Clipping do dia 22 de julho

CLIPPING
22 de Julho 2011
 
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
 
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Visor
Assunto: Automóveis irregulares
 
ENQUANTO ISSO
Técnicos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) estimam que cerca de 30% dos automóveis em circulação no Estado estão irregulares. O problema é que não há mais espaço físico para apreendê-los. O governo de Santa Catarina calcula que ainda demore pelo menos uns dois anos para conseguir desocupar todas as áreas existentes realizando leilões.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Diário do Leitor
Assuntos: Postos de polícia fechados
                   Nova Lei Penal
 
 
Insegurança
Reportagem exibida no Jornal do Almoço, ontem, sobre a insatisfação da população com os postos de polícia fechados, foi rebatida pelo comandante do 4º Batalhão com a explicação de que a polícia móvel é mais eficaz. Vivemos esta situação em nove assaltos ao longo dos anos, na Praia da Daniela, na Capital. A presença policial inibe os assaltos, e esta tática já foi defendida pela PM, deixando viaturas vazias em áreas mais críticas, mas postos policiais vazios não adianta.
Eduardo Valle
Por e-mail
 
Insegurança
Vendo o Jornal do Almoço, ontem, fiquei estarrecido com a reportagem que mostra a total insegurança que vivemos em Florianópolis. Os postos policiais todos fechados. Uma vergonha. Não é possível se deixar uma cidade à mercê dos assaltantes. Por isso os bandidos estão aproveitando. Nunca viram tanta moleza. Está na hora do povo ir para as ruas protestar.
Edir V.R.Vidal
Florianópolis
 
Nova Lei Penal
Engraçado. A Lei da Ficha Limpa não valeu para aqueles que foram eleitos antes de sua aprovação, mas a nova Lei Penal retroage para os que praticaram crime antes de sua promulgação. Dá para entender?
Tânia Santos
Por e-mail
 
Nova Lei Penal
Já era difícil, mas, de acordo com a nova Lei Penal brasileira, agora, é quase impossível colocar um político ou até um bandido qualquer atrás das grades. Um grande beneficiado pode ser o ex-deputado Nelson Goetten, que poderia ter sido preso por vários motivos, mas acabou caindo por estupro. Nossos legisladores são uns artistas: conseguem estar sempre na contramão do que é realmente correto.
Mariana Parisotto
Florianópolis
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Cacau Menezes
Assunto: Postos de polícia fechados
 
Por conta
À procura de explicações para o abandono dos postos policiais no Norte da Ilha, o repórter Naim Campos (Jornal do Almoço de ontem) ouviu do coronel Carlos Araújo Gomes Júnior, comandante do 4º Batalhão de Polícia, um speech sobre “metáfora”.
Enquanto isso, a delinquência vai espichando….
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Moacir Pereira
Assunto: Assembleias e TCEs
 
Assembleias e TCEs
Uma auditoria feita pela Assembleia Legislativa do Paraná revelou que 90% das aposentadorias pagas pela instituição estão irregulares. É o mesmo parlamento que constatou, há poucas semanas, que tinha mais funcionários do que podia abrigar e decidiu deixar que alguns deles fiquem em casa, por falta de utilidade, e de outros tantos escândalos nos últimos anos.
O que tem em comum o alto número de irregularidades encontradas na Assembleia paranaense e as suspeitas de que servidores de altos salários do Legislativo catarinense se aposentaram por invalidez permanente por conveniência e não por problemas de saúde? A semelhança das respostas dadas pelos respectivos tribunais de Contas.
Nos dois casos, os órgãos que têm o poder de fiscalizar as contas públicas dos estados isentaram-se de culpa por irregularidades em processos de aposentadorias. O presidente do TCE-PR, Fernando Augusto Mello Guimarães, chegou a dizer que boa parte dos processos de aposentadoria nem foi enviada, como se isso eximisse o órgão da clara omissão. Aqui, o conselheiro Salomão Ribas Junior disse que o tribunal analisa apenas aspectos formais.
Nos dois casos, os TCEs comportaram-se como cartórios. Observaram os documentos que receberam, ignoraram o que não foi apresentado, aplicaram o carimbo de legitimidade no lugar exigido e passaram para o próximo assunto.
Reportagem do Diário Catarinense mostrou que não faltou alerta. Em pelo menos quatro processos, o Tribunal de Contas junto ao MP-SC alertou indícios de irregularidades óbvios. Um aposentado por invalidez que se elege vice-prefeito no ano seguinte, outro que mantém respeitado escritório de advocacia depois de ser considerado incapaz de trabalhar, entre outros. Quem fez o alerta pediu mais investigações e foi ignorado.
Mais do que coincidência pontual, a semelhança de postura aponta para o grande calcanhar de aquiles dos tribunais de contas estaduais, que é a relação umbilical que eles têm com as assembleias legislativas. Não é por acaso que os órgãos são chamados jocosamente de “aposentadoria de ex-deputado”.
 
RESERVA DE MERCADO
O sistema de escolha dos conselheiros torna os deputados estaduais os candidatos naturais do processo. No atual pleno do TCE-SC, cinco dos sete conselheiros exerceram mandato na Assembleia – trocando de posto quando ainda exerciam mandato.
A “deputadização” dos tribunais de contas virou polêmica também no Rio Grande do Sul, onde a classe política resolveu institucionalizar cotas partidárias. Um projeto de resolução assinado por cinco deputados estaduais limita as indicações às quatro maiores bancadas – PT, PMDB, PDT e PP. A legalização do rateio provocou reações, entre elas a de Geraldo da Camino, procurador do Ministério Público junto ao TCE-RS.
– Em vez de a Assembleia escolher o cidadão, político ou não, tecnicamente mais qualificado para o cargo, um dos partidos provavelmente apontará um filiado para sua “representação” no órgão de controle – criticou o procurador.
Os procuradores que trabalham nos TCEs são a ponta de lança no combate à politizações dos órgãos. No sábado, o jornal gaúcho Zero Hora entrevistou Salomão Ribas Junior, presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil, sobre o loteamento político dos TCEs.
– Sei que falo com o pecado original marcado, mas acabamos transformando o tribunal numa reserva de mercado para deputado – disse Salomão, conselheiro e ex-deputado.
Pois é a tal “reserva de mercado” que tem o dever de avalizar as ações do poder que integrou e a que deve a indicação para um cargo vitalício com salário de R$ 24,1 mil.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Postos de polícia fechados
 
Sem polícia, resta o medo
Região de Santo Antônio de Lisboa, na Capital, reclama da falta de policiamento ostensivo nas ruas
Com o posto policial do Bairro Santo Antônio de Lisboa, na Capital, fechado, moradores da região sentem cada vez mais a falta de segurança. Cansados de ouvir falar em assaltos e arrombamentos, eles querem policiais nas ruas em rondas, o que, segundo eles, pouco é visto.
O aposentado Marco Aurélio Pereira Júnior, morador do Bairro Sambaqui, destaca que ouve uma nova história cada vez que entra na padaria. São pessoas comentando sobre os furtos à casa de vizinhos, arrombamento de veículos e até assaltos à mão armada.
Depois de sofrer dois assaltos desse tipo sem uma resposta rápida da polícia, o sócio do restaurante Delícias do Mar, também no Sambaqui, Vladmir Campos Gomes, decidiu instalar câmeras de monitoramento no local.
– Aqui é muito raro passar uma viatura. No último assalto que sofremos, o restaurante estava cheio de clientes e cinco homens nos renderam. A ação dos bandidos foi rápida, mas a polícia levou 25 minutos para chegar aqui – diz.
Apesar das críticas, o número de roubos e furtos em Florianópolis caiu no período de 26 de junho a 19 de julho, comparado com o mesmo período do ano passado. A queda nos furtos foi de 15%. O número de roubos teve redução de 24%.
O período foi escolhido por ser posterior à última fuga em massa do Complexo Penitenciário de Florianópolis, o que poderia significar acréscimo. Até agora, dos 78 presos que fugiram, só 26 foram recapturados.
O comandante da 1ª Companhia da Polícia Militar (PM), tenente-coronel João Henrique Silva, diz que é impossível ter policiamento em todos os postos da polícia 24 horas por dia. Segundo ele, a segurança não depende unicamente da presença do policial num local fixo, e a tendência é fechar pequenos postos.
O oficial destaca que o serviço é facilmente acessado por meio do 190 e rondas estão sendo feitas em toda a região diariamente. Mas a segurança, segundo ele, também depende de outras medidas, como manter o bandido preso para que o serviço da PM tenha continuidade.
– Estamos nos desdobrando com a dificuldade que temos de efetivo para atender a comunidade. Muitas vezes reclamam que a polícia demora, mas ela chega – garante.
Ontem, a reportagem da RBS TV flagrou outros três postos da PM fechados em Florianópolis: no Rio Vermelho, Canasvieiras e Parque São Jorge. De acordo com o comandante do 4º Batalhão da PM, tenente-coronel Araújo Gomes, de maneira geral a preferência hoje é de que os policiais estejam circulando nas ruas.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: DNA incrimina o “tarado da Lagoa”
 
 
DNA incrimina o “tarado da Lagoa”
O laudo emitido pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), divulgado na quarta-feira, aponta Gledson dos Santos Gonçalves – criminoso conhecido como “tarado da Lagoa” – como autor de um estupro cometido no mês de fevereiro, na Lagoa da Conceição, em Florianópolis.
O exame de DNA foi solicitado pela 10ª Delegacia de Polícia, responsável pela prisão do suspeito.
A coleta do material genético foi feita no dia em que ele foi preso, 18 de junho. O homem foi pego em um bar em frente ao condomínio onde mora, no Bairro Kobrasol, em São José. Segundo a polícia, ele teria resistido à prisão e chegou a quebrar mesas e cadeiras do estabelecimento.
Gonçalves seria responsável por cinco estupros: dois em São José, dois em Palhoça e um na Lagoa da Conceição, além de uma tentativa de violência sexual e furtos a residências.
 
Delegado diz não haver dúvidas
Segundo o delegado responsável pelo caso, Anselmo Cruz, não há dúvidas quanto à autoria dos crimes.
– Ele é bastante convincente em negar os fatos, tanto que convenceu os outros presos que não é responsável pelos estupros. Tem o perfil de um psicopata – afirma.
A última vítima do “tarado da Lagoa” teria sido uma empresária de 33 anos, no Bairro Canto da Lagoa. A mulher foi agredida por mais de duas horas, mas conseguiu escapar de uma possível violência sexual após fugir pela janela e chamar a atenção de um vizinho.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Crimes e ocorrências
 
PM prende casal que tentava assaltar casa
A Polícia Militar (PM) prendeu ontem um casal que tentava assaltar uma casa no Bairro América, em Joinville, às 3h. Diego Richert, 24, usou uma escada para entrar na casa, enquanto Glaciele Custódio, 30 anos, vigiava. As vítimas, duas mulheres, acordaram com o barulho e lutaram com o ladrão, que foi contido com a ajuda de vizinhos e detido pela PM.
 
Garota de programa é achada morta no Sul
Uma garota de programa foi encontrada morta, na quarta-feira, às margens da BR-101 em Santa Rosa do Sul, no Sul de SC. A polícia acredita em morte por asfixia. Esta foi a segunda garota de programa assassinada na região em nove dias. Em Balneário Gaivota, outra garota foi achada morta na Praia de Lagoinha, na terça-feira da semana passada.
 
 
Vale tem 15º caso este ano
Ladrões arrombaram dois caixas eletrônicos na agência do Banco do Brasil do Centro de Gaspar, no Vale do Itajaí, na madrugada de ontem. Este foi o 15º caso registrado de tentativa, furto ou roubo destas máquinas na região neste ano.
Para despistar a ação, os bandidos colocaram uma lona preta para escondê-los e não levantar suspeitas durante a madrugada. A agência não tem guarda noturno.
Na noite de quarta-feira, a Polícia Militar (PM) havia sido acionada porque o alarme da agência havia disparado. Os policiais foram até o local, mas não encontraram sinais de arrombamento. Às 7h da manhã de ontem, um novo chamado informou sobre o arrombamento dos caixas.
Ontem de manhã, técnicos do Instituto Geral de Perícia (IGP) de Blumenau coletaram impressões digitais perto do alarme. Para que ele não disparasse, os bandidos o cobriram com um pote, que também foi recolhido pela perícia.
– As impressões serão confrontadas com nosso banco de dados para tentar identificar se os criminosos já têm passagem pela polícia – explica o coordenador do IGP, Daniel Koch.
A Polícia Civil investiga o caso. Até ontem à tarde, o gerente do banco não havia informado à polícia qual o valor furtado dos caixas.
Segundo o delegado da Divisão de Furtos e Roubos da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), Diego Gonçalves de Azevedo, furtos a caixas eletrônicos geralmente são praticados por quadrilhas com pelo menos três a quatro integrantes. A maioria dos bandidos, segundo a polícia, é de Joinville.
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Veículo: A Notícia
Editoria: Política
Assunto: Protesto contra mais vereadores em Joinville ganha ruas e rede social
 
 
Protesto contra mais vereadores em Joinville ganha ruas e rede social
Outdoor, Facebook e abaixo-assinado mobilizam a cidada contra aumento
Depois das entidades empresariais e representativas de Joinville se manifestarem contra o aumento do número de vereadores, agora foi a vez da sociedade civil entrar na discussão.
Desde o começo da semana, um outdoor na rua Hermann Lepper deixa uma mensagem clara: “Mais vereadores? Não, obrigado!” O texto ainda faz referência a Jaraguá do Sul, que rejeitou o aumento de vagas em segunda votação. O outdoor faz um convite para Joinville seguir o mesmo exemplo e continuar com seus 19 vereadores.
Sem autoria revelada e assinado por uma página no Facebook, o painel ficará até o dia 31 de julho exposto. Além da iniciativa, o abaixo-assinado promovido pela Ajorpeme atingiu sua primeira meta. Já tem 5 mil assinaturas.
— Estamos felizes com as adesões conseguidas. Agora, queremos agregar mais pessoas e chegar ao número de 10 mil assinaturas —, adianta o presidente da Ajorpeme, Diogo Otero.
Segundo ele, o abaixo assinado está percorrendo a cidade de duas formas: por meio da assinatura no papel, em que os integrantes das entidades distribuem o documento, e através da internet, pelo encaminhamento de e-mails. Até o momento, foram 3,8 mil assinaturas online e 1,2 mil em papel.
Mesmo assim, a Ajorpeme espera que o projeto seja protocolado no Legislativo para iniciar uma campanha contra o aumento com força.
— Esse é um processo desgastante para eles. Será complicado para conseguirem aprovar esse aumento se toda população estiver contra —, acredita. Apesar da mobilização contrária, uma comitiva de partidos políticos foi até a Câmara no mês passado pedir que sejam criadas mais seis vagas no Legislativo.
Em Jaraguá, vários outdoors foram espalhados pela cidade criticando o possível aumento de vagas. A pressão foi tanta que alguns vereadores chegaram a mudar de opinião e votaram contra o projeto. O Legislativo ficou com 11 cadeiras.
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Veículo: A Notícia
Editoria: Polícia
Assunto: Hospital da PM
 
Subdiretor do Hospital da PM de Florianópolis revela que há muitas irregularidades na instituição
Major José Nunes Vieira afirma que existe remuneração dupla e cobrança de consultas
Subdiretor do Hospital da Polícia Militar, em Florianópolis, o major José Nunes Vieira, 43 anos, conversou nesta quinta-feira com o Diário Catarinense sobre as denúncias de cobranças irregulares de consultas e outras suspeitas na instituição. O oficial está de licença médica. Ele afirma que, em menos de dois meses na função, foi possível detectar ilegalidades e imoralidades dentro do hospital por servidores. Ele sai em defesa do ex-diretor, tenente-coronel Sandro Maurício Zacchi, tirado do cargo pelo comandante-geral da PM, coronel Nazareno Marcineiro, no dia 11 de julho. As denúncias são investigadas pelo Ministério Público Estadual e corregedoria da PM.
 
Diário Catarinense — Essas denúncias que estão sendo levantadas em cima do Hospital da PM procedem? Existem as cobranças duplas e irregularidades?
Major José Nunes Vieira — Sim. Nós fizemos a pedido do coronel Zacchi, exonerado do cargo no dia 11 de julho pelo comando-geral. No dia 1º de junho eu me apresentei na nova função. No primeiro minuto do meu trabalho o coronel Zacchi me relatou de sua angústia, que estava doente, em ver um quadro de imoralidades, ilegalidades no Hospital da PM e que não tinha apoio do comando.
 
DC — Quais são essas ilegalidades?
Nunes — São inúmeras. Dentre estas, nós temos lá um quadro de oficiais médicos e duas médicas funcionárias públicas estatutárias à disposição da PM e fazem parte do quadro de pessoal da PM. Temos 133 funcionários públicos dentro do hospital. Destes, 69 PMs, entre estes eu e até então o coronel Zacchi, a capitã Arlene, capitão Ariovaldo, que viemos recentemente a trabalhar no HPM. Envolvem cobranças do policial militar dentro do atendimento, inclusive na emergência.
 
“Pagava ou não era atendido”
 
DC — Tem PMs então que precisam pagar para ser atendido?
Nunes — Era: ou pagava ou não era atendido. Se não pagasse não era atendido. Pagamento como: ou por convênio Abepom, ao custo de R$ 80 a consulta, ou Unimed, ou particular R$ 150. Isso era cobrado nos exames, nos ambulatórios, no SPA (Serviço de Pronto atendimento). Por determinação do coronel Zacchi, do dia 1º ao dia 18 de junho, eu na função de subdiretor e chefe da sessão administrativa, passei a cumprir meus expedientes por volta das 6h30min. Todos os dias estava no HPM. De início passei a observar, conversar com pacientes, com profissionais, funcionários, e pude perceber que aquele quadro se arrastava há muitos anos e que outros diretores, a exemplo do coronel Dinor, tentaram mudar esse quadro de ilegalidade e imoralidade. É algo inadmissível.
 
DC — A PM afirma que há um controle de horários e que os funcionários não cobrariam por serviços enquanto estariam atuando no horário como servidor público.
Nunes — Isto é mentira, isto não é verdade. Quem informou na PM que é dessa forma está mentindo.
 
DC — Existe controle de horários de funcionários lá para separar quando é público e quando é privado?
Nunes — Não existe. E isso inclusive faz parte do relatório de inconsistência encaminhado ao comandante-geral subscrito por mim, pelo coronel Zacchi e capitã Arlene.
 
DC — Então existe mesmo a remuneração dupla (de funcionários públicos)?
Nunes — Existe. Até aqui, a data da denúncia, não se pode identificar um minuto sequer trabalhado por conta do vínculo desses profissionais com o Estado. Porque todo trabalho desenvolvido ali é cobrado de maneira particular. Ou seja, o oficial médico, as médicas civis estatutárias, recebem o salário pagos pelo Estado como funcionário público e cobravam do paciente. Só eram atendidos se pagassem, ou por convênio, Abepom, Unimed ou particular. Excetua-se nessa questão os oficiais médicos que trabalham na junta médica da PM.
 
Provas
 
DC — O senhor tem provas de que existe essa dupla remuneração?
Nunes — Temos, porque foram preenchidos por funcionários públicos, sargentos, que atendem nos balcões de atendimento do HPM e onde atesta o horário de atendimento de médico e a forma de pagamento ao paciente. Existe desde 2000 parecer da Procuradoria Geral do Estado dizendo que é proibido qualquer tipo de cobrança naquele hospital, que é público e destina-se ao atendimento prioritário do PM e de seu dependente.
 
DC — Existe uso da “máquina” pública para fins particulares dentro do hospital?
Nunes — Com certeza. Hoje há um oficial médico — que por questão ética não vou revelar o nome dessa pessoa — que agenda as consultas de cunho particular, atende e recebe o valor. A direção do hospital não sabe o valor que ele cobra do paciente, o Estado com enfermeiro, medicação, o centro cirúrgico, o CCIH (controle de infecção hospital) que perdura por meses após a cirurgia, toda a estrutura logística, física, autoclave, materiais cirúrgicos, equipamentos diversos e não se tem uma dimensão nem dos custos.
 
DC — O que sugeres para acabar com esses problemas no Hospital?
Nunes — O Hospital tem que receber investimentos públicos. Ele só tem o nome de hospital público. Porque tudo que é feito lá dentro, até a implantação da portaria número 2, era tudo de forma privada. Havia duplo pagamento. Um dos salários pagos pelo Estado e outro pago pelos pacientes. Ninguém quer ser controlado ali dentro. Há uma resistência. Fomos desafiados por um oficial médico numa segunda-feira anterior aos rumores da saída do coronel Zacchi. O comandante-geral nos traiu. Em vez de dar apoio à equipe administrativa do HPM, ele primeiro retirou o coronel Zacchi, oficial que estava tomando a frente, não fez vista grossa de que nada do que teve ali dentro, implantou as medidas, mesmo diante do desafio desse oficial médico, que me parece ter muito poder lá dentro.
 
Contraponto PM
O que disse o comandante-geral da PM em Santa Catarina, coronel Nazareno Marcineiro
O comandante-geral da PM, coronel Nazareno Marcineiro, disse que o major José Nunes Vieira está afastado para tratamento psiquiátrico, que nem sempre as suas posturas são tão corretas e que fala às vezes sem medir as consequências.
Nazareno reafirmou que, tão logo soube das denúncias apuradas pelo ex-diretor, tenente-coronel Sandro Maurício Zacchi, mandou abrir inquérito policial militar e auditorias contábeis e dos procedimentos no hospital da PM. Reiterou que o afastamento de Zacchi é para protegê-lo diante da situação e também para preservar a sua saúde.
— Se tem indício de irregularidade, eu quero é apurar tudo o que tem de errado, corrigir e responsabilizando o erro — declarou por telefone o comandante-geral, que estava em viagem na quinta-feira à noite com o governador no Meio-Oeste.
O comandante disse que havia elogiado em público anteriormente o major Nunes pela apuração das denúncias no hospital, mas se mostrou preocupado com a corporação diante das notícias e entrevistas sobre o assunto. No final, Nazareno comentou que o hospital é importante para garantir a retaguarda aos PMs e seus familiares e ressaltou novamente que exigiu investigação profunda sobre o estabelecimento.
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Veículo: Notícias do Dia
Editoria: Política
Assunto: Armas brancas e celulares foram localizados na triagem e no semiaberto de Florianópolis
 
 
Armas brancas e celulares foram localizados na triagem e no semiaberto de Florianópolis
Tesouras, pedaço de serras, carregadores e telefones celulares fazem parte do acervo de objetos não permitidos no sistema carcerário, encontrados em poder de presos do Complexo Penal da Trindade. Quase tudo foi levado por familiares de presos, na maioria dos casos mulheres na própria vagina. As apreensões ocorreram em quatro operações pente-fino realizadas nos últimos 20 dias na central de triagem, no centro de observações e na ala do regime semiaberto da Penitenciária Estadual de Florianópolis. O resultado foi apresentado ontem pelo diretor do complexo Leandro Antônio Soares Lima, 43 anos.
No total, foram recolhidos nos cubículos duas tesouras, 15 clulares, um cachimbo para fumar crack, cinco carregadores de celular, nove pedações de serra especial para cortar barras de aço, cinco facas de mesa, dois relógios, vários pedaços de ferro pontiagudos e cacos de espelhos, material que nas mãos os presos serve como armas. Os pedaços de espelho são usados também em comunicação codificada entre eles. Com os celulares eles se comunicam com comparsas nas ruas, podendo, inclusive, organizar o tráfico de de drogas.
As operações começaram em 30 de junho, um dia após Leandro substituir Joaquim Valmor de Oliveira no comando do complexo penitenciário. De acordo com Leandro, 70% dos objetos foram encontrados em poder de presos provisórios, na central de triagem, de onde ocorreram duas fugas em massa num período curto de seis meses. Na última, em junho, que culminou com a saída de Joaquim, escaparam 72 presos.
 
Medidas mais duras para evitar fugas
Para evitar novas fugas, Leandro restringiu visitas na central, substituiu alguns agentes prisionais, mudou a rotina das inspeções e impôs regime severo, mas preventivo. Ele afirmou que as operações pente-fino no complexo vão ocorrer periodicamente. As unidades do complexo começaram a ser protegidas por muros.
No passado, fugiram 67 presos do complexo, 51 já foram recapturados. Neste ano, já ocorreram 176 fugas. Deste total, 125 foram localizados e levados de volta ao sistema.
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Veículo: Notícias do Dia
Editoria: Polícia
Assunto: Armas brancas e celulares foram localizados na triagem e no semiaberto de Florianópolis
 
 
Armas brancas e celulares foram localizados na triagem e no semiaberto de Florianópolis
Tesouras, pedaço de serras, carregadores e telefones celulares fazem parte do acervo de objetos não permitidos no sistema carcerário, encontrados em poder de presos do Complexo Penal da Trindade. Quase tudo foi levado por familiares de presos, na maioria dos casos mulheres na própria vagina. As apreensões ocorreram em quatro operações pente-fino realizadas nos últimos 20 dias na central de triagem, no centro de observações e na ala do regime semiaberto da Penitenciária Estadual de Florianópolis. O resultado foi apresentado ontem pelo diretor do complexo Leandro Antônio Soares Lima, 43 anos.
No total, foram recolhidos nos cubículos duas tesouras, 15 clulares, um cachimbo para fumar crack, cinco carregadores de celular, nove pedações de serra especial para cortar barras de aço, cinco facas de mesa, dois relógios, vários pedaços de ferro pontiagudos e cacos de espelhos, material que nas mãos os presos serve como armas. Os pedaços de espelho são usados também em comunicação codificada entre eles. Com os celulares eles se comunicam com comparsas nas ruas, podendo, inclusive, organizar o tráfico de de drogas.
As operações começaram em 30 de junho, um dia após Leandro substituir Joaquim Valmor de Oliveira no comando do complexo penitenciário. De acordo com Leandro, 70% dos objetos foram encontrados em poder de presos provisórios, na central de triagem, de onde ocorreram duas fugas em massa num período curto de seis meses. Na última, em junho, que culminou com a saída de Joaquim, escaparam 72 presos.
 
Medidas mais duras para evitar fugas
Para evitar novas fugas, Leandro restringiu visitas na central, substituiu alguns agentes prisionais, mudou a rotina das inspeções e impôs regime severo, mas preventivo. Ele afirmou que as operações pente-fino no complexo vão ocorrer periodicamente. As unidades do complexo começaram a ser protegidas por muros.
No passado, fugiram 67 presos do complexo, 51 já foram recapturados. Neste ano, já ocorreram 176 fugas. Deste total, 125 foram localizados e levados de volta ao sistema.
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Veículo: Notícias do Dia
Editoria: Hélio Costa
Assuntos: Armas brancas e celulares foram localizados na triagem e no semiaberto de Florianópolis
                   Boletim de ocorrência feito pela PM
 
Conselho Nacional de Justiça divulga o resultado do 1º Mutirão Carcerário
Durante um mês,juízes, promotores, defensores públicos e servidores realizaram um pente-fino nos processos de execução penal do Estado
 
Mutirão Carcerário
Juízes do Conselho Nacional de Justiça e da Coordenadoria de Execução Penal, Infância e Juventude do Tribunal de Justiça divulgam às 14h de hoje no Salão Nobre da Presidência do TJ, 8º andar da Torre II, o balanço final dos trabalhos do 1º Mutirão Carcerário de Santa Catarina. Ao longo de um mês, juízes, promotores, defensores públicos e servidores fizeram um verdadeiro pente-fino nos processos de execução penal no Estado, além de promoverem visitas de inspeção nos principais presídios e penitenciárias catarinenses. O relatório final do mutirão será disponibilizado neste encontro. Na mesma oportunidade, ao final da divulgação dos resultados do Mutirão, o presidente e o vice-presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos, André Castro e Antônio Maffezoli, respectivamente, concederão entrevista coletiva para tratar da criação da Defensoria Pública em Santa Catarina.
 
Leitor
Ligado na coluna o presidente do Conselho de Segurança Comunitário da Bacia da Lagoa de Itacorubi comenta: “A PM, que já faz termos circunstanciados e boletins de acidente de trânsito vai agora fazer boletins de ocorrência. Não é o caso. O que tem de ser feito é uma maior abrangência da Delegacia Eletrônica, com um número mais extenso de ocorrências possíveis de registrar e um sistema eficiente de acompanhamento. Estamos na era da Internet”.
 
 
BLOGS
 
Paulo Alceu
 
Para que serve o TCE?
As alfinetadas do ex-deputado Nelson Goetten referentes as subvenções sociais a parlamentares, hoje brindadas pelo governo do Estado por intermédio do Fundo Social, são fiscalizadas pelo Tribunal de Contas do Estado. Na entrevista, num determinado momento, ele afirmou que o então governador Esperidião Amin quando liberava recursos para os deputados fiscalizava onde era aplicado. Cobrava e ia ver se realmente estavam dizendo a verdade. Diferente, afirmou Goetten, de outros governadores. Mas o que chama a atenção é de que acusações das mais variadas além de denúncias apimentadas acabam naufragadas com a aprovação dos relatórios do TCE. Ou seja, no momento em que o Tribunal avaliza, depois de amplamente analisadas, a utilização dessas verbas na prestação de contas fica tudo por isso mesmo. Ou seja, alguma coisa está errada. Ou a verificação é falha, ou os parlamentares que estão manipulando com esses recursos de forma ilegal, conforme descreve o ex-deputado Goetten, utilizam de artifícios que enganam qualquer tipo de fiscalização, por mais rígida. É fato que o Tribunal de Contas possui um quadro de servidores de alta qualidade técnica e profissional. E isentos. A função é localizar desvios ou malversação do dinheiro público dentro de um trabalho correto e preciso. Ou seja, o Tribunal preza pela aplicação correta e “honesta” dos recursos públicos. Enquanto isso, pipocam suspeições e denúncias de uso indevido de determinadas verbas e nada acontece apesar das denominadas fiscalizações. Do Tribunal de Contas se espera uma atuação mais determinante e com efeito conclusivo. Mas alguma coisa está na contramão em detrimento da preservação do erário. Caso contrário não haveria tantas suspeitas.

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