Clipping de 27 a 30 de setembro

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 28 SETEMBRO

 

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – Diário Catarinense

Na corda

O Pelotão de Patrulhamento Tático de Itajaí e Navegantes passou esta semana por um treinamento de descida de rapel no quartel do Corpo de Bombeiros de Itajaí. Os PMs receberam instruções de descida de rapel em aeronaves. Foram todos aprovados.

 

COLUNISTA MOACIR PEREIRA – Diário Catarinense

Segurança reforçada

A atuação conjunta da Polícia Militar e do Exército garantiu a segurança das casas no período em que moradores tiveram que deixar São Francisco do Sul por causa do incêndio químico. Até a tarde de ontem, não foram registrados roubos ou arrombamentos.

Mais votado, mas não eleito na disputa pela prefeitura de Palhoça, Ivon de Souza deixou o PSDB. Assinou ficha no PR e vai concorrer a deputado estadual.

Apoio à emenda Darci

Federações empresariais de SC enviaram documento de apoio a Darci de Matos (PSD), autor da emenda que garante atuação dos bombeiros voluntários. A lei, que está na Assembleia, dando poder de policia aos Bombeiros militares, empacou. Novidades podem surgir na terça-feira.

 

COLUNISTA PAULO ALCEU – Notícias do Dia

Segurança

No ano que vem, SC receberá novos soldados da PM, aprovados em concurso que disponibilizou mil vagas. Começam no dia 7 de outubro um curso de formação. A aula inaugural, segunda-feira, será do ministro da Justiça José eduardo Cardozo.

Lá e cá

Assinando ficha no PR, que vai acontecer na segunda-feira, o ex-tucano Ivon de Souza, caso haja uma nova eleição em Palhoça por conta da cassação do prefeito Camilo Martins, não poderá concorrer. A legislação determina que tenha uma filiação há pelo menos um ano. Fica de fora ou torcendo para que a cassação se concretize no TSE e seja marcada nova eleição para depois de um ano da entrada no PR.

 

ASSUNTO: Incêndio em São Francisco

VEÍCULO: Diário Catarinense

FUMAÇA QUÍMICA: 57 HORAS DEPOIS

Depois da retirada de moradores de São Francisco do Sul, no início da manhã de ontem a força-tarefa montada para combater o incêndio químico em galpão de fertilizantes conseguiu controlar a situação

A nuvem amarelada ainda assolava São Francisco do Sul na madrugada de sexta-feira e causava apreensão nas pessoas que atuavam na linha de frente dos trabalhos de combate. O que movia as equipes era a certeza de que até o meio-dia a fumaça seria controlada. Com especialistas se debruçando sobre o caso, o combate tomou um rumo certo ainda na quinta e exatamente às 6h08 de sexta, após 57 horas consecutivas de trabalho, o comandante do 7º Batalhão dos Bombeiros Militares, responsável pela região Norte de SC, Sérgio Mello, avisou que o transtorno havia acabado.
Depois da dificuldade em descobrir as propriedades do material químico e de informações desencontradas sobre o perigo da fumaça, foi na quarta, às 10h, que todas as equipes – bombeiros, Defesa Civil, Exército, Marinha e especialistas – uniram-se e garantiram a integração dos trabalhos. A operação era de risco – 10 mil toneladas de material – e várias tentativas para acabar com a fumaça foram testadas, até o encharcamento com espuma.
Segundo o comandante dos bombeiros, a mudança constante da direção dos ventos também dificultava o trabalho. A fumaça atingia as equipes e era preciso paralisar tudo. Um bombeiro passou mal. David Marcelino continua internado na UTI do Hospital Regional de Joinville.
Com a orientação do gerente de saúde e segurança da empresa Vale, e membro do conselho de produtos perigosos da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Manoel Santos Dutra, que chegou a São Francisco na quinta ao meio-dia, a água potável passou a ser a solução viável. Foram 2 milhões de litros de água utilizados nos trabalhos.
– Começamos o encharcamento do material. No composto de nitrato de amônia, temos vários núcleos térmicos. Tínhamos que extinguir estes núcleos para exterminar a fumaça – explicou.
Com a ajuda de um equipamento comprado emergencialmente pelo governo do Estado para medir a temperatura do local, os núcleos foram encontrados e com apoio de máquinas pesadas, que espalhavam o fertilizante, foram destruídos. O produto tem a aparência de barro. Com os tratores, ao longo do dia, o material foi sendo retirado do armazém até a manhã de ontem, quando todos os epicentros de calor foram controlados e a fumaça química totalmente extinta.
Para o especialista paulista, a ação pode ser considerada um sucesso. As orientações foram prontamente seguidas, e após o rumo certo, levou cerca de 10 horas para a fumaça ser controlada.

frentes a partir de agora

Segundo o diretor de resposta e desastre da Defesa Civil de SC, major Aldo Batista Neto, a partir de agora o trabalho será em três frentes em conjunto com as demais autoridades:

O término dos trabalhos na retirada do material químico

Acompanhamento da volta para casa e esclarecimento de dúvidas aos moradores

Monitoramento ambiental – acompanhar as possíveis consequências

O número da Defesa Civil é o 199.

 

Pouco mais da metade das empresas foi vistoriada

Uma avaliação feita pelo Corpo de Bombeiros Militares após a fumaça química ser controlada em São Francisco do Sul mostra que das cerca de 2,5 mil empresas cadastradas na prefeitura, 1.556 de pequeno, médio e grande porte passaram por vistoria da equipe técnica desde o início deste ano.
Deste total, 54 estabelecimentos – todos com mais de 750 metros quadrados ou acima de quatro pavimentos ou ainda onde ocorrem reuniões de público – assinaram um termo se comprometendo em apresentar plano de prevenção contra incêndio num prazo que se estenderia até a próxima requisição do alvará de funcionamento.
De acordo com os Bombeiros Militares, a Global Logística, dona do armazém onde aconteceu o incêndio químico, não está incluída entre as empresas vistoriadas pelo Corpo de Bombeiros Militares nem entre as que firmaram o termo de compromisso. O parecer técnico da corporação serve como pré-requisito para a emissão do alvará de funcionamento dos estabelecimentos desde março, quando os Bombeiros Militares firmaram um convênio com a prefeitura (que é quem fornece o documento).
– As empresas que não atendiam os requisitos dos Bombeiros Militares ganharam tempo para a regularização porque não ofereciam risco iminente de incêndio. Acredito que desde março a prefeitura não tenha liberado alvarás sem os atestados de vistoria. Havia um empenho pela regularização dos estabelecimento – explica o sargento Jurandir de Andrade.
Em entrevista coletiva, o prefeito de São Francisco do Sul, Luiz Roberto de Oliveira, afirmou que a Global Logística tinha o alvará necessário para funcionar. Porém, o prefeiro não detalhou como foi feito o processo de liberação da licença, nem em qual data o documento teria sido expedido.
Representantes da empresa também garantem ter os documentos, mas até ontem não os havia apresentado à imprensa.
Responsável pelo inquérito policial que apurará o incêndio químico, o delegado Leandro Lopes, deve receber os comprovantes na semana que vem – quando também deverão ser ouvidos os responsáveis pela empresa. Na manhã de ontem foram coletados depoimentos de funcionários da Global Logística.
1.556 empresas de pequeno, médio e grande porte passaram por vistoria dos Bombeiros Militares desde o início do ano
54 estabelecimentos assinaram um termo se comprometendo em apresentar plano de prevenção contra incêndio

Acidentes com nitrato de amônia

1921

– Alemanha – Um depósito com 4 mil toneladas de nitrato de amônia explodiu na cidade de Oppau, Alemanha, matou mais de 500 pessoas e feriu mais de 2 mil

1947

– Estados Unidos – Dois barcos carregados com cerca de 4 mil toneladas de nitrato de amônia explodiu e matou 581 pessoas em Texas City

1947

– França – explosão em navio com 2,5 mil toneladas de nitrato de amônia deixou 21 mortos

1998

– China – Em Xinping, explosão de uma fábrica de fertilizantes químicos no norte do país matou 24 trabalhadores

2001

– França – Em setembro de 2001, uma explosão na fábrica de fertilizantes AZF, com 3 mil toneladas de nitrato de amônia, causou 29 mortes e feriu 2,5 mil pessoas

2013

– Estados Unidos – No dia 16 de abril, a fábrica de fertilizantes da West Fertilizer explodiu no Texas matando 14 pessoas e ferindo cerca de 200

 

ASSUNTO: MIGRAÇÃO PARTIDÁRIA

VEÍCULO: Diário Catarinense

Trocas de siglas de olho em 2014

Nos últimos dias de prazo para quem quer concorrer no próximo ano, lideranças catarinenses negociam mudanças de legenda

A poucos dias do prazo de filiação para quem quer concorrer nas eleições do ano que vem, os partidos catarinenses buscam novas lideranças e os políticos atentam para oportunidades que impulsionem suas candidaturas. No troca-troca partidário em SC, a migração de alguns nomes já é dada como certa.
Único representante do PDT na Assembleia, o deputado Amauri Soares está em negociação avançada com o PSOL, mas ainda não descarta a possibilidade de ingressar no PCB. Comunicado de um processo de expulsão de seu atual partido – decisão que deve ser oficializada neste fim de semana pela comissão de ética do PDT –, o parlamentar pretende se filiar a uma legenda que considera dentro do espectro da esquerda.
– O PDT tornou-se um partido de negociatas – diz o deputado.
O PP tem ao menos dois novos nomes confirmados. O primeiro deles é Beto Martins (PSDB), atual secretário de Estado de Turismo, que deve concorrer a deputado estadual pela sigla. Embora Martins evite declarar oficialmente a saída do tucanato, fontes pepistas garantem que a legenda está com tudo pronto para recebê-lo. O segundo nome é o deputado federal Jorge Boeira (sem partido). Ele afirmou que até 4 de outubro deve fechar definitivamente com o PP.
No PSB catarinense, o presidente Paulo Bornhausen evita falar sobre novas adesões. Mas há rumores de que a sigla teria acertado com ex-deputado federal Gervásio Silva (PSDB) para trazê-lo ao partido.
O deputado estadual Edison Andrino (PMDB) foi procurado pelo PT há cerca de duas semanas. O parlamentar também já foi sondado pelo PPS e PSB. O também peemedebista Dário Berger pode deixar a sigla para concorrer ao governo do Estado. Teve conversas com DEM e é especulado no PDT.

ASSUNTO: Ameaça em Joinville

VEÍCULO: Diário Catarinense

FAMÍLIA VIGIADA: Dupla presa por extorsão

As ameaças iniciaram há uma semana, quando uma caixa com inscrições no nome da prefeitura de Joinville chegou pelo correio. Dentro do pacote havia uma carta com algumas instruções e a ameaça.
Em um pendrive, três vídeos gravados pelos criminosos que, cobertos com uma máscara e falando com vozes distorcidas, deram mais instruções, conforme comprovam as imagens divulgadas pela Polícia Civil:
– Você está recebendo duas malas, no qual deverá ser colocado, em cada uma, R$ 1 milhão.
A vítima entrou em contato com a Divisão de Investigação Criminal assim que recebeu a correspondência. A caixa foi apreendida e levada para análise no Instituto-geral de Perícias, com a intenção de preservar possíveis pistas dos criminosos. Mas não ajudou muito. Isso porque os peritos não encontraram nenhuma impressão digital nos objetos.
Nos vídeos, os criminosos mostram que o médico e toda a família estavam sendo monitorados e os ameaçavam de morte caso ele não pagasse o valor pedido. Até imagens do filho do casal sendo levado para a escola aparecem nas gravações.
Sogro de um dos suspeitos foi empregado da família
– Eles estudaram a vida da vítima, ficaram um bom tempo perseguindo e levantando informações. Foi um trabalho minucioso e premeditado. O terror foi tão grande que a família tomou medidas drásticas de segurança – disse o delegado responsável pela investigação, Jeferson Prado Costa.
A polícia conseguiu identificar os dias em que os suspeitos monitoravam as vítimas e os veículos utilizados no crime.
Na madrugada de quarta-feira, um dos suspeitos foi preso em flagrante quando tentava entregar a nova correspondência à vítima. O irmão foi preso em seguida. Na casa de um deles foram encontradas mais evidências da prática da extorsão, como o notebook utilizado para fazer as gravações, a roupa e documentos.
Durante interrogatório, os irmãos confessaram que o sogro de um deles, que já foi empregado da família, teria passado informações. O sogro também pode ser indiciado por participação no crime, diz o delegado.
Os irmãos já estão no Presídio de Joinville. Eles responderão por crime de extorsão e podem ser indiciados por associação criminosa.

 

ASSUNTO: Incêndio em São Francisco

VEÍCULO: Notícias do Dia

Bombeiro que se intoxicou com fumaça está em estado grave

Permanece internado em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt o bombeiro David Marcellino, 59 anos, dos Bombeiros Voluntários de Guaramirim. Ele trabalhava no combate ao incêndio químico num galpão da Global Logística, na quarta à tarde, quando foi surpreendido pela mudança do vento e inalou a fumaça da reação química do incêndio de uma carga de fertilizantes. De acordo com o filho dele, Alexandre César Marcellino, 34, programador CNC, ele continua entubado, mas tem respondido a estímulos.

“Ele não respira sem a ajuda de aparelhos, mas se a gente fala ou faz alguma coisa, ele reage. Esse é o grande diferencial para a gente. As respostas dele estão cada vez maiores”, contou. David Marcellino é joinvilense, mora em Navegantes, tem mais de 30 anos de experiência no combate a incêndios e desastres, e atualmente é bombeiro voluntário em Guaramirim.

“Ele trabalhou em Joinville, em Guaramirim, foi comandante em Fraiburgo, atuou na Argentina em cidades como Rosário, também foi instrutor em Erechim e Tapejara, no Rio Grande do Sul. E no Oeste não teve cidade onde ele não foi bombeiro”, contou o filho.

Mesmo sabendo que o estado de saúde do pai é grave, Alexandre mantém a esperança na recuperação. “A gente lamenta muito isso ter acontecido, ainda mais com uma pessoa como ele, que tem experiência, mas aconteceu. Agora vamos acompanhar e ver ele sair daqui para contar essa história para vocês”, comentou. Desde quarta, ele e outros parentes tem se revezado para visitar o bombeiro. “De manhã podem entrar duas pessoas por meia hora, à tarde, três por 45 minutos, e à noite, duas por meia hora. Todo mundo se reveza, menos eu, que entro sempre para ver como ele está”, detalhou.

 

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 29 SETEMBRO

 

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – Diário Catarinense

Eles merecem

Neste domingo, ocorre no Parque de Coqueiros, em Florianópolis, o Dia do Bombeiro.

 

COLUNISTA CACAU MENEZES – Diário Catarinense

Aula magna

A convite do governador Raimundo Colombo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, profere aula magna aos mil candidatos aprovados no concurso para soldado da Polícia Militar de SC. Os novos PMs vão iniciar um período de formação de oito meses nas escolas espalhadas pelo Estado.
O evento será às 10h desta segunda-feira, no Teatro do CIC, em Florianópolis.

 

ASSUNTO: Reportagem sobre o Secretário de Estado da Fazenda

VEÍCULO: Diário Catarinense

PERFIL: Austero, discreto e ambicioso

Dois anos atrás, acomodada nas cadeiras verdes do anfiteatro da Celesc, uma plateia ouvia atenta o então presidente Antonio Gavazzoni (PSD) falar sobre o futuro. Eram diretores, servidores e adolescentes do Programa Jovem Aprendiz.
– Vocês sabem onde querem estar daqui a 20 anos? Eu sei: quero ser governador – disse Gavazzoni.
Ele jura ter tentado apenas motivar aqueles meninos e meninas que estavam concluindo o estágio na estatal. De qualquer forma, o episódio mostra a obstinação do atual titular da Secretaria de Estado da Fazenda, que ocupa um confortável gabinete no térreo do Centro Administrativo, na SC-401, em Florianópolis. Na sala em L, a decoração é modesta, com alguns livros, portfólios e balancetes ainda dos tempos da Celesc, exibidos com orgulho pelo secretário. Sobre a mesa de granito estão as pastas do que deve ser um novo feito: o Plano de Gestão de SC, previsto para ser lançado em outubro e que tem o objetivo de reestruturar a administração indireta, incluindo a extinção de algumas empresas.
Pessoas próximas deixam escapar que o secretário não gosta da ideia de ser personagem de um perfil jornalístico. Não que seja avesso a repórteres ou entrevistas. É que, entre o final de agosto e início de setembro, teve de enfrentar o fogo-amigo do PMDB e do próprio vice-governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB), desconfortável com as últimas nomeações na Secretaria de Estado da Saúde. Gavazzoni não quer mais confrontos. É um conciliador de interesses, o que o leva a se entender com todo mundo. Quase sempre.
– Mais pão-duro do que o Gavazzoni só mesmo o Colombo. A frase que mais escuto dos dois é “não tem dinheiro” – reclama um secretário insatisfeito com os recursos que vem recebendo para investimentos.
Considerado um supersecretário pelos governistas, Gavazzoni é hoje um dos homens fortes de Colombo, que o consulta sobre os mais diversos assuntos. Recentemente, a pedido do próprio governador, o secretário lançou o Plano de Gestão da Saúde, pacote para melhorar a performance dos hospitais públicos do Estado. Leva ainda o carimbo do secretário o gerenciamento do Fundo de Amparo aos Municípios (Fundam), que deve injetar R$ 500 milhões nas 295 prefeituras de SC.
No portfólio de Gavazzoni está também o Programa de Demissão Voluntária Incentivada lançado em setembro. Entre as missões diretas da Fazenda está o controle das contas, uma vez que o Estado tem enfrentado problemas em equilibrar a receita e os gastos: SC ultrapassou, em maio, o limite prudencial ao comprometer 47,38% da receita com os gastos com pessoal (a Lei de Responsabilidade Fiscal fala em 46,55%).
– É o supersecretário, é quem realmente manda no governo. As principais ações têm o dedo dele, não tem jeito – diz um peemedebista, ainda magoado com o que classifica de intervenção na Secretaria da Saúde.

Reaproximação

A relação de confiança entre o governador e o secretário teve de ser reconstruída nos últimos dois anos. O desentendimento é contado em detalhes pelos interlocutores do governo, que lembram da decepção de Gavazzoni ao ser convidado por Colombo para assumir a Secretaria da Saúde no início do governo, quando esperava ser voltar à Fazenda – que comandava com o antecessor Luiz Henrique da Silveira (PMDB).
– Eu lembro que o Gavazzoni ficou muito chateado: trabalhou durante toda a campanha e esperava ser reconduzido à Fazenda – lembra outro secretário.
– Ele ficou furioso – diz um terceiro interlocutor, sem medir as palavras.
Essa fúria – que revela o temperamento forte característico da origem italiana – se traduziu na saída de indicados seus da Fazenda, em retaliação à nomeação de Ubiratan Rezende para a pasta. Para apaziguar os ânimos, a alternativa foi a indicação de Gavazzoni para a presidência da Celesc. A manobra foi apoiada pelo cunhado Gelson Merisio (PSD), ex-presidente da Assembleia, que tem boas relações com o governador.
Na estatal, onde passou os primeiros dois anos do governo e montou uma equipe de sua estrita confiança – nos bastidores são os conhecidos gavaboys –, Gavazzoni voltou a mostrar seu perfil de gestor. Entre outras ações, criou o Plano de Demissão Incentivada, estratégia que enxugou o quadro de cerca de 4 mil para 2,7 mil empregados.
– Hoje a Celesc tem R$ 800 milhões em caixa – fala, orgulhoso.
Ainda assim, a estatal possui uma dívida líquida que gira em torno de R$ 1,8 bilhão. No final de agosto, a Aneel deu prazo de 60 dias para que a Celesc apresente um plano e demonstre a viabilidade econômico-financeira da estatal. Caso contrário poderá não renovar a concessão.
O trabalho à frente da Celesc serviu para reaproximar Gavazzoni, Colombo e Merisio. A questão cultural e geográfica ajudou. O serrano Colombo e os oestinos Merisio e Gavazzoni compartilham hábitos, sotaques e culturas. Gostam do mesmo tipo de comida, de conversas, de piadas, de juntar o trio para jogar cartas.
A intimidade é tanta que algumas formalidades, como bater na porta antes de entrar, são esquecidas. E nada impede que o governador fique esperando enquanto o secretário passa horas comandando até três reuniões simultaneamente.

Nas graças de LHS

A ascensão de Gavazzoni na máquina do Estado começou à frente da Secretaria de Administração no início do segundo mandato de Luiz Henrique da Silveira (PMDB). O pessedista lançou mão de um arrojado corte de gastos e começou a cair nas graças do peemedebista. Ambicioso, realizou a primeira licitação da história do governo de SC para a contratação de serviço de telefonia celular. Nessa negociação, Gavazzoni conseguiu que a operadora vencedora isentasse as ligações entre os telefones do governo, o que era incomum na época.
O secretário também se mostrou presente em um dos momentos mais complicados da vida política de LHS, quando o Tribunal Superior Eleitoral julgou o pedido de cassação em ação movida pelo PP nas eleições de 2006. Advogado por formação, Gavazzoni usou da experiência em Direito Eleitoral para sair em socorro do então governador. Pediu alguns dias de folga na Administração e embarcou para Brasília para auxiliar o jurista Eduardo Alckmin na defesa. A estratégia – incluir o então vice-governador Leonel Pavan (PSDB) no caso – deu certo.
– Hoje o Gavazzoni é um dos poucos caras fora do PMDB que tem a confiança de LHS – conta alguém que priva da intimidade do senador.
Outro episódio marcante na relação entre o secretário e o ex-governador foi a criação do Instituto de Previdência de Santa Catarina (Iprev). O pessedista foi protagonista de uma exaustiva discussão com os poderes Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas para criação de um fundo único. Depois do consenso, foi a vez de encarar os sindicalistas e 16 audiências públicas em todo o Estado. O próprio Luiz Henrique disse à época duvidar que o secretário conseguisse tirar do papel a ideia que estava em pauta há pelo menos 20 anos.
Em 17 de agosto de 2008, por 24 votos a favor e 13 contra, a Assembleia aprovou as mudanças e a criação do Iprev. Foi uma das grandes vitórias da carreira de Gavazzoni, ainda que o próprio secretário minimize o feito: “não faço esse tipo de somatório”.
Com o novo sistema, a previsão é de que o sistema de aposentadorias do Estado atinja um ponto de equilíbrio em 35 anos.
– A criação do Iprev foi um divisor de águas na carreira do Gavazzoni – fala um antigo secretário de LHS que estava no governo na época e acompanhou as negociações.
Com tanta dedicação, veio a recompensa: LHS colocou Gavazzoni na Fazenda em dezembro de 2008.
O trampolim
A história mostra que a Secretaria da Fazenda pode ser um trampolim para aqueles que sonham em governar SC. Quatro governadores catarinenses passaram pela secretaria nos últimos 90 anos: Adolfo Konder, Heriberto Hulse, Antonio Carlos Konder Reis e o exemplo mais recente, Paulo Afonso Vieira (PMDB), eleito governador em 1994.
– Antonio (Gavazzoni) é muito esperto e ambicioso: quer ser governador. Ele corre, faz as coisas, e só depois comunica. Só que faz com competência – define um colaborador do governo.
Considerando que o atual momento político lhe exige prudência, Gavazzoni nega que seja um supersecretário e não gosta de falar sobre suas aspirações a governador. Reconhece que, diante do cargo que ocupa, é natural ter a ambição de governar SC. Sabe ainda que a fila no PSD é longa. Entre os pessedistas estão nomes como o do deputado federal João Rodrigues, do prefeito Cesar Souza Junior e do próprio deputado estadual Gelson Merisio.
– Não faço desse meu desejo (de ser governador) uma missão de vida – fala o supersecretário.

Cobrador aos 7 anos

Casado com a médica ginecologista Fabielle, Gavazzoni tem dois filhos: Lorenzo e Bianca. O menino é o mais velho dos gavababys – como se referem às crianças os funcionários mais próximos – , completou dois anos em agosto. A menina tem 10 meses.
– No sábado e domingo, dificilmente viajo a trabalho como o Raimundo (Colombo) ou o Gelson (Merisio). Vou para casa ficar com minha mulher e meus filhos, senão não tem graça nenhuma – conta ao explicar o equilíbrio entre a maratona de 12 horas diárias de trabalho e a vida em família.
Xanxerense de classe média-alta, o secretário de 39 anos é o caçula de quatro irmãos. Fala com orgulho da família e do empreendedorismo do pai, que comprou um ônibus e criou o transporte coletivo de Xanxerê. Hoje a Auto Viação Xanxerê tem 15 veículos e a concessão do transporte da cidade até 2032.
Aos sete anos, o filho foi trabalhar ao lado do pai como cobrador de ônibus, mas não viu nos negócios da família o seu futuro. Fez o curso na Unoesc e se formou advogado. Logo depois veio o mestrado e ainda este ano planeja concluir o doutorado em Direito Público na UFSC.
O secretário não gosta do rótulo de político, nem reconhece o perfil articulador. Insiste que é somente um advogado e que hoje exerce no governo um papel de gestor. Até a criação do PSD, sempre militou em legendas liberais. Se filiou ao PFL aos 18 anos. Depois veio o DEM.
– Eu nunca entrei na política de verdade, mas sempre trabalhei com política. Nunca disputei uma eleição. Sou suplente do senador, só que o voto é dele – diz Gavazzoni em referência a Luiz Henrique, dono da cadeira no Senado.

O discurso de Jaison Barreto

O primeiro episódio político de que se lembra é de 1982, aos oito anos de idade, ouvindo o discurso de alguém que sonhava ser governador de Santa Catarina. No palanque improvisado, praticamente ao lado da casa dos pais de Gavazzoni em Xanxerê, estava o senador Jaison Barreto (PMDB).
Era a primeira eleição direta para governador em Santa Catarina no final do regime militar (a ditadura só acabou em 1985). Naquele ano, Jaison foi derrotado por Esperidião Amin (sem partido, porque era PDS, não PP). Outra eleição que Gavazzoni não esquece foi a primeira do cunhado Merisio para a Câmara de Vereadores de Xanxerê. O ano era 1988.
– Me lembro até hoje: fez 713 votos – fala o secretário, traído pela memória, porque a Justiça Eleitoral mostra que o cunhado recebeu 707 votos naquela disputa, suficientes para que fosse o vereador mais votado da cidade.
O primeiro cargo público de destaque ocupado por Gavazzoni foi o de procurador-geral de Chapecó, na gestão do então prefeito João Rodrigues. Antes disso, habitava o segundo escalão, como assessor jurídico na prefeitura de Xanxerê. A chegada ao governo estadual, em 2007, foi sugestão do então deputado estadual Antonio Ceron (PSD) – chancelada pela bancada do DEM na Assembleia Legislativa. O cunhado Gelson Merisio – mais uma vez – não se intrometeu na decisão. Pelo menos, jura que não.

 

PRINCIPAIS NOTÍCIAS DO DIA 30 DE SETEMBRO

 

COLUNISTA RAFAEL MARTINI – Diário Catarinense

Galpão clandestino

Para o Corpo de Bombeiros Militar de SC, o galpão de 4,5 mil metros quadrados em que ocorreu o incêndio químico em São Francisco do Sul é clandestino. Não existia nem sequer um plano de contingência para o caso de acidente no espaço usado para armazenar 10 mil toneladas de nitrato de amônia.
Ambiente ameaçado – Tem especialista que prevê para esta semana os primeiros sinais do impacto ambiental na água (peixes mortos) e na vegetação (mata seca) na região de São Francisco do Sul.

Busca por respostas

Polícia Federal, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Instituto Geral de Perícias têm equipes analisando as causas do que teria provocado o incêndio. Exército e Marinha só monitoram.

Voz da experiência

Para o coronel Oliveira, comandante do Corpo de Bombeiros Militar, a virada no combate ao incêndio se deu na quinta-feira pela manhã, com a chegada dos três técnicos da Vale do Rio Doce e da câmera térmica para localizar os focos de calor.

Aliás

Os bastidores da força-tarefa renderiam um livro. O que teve de gente dando pitaco no início da operação foi qualquer coisa. Só depois de instalado um posto de comando no local é que se colocou “ordem na casa”.

Todos são bombeiros

O episódio de São Francisco do Sul comprovou mais uma vez que a disputa entre militares e voluntários se dá no campo político por conta de interesse financeiro. Na turma operacional, que vai para a linha de frente atender às ocorrências, existe camaradagem e respeito.

Cadeião em Barreiros

Não tem mais volta. A nova Central de Triagem será construída em Barreiros, São José, em terreno cedido pelo Ministério Público, próximo ao antigo canil da Polícia Militar. Mas quem pensa que o atual “cadeião” do Estreito será desativado pode tirar o cavalinho da chuva. Permanece no mesmo local.

Pressão alta

O Tribunal de Justiça acolheu o recurso do Ministério Público e cassou benefício de prisão domiciliar concedido para um detento que cumpria pena de oito anos e nove meses em regime semiaberto, sob a alegação de ser hipertenso e depressivo. Vai voltar para o regime fechado em penitenciária no Norte do Estado, porque as doenças também podem ser tratadas no cárcere.

Agora vai

Quinta-feira agora a SSP inaugura a moderna Delegacia Regional de Polícia de Blumenau, obra que recebeu investimento de R$ 3,6 milhões. A execução do projeto chegou a ser paralisada no início do governo Raimundo Colombo por suspeitas de superfaturamento.

 

COLUNISTA MOACIR PEREIRA – Diário Catarinense

Fiscais

Marcada para amanhã a eleição da nova diretoria do Sindicato dos Fiscais da Fazenda de Santa Catarina. Está inscrita chapa única, liderada pelo atual presidente, Fabiano Dadan Nau, tendo como vice, Eduardo Antônio Lobo. A posse da nova direção deve acontecer no próximo dia 15 de outubro.

 

COLUNISTA CACAU MENEZES – Diário Catarinense

Aliviado

Com a decisão de sua expulsão do PDT consumada agora, o deputado Sargento Amauri Soares confessa que não deixa de ser um alívio desvincular totalmente seu nome de uma legenda que proporciona mais manchetes por episódios de suspeita de corrupção envolvendo dirigentes do que pela defesa de qualquer posição respeitável.
Partido sem ninguém de expressão, ainda assim se dá ao luxo de expulsar seu melhor deputado.

 

COLUNISTA ROBERTO AZEVEDO – Notícias do Dia

Demorou

O deputado Sargento Amauri Soares, que deve formalizar a sua filiação no PSOL ainda esta semana, já entrou com um recurso na Justiça eleitoral onde pede a desfiliação por justa causa, um dia antes do PDT. Decidir pela expulsão do parlamentar da sigla, parta garantir o mandato. a novela se arrastava e muitos apostavam que os brizolistas iriam tirar soares do partido depois do prazo de filiação em outra legenda, o que seria uma forma de retaliação.

Bronca

O PDT catarinense sempre criticou o deputado Soares por não seguir as orientações do partido. Na verdade, o mandato nunca ficou à disposição da sigla, motivo para irritar os caciques pedetistas. O parlamentar rebate, devolve as críticas e diz que irá fundamentar sua defesa em um dos três motivos: discriminação, mudança programática ou desconforto a partir das denúncias de supostos atos de corrupção que atingem a cúpula no estado e no ministério do trabalho.

 

COLUNISTA HÉLIO COSTA – Notícias do Dia

Militar

O Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo faz palestra hoje na aula inaugural do curso de formação de soldados da polícia militar. São 100 novos soldados que se formam em maio de 2014. As aulas começam em outubro deste ano. Serão oito meses de aulas de direitos Humanos, técnica de policiamento ostensivo, sociologia, defesa pessoal e direito penal dentre outras. O curso de formação inicia no dia sete de outubro.

 

COLUNISTA CARLOS DAMIÃO – Notícias do Dia

Truculência

Denúncia de truculência policial no Ticen, registrada na 1ª dP, ganhou as redes sociais no fim de semana. Vanda Pinedo, assessora do vereador Lino Peres, foi agredida enquanto registrava, com o celular, cenas de violência contra um deficiente físico que participava de uma manifestação dos movimentos sociais da capital. O aparelho foi tomado da mão de Vanda por um PM, que apagou as imagens captadas. Lino vai cobrar explicações das autoridades.

 

ASSUNTO: Deputado Sargento Amauri Soares

VEÍCULO: Diário Catarinense

ACUSADO DE INFIDELIDADE: PDT confirma expulsão de Soares

A Executiva do PDT votou no sábado e confirmou a decisão da comissão de ética de expulsar o deputado estadual Amauri Soares do partido.
Soares, único eleito pela legenda na Assembleia Legislativa, criticou a decisão, chamando-a de “agressão política, covarde e traiçoeira.”
– Dá um misto de indignação e de alívio também. Ultimamente não tem sido um motivo de orgulho pertencer ao PDT, estar próximo deles (dos dirigentes do partido) – disse.
O deputado terá 15 dias, contando desde ontem, para entrar com um recurso e fazer sua defesa perante a direção nacional do partido. Apesar da possibilidade, o parlamentar já deu demonstrações de que não pretende lutar para permanecer no PDT.
– Meus advogados estão avaliando se vale a pena recorrer apenas do ponto de vista jurídico. Porque, do ponto de vista político, está claro que a direção estadual é cópia da direção nacional. A direção estadual de SC é uma intervenção de 10 anos – disse.
Soares tem conversas adiantadas pra se filiar ao PSOL, o que tem que fazer até o dia 5 de outubro para garantir que consiga disputar as eleições do ano que vem.
– Já esperávamos esse tipo de ataque. Mas, na verdade, foi tudo feito democraticamente, com amplo direito de defesa – alega o presidente em exercício do PDT estadual, Luis Viegas.
O dirigente partidário disse que pesaram para a expulsão as acusações de infidelidade partidária por Soares não ter votado, em 2012, no candidato a prefeito apoiado pelo PDT em São José, Djalma Berger (PMDB). E também ter declarado que não votou no candidato a vereador do PDT no município. São José é o domicílio eleitoral do deputado.
– Também não adianta ter um deputado se ele não está junto da vida do partido – disse Viegas quando perguntado se o partido não perderia expressão política ao expulsar seu único parlamentar eleito para o Legislativo de Santa Catarina.

 

ASSUNTO: PM do Rio de Janeiro

VEÍCULO: Diário Catarinense

Professores projetam medidas contra a PM

No dia seguinte à desocupação da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, efetuada pela Polícia Militar com uso da força no fim da noite de sábado, professores e funcionários de escolas continuaram reunidos ao redor do Palácio Pedro Ernesto, sede do Legislativo da capital fluminense. Os profissionais de ensino da rede municipal estavam instalados dentro da Câmara desde a quinta-feira para tentar forçar Eduardo Paes (PMDB) a retirar o projeto que altera o Plano de Cargos e Salários da categoria. Ainda abalados com o procedimento da PM para a retirada, com uso de gás lacrimogêneo e spray de pimenta, os professores projetam medidas judiciais “em todas as instâncias possíveis” contra a Polícia Militar.

 

ASSUNTO: Incêndio em Chapecó

VEÍCULO: Diário Catarinense

Incêndio destrói casa e deixa sete feridos

O Corpo de Bombeiros investiga as causas de um incêndio que deixou, na noite de sábado, sete pessoas feridas, uma delas uma criança de nove anos, que teve 70% do corpo queimado. O fogo destruiu a casa de madeira onde a família morava, em Chapecó, no Oeste. No momento do acidente, a família estava na casa de 60 metros quadrados, na rua Borges de Medeiros, no bairro Santa Maria, região central da cidade. Dois meninos, de sete e de nove anos, seguem internado no hospital. Na casa também estavam outras crianças de 13, quatro e dois anos. Os pais Volmir Vieira, 29, e Eunice Glória, 35, também foram resgatados. O fogo teria começado por uma vela que ficou acesa, em cima da televisão.

 

ASSUNTO: Incêndio em São Francisco

VEÍCULO: Diário Catarinense

FUMAÇA QUÍMICA: A COMEMORAÇÃO

Bianca Kitto e Rafael Jacob aproveitaram o visual da baía da Babitonga para uma celebração pós-casamento. Dias antes, os planos quase foram suspensos por causa da fumaça tóxica que assolou São Francisco do Sul

Se a tranquilidade de São Francisco do Sul esteve abalada pela nuvem de fumaça química que encobriu regiões inteiras entre a noite de terça e a manhã de sexta, a paisagem do fim de semana deu mostras de que a cidade voltou ao normal.
Uma cena à parte, ontem, teve como protagonistas dois francisquenses recém-casados. Bianca Kitto, de 31 anos, e Rafael Jacob, 30, aproveitaram o visual da baía da Babitonga para uma celebração pós-casamento com os amigos, no Centro Histórico. Dias antes, quem poderia imaginar que os planos do casório seriam mantidos enquanto parte da população respirava sob máscaras?
– Quando a fumaça se espalhou, saí com a roupa do corpo e fui para Joinville. Voltei na quinta pela manhã. Liguei desmarcando com fornecedores, fotógrafo e decoração. O casamento estava marcado há um ano, mas como todos estavam inseguros me convenci de que não iria mais acontecer – conta Bianca.
Na sexta, a noiva ainda fazia ligações por conta da mudança de planos forçada quando recebeu um telefonema. Imagens na televisão mostravam que a reação química no terminal de cargas da Global Logística estava controlada. A troca de alianças, portanto, dependia apenas do “sim” no altar.
– Tivemos um final feliz – comemorou o recém-casado Rafael.
O comércio abriu normalmente. Nos bairros, também se viu bares, peixarias e supermercados de portas abertas. E alunos das redes estadual e municipal terão aula normalmente hoje.
O imóvel que atraiu todas as atenções durante o incêndio é um local destruído. O galpão agora abriga escombros. Ontem, o local estava isolado e era guardado por PMs, encarregados de vigiar o escritório da empresa, lacrado para a perícia da Polícia Federal.
Ainda há odor no local, mas sem fumaça. Nenhuma carga de fertilizantes permanecerá na Global Logística. O prazo para a retirada completa da matéria-prima do local é de sete dias.

 

ASSUNTO: Artigo do Comandante CBM

VEÍCULO: Diário Catarinense

ARTIGOS: Aprendizado com as perdas do passado, por Marcos de Oliveira*

Vivenciamos mais um período de fortes chuvas que castigaram a população catarinense. O excesso de chuva, associado a outros eventos adversos, ocasionou estragos de diferentes proporções em pelo menos 70 municípios, o que nos fez relembrar recentes episódios semelhantes de SC, decorrentes de desastres naturais extremos que geraram prejuízos econômicos, perdas de vidas, desalojados e desabrigados.
Mas desta vez foi diferente. Obras na área de Defesa Civil, sistemas de monitoramento do nível dos rios, a antecipação das informações meteorológicas e os alertas antecipados, procedimentos integrados de mitigação e resposta dos órgãos envolvidos, impactaram diretamente para que os danos fossem menores e o risco à vida reduzido.
Estado e população aprenderam com a perda de vidas e prejuízos do passado. A população demonstrou confiança no alerta antecipado, bem como maior conscientização pública, ou seja, maior conhecimento sobre os riscos decorrentes dos desastres e as ações individuais e coletivas que devem ser tomadas para reduzir a exposição e a vulnerabilidade.
O Corpo de Bombeiros Militar de SC colocou mais de 2,5 mil bombeiros de prontidão para auxílio e socorro das vítimas. Esforços recentes para inclusão de novos efetivos e a aquisição de viaturas, embarcações e outros equipamentos se fizeram justificados, demonstrando que o Estado avançou apenas na prevenção e na resposta aos desastres. No dia 26 comemoramos 87 anos com a certeza de que nos preparamos para o futuro como uma organização credora de prestígio e tecnologicamente preparada para cada vez melhor salvar vidas e riquezas alheias.
O Estado de Santa Catarina demonstrou que avançou não apenas na prevenção, mas também na resposta aos desastres.

*COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS DE SC. MORADOR DE FLORIANÓPOLIS

 

ASSUNTO: SOS Desaparecidos

VEÍCULO: Portal da PMSC

Cabo Edinho: policial militar está desaparecido

O cabo da reserva remunerada Edio dos Santos Fernandes, “cabo Edinho”, como era conhecido, está desaparecido. No dia 10 de abril de 2012, por volta das 22h, ele saiu de casa em seu veículo, um Fiat Palio cinza placas MEN-3310, e não mais se teve notícias dele.

Cabo Edinho morava com seu filho em Balneário Arroio do Silva. Se você tiver alguma informação que ajude a encontrar o paradeiro de Edinho, entre em contato com o SOS Desaparecidos: desaparecidos@pm.sc.gov.br ou pelo telefone(48) 3229-6715.

 

ASSUNTO: Incêndio em São Francisco

VEÍCULO: A Notícia

Herói do incêndio: Bombeiro intoxicado em São Francisco do Sul já respira sem aparelhos

David Marcelino, de 59 anos, ajudou no combate à reação química na última quarta-feiraO estado de saúde do bombeiro David Marcelino, 59 anos, que ajudou no combate à reação química em São Francisco do Sul, teve melhora no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt. Segundo a unidade, o quadro pulmonar do bombeiro ainda inspira cuidados, mas não é mais considerado grave. David também já não precisa mais do apoio da respiração mecânica. Ele respira sozinho, com a ajuda de uma máscara de oxigênio. De acordo com o filho de David, Alexandre Marcelino, o pai está reagindo bem aos estímulos e não está mais em coma induzido, apenas com uma sedação leve.  Marcelino é bombeiro voluntário há cerca de 35 anos e já atuou em Joinville, Guaramirim, no Oeste e em Navegantes, cidade onde ele mora atualmente com a mulher. Marcelino estaria na linha de frente do combate ao incêndio químico quando o vento mudou de direção e atingiu uma equipe de bombeiros. Ele teria tentado se agachar, mas inalou muita fumaça. Ele está sendo tratado por intoxicação exógena, intoxicação causada por produtos químicos.

Notícias Recentes:

ACORS se reúne com a presidência do IPREV para tratar do SPSM
Diretoria Executiva da ACORS se reúne para deliberação de ações da associação
Comissão divulga cartilha para composição de chapas para as eleições da ACORS
Prestação de contas da ACORS é aprovada por unanimidade