspeita que três ou quatro pessoas cometeram o crime, pela forma como as vítimas foram rendidas. No local, foram encontradas munições de calibres 380, 45 e 40.
 

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