Clipping do dia 01 de junho

CLIPPING
01 Junho 2011
 
MÍDIAS DE SANTA CATARINA
 
Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Visor
Assunto: Sistema de comunicação da Polícia Civil
 
ERA DIGITAL
Secretaria de Segurança Pública estuda trocar todo o sistema de comunicação da Polícia Civil. Sai o modelo analógico, facilmente interceptado, e vem aí a era digital nas DPs.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Greve do magistério
 
Piso nacional só será pago a partir da folha de junho
Salário-base de R$ 1.187 para professores só virá no final do mês, mas valor será retroativo a 23 de maio, data da edição da MP
O pagamento do reajuste salarial dos professores da rede estadual, prometido para a folha de maio, não saiu e vai ser feito somente no final deste mês. A justificativa do governo foi que a medida provisória (MP) que prevê alteração dos valores foi assinada pelo governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira, quando a folha de maio já estava rodando e não era mais possível alterar. Apesar de já ter validade, líderes da base governista apostam em novas negociações antes de a MP ser votada.
De acordo com a assessoria da Secretaria de Estado da Educação (SED), os valores serão pagos em junho, retroativos a 23 de maio, data de assinatura da MP.
Enquanto isso, a medida continua tramitando na Assembleia Legislativa (AL). Ela não será retirada da votação, mas não há pressa para se fazer isso. A afirmação é do presidente da AL, Gelson Merísio.
– Ela já está valendo, mas não há pressa para votá-la. O prazo ainda pode ser estendido. É preciso negociar – ressaltou.
Isso é o que também defende o líder do PSDB, deputado Dado Cherem. Ontem, líderes da base governista tomaram café da manhã com o governador Raimundo Colombo. No encontro, Colombo expôs a falta de dinheiro para atender a reivindicação dos professores, que querem a aplicação do piso para toda a carreira.
– A medida vai ser votada, mas isso não será feito a toque de caixa. Queremos que seja decidido o melhor para todos – observou Cherem.
A MP tem 60 dias para virar lei. Se achar necessário, o Estado pode pedir mais dois meses de prazo. Para o líder do governo, Elizeu Mattos, ficou claro que há uma preocupação por parte do governador em resolver o impasse com os educadores.
– O pedido é que eles voltem às aulas para que as negociações continuem. É preciso ficar claro que não somos o governo. Não somos nós que vamos resolver essa situação – observou o deputado.
 
Colombo vai ao DF para encontro com Haddad
O governador e o secretário da Educação, Marco Tebaldi, têm um encontro, hoje, em Brasília, com o ministro da Educação, Fernando Haddad. Colombo quer buscar esclarecimentos sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao pagamento do piso, já que o acórdão, que traz a posição do STF na íntegra, ainda não foi publicado. A reunião está marcada para as 15h, no Ministério da Educação.
Colombo lembrou que, no início do ano, o advogado-geral da União afirmou que o governo federal ajudaria os estados a pagarem o piso do magistério. A medida abrangeu 11 estados e não incluiu Santa Catarina.
 
Enterro simbólico tem 200 docentes
Uma cruz com coroa e um caixão de verdade chamaram a atenção dos moradores de Palmitos, Oeste do Estado, ontem à tarde.
– Este funeral é o enterro simbólico do Plano de Cargos e Salários proposto pelo governo do Estado – disse a coordenadora regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de SC (Sinte), Elivani Secchi.
A encenação fazia parte do protesto de aproximadamente 200 professores de oito municípios, que fizeram um caminhada de 50 minutos pelas ruas centrais da cidade.
O ato começou em frente à Secretaria de Desenvolvimento Regional de Palmitos. Lá, foram coladas algumas cópias de diplomas na parede do prédio. Outras foram jogadas dentro do caixão. O “funeral” teve até vela e um professor com uma máscara do governador Raimundo Colombo, recolhendo os diplomas.
O secretário regional, Alencar Fiegenbaum, e o gerente regional de Educação, Valdir Mallmann, acompanharam o ato em silêncio.
– Respeitamos a manifestação deles – disse Mallmann.
Depois de algumas falas, começou a procissão, que foi até a Praça Carlos Culmey. Os professores vestiam preto e carregavam um caixão com os dizeres: “aqui jaz o plano de carreira”.
Os moradores ficaram surpresos.
– O que estão sepultando lá? – perguntou um homem num bar.
Alguns cumprimentavam e outros mostravam insatisfação com o ato, principalmente pelo caixão.
– Eles não têm o que fazer, vão trabalhar – disse uma mulher, sentada a uma mesa em que as pessoas estavam jogando cartas.
Na praça, os professores fizeram a queima simbólica dos diplomas e da máscara do governador.
– A proposta do governo desestimula, estudar para quê? – questionou Elivani Secchi, referindo-se ao reajuste proposto somente para os professores que não ganhavam o piso nacional, deixando os professores com especialização, mestrado ou doutorado fora do benefício.
– Isso é jogar nossos diplomas no lixo – completou o professor de Educação Física Dirson Back.
O secretário de Organização do Sinte estadual, Evandro Accadrolli, esteve em Palmitos e disse que estavam previstos atos em todas as regionais.
– Mantendo a atual proposta não tem fim de greve – disse Accadrolli.
 
Na Capital, Sinte avalia movimento
O comando da greve dos professores da rede estadual reúne-se hoje, na Capital, para avaliar o movimento e pedir, mais uma vez, uma audiência com o governador Raimundo Colombo. A greve completa 15 dias hoje.
O diretor estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte), Luiz Carlos Vieira, informou que eles irão ao Centro Administrativo protocolar o pedido de audiência. E ficarão por lá até serem atendidos. Na segunda-feira, o governador disse que desconhecia o pedido de audiência, feito na semana passada pelo Sinte.
– Já que o governador não viu o outro (feito na última quinta-feira), que eu mesmo entreguei na Casa Militar, vamos novamente pedir um encontro – explicou.
Ontem, foram organizados atos em várias cidades, como forma de pressão por uma nova proposta. Na Capital, o ato foi em frente à sede da Secretaria de Estado da Educação.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Geral
Assunto: Funcionários da WEG
 
Problema na água causou intoxicação
Mais de 500 trabalhadores da indústria tiveram enjoo, vômito e diarreia
A indústria WEG, de Jaraguá do Sul, confirmou, ontem, que uma falha na distribuição de água dentro do parque fabril 2, que fica na Avenida Waldemar Grubba, provocou a intoxicação nos funcionários. Ao menos 530 apresentaram enjoo, vômito e diarreia, desde o sábado passado.
Até que todas as caixas de água sejam examinadas, higienizadas e recebam filtros novos, a empresa continuará fornecendo água mineral a todos os colaboradores. Mas o motivo da contaminação só será descoberto quando os resultados de exames laboratoriais ficarem prontos.
A hipótese de contaminação pela comida foi descartada pela empresa, pois as análises realizadas em amostras deram negativo. Além disso, foi aplicado um questionário aos trabalhadores intoxicados e o ponto comum entre eles é que todos ingeriram a água do bebedouro.
O relatório do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Jaraguá do Sul (Samae) já foi entregue à WEG. Segundo o assessor de imprensa da autarquia, Vinicius Schweighofer, foi constatado que a água fornecida à empresa não apresentava problemas.
– Se fosse alguma contaminação na água do Samae, mais moradores da cidade teriam apresentado problemas, e não somente funcionários da Weg – declarou o assessor.
 
Resultado das análises deve sair em um mês
O responsável pela Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul, Walter Clavera, informou que resultado das análises das amostras deve levar pelo menos um mês para ficar pronto.
Ele disse que, ontem à tarde, o movimento no ambulatório da empresa e no pronto-socorro do Hospital e Maternidade Jaraguá diminuiu consideravelmente.
– Não foi registrado caso mais grave e ninguém foi internado.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Moacir Pereira
Assunto: Greve do magistério
 
A audiência
Durante reunião com os líderes partidários da base aliada na Assembleia Legislativa, o governador Raimundo Colombo voltou a reiterar o que já havia declarado em entrevistas: o governo quer pagar melhor os professores, já cumpriu a lei federal conferindo o piso salarial pela medida provisória, o Estado não tem como pagar o piso integralmente, continua aberto ao diálogo com os professores e seus assessores permanecem fazendo simulações. Os deputados disseram que a greve continua, está forte, tem o apoio da sociedade e querem a abertura de negociações para evitar o enfrentamento na Assembleia e mais desgaste político da gestão que está iniciando.
O impasse entre governo e magistério continua. A única novidade está em sinais políticos de ambas as partes sobre disposição de negociar e chegar a um entendimento. Esta possibilidade ficou evidenciada no encontro entre o presidente da Assembleia, Gelson Merisio, e a presidente do Sinte, Alvete Bedin. E, mais tarde, na recepção que dirigentes da Associação Catarinense de Professores tiveram de vários deputados da oposição e do governo. Delegações de diferentes regiões enviaram representantes, que ocuparam as galerias. Senhoras que viajaram toda a madrugada, sem jantar, para levar o apelo ao parlamento. A presidente da associação, Maria de Andrade Silva, fez um contundente e emocionado discurso da tribuna, apelando aos deputados para que rejeitem a Medida Provisória 188, que fixou o piso salarial, mas achatou com os salários, “liquidando a carreira do magistério”.
No Centro Administrativo e na Assembleia Legislativa, havia outra informação consensual: qualquer nova proposta do governo ao Sinte só virá depois da audiência do governador Raimundo Colombo hoje, às 15h, em Brasília, com o ministro da Educação, Fernando Haddad.
A deputada Luciane Carminatti, do PT, chegou a agendar viagem a Brasília, para acompanhar a audiência e incorporar-se aos apelos ao ministro petista. Soube, contudo, que a resposta de Haddad aos pleitos do governador deve ser negativa. Assessores do ministro informaram à deputada que “Santa Catarina tem recursos para pagar o piso” e não se enquadra nos critérios estabelecidos pela Lei 11.738, que fixou o benefício.
 
 
PEDIDO
O governador viaja a Brasília para cobrar uma posição oficial do governo em relação à lei do piso. Primeiro, porque ela prevê auxílio financeiro federal. Segundo, porque o advogado-geral da União garantiu, na sessão do Supremo Tribunal, que o governo federal garantia recursos para a concessão do piso aos estados e municípios. O problema catarinense, segundo se informa, é que teria havido desvio do Fundeb para outra destinação, com a incorporação dos recursos exclusivos da educação no cômputo da arrecadação, o que elevou as transferências para os outros poderes. O deputado Gelson Merisio afirmou que “é um absurdo contabilizar os recursos da educação para dividir o bolo” e se declarou favorável à revisão do critério. Posição defendida quando concedeu entrevista para anunciar a aplicação do teto salarial a todos os servidores e o envio ao Iprev e ao Ministério Público de cópias das aposentadorias por invalidez de todos os inativos. Medidas duras e polêmicas que objetivam apurar as denúncias e restaurar a imagem do Poder Legislativo perante a sociedade.
O comando estadual da greve dos professores terá reunião hoje, às 9h, no Hotel Valerim. Novas ações do movimento deverão ser definidas, tudo articulado com os encontros nas 30 regionais do sindicato. Às 15h, no exato momento em que o governador estiver sendo recebido pelo ministro, a direção do Sinte estará no Centro Administrativo e ali ficará até que a Casa Militar marque a audiência com Raimundo Colombo, pedida na sexta-feira.
O cenário visível indica: esta greve só termina com nova proposta do governo de descompressão salarial para preservar a carreira.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Informe Político
Assunto: LHS e Código Florestal Brasileiro
 
Virou alvo
Os contrários ao novo Código Florestal Brasileiro, em análise no Senado, não escondem de ninguém quem é o “bicho-papão” que querem ver longe da relatoria da matéria.
Trata-se do senador Luiz Henrique (PMDB). Para os defensores da causa verde, Luiz Henrique já mostrou a que veio quando apoiou a criação do Código Ambiental catarinense.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Reportagem Especial
Assunto: Caso Goetten
 
Os detalhes da investigação
A virgindade de uma adolescente de 14 anos. Aliciamento, encontros, consumo de álcool, cafetinagem e o trauma de uma vítima. São detalhes que fazem parte do inquérito da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) contra o ex-deputado federal catarinense Nelson Goetten (PR), 55 anos, preso desde segunda-feira em Florianópolis, suspeito de estupro e exploração sexual de menores. Os depoimentos indicam que, em torno dos crimes sexuais, haveria também pequenas quantidades de dinheiro em jogo. As garotas viajavam do Alto Vale do Itajaí para o Litoral Norte para se encontrarem com ele. A polícia afirma que a vendedora de lingeries Cristiane do Carmo Alves Paes, 28 anos, de Rio do Sul, que também está presa, aliciava as garotas para o político. Ela seria parente de uma das meninas. Na investigação, consta como tia dela e, em outras partes, como prima.
 
Virgindade vendida
O fato teria ocorrido no final de 2009, no apartamento em Meia-Praia (Itapema). Além de intermediar o estupro em troca de dinheiro, Cristiane teria participado dos atos sexuais.
Um tio da menina de 14 anos procurou a delegacia de Tijucas, a 50 quilômetros de Florianópolis, depois que um amigo da família, que foi casado com Cristiane, contou a ele que a ex-mulher estava “agenciando meninas novas para saírem com homens mais velhos, inclusive vendendo a virgindade de algumas”.
O tio contou aos investigadores que obteve a confirmação do estupro com a própria menina. Disse ainda que, às 10h41min do dia 8/6/2010, recebeu ligação no celular de um homem que se identificou como Nelson (Goetten), pedindo para que não procurasse a polícia “porque o nome dele não poderia se expor”.
Meia hora depois, o tio disse ter recebido ligação do mesmo número, em que Cristiane o ameaçou dizendo qu,e se falasse alguma coisa a vida, dele iria virar um inferno. A mãe da menina também fez boletim de ocorrência na delegacia, informando do estupro de Itapema e outro em Rio do Sul, em maio de 2010.
Ela disse ter ficado sabendo que Cristiane vendeu a virgindade da menina para Nelson e que a filha lhe confirmou o abuso. A garota contou à polícia que outras duas adolescentes lhe contaram que Nelson também tinha tirado a virgindade delas.
 
Os encontros
O primeiro encontro ocorreu depois de um lanche, pouco depois de um show musical em Porto Belo. A garota relata que, ao chegarem lá, encontraram Nelson e outras três adolescentes que não conhecia. Segundo a menina, no show, Cristiane lhe serviu bebida alcoólica e, no final, todos foram a uma “zona” em Itapema, onde ingeriu mais bebida alcoólica misturada com algum tipo de droga, que passou mal e desmaiou. Às 2 horas da madrugada desse dia, a garota foi levada ao apartamento em Itapema. Ela percebeu que foi violentada ao acordar com as pernas sujas de sangue.
Num segundo encontro, a menina disse que ouviu telefonema de Cristiane afirmando a Nelson que estava precisando de dinheiro e que iria mandar a menina a ele. A adolescente afirmou ter começado a chorar e que não iria, mas que Cristiane a mandou tomar banho, fazer uma prancha no cabelo e depois lhe disse: “trate de fazer ele feliz hoje”.
A menina declarou que, nesse dia, Nelson a buscou em sua caminhonete e seguiram para o Motel 3 Chalet’s, em Rio do Sul. No local, beberam uísque com energético e que Nelson a amarrou antes de violentá-la, oferecendo-lhe ainda R$ 350 em dinheiro. A menina informou que Nelson a deixou na casa de Cristiane, mas na frente do imóvel entregou R$ 250 dizendo que era para dar R$ 200 a Cristiane e que ficasse com o resto. Ela afirmou ter entregue todo o dinheiro a Cristiane.
 
As ameaças
Os depoimentos mostram que a garota afirmou ter sofrido várias ameaças de morte de Cristiane caso revelasse a alguém os abusos sexuais. Num deles, o tio contou à polícia que procurou sua sobrinha para saber se o estupro era verdade, tendo ela inicialmente negado. Depois, ao dizer que iria na delegacia, a menina veio correndo atrás dele e disse que não era para fazer nada porque eles iriam matá-la. Há ainda relatos da menina afirmando que, ao voltarem para casa, Cristiane disse qu,e se contasse alguma coisa, seria morta. Após o segundo encontro com Nelson, a menina contou que, ao levá-la embora, Cristiane a ameaçou caso contasse a alguém.
 
A filmagem
No primeiro estupro, a garota relatou à polícia que, ao acordar, viu Cristiane e Nelson. Ele, então, retirou uma filmadora de cima da TV e uma mídia de DVD. Isso a fez desconfiar que toda a situação tinha sido filmada. A garota disse também que as outras duas adolescentes que estavam no apartamento lhe disseram que Nelson e Cristiane mostraram o DVD com as cenas a elas. Apesar dos relatos, a polícia ainda não encontrou filmagem da suposta gravação dos atos sexuais.
 
A investigação
A polícia conseguiu apurar a data dos fatos entre Nelson e a garota a partir do depoimento da mãe e de depoimentos outras três adolescentes. Elas disseram que também sofreram abusos. Os policiais encontraram bilhetes da passagem de ônibus da viagem da garota da região de Pouso Redondo a Itapema.
A polícia obteve mais detalhes no depoimento de um colega do tio da menina – houve comentário no seu ambiente de trabalho sobre os supostos abusos. A polícia investigou e ouviu pelo menos dois funcionários da empresa (de Canelinha) e colegas do tio da menina. O nome do ex-deputado também foi citado pelos abusos num desses interrogatórios.
 
O trauma
A polícia ouviu pessoas do círculo da menina e afirma que a violência deixou sequelas emocionais. Um depoimento revelou que a garota tentou o suicídio pelo menos duas vezes, uma delas no banheiro.
“(As tentativas) se deram depois do trauma do abuso sexual sofrido (…) antes da violência sexual era uma menina dócil, tranquila, alegre, com um comportamento normal, mas após esses fatos tornou-se agressiva, distante, calada, que chora muito e que parece ter perdido a alegria de viver, que parece que a cabeça está sempre “sem sintonia”.
Há também depoimento onde a adolescente conta ter sido chamada de “estuprada” por colegas.
 
Do luxo à cela comum
A vida do ex-deputado Nelson Goetten na Unidade Prisional Avançada (UPA) será bem diferente do glamour que ele conheceu na política. A prisão é circundada por casas simples e gente humilde. No lado de dentro, nada de luxo: as celas são equipadas com camas de cimento, vasos sanitários, chuveiros e uma TV de 14 polegadas.
Detentos que têm curso superior ficam em celas separadas. Não é o caso de Goetten. não possui diploma de terceiro grau. O diretor, Marco Caldeira, disse que normalmente os presos suspeitos de estupro e violência doméstica são mantidos em uma cela que recebe o nome de seguro. A intenção é protegê-los dos outros presos.
A UPA tem capacidade para 72 detentos, mas abriga 104. Cada um tem direito a três refeições diárias: café da manhã, almoço e jantar, preparados pelos detentos. O cardápio é composto principalmente de arroz com feijão e carne. Quem tem condições financeiras pode receber reforço alimentar da família.
Os presos passam por revistas na entrada e saída das celas e, embora não tenham uniforme cedido pelo Estado, são obrigados a vestir roupas brancas. Eles podem manter nas celas apenas duas mudas de roupas, que só são substituídas caso estraguem.
Acostumado à imponência do condomínio Splendour of the Sea, Goetten não terá mais direito à vista para o mar. Na UPA, os banhos de sol acontecem durante duas horas por dia, em um pátio cercado por altos muros de concreto.
 
Condomínio em silêncio
O condomínio fechado Splendour Of The Sea, na Avenida Nereu Ramos – a principal de Itapema – está em silêncio. O apartamento 501 do bloco D, avaliado em R$ 1 milhão, é suspeito de servir de cenário para o ex-deputado federal Nelson Goetten de Lima aliciar adolescentes.
 
Ontem, moradores e funcionários se esquivavam de comentar a prisão. O conjunto de seis prédios, com dois apartamentos por andar, e seis mil metros quadrados só de área de lazer ainda não está todo vendido. Os vizinhos se dividem entre moradores e veranistas, que pouco se encontram fora de temporada. Goetten foi visto pela última vez por ali há 30 dias.
 
O ex-deputado federal visitava com pouca frequência no maior condomínio de luxo de Itapema. Às vezes, ficava até dois meses sem aparecer. Quando estava no apartamento, o político não conversava com ninguém. Quando era visto, estava dentro do carro, chegando ou saindo.
 
patricia.auth@santa.com.br
 
PATRÍCIA AUTH
Cronologia
– Final de 2009 – Teria ocorrido o primeiro estupro de uma garota de 14 anos no apartamento de Nelson Goetten, em Itapema.
– Junho de 2010 – Família de suposta vítima de estupro, de 14 anos, no Alto Vale do Itajaí faz boletim de ocorrência na DP de Tijucas denunciando estupro por Goetten e Cristiane.
– Fevereiro de 2011 – Deic começa a investigar Goetten, Cristiane e outras pessoas. A Justiça autoriza monitoramento telefônico do ex-deputado.
– Abril de 2011 – Goetten e Cristiane são interrogados pela Deic na Capital sobre o suposto estupro e a exploração sexual de menores, mas continuam em liberdade.
– Maio de 2011 – Dia 30. Goetten é preso, às 17 horas, numa barbearia em São José pela Deic. Cristiane é presa em Rio do Sul e Gilberto Orsi na BR-282, em Rancho Queimado. Eles tiveram prisão preventiva decretada pela Justiça de Itapema a pedido do delegado Renato Hendges. Goetten e Orsi são levados à Deic, na Capital.
Contrapontos
Em nova conversa com os jornalistas, na Deic, ontem, o ex-deputado voltou a garantir que é inocente e que as denúncias são inverídicas. Algemado, Nelson Goetten afirmou estar vivendo uma situação “muito dolorida” e de surpresa:
– É totalmente absurdo e desprovidoa de qualquer fundamento a acusação da qual eu respondo. Estão acontecendo barbaridades que eu não sei. Eu sou uma figura pública e pode haver razões e motivações para esse tipo de acusação. Eu estou tranquilo.
Goetten disse não ter a mínima noção de alguém que pudesse lhe acusar.
– Me sinto muito constrangido, envergonhado, minha família, meus amigos estarem acompanhando uma barbaridade dessas e eles não sabem a verdade. Agora eu tenho a verdade para explicar e vamos provar – destacou.
Goetten disse que a relação que mantinha com Cristiane e Gilberto Orsi era apenas de amizade no meio político. Ele ficou no auditório da Deic e não na carceragem. A Deic justificou a medida para manter a sua segurança pessoal, pois acredita que estaria colocando em risco a vida do preso caso fosse colocado com os outros detentos. O político deve ser levado hoje para a prisão em Itapema.
A defesa de Gilberto
O advogado Clóvis Barcelos Júnior, defensor de Gilberto Orsi, declarou que não há motivos para a prisão de seu cliente e também vai analisar as acusações para depois se manifestar.
A defesa de Cristiane
O DC não teve acesso à suspeita nem ao seu advogado
 
 
Outra jovem diz à polícia que foi vítima
A busca por um grupo para ensaiar coreografias de dança teria levado uma adolescente de 16 anos ao apartamento em Meia Praia, onde, segundo a investigação, o ex-deputado fazia suas orgias.
A jovem moradora de Pouso Redondo, no Alto Vale do Itajaí, prestou depoimento ontem em Rio do Sul e contou como teria sido seu primeiro encontro com Goetten.
Ela fazia parte do corpo coreográfico de uma fanfarra. Por isso conhecia Gilberto Orsi, o Beto. Em outubro de 2010, fez uma cirurgia e ficou um tempo sem ensaiar. Então, ligou para Beto e perguntou se ele conhecia um grupo de dança.
Meses depois, ele convidou a jovem para dançar em Itapema. Eles combinaram tudo e ele passou para pegá-la em casa. Uma mulher de 28 anos que se apresentava como Júlia estava no carro com Beto.
Os três seguiram viagem e passaram em Rio do Sul para pegar outra mulher que dizia se chamar Silvana e ter 21 anos. Segundo a menina, Beto disse que elas também iriam dançar. No caminho para Itapema, a adolescente percebeu pelas conversas que as duas mulheres não entendiam de dança. Foi quando ela perguntou onde eles iriam dormir e Beto respondeu que seria em um hotel. Mentiu. Beto as levou ao apartamento. A jovem descreveu o prédio do Splendour of the Sea e disse que, ao entrar no apartamento, encontrou Nelson Goetten. Em seguida, todos foram jantar e o grupo serviu uísque com energético para a menina.
Ela diz ter ficado tonta e com a visão turva. Então, as duas mulheres a levaram para tomar banho. Ao deixar o banheiro, a jovem diz que Goetten teria tentado arrancar sua roupa.
Foi então que, de acordo com depoimento da vítima, as mulheres a seguraram deitada em um sofá e o ex-deputado cometeu o estupro. Um homem que se apresentou como Matheus também estava presente e teria abusado da adolescente em seguida.
A menina diz ter contado para a mãe o fato, mas Goetten teria convencido deixar a filha sair com ele sob o pretexto de que seria mais rentável para ela. A jovem conta que voltou a se encontrar com Goetten por outras três vezes e que recebia entre R$ 200 e R$ 300. Ela diz ter participado de orgias com até cinco meninas. Segundo a garota, o acordo entre Goetten e Orsi seria de que o professor receberia R$ 100 cada vez que levasse uma menina ao apartamento.
O rapaz que teria participado da orgia em Itapema foi intimado e prestou depoimento ontem O nome verdadeiro dele é Wagner Correa, 35 anos, e ele não quis falar sobre o caso.
 
Mais uma suposta vítima aparece
Ontem à tarde, a Deic recebeu a informação de que uma suposta vítima havia sido identificada. A jovem de apenas de 16 anos é moradora de Ituporanga. Teria sido levada pelo menos três vezes para festas no apartamento em Itapema.
– A partir de agora vão surgir várias (vítimas) – prevê Renato Hendges.
Até agora, são três vítimas apontadas pela polícia. Mais denúncias podem ser feitas pelo telefone 181.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Presídio de Lages
 
 
Diretor é inocentado
A corregedoria da Secretaria de Justiça e Cidadania apresentou relatório sobre o caso do diretor do Presídio Regional de Lages, Edson Alves Pereira, envolvido numa briga que acabou com um homem baleado. Para a SJC, não houve irregularidade.
No dia 22, o diretor, a mulher e o filho trafegavam pela BR-282, no Bairro Conta Dinheiro, por volta de 14h. No trajeto, Edson se envolveu numa briga com pessoas que cruzavam a pé a rodovia. Ele disparou e acertou o pé de Andreis de Brum, 22 anos.
No depoimento, Edson disse que levou um soco no olho – o que foi comprovado por laudo – e atirou duas vezes em legítima defesa. Foi uma vez para o alto e outra em Andreis porque, por estar sozinho, Edson se sentiu acuado pelo grupo de seis pessoas.
Havia a suspeita que o diretor do presídio estaria embriagado, que teria sido desmentida pelos policiais militares que atenderam a ocorrência.
– Não cabe nenhuma punição – justificou o tenente-coronel Sandro Miranda, da corregedoria da SJC.
Na Polícia Civil as investigações ainda continuam.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Carteiro baleado
 
 
Versões são reconstituídas
Polícia Federal remontou, passo a passo, as circunstâncias de uma briga que quase acabou em morte
A Polícia Federal (PF) colocou de volta à cena do crime, na tarde de ontem, o suposto atirador e o carteiro baleado por causa de um cachorro, em 2010, no Bairro Areias do Campeche, em Florianópolis.
A reconstituição da tentativa de homicídio foi requerida pelo Ministério Público Federal para complementar o inquérito. Por um questão de milímetros a vítima não sofreu uma lesão na coluna. Os investigadores montaram as duas versões do fato ocorrido no fim da tarde do dia 15 de setembro, na Rua Francisco Vieira. Os trabalhos começaram pela narração de Márcio José de Oliveira, 33 anos, que está preso preventivamente como principal suspeito de disparar contra o carteiro Cláudio José Dias, 37.
Márcio disse que trabalhou como pedreiro na casa de Cláudio. Dias depois, voltou à residência para cobrar o serviço, mas não o encontrou. Cláudio teria se irritado com a insistência de Márcio e dirigido-se até o Campeche para tirar satisfações. Na rua, os dois iniciaram uma discussão. Segundo Márcio, o carteiro sacou um revólver, eles entraram em luta corporal, quando conseguiu pegar a arma e atirou em legítima defesa.
– Esse versão é totalmente incoerente. Prova disso é que Márcio não sabe nenhum detalhe da casa do carteiro. Eles nem se conheciam – rebateu o delegado Roberto Cardoso.
Para a Polícia Federal, o relato do carteiro é o mais coerente. Cláudio descreveu que estava de moto entregando correspondências, quando chutou um cachorro que o estava atacando. Mário, que encontrava-se num bar, não gostou da agressão e iniciou uma discussão. Logo em seguida, desferiu um soco contra a cabeça de Cláudio. Este, ao tirar o capacete para se defender, foi baleado. O projétil chegou a encostar em uma das vertebras da coluna e ainda continua alojada no corpo da vítima. O carteiro já se recuperou e está trabalhando em funções administrativas dos Correios.
Na época do crime, Márcio Oliveira cumpria pena em regime semiaberto por latrocínio na Penitenciária de Florianópolis. Segundo a PF, o homem também era investigado por participação em outro homicídio na Capital em 2010. Os investigadores localizaram a arma num lixeiro próximo à penitenciária.
– De dia, ele saía da cadeia e pegava a arma. Quando voltava para dormir, escondia – explicou Cardoso.
Com a reconstituição, a PF concluiu o inquérito. Márcio será indiciado por tentativa de homicídio.
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Veículo: Diário Catarinense
Editoria: Polícia
Assunto: Crimes e ocorrências
 
Preso suspeito de matar ex-namorada
A Polícia Civil de Armazém, no Sul do Estado, prendeu ontem, em Tubarão, o principal suspeito de ter matado a facadas, em maio de 2010, uma mulher de 33 anos. O possível autor do crime é ex-namorado da vítima. A operária de confecção Jucélia de Castro foi encontrada morta no apartamento onde vivia com a filha adolescente, que naquele final de semana estava na casa do pai. O ex-companheiro da vítima foi apontado como principal suspeito do homicídio desde o início. O acusado foi encaminhado ao Presídio Regional de Tubarão e será interrogado hoje.
 
Trio agride pastor em Herval d’Oeste
Um pastor evangélico foi agredido por três adolescentes no Bairro São Jorge, em Herval d’Oeste, no Meio-Oeste. O crime ocorreu no final da tarde da última segunda-feira. O grupo desconfiava que o religioso havia repassado à polícia o nome dos responsáveis por atos de vandalismo no bairro ocorridos no domingo.
A vítima teve várias lesões na cabeça, mas mesmo assim conseguiu identificar os garotos. Os acusados foram encaminhados à delegacia, devem responder a um Termo Circunstanciado, mas já foram liberados.
 
Bandidos roubam R$ 1 mil em posto
Um posto de combustíveis foi assaltado às 2h de ontem, em Capinzal, no Meio-Oeste do Estado. Um frentista e um cliente foram rendidos e amordaçados. As vítimas contaram à polícia que o crime foi cometido por dois homens encapuzados e armados com um revólver e uma espingarda. A dupla levou cerca de R$ 1 mil do caixa do estabelecimento.
Os celulares das vítimas também foram roubados. Os bandidos utilizaram a moto do cliente para fugir do local. O veículo foi encontrado abandonado ainda pela manhã.
 
Dupla realiza dois assaltos seguidos
Dois homens armados com revólveres assaltaram uma farmácia e um posto de combustíveis, em Apiúna e Ascurra, no Médio Vale do Itajaí, na na segunda-feira, à noite.
Primeiro, eles assaltaram a farmácia, no Centro de Apiúna, de onde levaram R$ 300. Minutos depois, assaltaram um posto de combustíveis às margens da BR-470, em Ascurra, levando R$ 4 mil. Os assaltantes usaram uma motocicleta para fugir. Ela foi localizada distante três quilômetros do posto. O veículo, com placas de Gaspar, tinha registro de furto.
 
 
ACONTECEU NA ALESC
 
 
Dos Gabinetes: Dado Cherem preocupado com a criminalidade em Camboriú
Os 17 homicídios ocorridos em Camboriú este ano foram tema do discurso do deputado Dado Cherem (PSDB) hoje à tarde (31) na tribuna da Assembleia Legislativa.
Preocupado, deputado Dado falou que a situação está fugindo do controle. No último final de semana foram quatro mortos, executados a tiros nos bairros Monte Alegre e Conde de Vila Verde. Pelo menos três desses homicídios foram cometidos por pessoas fortemente armadas que chegavam aos locais de carro e atiravam à queima-roupa, o que leva a crer que os crimes estão relacionados ao tráfico de drogas.
Em todo o ano passado o município teve 22 homicídios, mas, no ano anterior, Camboriú viveu uma onda de violência que foi contida por uma força- tarefa da Polícia Militar, que montou acampamento com mais de 20 policiais no distrito de Monte Alegre.
“Camboriú já foi classificada como o município com o maior número de homicídios. Não podemos deixar chegar a este ponto de novo. As pessoas de bem não podem ser submetidas às más”, afirmou.
O deputado Dado relatou, por telefone, ao governador Raimundo Colombo o que está ocorrendo em Camboriú e reiterou pedido de audiência pública com o secretário de Segurança Pública, César Grubba. Para participar da audiência o parlamentar já convidou a prefeita Luzia Coppi Mathias e os vereadores do município.
 
Questão social
Da tribuna, o deputado Dado assegurou que mais policiamento nas ruas e a volta da força-tarefa da Polícia Militar podem ser soluções a curto prazo, mas é preciso pensar no futuro.
“A riqueza da Avenida Atlântica de Balneário Camboriú que move a economia do município está sendo gerada pelo custo social de Camboriú. Não dá para fazermos de conta que o problema é só deles, só de quem está do outro lado da BR-101”, explicou.
Na sua avaliação, por ser uma cidade rica, Balneário Camboriú tem que começar a contribuir para o processo de desconstrução da crescente violência na cidade vizinha, sob o risco de, daqui a pouco, se ver envolvida também em onda de criminalidade. Este ano Balneário Camboriú teve oito homicídios.
“A cidade de Camboriú pede socorro, esse é um problema social. Faço um apelo e um desabafo aos senhores deputados que precisamos fazer algo com urgência por aquele município”.
 
 
Comissão de Defesa Civil tem novo nome
Acatando a sugestão do deputado Kennedy Nunes (PP), presidente da Comissão de Defesa Civil, a deputada Angela Albino (PCdoB) e os deputados Dado Cherem (PSDB), Dirceu Dresch (PT), José Nei Ascari (DEM), Aldo Schneider (PMDB) e Manoel Mota (PMDB), membros do grupo de trabalho, aprovaram em reunião realizada nesta tarde (31) a troca de nome da comissão, para Comissão de Proteção Civil. De acordo com os parlamentares, a ideia é abranger e trabalhar os acontecimentos antes de ocorridos, com informações preventivas.
De acordo com Kennedy, a inicia de mudar vem de Brasília. “Assim como a Comissão de Defesa Civil do Senado Federal, também acreditamos que se trabalharmos voltados para a proteção, ao invés de apenas defender estaremos contribuindo para redução de ocorrências. A proteção abrange o antes, o durante e o depois”, explicou. Kennedy, informando ainda que a intenção é preparar agentes para atuar na prevenção, evitando as tragédias.
 
Projeto de Lei Complementar
Além da troca de nome, a comissão aprovou o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 422/08, de autoria do deputado Gelson Merisio (DEM), que institui o Programa de Habitação Popular em Santa Catarina.
 
Audiência pública
Na condição de presidente da Comissão, Kennedy convidou os parlamentares para participar da audiência pública que acontecerá na próxima sexta-feira (3), às 9h30min, no Parlamento. O encontro será o primeiro de uma série de cinco audiências, uma em cada região do país. “Vamos debater com técnicos especialistas vindos dos três estados do Sul experiências sobre catástrofes climáticas visando criar uma legislação mais moderna que invista fortemente em preservação, com recursos disponíveis em caso de necessidade de reconstrução”, ressaltou o parlamentar.
 
 
Dos Gabinetes – Deputado Sargento Soares considera MP 188 inconstitucional
A greve dos trabalhadores em educação foi novamente tema de pronunciamento do deputado Sargento Amauri Soares (PDT), na tarde de terça, 31 de maio, na tribuna da Assembleia Legislativa. Para o deputado, o governador Raimundo Colombo perdeu uma boa oportunidade de dar um encaminhamento ao pleito dos professores, depois do retorno sua viagem à Europa.
Ele considera que a postura de postergar as decisões não é uma condução correta. “No cansaço o governo não vai ganhar contra essa greve, que já é uma das mais fortes da história do serviço público nas últimas duas décadas”, afirmou. O deputado pediu que o governador abra imediatamente um canal negociação com o sindicato.
No Parlamento, Sargento Soares vai manter a luta para derrubar a Medida Provisória nº 188 por considerá-la inconstitucional. “Uma medida provisória que quer mudar pelo menos três leis complementares é inconstitucional é um absurdo”.
Sargento Soares ainda repercutiu trecho da coluna do jornalista Moacir Pereira, do Diário Catarinense, na qual informa que o governo tem consciência de que precisa atender também os servidores da segurança pública e saúde – dois setores que ficaram credores no governo Luiz Henrique/Pavan. “Quem deve precisa pagar, para os professores e todos servidores do Estado”, afirmou Sargento Soares.
Na segunda-feira, 30 de maio, o deputado participou de ato dos professores na Praça Tancredo Neves, em frente da Assembleia Legislativa, na Capital.
 
 
BALANÇO DO DIA
O que dominou os debates no Plenário foi a greve dos professores. A deputada Ana Paula Lima (PT) declarou o apoio da bancada do Partido dos Trabalhadores à “aplicação do piso do magistério em cima do plano de carreira”. A deputada pediu ao líder do governo, deputado Elizeu Mattos (PMDB), para agendar uma audiência com o governador com a participação da Associação Catarinense dos Professores (ACP), o Sinte e parlamentares, para discutir uma alternativa que dê fim à greve.
O deputado Dirceu Dresch (PT) fez um apelo ao governador, “volte a negociar”. O parlamentar lembrou que o estado, “em vez de se preparar para pagar o piso, preferiu entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal”. Ele alertou que a estratégia do governo é transferir a responsabilidade da aplicação do piso ao governo federal. Todavia, o deputado Darci de Matos (DEM) recordou aos parlamentares que o Procurador Geral da República, quando do julgamento da Adin, recomendou aos ministros do STF que aprovassem o piso, porque o governo federal repassaria recursos aos estados fazerem frente às despesas decorrentes.
Ana Paula Lima reagiu e afirmou que o governador “vai passar vergonha ao falar como o ministro da educação”. Segundo a deputada, o estado precisará demonstrar, através de uma planilha, que os recursos da educação são insuficientes para bancar o piso. Convidada por Ana Paula, a presidente da Associação Catarinense dos Professores (ACP), Maria Andrade Silva, discursou da tribuna e afirmou que os professores estão em greve para garantir a aplicação de uma decisão judicial. De acordo com a presidente da ACP, a MP 188 “joga o plano de carreira na sarjeta”. Ela lembrou os parlamentares da “grave responsabilidade, eis que são os responsáveis pela educação ou deseducação em Santa Catarina”. De acordo com Maria Silva, “os professores têm muita dignidade e capital simbólico” e vão enfrentar a decisão do governo. Ela solicitou que o governo “pare de comprar uniformes, de construir ginásios, porque também se aprende de pés descalços” e pediu respeito aos professores.
O deputado Valmir Comin (PP) declarou não saber de onde o governo vai tirar recursos para cumprir a decisão do STF, mas lembrou que “esta é uma obrigação do estado”. De acordo com Comin, o governo demonstra uma lentidão incompreensível e que basta Colombo “cortar 50% das secretarias regionais” para que o Tesouro tenha condições de cumprir a determinação do STF. O deputado Sargento Soares (PDT) ressaltou o valor do vale-alimentação dos servidores do Executivo, incluído os professores, de R$ 132, ou seja, cerca de R$ 6 por dia. Soares afirmou que este valor pode ser menor, desde que haja feriados, uma vez que são descontados do vale-alimentação. O deputado Volnei Morastoni (PT) mostrou o que dá para comprar com R$ 6: um quilo de banana, um pé de alface e 800 gramas de cenoura. “Esta é a realidade do servidor do Executivo”, sentenciou.
O deputado Jean Kuhlmann (DEM) destacou o relatório de atividades do BRDE, afirmando que o banco, que completa 50 anos, “tem um papel fundamental no desenvolvimento do estado”, fazendo com que o crédito chegue àqueles que têm espírito empreendedor. Kuhlmann ainda se referiu à visita que fez ao Instituto Geral de Perícias (IGP), de Blumenau, que sofre pela falta de recursos. Segundo o deputado, o governo pecou ao tornar o IGP uma estrutura independente e não dotá-lo dos recursos orçamentários necessários ao seu funcionamento. Kuhlmann também abordou a questão da duplicação da BR-470 e fez um apelo à presidente Dilma Rousseff, já que nesses cinco primeiros meses de 2011ocorreram 40 mortes na rodovia.
Edison Andrino denunciou que há mais de seis meses nove embarcações pertencentes ao Ministério da Pesca encontram-se paradas em uma marina do Sul do estado. De acordo com Andrino, cada embarcação custou cerca de R$ 500 mil e que, portanto, são mais de R$ 4 milhões mal empregados, uma vez que esses barcos não estão sendo utilizados. O deputado Dado Cherem (PSDB) chamou a atenção para a insegurança nos municípios de Camboriú e Balneário Camboriú. Dado afirmou que nestes primeiros meses do ano ocorreram 17 assassinatos e que pelo menos três deles foram praticados por criminosos fortemente armados. Para o deputado, “a situação está fugindo do controle”. Não adianta, afirmou, colocar PMs nas ruas, é preciso investir em educação, na geração de emprego e renda e, principalmente, “ocupar a mente dos nossos jovens”.
 
 
 
PAUTA SENADO
 
 
Senado Federal
Plenário – 16h.
Item 06 – Projeto de Lei da Câmara nº 41, DE 2010 (nº 219 de 2003, na Casa de origem) – do Deputado Federal REGINALDO LOPES (PT-MG)
Assunto: Discussão em turno único do projeto que regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 janeiro de 1991, e dá outras providências. (ressalva o direito ao acesso aos documentos públicos de interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, nas hipóteses em que o sigilo seja ou permaneça imprescindível à segurança da sociedade e do Estado).
Obs.: Em regime de urgência, nos termos do Requerimento nº 476, de 2011.
Parecer:
Resultado:
 
 
 
PAUTA CÂMARA DOS DEPUTADOS
 
 
 
Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional – 10h.
Plenário: 03
Item 03 – Projeto de Lei Complementar nº 16/11 – do Deputado Federal RUBENS BUENO (PPS-PR)
Assunto: “altera a Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, que dispõe sobre as normas gerais para a organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas”. (Proíbe o emprego das Forças Armadas, sem prévia autorização do Congresso Nacional, no cumprimento das atribuições subsidiárias gerais e particulares e a execução de obras e serviços de engenharia, nos doze meses que antecederem as eleições).
Relator: Deputado Federal DR. ROSINHA (PT-PR)
Parecer: pela rejeição.
Em 04/05/2011, vista ao Deputado Federal GERALDO THADEU (PPS/MG).
RESULTADO:
 
Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado
Plenário: 06
Subcomissão permanente para a investigação de denúncias e acompanhamento de operações policiais sobre crime organizado, tráfico de drogas e armas, contrabando, crimes em fronteiras, pirataria, corrupção, lavagem de dinheiro, violência rural e urbana e situações conexas pertinentes à segurança pública – 13h.
Reunião deliberativa:
Aprovação do plano de trabalho da Subcomissão
RESULTADO:
 
 
MÍDIAS DO BRASIL
 
 
Veículo: Portal Último Segundo
Editoria: Brasil
Assunto: Ipea: população considera ruim trabalho da Polícia Civil
 
Ipea: população considera ruim trabalho da Polícia Civil
Má colocação “pode indicar, entre os cidadãos, especial desconfiança em relação à efetividade da investigação de crimes
O brasileiro considera ruim a investigação feita pela Polícia Civil, o que dificulta o acesso à Justiça. Em uma escala de avaliação que vai de 0 a 4 – em que 0 é muito mal, 1 é mal, 2 é regular, 3 é bem e 4 é muito bem –, a Polícia Civil ficou com média 1,81. É o que mostra a segunda parte de um estudo com indicadores da percepção social sobre a Justiça, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Foram ouvidas 2.722 pessoas de todo o País.
A segunda pior classificação ficou com os advogados, com média 1,96. Os advogados são a única das seis classes listadas na pesquisa em que a contratação do serviço é uma opção privada do cidadão. O terceiro lugar ficou com os defensores públicos (2,04), seguidos pelos juízes (2,14).
Os agentes mais bem colocados foram os policiais federais e os promotores, ambos com média 2,20. Apesar de ficarem com a melhor colocação do ranking, a classificação não teve um bom desempenho geral, pois ficou entre regular (2) e bem (3).
Quanto aos policiais federais, o estudo afirma que o bom desempenho pode estar relacionado “ao alto grau de exposição, geralmente com conotação positiva.”
Já em relação ao desempenho da Polícia Civil, que assim como a Polícia Federal, tem a responsabilidade de investigar crimes, o Ipea acredita que a má colocação “pode indicar, entre os cidadãos, especial desconfiança em relação à efetividade da investigação de crimes.”
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Veículo: Agência Câmara
Editoria: Segurança
Assunto: Câmara instalará comissão especial sobre piso de policiais na próxima semana
 
Câmara instalará comissão especial sobre piso de policiais na próxima semana
Parlamentares e policiais discutiram o tema em audiência da Comissão de Segurança Pública.
A Câmara vai instalar na próxima semana uma comissão especial para analisar propostas sobre qualificação e carreiras policiais, entre elas as PECs 300/08 e 446/09, que estabelecem piso salarial nacional para policiais e bombeiros. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara, Marco Maia, nesta terça-feira, quando policiais de vários estados estiveram em Brasília para pedir a inclusão das propostas na pauta do Plenário. O assunto também foi discutido em audiência pública da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e por integrantes da Frente Parlamentar em Defesa da PEC 300, instalada hoje.
As duas propostas, que tramitam em conjunto, foram aprovadas em primeiro turno em março do ano passado. O texto aprovado – uma emenda assinada por vários partidos – cria o piso e estabelece um prazo de 180 dias para o Executivo definir o valor. Nesse período, será adotado um piso transitório de R$ 3,5 mil para os policiais de menor graduação (soldados, no caso da PM) e de R$ 7 mil para os oficiais do menor posto.
A proposta de criação de uma nova comissão especial dividiu os participantes da audiência. Para o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), esse é o caminho a ser percorrido, pois nada é votado na Casa sem acordo. Segundo ele, “a comissão para discutir as PECs da segurança pública só não foi instalada ainda porque o PT e o PSDB não indicaram seus representantes”.
O deputado Domingos Dutra (PT-MA) concorda com a necessidade de continuar o diálogo. De acordo com ele, se o governo for contra, “a Câmara não aprova, porque aqui nada vai para a pauta se não tiver o convencimento de todos os líderes e do presidente”.
Já o líder do DEM, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), argumenta que o regimento da Câmara e a Constituição são claros. “A PEC já foi aprovada em primeiro turno e o processo de votação tem de ser retomado do lugar de onde parou.” O gestor da Associação Beneficente dos Servidores Militares de Sergipe, sargento Edgard Menezes Silva Filho, também defende a votação imediata da proposta. “Se eu tiver que perder, quero perder na votação, mas não porque alguém me tirou o direito de ter meu pleito apreciado em Plenário”, argumentou.
Relator da comissão especial que analisou as PECs, o ex-deputado Major Fábio também critica a criação de uma nova comissão sobre o assunto. “Eu fui relator de quê?”.
 

 

 

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