Clipping do dia 01 de março

CLIPPING
01 Março 2011
 
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
 
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Comunidade do Papaquara
 
 
Área passará por reflorestamento
Depois da enchente de janeiro, catadores de lixo que moravam no local, na Capital, foram retirados de região à beira do rioA área de preservação permanente (APP) de cerca de 6 mil metros quadrados às margens e no entorno do Rio Papaquara, em Canasvieiras, em Florianópolis, será reflorestada.
A recuperação foi anunciada, ontem, pelo prefeito Dário Berger, que prometeu tratar com rigor a fiscalização em APPs. A prefeitura se comprometeu a pagar aluguel social e auxílio-reconstrução para as 58 famílias, a maioria recicladores de lixo, que moravam e trabalhavam no local.
A família da recicladora Tereza Moreira da Silva, 60 anos, está morando na Rua Braulina Machado, a 300 metros da área que será recuperada, no terreno comprado com os benefícios que recebeu da prefeitura. O temor agora é perder o local de trabalho, que sustenta pelo menos 45 parentes. As outras estão morando na região, com o aluguel social.
– Meu medo é tirarem minha reciclagem – diz Tereza, que acorda às 4h para arriar o cavalo Clou e sair com a carroça à procura de lixo.
Dois postos de reciclagem, na Vila Aparecida e no Itacorubi, foram colocados à disposição pela prefeitura. Percorrer a distância entre Canasvieiras e esses locais, de carroça, é impossível, de acordo com as famílias e a própria prefeitura.
– Vamos planejar a melhor forma de levar o material. O trabalho deles está garantido. Vamos visitar as famílias e esclarecer como funciona – afirmou a diretora de proteção social da Secretaria de Assistência Social da Capital, Elizabete Maria Goulart.
A área, de 6 mil metros quadrados onde mil mudas de espécies nativas típicas de manguezal e restinga deverão ser replantadas a partir da segunda quinzena de março, começou a ser ocupada em 2002.
 
No passado, dava até para pescar no Papaquara
Antes, no local, era possível, inclusive, conviver com a fauna local, até com jacarés. Segundo moradores antigos, no passado era possível pescar robalo, parati, tainhota e siri no Papaquara, mas, segundo eles, há 20 anos a prefeitura não draga o rio.
– Parte do rio será desassoreado. Hoje, ele contribui para a poluição do balneário da Daniela e da Reserva de Carijós – disse o prefeito.
Por causa do lixo e do esgoto que vêm de Canasvieiras – que provocaram o assoreamento do rio –, somados à falta de dragagem e enchentes, a comunidade do Papaquara sofreu com as inundações. Só a família de Tereza passou por três em oito anos. Na última, no último dia 21 de janeiro, ela e os parentes conseguiram recolher a geladeira, o fogão, a máquina de lavar e os documentos.
 
Emanuelly nasceu no abrigo
Depois da última enchente, a Defesa Civil interditou as casas da comunidade do Papaquara, demolidas no último dia 17, pela prefeitura.
– Não sou de chorar, mas chorei quando vi desmanchando minha casa. Nossa vida era sofrida, mas era feliz – recorda Tereza, que foi morar em um abrigo da prefeitura, mas nunca deixou de levar água e ração para o cavalo Clou. Na época, ela pediu para Nossa Senhora Aparecida que lhe desse uma casa.
A procuradora Analúcia Hartmann, do Ministério Público Federal (MPF), viu a pobreza em que viviam as famílias, em meio à sujeira, esgoto e sem energia elétrica, e cobrou solução do município. A prefeitura ofereceu abrigo, auxílio-reconstrução de R$ 10 mil e aluguel social de R$ 400 mensais por seis meses para cada família.
O segundo abrigo dos recicladores, o ginásio de uma escola, foi o primeiro lar de Emanuelly, 26 dias, neta de Tereza. A mãe de Emanuelly, Jennifer, 17 anos, foi grávida para o ginásio, deu à luz, e voltou para o abrigo, onde montou um bercinho com bichinhos para sua segunda filha.
– Para dar mais enfeitinho perto dela. É triste ter filha aqui, não poder entrar na casa da gente – disse Jennifer na época.
Hoje, mãe e filha estão morando com familiares até que a casa própria fique pronta.
– A vida está melhor. Agora falta construir nossa casinha no terreno que a gente comprou – disse Jennifer, que vai pintar a casa de verde.
E, aos poucos, a vida, antes destruída, volta ao normal.
– Estamos bem, as crianças todas estão na escola – diz Tereza, que é analfabeta, ao lado da neta Ana Paula, 12 anos, que sonha ser bailarina.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Política
Assunto: Minirreforma política
 
330 cargos somem e 125 são criados
Minirreforma que chega hoje à Asssembleia prevê, ainda, que serão economizados R$ 30 milhõesO governo vai encaminhar à Assembleia Legislativa, hoje, o projeto de “adequações” na estrutura administrativa estadual. A minirreforma vai propor a extinção de 330 cargos – 45 em comissão e 285 efetivos – e a criação de 125. O projeto será entregue aos deputados pelos secretários da Fazenda, Ubiratan Rezende, e da Casa Civil, Antônio Ceron.
Os 45 cargos comissionados e 85 efetivos que não estão ocupados seriam extintos imediatamente. Os 200 restantes – todos da Fazenda – seriam eliminados à medida que ficassem vagos. Com isso, o governo estima economizar, só em 2011, R$ 30 milhões.
Outros 125 cargos serão criados – 14 para a secretaria de Defesa Civil e 111 para a Secretaria de Justiça e Cidadania. De acordo com Ubiratan, as mudanças estão sendo feitas para adequar a máquina administrativa às promessas de campanha e ao estilo de governo de Raimundo Colombo (DEM).
– Ele se comprometeu a criar a Secretaria de Justiça e Cidadania, a de Defesa Civil e se comprometeu a ser mais inclusivo e trazer determinados setores que, antes, não tinham voz, como o de micro e pequenas empresas – lembrou.
O projeto cria, ainda, a diretoria de Micro e Pequenas Empresas, que será ligada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável, e à diretoria de Agricultura Familiar, que será vinculada à Secretaria de Agricultura. Esta última passará a se chamar Secretaria de Agricultura e Pesca. A Secretaria da Administração terá uma Diretoria de Governança Eletrônica, para modernização do governo.
O governo vai encaminhar, na mesma proposta, algumas trocas de nomes que buscam dar mais peso político a determinados cargos, como a alteração de Secretaria de Coordenação e Articulação para Casa Civil e a mudança de diretor-geral para secretário-adjunto em todas as secretarias.
 
Casa Civil acredita em aprovação tranquila
As informações foram confirmadas pelo secretário da Fazenda em entrevistas aos colunistas Roberto Azevedo e Moacir Pereira. O texto, na íntegra, será repassado aos parlamentares, e as mudanças precisam passar pela aprovação da Assembleia Legislativa, onde o governo conta com uma base de apoio de 31 dos 40 deputados.
Há duas semanas, Colombo se reuniu com as bancadas do DEM, PMDB, PSDB, PP, PPS e PTB e apresentou parcialmente o projeto.
– A minha função, junto com o grupo gestor, foi ver como nós podíamos ajustar o aparato administrativo do Estado para aquilo que o governador queria. Esse nosso trabalho está se encerrando hoje (ontem). A conversa com a base aliada será feita pelo secretário da Casa Civil, mas eu não vejo maiores problemas – pondera Ubiratan.
Para Ceron, as alterações devem ser aprovadas com tranquilidade. Apesar da extinção de cargos, o secretário não vê grandes polêmicas:
– Estamos à disposição da Assembleia para prestar os esclarecimentos que os deputados considerarem necessários.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: PM é detido em Lages
 
PM é detido pela PF por contrabando
Um policial militar aposentado de 47 anos e mais três pessoas foram presos em flagrante, em Lages, por contrabando numa operação da Polícia Federal (PF). Os investigadores não divulgaram o nome dos detidos.
A PF começou a investigação dos envolvidos no caso após uma denúncia anônima. Depois de dois meses de apuração, a polícia prendeu, no domingo, o bando transportando 1,5 mil pacotes de cigarros e 600 comprimidos de Pramil vindos ilegalmente do Paraguai.
O policial aposentado atualmente trabalha no presídio de Lages. Ele foi encaminhado para o Batalhão de Engenharia e Combate da Polícia Militar. A PF encaminhou os outros três para o presídio. Os quatro responderão pelos crimes de contrabando e por portarem medicamentos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que pode resultar entre 10 e 15 anos de detenção.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Juízes da infância se reúnem
 
Juízes da infância se reúnem
Juízes da Vara da Infância e Juventude de Blumenau, Itajaí, São José e Florianópolis se reuniram na manhã de ontem no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). A reunião apontou ações e debateu as medidas socioeducativas no Estado.
A interdição do Centro Educacional São Lucas, em dezembro do ano passado, desencadeou uma série de preocupações sobre a situação de outras unidades de internação de menores infratores de Santa Catarina.
De fevereiro a novembro de 2010, juízes inspecionaram os 20 centros de internação. Um relatório com os resultados observados será entregue ao Ministério Público (MP).
Para discutir especialmente as causas que desembocaram na interdição do São Lucas, o Tribunal vai promover um encontro com a Diretoria de Justiça e Cidadania (DJUC).
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Crimes e ocorrências
 
Três são presos em assalto
Quadrilha queria arrombar cofre, caixas eletrônicos e malotes. Aviso de vigia alertou a Polícia MilitarQuatro homens armados invadiram o Supermercado Angeloni na Rua João Colin, em Joinville, no começo da madrugada de ontem. Eles renderam a vigia e outras três pessoas. Segundo a Polícia Militar, eles queriam arrombar o cofre, os caixas eletrônicos e pegar os malotes.
O crime aconteceu por volta das 2h30min de ontem. Segundo a vigilante, que preferiu não se identificar, de 42 anos, os assaltantes entraram e a renderam no pátio.
– Eles amarraram as minhas mãos e pegaram minha arma – disse.
A vigilante conta que os bandidos, um de 33 e dois de 24 anos, queriam entrar. Via rádio, a vigia solicitou que abrissem a porta de entrada exclusiva para funcionários.
– Mas o colega desconfiou porque eu nunca peço isso. Estava bem calma quando falei, mas, como insisti, ela desconfiou e chamou a PM.
Como a porta não foi aberta, os bandidos a arrombaram. Foi neste momento que eles renderam outros três funcionários.
– Quando perceberam a movimentação da polícia, tentaram fugir – lembrou a vigia.
Dos quatros bandidos, um fugiu. Conforme o delegado Wanderson Alves Joana, o ladrão que conseguiu escapar seria o que estava com o radiocomunicador na frequência da PM.
Um deles foi pego no pátio do mercado, um escondido atrás do muro, e o último foi pego no pátio de uma empresa de veículos que fica próximo ao supermercado.
Nos carros que eles usavam, Fiat e Logus, os policiais encontraram diversos equipamentos usados para arrombar caixas eletrônicos.
O delegado diz que um deles tem passagens pela polícia por roubo a caixas eletrônicos. Foram apreendidas armas, uma pistola de brinquedo, um radiocomunicador, dois veículos e vários equipamentos.
Os ladrões, segundo Wanderson, responderão por tentativa de roubo qualificado, por uso de arma de fogo, manter refém, formação de quadrilha e também por usarem radiocomunicador. Todos foram levados para a Central de Polícia.
 
 
Motorista embriagado bate em viatura parada
Um motorista embriagado invadiu a contramão e bateu numa viatura da Polícia Militar (PM) parada, em Chapecó, no início da madrugada de ontem. Três homens estavam no Chevette. Ao revistar o carro, os policiais encontram um revólver calibre 38 com a numeração raspada e três munições. O teste do bafômetro apontou que eles estavam embriagados.
 
 
Polícia tem suspeito da morte de jovem
A Polícia Civil já tem um suspeito de ser o autor da morte de Ivonei Felipe Campos, de 19 anos. Ele foi encontrado morto no domingo, por volta das 20h30min. O nome do suspeito não foi divulgado para não prejudicar as investigações. A polícia foi até a casa do homem, mas ele não foi encontrado.
 
 
Desmanche é encontrado
Uma operação realizada pela Polícia Civil em Imbituba, no Sul de Santa Catarina, resultou na prisão de quatro pessoas que faziam parte de um esquema de desmanche de carros na região.
No momento do flagrante, no sábado, os investigadores encontraram seis veículos inteiros e pelo menos outros 20 já totalmente desmontados.
A quadrilha trabalhava em uma casa no Bairro Guaiúba, próximo da BR-101. Duas mulheres de 27 anos e dois homens, de 26 e 51 anos, foram presos e autuados em flagrante pelos crimes de receptação e formação de quadrilha. Os suspeitos são da região Norte de SC e já tinham passagens pela polícia. Eles foram encaminhados à unidade prisional de Imbituba.
Além dos veículos e peças, os policiais encontraram vários documentos, placas, ferramentas, produtos químicos, compressores, rodas, pneus e até televisores.
Agora, a investigação se concentra nos furtos dos veículos. A polícia quer saber onde os carros eram roubados e quem mais tinha participação no trabalho da quadrilha.
 
 
BLOGS
 
Moacir Pereira
 
PM homenageia cel. Moukarzel
Marcada para a próxima quinta-feira, 3 de março, a homenagem póstuma ao falecido coronel Paulo Mourkasel, que dará seu nome ao Batalhão da Polícia Militar Rodoviária, no Estreito. O ato será na sede da organização, a partir das 9 horas.   O respeitado militar faleceu durante acidente rodoviário quando cumpria missão no interior do Estado.
 
 
Procuradora recomenda melhorias em São Pedro de Alcântara
Governo do Estado vai ter que contratar um médico clínico geral, um psiquiatra, cinco enfermeiros e doze técnicos de enfermagem, além de um farmacêutico e um nutricionista no Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara, além de manter um programa de tratamento para os apenados com hepatite, se prevalecerem as recomendações do Ministério Público Federal.   Estas Recomendações foram enviadas ao Departamento de Administração Prisional (DEAP) para a realização de uma série de melhorias nas condições do sistema carcerário de Santa Catarina, especialmente em relação ao quadro de pessoal do Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara.   De acordo com ato da Procuradora Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), Analúcia Hartmann, foram requisitadas providências para a informatização dos dados referentes à execução penal, com o objetivo de agilizar o andamento dos feitos e o controle do cumprimento das penas. Além disso, deverá ser cumprido, em qualquer movimentação de presos, o que determina o art. 58, parágrafo único, da Lei de Execuções Penais, quanto à comunicação ao Juízo da Execução Penal. A procuradora quer também que o Complexo Penitenciário de São Pedro de Alcântara não receba apenado para cumprimento de castigo preventivo ou aplicado em incidente disciplinar, seja de 10 ou até 30 dias, sem que o órgão de origem comprove ter realizado comunicação ao Juízo de Execução Penal do preso recebido.
 
 
MÍDIAS DO BRASIL
 
Veículo: Portal Último Segundo
Editoria: Brasil
Assunto: MP desqualifica indiciamento do ex-chefe de polícia do Rio
 
MP desqualifica indiciamento do ex-chefe de polícia do Rio
Para promotor, não há comprovação de que Turnowski sabia da Operação Guilhotina
 
O indiciamento do ex-chefe de polícia do Rio foi desqualificado pelo MP
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) desqualificou nesta segunda-feira (28) o indiciamento do ex-chefe da Polícia Civil do Rio, delegado Allan Turnowski, pelo crime de violação de sigilo profissional. Para o promotor de Justiça Homero das Neves Freitas Filho, não há comprovação de que o acusado sabia da Operação Guilhotina, da Polícia Federal, e nem que a interferência dele tenha favorecido a fuga do inspetor Christiano Gaspar Fernandes, um dos procurados, e de seu pai.
Como o MP-RJ entendeu que não houve dano causado à administração pública, o caso foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), voltado para causas menores, onde penas podem ser revertidas em trabalhos comunitários.
O indiciamento feito pela Polícia Federal teve com base uma conversa telefônica gravada em novembro de 2010 com autorização judicial entre Turnowski e Gaspar Fernandes. Na escuta, o ex-chefe de polícia entrou em contato com o inspetor para pedir que um preso fosse levado à delegacia. O delegado achava que o telefone do bandido estava grampeado, e não a linha do policial.
Turnowski chegou a ser convocado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre as acusações. Após seu depoimento, ele desqualificou o indiciamento aplicado pela Polícia Federal. Segundo o delegado, a medida foi tomada sem que constasse nos autos uma declaração do secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame.
“Gostaria que vocês perguntassem ao secretário de Segurança Pública se ele me contou sobre a operação. Se ele disser que me comunicou, vou responder perante a Justiça. De qualquer maneira, tenho certeza de que esse juízo de valor do delegado, que eu respeito e que é uma autoridade séria, não passa de um primeiro crivo do Ministério Público e da Justiça”, disse na ocasião.
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Veículo: Agência Estado
Editoria: Brasil
Assunto: Solução para enchente em SP levará ao menos 40 anos
 
Solução para enchente em SP levará ao menos 40 anos
Para resolver o drama paulistano seria preciso fazer mais 91 reservatórios, com capacidade para 26,6 milhões de metros cúbicos
Ruas travadas, Marginal interditada, carros boiando, pessoas ilhadas. O drama durante as enchentes ganhou mais força ontem em outras regiões da capital paulista, principalmente norte e leste. O Rio Tietê, que ficou quatro anos sem alagamentos (entre 2005 e 2009), transbordou pela terceira vez em 50 dias. E, caso o prazo de investimentos governamentais seja mantido, São Paulo só vai livrar-se das enchentes em 40 anos.
Atualmente, 45 piscinões – ou um terço do previsto em 1998 pelo Plano de Macrodrenagem do Alto Tietê – foi finalizado, o suficiente para armazenar 9 milhões de metros cúbicos. Pelo projeto, para resolver o drama paulistano seria preciso fazer mais 91 reservatórios, com capacidade para 26,6 milhões de metros cúbicos (ou 9.500 piscinas olímpicas). Eles comportam temporais de até 80 milímetros – ontem na foz do Córrego Aricanduva caíram 82,5 mm, segundo o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee).
O superintendente do Daee, Amauri Pastorello, diz que há problemas para construir reservatórios na região metropolitana, que segue em ritmo lento. “Faltam terrenos para ampliar piscinões.” Para Pastorello, a chuva de ontem, que começou na zona leste, foi de grande intensidade, o que diminuiu a velocidade no escoamento do Tietê.
A vazão ficou reduzida a partir do entroncamento com o Tamanduateí e o Aricanduva. O contrato com a empresa que faz desassoreamento do Tietê acaba em abril. O Daee quer concluir nova licitação até essa data. O objetivo é retirar neste ano 2,1 milhões de metros cúbicos de sujeira do rio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Veículo: Agência Estado
Editoria: Brasil
Assunto: Ocupação do Alemão reduz baleados em mais de 30% e muda perfil de hospital
 
Ocupação do Alemão reduz baleados em mais de 30% e muda perfil de hospital
 
Ocupação das favelas reduziu o número de baleados no Hospital Getúlio Vargas
A ocupação dos complexos do Alemão e da Penha pelas forças de segurança, em novembro, resultou na redução considerável do número de baleados e na mudança do perfil de atendimentos no Hospital Getúlio Vargas (HGV), na região do conjunto de favelas. De uma unidade tradicionalmente voltada para o trauma (vítimas da violência e de acidentes, por exemplo), o HGV passou a ter mais pacientes clínicos.
“Tivemos uma baixa muito significativa do número de baleados”, disse o diretor-geral do hospital, Luiz Verbicaro.
Nos primeiros dois meses após a tomada da região, antes ocupada pelo tráfico, a queda foi de 32,1% em dezembro de 2010, em comparação ao mesmo mês em 2009 (de 38 para 56); e de 36,5% em janeiro deste ano (40, em comparação a 63), de acordo com estatísticas oficiais, obtidas pelo iG. Em fevereiro, as vítimas de tiros até o dia 23 haviam sido 26; se mantida a proporção, seriam 32 até hoje – o que representaria diminuição de 43,9%.
Os dados dos últimos cinco anos revelam que o último mês de dezembro teve redução de 32% em relação à média dos quatro anos anteriores – em comparação ao mesmo mês em 2007 (71 baleados), por exemplo, a queda chegou a 46,5%. O histórico também aponta redução, mas inferior, de 23,7%.
O mês de novembro de 2010, quando ocorreu a ocupação policial-militar, foi um mês violento a se tomar como referência o número de baleados no hospital, vizinho do complexo de favelas. Foram levados ao Getúlio Vargas 94 pacientes vítimas de PAF (projétil de arma de fogo). Quatro morreram após ser atendidos, e 21 já chegaram sem vida ao hospital.
Foi o segundo mês em número de internações por PAF na série histórica, desde 2006 – só superado por maio de 2007, quando chegaram 99 vítimas no hospital, no mês anterior ao início de operação policial na região, quando, houve 71 baleados internados.
A indicação da relação entre o número de baleados e os complexos de favelas é o fato de que 45 dos 94 (48%) baleados no HGV em novembro moravam nos bairros que circundam os complexos (Penha, Ramos, Bonsucesso, Olaria e Inhaúma) – 11 casos não tinham procedência informada.
A partir de dezembro, a proporção de casos da região caiu consideravelmente. Esses locais representaram apenas quatro casos de 38, ou 10,5%; em janeiro, foram oito de 40 pacientes, ou 20%, bem menos da metade dos 48% de novembro.
Confirmando as estatísticas de violência, 31 (78%) de 40 vítimas de tiros no HGV em janeiro tinham 30 anos de idade ou menos. O Mapa da Violência, estudo do Ministério da Justiça divulgado semana passada, mostra que os jovens são as principais vítimas de mortes violentas no país.
 
 
Sem violência, pacientes deixam o medo e vão mais a hospital
O hospital foi inaugurado em 1938 pelo próprio Getúlio Vargas, em meio à ditadura do Estado Novo (37-45) e ao culto de personalidade dos fascismos – daí o nome em homenagem ao presidente que o criou. Cerca de 400 médicos e 1200 enfermeiros cuidam dos atuais 311 leitos – inicialmente, eram 400.
Mas o perfil tradicional de pacientes com traumas (baleados, esfaqueados, atropelados) está sendo alterado, dando espaço ao atendimento clínico e a acidentes domésticos, com idosos, por exemplo. É efeito da ocupação dos complexos do Alemão e da Penha e também do incêndio que interditou em outubro o Hospital Estadual Pedro II, em Santa Cruz (zona oeste). Sem a unidade, moradores da zona oeste passaram a procurar o HGV, segundo Valeria Moll, superintendente de Saúde do Estado. As enfermarias estão lotadas.
A apreensão de centenas de armas nos complexos do Alemão e da Penha reduziu o número de baleados na região
Há 40 anos no hospital – inicialmente como acadêmico, na universidade, e depois como médico –, o diretor Verbicaro vê um impacto “psicológico” positivo da nova realidade de ocupação das favelas. “A população se viu mais livre para procurar o hospital. Há mais segurança e, consequentemente, mais pacientes. As pessoas agora podem esperar tranqüilas.”
Segundo ele, a violência afastava muitos médicos que poderiam trabalhar no hospital. “Era muito pesado [o clima]. A gente era assaltado aqui na frente. Tinha briga para estacionar dentro do hospital, por segurança. Uma vez, um médico de plantão foi assaltado; no fim do dia, o mesmo assaltante chegou ferido, e o médico recolheu com ele os objetos roubados. Era muita insegurança, uma espécie de guerra”, contou o diretor.
O hospital continua a ser referência em trauma e neurologia, por exemplo – tem dois tomógrafos – mas aumentou o volume de ortopedia, com o reforço de médicos bombeiros da especialidade. Houve aumento de cirurgias por vídeolaparoscopia, desde a chegada de dois aparelhos, o que reduz o pós-operatório de três dias para um e libera leitos – dez camas são destinados aos pacientes desse tipo de procedimento.
O cirurgião-geral Verbicaro lembra da evolução dos ferimentos a bala, fruto do aumento dos calibres de armas. “Antes eram tiros de revólveres calibre 22 e 38. Mas aí começaram os ferimentos resultados de projéteis de pistola, fuzil, metralhadora, estilhaços de granada…”
Na tarde de sexta-feira (25), havia 54 pacientes na sala de emergência de homens, em atendimento. Eram 30 para atendimentos clínicos e 24 de trauma (11 de ortopedia) e um baleado.
 
 
 
 

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