Neste dia 30 de novembro houve movimentação do Projeto de Lei do Senado nº 156 (novo CPP) que já havia sido aprovado em primeiro turno naquela Casa Legislativa e voltou para a Comissão Especial após receber 214 emendas de diversos senadores, algumas muito prejudiciais às instituições militares estaduais e à sociedade, inclusive restringindo a lavratura do TC por parte das polícias militares, além de conferir exclusividade para cumprimento de mandados de busca e apreensão para a polícia judiciária.
Após a leitura do texto final pelo Relator, Senador Renato Casagrande (ES), que rejeitava as emendas sem consenso, deixando o texto conforme as instituições militares haviam concordado como sendo o ideal, houve o pedido de vistas pelo Senador Aloísio Mercadante (SP) para que se discutisse melhor as emendas de sua autoria e que atendiam aos pleitos da ADEPOL.
O pedido de vistas foi acatado e, após intensa negociação entre representantes da FENEME, ADEPOL e representantes do MP, decidiu-se por não se alterar o texto final do relator, que foi aprovado em seguida na Comissão Especial e remetido para aprovação em segundo turno no Plenário do Senado.
Ressalta-se que entre todos os estados da Federação, os únicos que enviaram representantes para ajudar no processo de convencimento dos parlamentares foram Santa Catarina e São Paulo, que uniram-se aos oficiais das assessorias parlamentares já existentes em Brasília, totalizando 6 oficiais, contra aproximadamente 30 delegados de polícia.
Aprovado no Senado, o projeto de lei será remetido à Câmara dos Deputados, onde poderá sofrer alterações, o que demandará um esforço concentrado da FENEME, apoiada pelas demais associações estaduais no sentido de chegar-se a uma redação que atenda aos reais anseios de segurança da sociedade brasileira, afastando demais interesses puramente corporativos que só vêm em prejuízo da coletividade.